terça-feira, 1 de janeiro de 2008

10 "A pessoa que não guarda ...'





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A pessoa que não guarda nem é guardada, etc.” - Esta história foi contada pelo Mestre enquanto no Bosque de Manga de Anupiya, sobre o Ancião Bhaddiya ( o Feliz), que juntou-se à Irmandade na companhia de seis jovens nobres que estavam com Upāli, o barbeiro. Destes, Anciãos Bhaddiya, Kimbila, Bhagu, e Upali atingiram a Arahat(idade); o Ancião Ānanda entrou no Primeiro Caminho; o Ancião Anurudha ganhou a visão da unidade; e Devadatra obteve o poder de auto-abstração do ênstase. [a versão de Kullavagga VII,1,4: ‘Então o Abençoado recebeu primeiro Upāli o barbeiro, e depois aqueles jovens do clã Sākya, nos ranks da Ordem. E o venerável Bhaddiya, antes que acabasse a estação das chuvas, tornou-se mestre da Sabedoria Tripla, e o venerável Anuruddha adquiriu a Visão Celeste, e o venerável Ānanda realizou o ato de entrar na Corrente, e Devadatra atingiu um tipo de Iddhi atingível mesmo por aqueles que não entraram no Excelente Caminho.’ Então o Kullavagga como que segue com este jātaka de Bhaddhiya] A história destes jovens nobres, a partir dos eventos de Anupiya, será relatada no Jātaka N.o 534 .
Bhaddiya passava seus dias de realeza guardando-se como se fosse sua própria divindade protetora, recordou-se do estado de medo emque vivia quando era guardado por numerosos guardas e quando inquietava-se e agitava-se mesmo na cama real e em seus quartos privativos no alto palácio; e com isto comparava a ausência de medo agora, agora que era um Arahat, vagueia para lá e prá cá, em florestas e desertos. E pensando assim, esfuziante, proclamava de coração: "Oh, felicidade! Oh, felicidade!"
Isto os Irmãos contaram ao Abençoado, dizendo, “O venerável Bhadiya declara a benção que ganhou.”
“Irmãos,” disse o Abençoado, ”não é esta a primeira vez que a vida de Bhaddiya foi feliz; sua vida não foi menos feliz em dias passados.”
Os Irmãos pediram para o Mestre contar a história. O Abençoado tornou claro o que escondera-se com o re-nascer.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu como um brahmin do norte com posses. Entendendo o mal das luxúrias e as bênçãos que fluem da renúncia ao mundo, abjurou as luxúrias, e retirando-se para o Himālaias lá tornou-se eremita e ganhou os oito Dons. Seus seguidores cresceram muito, chegando a quinhentos ascetas. Uma ez quando as chuvas começaram, ele saiu dos Himālaias e viajando na coleta de oferta com seus ajudantes ascetas por vilas e cidades por fim chegam a Benares, onde tomam residência no jardim real como pensionistas da bondade real. Depois de habitarem aí pelos quatro meses da chuva, veio ao rei pedir licença para ir. Mas o rei disse a ele, “Estais velho, reverendo senhor. De onde deves voltar para o Himālaias? Mande seus pupilos de volta para lá e fica você aqui.”
O Bodhisatva confiou os quinhentos ascetas ao cuidado do discípulo mais velho, dizendo, “Acompanhe-os aos Himālaias; vou ficar aqui.”
Bem este discípulo mais velho antes fora rei mas desistiu de um poderoso reino para se tornar um Irmão; com a devida performance dos ritos relativos a pensamento concentrado ele ganhouu os oito Dons. Enquanto habitava com os ascetas no Himālaias, um dia teve o desejo de ver o mestre, e disse a seus companheiros, “Vivam contentes aqui; voltarei logo que tiver prestado respeito ao mestre.” Então saiu para ver o mestre, prestou homenagem a ele, e o saudou com amor. Então deitou ao lado de seu mestre numa esteira que lá espalhou.
Neste momento apareceu o rei, que vinha ao jardim para ver o asceta; e saudando-o sentou-se do lado. Contudo apesar de estar consciente da presença do rei, este discípulo mais velho abasteve-se de levantar, e ainda deitado lá, gritou com veemência apaixonada, “Ó felicidade! Ó felicidade!”
Desgostoso que o asceta, apesar de tê-lo visto, não levantara, o rei disse ao Bodhisatva, “Reverendo, senhor, este asceta deve ter se alimentado, vendo-se que lá descansa tão feliz, exclamando com tanta veemência.”
“Senhor,” disse o Bodhisatva, “antes este asceta era um rei com tu és. Ele está pensando como antes nos dias passados era leigo e vivia em pompa real com muitos guardas a guardá-lo, ele nunca teve tanta felicidade quanto tem agora. É a felicidade da vida de Irmão, e a felicidade que o Insight traz, que o leva a esta veemente exclamação.” E o Bodhisatva depois repetiu a estrofe para ensinar o rei a Verdade:-

"O homem que não guarda, nem é guardado, senhor
Vive feliz, livre das escravidões das luxúrias."

Apaziguado pela lição assim ensinada a ele, o rei fez sua saudação e voltou ao palácio. O discípulo também despediu-se do mestre e retornou aos Himālaias. Mas o Bodhisatva continuou a morar lá e morrendo com Insight pleno e inquebrável, re-nasceu no Reino de Brahma.

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A lição terminada, as duas histórias contadas, o Mestre mostrou a conexão juntando as duas e identificando o Jātaka dizendo, - “O Ancião Bhaddiya era o discípulo daqueles dias e eu mesmo o mestre da companhia de ascetas.”

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