Sanchi, Índia
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“Do céu de Brahma...etc” – Esta história o
Mestre contou enquanto residia em Jetavana, sobre a contaminação da santidade.
As circunstâncias já foram dadas. Aqui novamente disse o Mestre, “Mulheres
causam contaminação mesmo em almas santificadas,” e então contou esta história
do passado.
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Certa vez em
Benares – aqui a história do passado continua como no jataka 263. Aqui
novamente o Grande Ser desce do mundo de Brahma como o filho do Rei de Kasi e
seu nome era Príncipe Anitthi-gandha, avesso-a-mulher. Nas mãos de mulheres não
ficaria; elas precisavam vestir-se como homens para dar a ele o seio; ele
morava num quarto de meditação e nunca viu uma mulher.
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Para explicar
isto, o Mestre repetiu quatro estrofes,
Do céu de Brahma um
deus desceu, e aqui sobre esta terra
Como filho de Rei que
qualquer desejo é lei, teve seu nascimento.
No céu de Brahma
nenhum ato de luxúria, nem menção, nunca chegaram:
Então nascido neste
mundo, o príncipe agora desprezava até seu nome.
Dentro do palácio ele
fez um quarto apenas para si,
Onde mergulhado em
meditação profunda passava seus dias sozinho.
O Rei, tornando-se
angustiado por seu filho, lamentava-se de vê-lo lá:
‘Um único filho tenho
e ele para prazeres não liga.’
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A quinta
estrofe descreve a lamentação do rei:
Ó, quem pode me
dizer o que fazer! Ó, não há nenhum artifício ?
Quem o ensinará a
anelar alegrias do amor e quem poderá seduzí-lo ?
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A próxima estrofe
e meia são da perfeita sabedoria:
Há uma garota, de
formas graciosas, de pele amável e bela:
Ela conhecia um
mundo de canções bonitas e bem podia dançar e girar.
Esta garota
procurou sua majestade e então ela começou.
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A próxima linha é
dita pela jovem garota.
‘Vou seduzí-lo, se
você me conceder casar com ele.’
O rei respondeu à
donzela e assim ele disse:
‘Se você tiver
sucesso em aliciá-lo, teu marido ele será.’
O rei então deu
ordens para que toda oportunidade fosse concedida a ela e a enviou para
permanecer junto ao príncipe. De manhã, pegando seu violão ela foi e permaneceu
justo do lado de fora do quarto de dormir do príncipe e tocando seu violão com
as pontas dos dedos tentou atraí-lo cantando com voz doce.
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Para explicar isto o
Mestre disse:
A garota entrou
dentro da casa e onde ela ficou
Cantou canções
doces e lânguidas, para penetrar um coração amante.
Lá enquanto a garota
ficava e cantava, o príncipe, que escutava o som,
Direto caiu em
afeição e perguntou aos empregados que estavam lá –
Que som melodioso é
este que escuto tão claramente,
Perfurando o coração
com pensamentos de amor, delicioso aos ouvidos ?
Uma jovem, sua
alteza, bela de ver, de alegria infinita:
Gozarias das doçuras
do amor, rendendo-se, entregando-se, a esta delícia?
Veja, aqui, deixa
ela vir para mais perto e deixe ela cantar ainda mais,
Aqui deixe ela
cantar diante da minha face dentro do meu quarto !
Ela que cantara do lado de fora estava dentro
do quarto agora:
Ela o pegou como um
elefante é pego numa armadilha na floresta.
Ele sentiu a
alegria do amor e vejam ! olhem o ciúme plenamente crescido:
‘Nenhum outro homem
a amará! ele gritou, ‘mas eu apenas a amarei!’.
‘Nenhum outro homem
mas eu apenas!’ ele gritava; e foi para fora –
Pegou uma espada e
correu querendo matar com raiva todos os homens!
O Povo gritando
alarmado fugiu todo para o palácio:
‘Teu filho está matando
todo mundo mesmo sem provocação!’ gritavam.
O Rei guerreiro o
prendeu e o baniu de diante de sua face:
‘Dentro dos
limites do meu reino tu não encontrarás lugar.’
Ele pegou sua
esposa e viajou até que no oceano ele chegou;
Lá construiu uma
cabana de folhas e viveram de coletas da floresta.
Um eremita santo
voando alto chegou atravessando o oceano,
Entrou na cabana
no momento que a comida estava pronta e servida.
A mulher o tentou:
- agora vejam como a coisa toda é vil!
Ele caiu da
castidade e todo seu poder mágico se foi!
A noite chegou; o
príncipe retornou e de sua coleta trouxe
Pendurado na sua
vara um carregamento abundante de raízes e coisas da floresta selvagem.
O eremita vê o
príncipe se aproximando: ele desce então para a praia,
Pensando em
viajar pelos ares mas afundou nos mares!
Mas quando o
príncipe contemplou o sábio afundando nos mares,
Piedade brotou dentro
dele e estes versos então ele disse:
‘Para cá, não viajando pelos mares, você
veio com poder mágico,
Mas agora você
afunda; uma esposa ruim te levou a esta vergonha.
Traidoras
sedutoras, elas tentam o mais santo até a sua queda:
Para baixo, para
baixo eles afundam: quem conhece as mulheres deve fugir para longe delas todas.
De fala doce,
difícil de satisfazer, como rios difíceis de preencher;
Para baixo, para
baixo eles afundam: quem conhece as mulheres deve fugir para longe delas com
calma.
E quem quer que
elas possam servir por ouro ou por desejo,
Elas queimam
inteiro, qual combustível que queima jogado em chamas de fogo’.
O eremita escutou
as palavras do príncipe; ele desprezava o mundo tão vão:
Retornou para seu
Caminho anterior e elevou-se nos ares novamente.
Assim que o
príncipe viu como nos ares ele se elevou,
Afligiu-se e com
um firme propósito ele escolheu a vida santa;
Então,
tornando-se religioso, inteiramente apagou sua luxúria e quente desejo;
E a paixão
subjugada, ao mundo de Brahma daí em diante ele aspirou.
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Este discurso
terminado, o Mestre disse, “Assim Irmãos, por causa de mulher mesmo almas
santificadas pecam;” então ele declarou as Verdades: ( então na conclusão das
Verdades, o Irmão relapso atingiu a santidade: ) após o que ele identificou o
Jataka dizendo, “Naquele tempo eu mesmo era Príncipe Anitthigandha.”