tag:blogger.com,1999:blog-291473542093265902024-03-13T08:22:37.020-07:00jatakaszehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.comBlogger579125tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-2303020701758270402024-01-03T13:00:00.000-08:002024-01-03T13:00:48.095-08:00511 Buddha rei de Benares<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZwW6e3gi-mfw1cPNkNhaXU4OzIDeoKsTbtymf6xH3AyWq2U28WQFkKbsoHswtq3E1FWsdqGwzObzm9j3kpKOlQtjG5ah_lquVPCr4ioxL8V7d750znNkBS3Vz0T9epxQ5mtTqb4NmRl03rtyOkRxxO020XLst0Gc7RCFAvpHf7nkmO8UqT3etHXkxCw/s571/Sanchi%202%20003.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="527" data-original-width="571" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZwW6e3gi-mfw1cPNkNhaXU4OzIDeoKsTbtymf6xH3AyWq2U28WQFkKbsoHswtq3E1FWsdqGwzObzm9j3kpKOlQtjG5ah_lquVPCr4ioxL8V7d750znNkBS3Vz0T9epxQ5mtTqb4NmRl03rtyOkRxxO020XLst0Gc7RCFAvpHf7nkmO8UqT3etHXkxCw/s320/Sanchi%202%20003.bmp" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p><span style="font-size: 14pt;">511</span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">Kimchanda
jataka</span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Por que
tu...etc.” – Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana sobre a
observância de dias de jejum. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bem, um dia
quando um número de Irmãos e Irmãs leigos, que estavam guardando dia de jejum,
vieram escutar a Lei e estavam sentados no Salão da Verdade, o Mestre perguntou
a eles se estava guardando dias de jejum e quando eles disseram que estavam,
ele adicionou, “Vocês fazem bem em observar dias de jejum: homens antigos, em
consequência de guardarem metade de um dia de jejum, atingiram grande glória,”
e com o pedido deles ele contou um conto do passado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>_____________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certa vez em
Benares, Brahmadatra reinava em seu reino com retidão e sendo crente era zeloso
na observância dos deveres do dia de jejum, em guardar os mandamentos e em dar
esmola. Ele também induziu seus ministros e os outros para que fizessem votos
de castidade e semelhantes. Mas seu capelão era caluniador, ganancioso de subornos
e um produtor de julgamentos injustos. O rei no dia de jejum reuniu seus
conselheiros e pediu-lhes que guardassem o jejum. O sacerdote não guardou
consigo mesmo os deveres do jejum; então durante o dia esteve recebendo
propinas e dando falsos julgamentos e quando foi para a corte prestar respeito
ao rei, o rei, após perguntar a cada um de seus ministros primeiro se estavam
guardando o jejum, questionou também o sacerdote, dizendo, “E estás tu, Senhor,
jejuando?” Ele contou uma mentira e disse “Sim” e deixou o palácio. Um certo
ministro o censurou dizendo, “Certamente você não está guardando o jejum.” Ele
respondeu, “Me alimentei cedo de manhã mas quando voltar para casa vou enxaguar
a boca e guardando comigo mesmo os deveres do dia de jejum não comerei nada à
noite e toda a noite guardarei a lei moral e desde modo guardarei metade de um
dia de jejum.” “Muito bem, Senhor”, disseram. E ele foi para casa e fez
isto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bem, um dia enquanto ele estava
sentado em julgamento, uma certa mulher, que guardava os preceitos morais,
tinha um caso em julgamento e não sendo capaz de ir para casa, ela pensou, “Não
transgredirei a observância do dia de jejum,” e quando aproximava-se o tempo
ela passou a enxaguar sua boca. Naquele momento uma penca de mangas maduras foi
trazida para o brahmin. Ele percebeu que a mulher estava guardando jejum e
disse, “Coma isto e assim guarde o jejum.” Ela fez isto. Basta de ações do
brahmin. Logo logo ele morreu e nasceu novamente no país Himalaia em um lugar
adorável na margem do ramo Kosibi do Ganges, em um bosque de mangas, extenso
três léguas, em uma esplêndida cama real de um palácio dourado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele nasceu novamente como alguém que acabou
de acordar do sono, bem vestido e adornado, com muita beleza de forma e
acompanhado de dezesseis mil ninfas. Durante toda a noite ele gozou desta
glória de nascer qual Espírito em uma aparição de palácio, seu prêmio
correspondente a seu ato. Então ao se aproximar a aurora ele entrou no bosque
de manga e no momento de sua entrada seu corpo divino desapareceu e ele assume
uma forma tão alta quanto uma palmeira, oitenta cúbitos de altura, e todo seu
corpo queima como uma árvore da judeia em plena floração. Tinha apenas um dedo
em cada mão, enquanto suas unhas eram grandes quais enxadas e com estas unhas ele
cravava a carne nas suas costas e rasgava ela e comia, e louco com a dor que
sofria, pronunciava um alto grito. Ao crepúsculo este corpo desaparecia e sua
divina forma reaparecia. As garotas dançarinas celestes, com vários
instrumentos musicais em suas mãos, o atendiam e gozando de grande honra ele
ascende para o palácio divino em um encantador bosque de manga. Assim ele, como
resultado de dar uma manga a uma mulher que guardava jejum, adquiriu um bosque
de manga, três léguas de extensão, mas em consequência de receber propinas e
produzir falsos julgamentos, ele rasga e come a carne de sua própria costa,
enquanto devido ao fato de ter guardado meio dia de jejum, ele goza de glória
durante a noite, cercado por um harém de dezesseis mil ninfas dançantes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Neste tempo o rei de Benares,
cônscio dos pecados dos desejos, adotou a vida ascética e fixou residência em
uma cabana de folhas, em um lugar agradável no baixo Ganges, subsistindo do que
catava, colhia. Um dia uma manga madura daquele bosque, do tamanho de uma
tigela grande, caiu no Ganges e foi levada pela corrente ao lugar oposto ao que
estava residindo este asceta. Enquanto ele enxaguava a boca, viu a manga
flutuando no meio da corrente e atravessando ele a pegou, a trouxe para seu
eremitério e a colocou na cela onde seu fogo sagrado era mantido. Então,
cortando a manga com uma faca, ele comeu justo apenas para sustentar a vida e
cobrindo o resto com folhas de bananeira, ele repetidamente, dia após dia,
comeu da fruta, enquanto ela durou. E quando já estava toda consumida, ele não
conseguia comer nenhum outro tipo de fruta mas tornando-se escravo do seu
apetite por gostosuras, ele fez o voto de apenas comer manga madura e descendo
a margem do rio ele sentou olhando a corrente, determinado a nunca mais
levantar-se até que tivesse encontrado manga. Lá jejuou por seis dias
consecutivos e sentado procurava o fruto até que estava seco pelo vento e pelo
calor. Bem, no sétimo dia uma deusa do rio, refletindo sobre o assunto,
entendeu a razão da ação dele e pensando, “Este asceta, sendo escravo de seu
apetite, está sentado jejuando por sete dias, olhando para o Ganges: é errado
negar a ele uma manga madura: pois sem ela ele morrerá; darei uma a ele.” Então
ela veio e permaneceu nos ares acima do Ganges e conversando com ele pronunciou
a primeira estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por que tu
permaneces nesta margem de rio durante o calor do verão? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Brahmin,
qual tua esperança secreta? Que objetivo alcançarias? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O asceta
escutando isto repetiu nove estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Boiando na
corrente, bela ninfa, uma manga eu vi; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esticando o
braço peguei a fruta e a trouxe para casa comigo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tão doce era de
gosto e de cheiro, que a considerei um prêmio e tanto; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sua bela forma
compara-se com o maior jarro de água em tamanho. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A escondi no meio
de folhas de bananeira e a fatiava com uma faca; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um pouco serve de
comida e de bebida a alguém de vida simples. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Meu estoque acabou,
minha angústia apaziguou mas ainda devo me afligir<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em outros frutos
que possa encontrar, não tenho nenhum contentamento.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sofro; aquela
doçura da manga que resgatei das ondas<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Trará minha morte,
temo. Não anelo nenhum outro fruto. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Te contei porque
jejuo, apesar de residir ao lado de um rio<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cujas largas ondas
pululam com todos os peixes nadando. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E agora te peço
diga-me e não fujas atemorizada<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ó amável donzela,
quem és tu e por que estás aqui. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Belas são as criadas
dos deuses, como ouro cor de fogo elas são,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Graciosas qual
filhote de tigre brincando nas encostas das montanhas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui também no mundo
das pessoas as mulheres são belas de ver, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas nenhuma entre os
deuses ou as pessoas pode ser comparada contigo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pergunto a ti então,
Ó amável ninfa, dotada de graça celeste, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Declare-me teu nome e
parentesco e de onde deriva tua raça. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então a
deusa pronunciou oito estrofes:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por esta bela
corrente, ao lado da qual tu sentas, Ó brahmin, eu presido, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E resido abaixo nas
vastas profundezas, sob as ondas que rolam do Ganges. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Toda protegida com
floresta crescida tenho mil cavernas nas montanhas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De onde flui igual
número de rios que misturam-se com minhas ondas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cada bosque e
floresta, caras aos Nagas, enviam muitos riachos cheios, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E entregam seus
estoques de águas azuis, enchendo meu amplo curso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Geralmente carregados
nestes rios tributários são frutos de todas as árvores, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Jambos, fruta-pão,
castanhas e figos, com mangas pode-se ver. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E tudo que cresce em
ambas as margens e cai dentro do meu alcance, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Clamo como prêmio de
direito e ninguém meu título pode impedir.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sabendo disto, me
escute, Ó sábio e estudado rei, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pare de ser
indulgente com desejo do teu coração – renuncie a coisa maldita. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ó legislador primeiro
de amplos domínios, não posso louvar teu ato, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Desejar a morte, no
começo da juventude, grande loucura, certamente, denuncia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Brahmins e anjos,
deuses e pessoas, todos conhecem teus atos e nome, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E santos que por sua
santidade atingiram na terra a fama – <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sim, todos estes
sábios e famosos, proclamam teu ato de pecado.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o asceta
pronunciou quatro estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Alguém que saiba
quão frágil é nossa vida e quão transitórias as coisas dos sentidos, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nunca pensa em
matar a outro mas reside na inocência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Honrada antes por
santos em conselho, dona de um nome virtuoso, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora conversando
com pessoas pecadoras, tu ganharás má fama. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Se eu morresse em
tuas margens, ninfa dotada de bela forma, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Má reputação cairia
sobre ti, como a sombra de uma nuvem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Portanto, bela
deusa, peço a ti, se afaste de todo ato vil, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para que não tenhas,
pelo ditado do Povo, que lamentar que causaste minha morte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Escutando isto, a
deusa respondeu em cinco estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bem, eu sei o teu
desejo secreto tão pacientemente carregado, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E faço de mim mesma
tua serva dando para ti a manga. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olhe! Prazeres vis
anteriores, prazeres difíceis de serem abandonados, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tu ganhaste, manter
para sempre, santidade e paz da mente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquele que, liberto
de laços anteriores, abraça grilhões que antes abjurou, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Duramente trilhando
caminhos não santos, sempre peca mais e mais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Te darei teu desejo
anelado e farei teus problemas cessarem, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Te levando a lugares
legais, onde possas habitar em paz. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Garças, pássaros
maynah e cucos, com os gansos vermelhos que amam <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pegar néctar das
flores, cisnes que movem-se em tropas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pássaros dos arrozais
e senhores pavões, com suas canções acordam o bosque. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Flores kadamba e
açafrão descansam qual palha no chão, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Castanhas maduras,
palmeiras adornando, penduradas em pencas ao redor, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E, no meio de galhos
carregados, veja como mangas aqui abundam! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E cantando os
louvores do lugar ela transportou o asceta para lá, e mandando a ele que
comesse manga neste bosque até saciar sua fome, ela seguiu seu caminho. O
asceta, comendo mangas até ter apaziguado seu apetite, descansou um pouco.
Então, enquanto ele vagava pelo bosque, espreitou o Espírito no estado de
sofrimento e não teve coração para pronunciar uma palavra para ele mas ao
crepúsculo ele o viu sendo ajudado pelas ninfas e no gozo de glória celeste e
dirigiu-se a ele em três estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Toda a noite
ungido, festejando, com uma coroa nas sobrancelhas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pescoço e braços
ornados com joias – todo o dia em angústia você! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Muitos milhares de
ninfas te ajudam. Que poder mágico este! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Impressionante
variar de um estado de sofrimento para o de benção! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que te levou a
este desfazer? Qual o pecado que tu deves te arrepender? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por que de tuas
próprias costas deves sempre comer a carne todo dia de novo? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Espírito
reconheceu-o e disse, “Você não me reconhece mas fui certa vez teu capelão.
Esta felicidade que gozo à noite é devida a você, como resultado de ter
guardado metade de um dia de jejum; enquanto o sofrimento que experimento de
dia é resultado do mal que obrava. Pois eu estava estabelecido por você na
cadeira de juiz e ganhava propinas e dava falsas decisões e era caluniador e em
consequência do mal que obrava de dia, agora suporto este sofrimento,” e ele
pronunciou um par de estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certa vez
deliciado em tradição santa, eu em operações vis estava jogado,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Obrando o mal
para meu vizinho passei através de longos anos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquele que
amaldiçoando outros gostando de depredar seu bom nome, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carne de suas
próprias costas sempre cortará e comerá, qual eu ho-je.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E assim falando,
ele perguntou ao asceta por que viera lá.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>O asceta contou toda sua história extensamente. “E agora, santo senhor,”
o Espírito disse, “ficarás aqui ou irás embora?”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Não ficarei, retornarei para meu
eremitério.” O Espírito disse, “Muito bem, santo senhor, eu constantemente te
suprirei com uma manga madura,”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e com
exercício de seu poder mágico ele o transportou para seu eremitério e pedindo
que vivesse lá contente, tirou dele uma promessa e foi embora. Daí em diante o
Espírito constantemente o supria com fruto de manga. O asceta, no gozo do
fruto, realizou os ritos preparatórios para induzir meditação mística e foi
destinado ao mundo de Brahma.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>_______________________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Mestre,
tendo terminado esta lição ao pessoal leigo, revelou as Verdades e identificou
o Jataka: - Na conclusão das Verdades, alguns atingiram o Primeiro Caminho,
alguns o Segundo e outros o Terceiro Caminho: - “Naquele tempo a deusa era
Uppalavanna o asceta era eu mesmo.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-75711566083323582023-10-21T15:03:00.002-07:002023-10-21T15:03:27.652-07:00510 Buddha sábio Ayoghara<p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: 14pt;"> </span></p><p></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5VbDCSTUDv8PByD-YKEoopy4gRm_7aVBzg3lIeeoNXWJus_B5KqCWI090ZKnPnh5HypjHaf-giK4ETNTgev8kSQZ3yqKsJaUfbgTEuSlgMKPB9qleP6OVxSYdRNosgUa5q-wDRfUNMBKe78ebAM7tt_cev0ZU3KETqwLbyxs24OsY7s6_8WccLFbu8w/s2030/ajanta%20orn8.BMP" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2030" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5VbDCSTUDv8PByD-YKEoopy4gRm_7aVBzg3lIeeoNXWJus_B5KqCWI090ZKnPnh5HypjHaf-giK4ETNTgev8kSQZ3yqKsJaUfbgTEuSlgMKPB9qleP6OVxSYdRNosgUa5q-wDRfUNMBKe78ebAM7tt_cev0ZU3KETqwLbyxs24OsY7s6_8WccLFbu8w/w320-h265/ajanta%20orn8.BMP" width="320" /></a></div><br />510 Ayoghara jataka<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p><p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">“Vida
uma vez concebida...etc.” – Esta história o Mestre contou sobre a Grande
Renúncia. Aqui novamente ele disse, “Esta não é a primeira vez, Irmãos, que o
Tathagata fez a Grande Renúncia pois ele fez o mesmo antes.” E ele contou a
eles uma história do passado.</span><span style="font-size: 14pt;"> </span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>______________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Certa vez, quando Brahmadatra reinava em Benares, a rainha consorte
concebeu, e quando seu tempo estava completo ela deu a luz um filho justo após
aurora do dia. Bem, em uma existência anterior, outra esposa do mesmo marido
rezou para que pudesse ser capaz de devorar a criança desta mulher; ela, foi
dito, era estéril e ficando com raiva de mãe e filho pronunciou esta prece,
pela qual veio a existir enquanto duende fêmea, ‘duenda’. A outra tornou-se
consorte do rei e deu a luz este filho. Bem, a duende encontrou sua chance e
colocando uma forma horrível pegou a criança diante dos olhos da mãe e fugiu. A
rainha gritou em alta voz – “Um duende está levando meu filho! ” A outra o
mastigou e mascou como uma cebola e o engoliu; depois após várias
transformações de seus membros, que aborreceu e aterrorizou a rainha, partiu.
Quando o rei escutou, ele ficou bobo: o que poderia ser feito, pensou ele,
contra um duende? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Da
próxima vez que a rainha estava para ter criança, ele colocou uma forte guarda
ao redor dela. Ela teve outro filho; a duende novamente veio e o devorou também
e partiu. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A terceira
vez foi o Grande Ser concebido em seu útero.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>O rei reuniu um número de pessoas e disse: “Cada filho que minha rainha
deu à luz, um duende fêmea veio e o devorou. O que deve ser feito? ” Então
alguém disse, “Duendes tem medo de folha de palmeira; você deve amarrar uma
destas folhas em cada uma de suas mãos e pés. ” Outro disse, “É uma casa de
ferro que eles temem; uma deve ser feita.” O rei estava querendo. Ele reuniu
todos os ferreiros de seu reino e ordenou-lhes que construíssem para ele uma
casa de ferro, e colocou vigias sobre eles. Na cidade mesma em um lugar
agradável eles construíram uma casa; ela tinha pilares e todas as partes de uma
casa, tudo feito de nada além de ferro: em nove meses ela estava terminada, uma
grande sala com quatro cantos: ela brilhava, iluminada continuamente com
lâmpadas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando o
rei soube que ela aproximava-se do tempo de parir, ele aprontou a casa de ferro
e a levou para lá. Ela deu a luz um filho com as marcas da bondade e da sorte
nele e lhe deram o nome de Ayoghara-Kumara, o Príncipe da Casa de Ferro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei o confiou ao cargo de enfermeiras e
colocou uma grande guarda ao redor do lugar, enquanto ele com sua rainha fazia
o circuito de toda a cidade girando para a direita e então subiu para seu
terraço magnífico. Enquanto isto a duende querendo água para beber foi
destruída tentando pegar alguma água de Vessavana. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na casa de
ferro o Grande Ser foi criado e cresceu em sabedoria e lá também foi educado em
todas as ciências. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei
perguntou a seus cortesãos, “Qual a idade de meu filho? ” Eles responderam,
“Ele está com dezesseis anos, meu senhor: um herói, poderoso e forte, pronto
para domar mil duendes! ” O rei determinou-se a colocar o reino nas mãos de seu
filho. Ele decorou a cidade e deu ordens para que o rapaz fosse trazido até ele
fora da casa de ferro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os cortesãos
obedeceram: toda Benares ficou decorada, esta grande cidade de doze léguas em
extensão; eles adornaram o elefante de estado em armadura magnificente e
vestiram o garoto do melhor modo e o colocaram em cima das costas do elefante,
dizendo, “Meu senhor, faça um circuito para a direita ao redor da cidade feliz,
sua herança e saude seu pai o Rei de Kasi; pois neste dia receberás o Parassol
Branco. ”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Grande Ser fez este circuito
cerimonial para a direita e vendo os belos parques, as belas cores, lagos,
pedaços de chão, todas as casas bonitas e assim por diante, pensou assim
consigo mesmo: “Tudo isto, enquanto meu pai me manteve fechado numa prisão,
nunca me deixou ver, esta cidade tão ricamente adornada. Que falta pode haver
em mim? ”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele colocou esta questão para
os cortesãos. “Meu senhor, ” eles disseram, “não há nenhuma falta em você; mas
uma duende fêmea devorou seus dois irmãos, por isto teu pai te fez viver dentro
de uma casa de ferro e a casa de ferro salvou tua vida.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Estas palavras o fizeram pensar novamente,
“Por dez meses eu estive no útero de minha mãe, como se fossem o Inferno do
Caldeirão de Ferro ou o Inferno do Esterco; e quando saí do útero, por
dezesseis anos habitei nesta prisão, sem nenhuma chance de ver aqui fora.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Apesar de ter escapado das mãos da duende não
estou livre da velhice nem da morte. Que interesse tenho na realeza? Uma vez
estabelecido no lugar real é difícil para alguém sair fora.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Neste dia mesmo pedirei a meu pai licença
para abraçar a vida religiosa e irei para o Himalaia e farei isto. ”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Concordemente após sua procissão pela cidade estar terminada, ele foi ao
palácio do rei, saudou o rei e permaneceu esperando. O rei vendo seu belo
corpo, olhou para seus cortesãos com forte amor em seus olhos. “O que você
deseja que façamos, Senhor? ” eles perguntaram. “Peguem meu filho e o coloquem
em uma pilha de joias, façam a aspersão nele com as três conchas, levantem o
Parassol Branco com suas grinaldas douradas. ” Mas o Grande Ser saudou seu pai
e disse, “Pai, não quero ter nada a ver com a realeza. Quero abraçar a vida
religiosa e anseio sua permissão para fazer isto. ” “Por que você deixaria tua
realeza, meu filho, e abraçaria a vida religiosa? ” – “Meu senhor, por dez
meses eu estive no útero de minha mãe como se ele fosse o Inferno de Esterco;
uma vez nascido, por temor de um duende habitei dezesseis anos em uma prisão,
sem nunca ter nem a chance de olhar para fora, - me parece como se tivesse sido
jogado no inferno Ussada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora a salvo
do duende não estou nem salvo da idade nem da morte, pois a morte nenhum homem
pode conquistar. Estou farto da existência. Até que doença, idade, morte venham
até mim seguirei a vida de religioso, andando em retidão. Nenhum reino para
mim! Meu senhor, dê-me permissão! ” Então ele declarou a Lei para seu pai
assim:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Vida uma vez concebida dentro do útero, logo que começa<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Segue continuamente, seu curso nunca acaba. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Nenhuma proeza guerreira nem força poderosa<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pode
manter a distância das pessoas velhice e morte; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tudo
atormentado com nascimento e idade eu vejo: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então
me resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Grandes reis pela força ou violência dominam <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Hostes de quatro armas, terríveis de ver ; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sobre
a hoste da morte eles não ganham nenhuma vitória: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí
me resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Apesar de cavalos, elefantes, carros e homens<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os
cercarem, alguns ainda se libertaram novamente; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas das
mãos da morte nenhum homem se livra: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí
me resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com
cavalos, elefantes, carros e homens<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Heróis destroem e esmagam e esmagam novamente; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas
para esmagar a morte não vejo nenhum homem tão forte: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí
me resolvi – uma vida santa para mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Elefantes loucos rugindo com pele lamacenta<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pisam
cidades inteiras e matam as pessoas dentro, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para pisar na morte não vejo ninguém tão
forte assim: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí
me resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Arqueiros que são os mais fortes e habilidosos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ferindo como um raio de relâmpago de longe, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas para ferir a morte não vejo
nenhum homem tão forte assim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí
me resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Grandes lagos, suas florestas e rochas, caem em ruínas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Após um
tempo ruína chega para todos, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com o
tempo tudo é levado a nada <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como uma
árvore na beira de um rio, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ou qual
um bêbado trocando seu casaco por bebida,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tal é a vida
daqueles que são mortais: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os
elementos do corpo se dissolvem – eles decaem <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Jovem,
velho, idade mediana, homens, mulheres – todos, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Caem
como o fruto cae de uma árvore que se balança:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O vigor
humano é todo dessemelhante a rainha cujo reino<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Legisla
sobre as estrelas (a Lua): nunca retornará novamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para um
ancião esgotado que alegria ou amor pode haver? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Enquanto
fantasmas e espíritos e duendes horríveis podem <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando
irados soprar seus sopros envenenados no homem, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Contra a
morte seus sopros-venenos não são de nenhuma ajuda: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Enquanto
fantasmas e espíritos e duendes horríveis podem <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando
irados, apaziguarem-se por atos dos homens, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Usar isto
com a morte, nenhum abrandamento eu conheço: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqueles
que praticam crime e coisas erradas e que machucam, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando
conhecidos, são punidos pelos atos do rei, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas contra a
morte nenhuma punição pode haver: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqueles que
praticam crime e coisas erradas e que machucam<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podem
encontrar um jeito de parar as mãos dos reis, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas como
parar a mão da morte nenhum jeito pode haver: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me
resolvi – uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Guerreiros ou
brahmins, homens de alto escalão, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Homens de
muitas riquezas, o poderoso e o grande,- <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rei Morte, não tem dó, nem piedade ele tem: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi
– uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Leões e tigres,
panteras, pegam suas presas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E todos as
devoram, mesmo podendo ela lutar; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A morte é livre
do medo de ser devorada por eles: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi –
uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No palco o
mágico com sua manha<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Numa performance
pode enganar as vistas das pessoas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para enganar a
morte, não há nenhum truque tão rápido: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi
-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma vida santa para mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Serpentes iradas
atacarão com picada envenenada<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E matarão
imediatamente uma pessoa; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para a morte não
há medo de picada envenenada: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi –
uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Serpentes iradas
com presas envenenadas podem picar, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O antídoto
habilidoso pode segurar a força do veneno; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para curar a
mordida da morte nenhum homem tão forte pode ser: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi:
uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Habilidade
médica pode curar picada de serpente;<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora eles
mesmos estão mortos e fora de vista, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bhoga, Vetarani,
Dhammantari: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi:
uma vida santa para mim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Alguns que em
encantos e conhecimentos mágicos são sábios<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podem andar
invisíveis aos olhos do próximo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ainda assim nem
tão invisíveis pois a morte pode ver: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí me resolvi:
uma vida santa para mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Salvo está a
pessoa que anda em retidão; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Religião bem
observada tem poder de abençoar; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Feliz a pessoa
correta e nunca ele <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Enquanto for
correto cairá em miséria. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não é verdade,
seu próprio fruto, do certo ou do errado brotarão? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certo leva ao
céu, errado a pessoa ao ínfero levará.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando o Grande
Ser assim declarou a Lei em vinte e quatro estrofes, ele disse, “Ó grande rei!
Guarde teu reino para ti mesmo; não quero nada dele. Permaneça onde você
está.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então como um elefante louco
rompe seus grilhões de aço, ou como um jovem leão quebraria uma jaula dourada,
ele rompeu seus desejos carnais; e saudando seus pais, ele partiu. Então seu
pai disse, “Não quero o Reino!” e largando-o foi com ele. Quando ele já tinha
ido, a rainha e os cortesãos, brahmins, donos de casa, e todos os outros me
habitavam na cidade, deixaram suas casas e foram embora. Houve uma grande
reunião; a multidão estendia-se por doze léguas. Com esta multidão ele partiu
para o Himalaia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando Sakra
percebeu que ele partira, enviou Vishvakarma para fazer um eremitério doze
léguas de comprimento e sete de largura e pediu-lhe que coloca-se dentro todas
as coisas necessárias, requisitos da vida ascética. Como o Grande Ser procedeu
para admití-los na Irmandade e advertiu-lhes e como eles se tornaram destinados
ao mundo de Brahma ou entraram no Terceiro Caminho, tudo deve ser repetido como
antes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>__________________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Este
discurso terminado, o Mestre disse: “Assim Irmãos, o Tathagata fez a Grande
Renúncia antes”; após o que ele identificou o Jataka:- “Naquele tempo os pais
do rei eram o pai e a mãe, os seguidores de Buddha eram seus seguidores e eu
mesmo o sábio Ayoghara. <o:p></o:p></span></p><br /><p></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-43142621395308507542023-05-04T08:06:00.001-07:002023-05-04T08:06:09.924-07:00509 Buddha Hatthi pala<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH5Wd3Xv2A5LjC7s782kc-uTeji2tIZYwNOK4MchyZj0SHlYxI8wZHSROwInii785s-00CD__o8xldlRx8LKN_T2PlFD02Mw-7hkA9YLmWw8pHNIUT7XN7u3yQ5nn1IuQv9Tjt6H_2EdTOx5-m4TA4PIgh93iccaidVl20BRT7oVvqaFzLTqJ79Jw/s1604/boro%20e%20ajanta%20020.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1604" data-original-width="1161" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH5Wd3Xv2A5LjC7s782kc-uTeji2tIZYwNOK4MchyZj0SHlYxI8wZHSROwInii785s-00CD__o8xldlRx8LKN_T2PlFD02Mw-7hkA9YLmWw8pHNIUT7XN7u3yQ5nn1IuQv9Tjt6H_2EdTOx5-m4TA4PIgh93iccaidVl20BRT7oVvqaFzLTqJ79Jw/s320/boro%20e%20ajanta%20020.bmp" width="232" /></a></div><br /> <p></p><p> Buddha cortando o cabelo e renunciando ao mundo em pedra de Barabudur, Indonesia.</p><p><br /></p><p><span style="font-size: 14pt;">509</span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">Hatthi
pala Jataka</span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Por fim
vemos...etc.” – Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana
sobre a Renúncia. Então com estas palavras,- “Não é a primeira vez, Irmãos, que
o Tathagata fez a Renúncia mas fez o mesmo antes,” – o Mestre então contou-lhes
uma história do passado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>______________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certa vez
reinava em Benares um rei chamado Esukari. Seu capelão desde os tempos da
juventude é seu companheiro favorito. Ambos eram desfilhados, sem filhos,
Quando os dois estavam sentados juntos um dia amigavelmente pensaram. “ Temos
grande glória mas nem um filho ou uma filha; agora o que deve ser feito?” O rei
então diz ao capelão, “Amigo, se um filho nascer em tua casa, ele deve ser
senhor do meu reino; mas se eu tiver um filho, ele será o dono da tua riqueza.”
Os dois fizeram uma barganha sobre isto nestes termos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um dia, quando o
capelão aproximava-se de suas vilas feudo e entrou pelo portão sul do lado de
fora do portão ele viu uma mulher pobre que tinha muitos filhos: sete filhos
ela tinha e todos fortes e saudáveis; um segurava panela e prato para cozinhar,
um esteira e cama, um seguia a diante e outro o seguia, um segurava o dedo
dela, um sentava no calo dela e outro no seu ombro. “Onde,” perguntou o
capelão, “está o pai destas crianças ?” “Senhor,” ela respondeu, “as crianças
não tem pai algum com certeza.” “Por que então” ele disse “como você conseguiu
sete filhos como estes?” Sem considerar o resto da jângal ela apontou uma
árvore banian<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que estava ao lado do
portão da cidade e cotejou ela, “Ofereci oração, Senhor, à deidade que habita
esta árvore e ela me respondeu me dando estas crianças.” “Você pode ir então,”
disse o capelão, e descendo da charrete, ele subia até àrvore e segurando um
ramo o balançou dizendo, “Ó divindade, o que faltou ao rei te oferecer ? Ano
após ano ele te oferece tributo de mil peças de dinheiro e tu não dás a ele
nenhum filho. O que esta esposa mendicante fez para ti que você lhe dá sete ?
Tu deves dar ao rei um filho dentro de sete dias ou eu te cortarei abaixo com
as raízes te picando em pedaços.” Assim gritando à deidade da árvore banian ele
sai fora. Dia após dia por seis dias ele fez o mesmo e no sexto, segurando um
ramo, galho, ele disse – “Resta apenas uma noite, deidade d’árvore; se você não
der um filho ao meu rei, para baixo virás!”<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A deidade
d’árvore refletiu, até que entendeu exatamente qual era o problema. “Aquele
brahmin lá” ela pensou, “destruirá minha casa se ele não tiver filho nenhum:
bem, por que meios posso conseguir um filho para ele?”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então ela foi para diante dos quatro grandes
reis” e contou a eles. “Bem,” eles disseram, “nós não podemos dar ao homem um
filho.” Foi em seguida aos vinte e oito senhores das guerras dos Duendes, e
todos eles disseram a mesma coisa. |Ela foi então até Sakra rei dos deuses e
contou a ele. Ele ponderou consigo mesmo: Deve o rei ter filhos dignos dele ou
não? ” Então ele olhou ao redor e viu quatro merecedores filhos dos deuses.
Estes, é dito, foram quatro tecelões de Benares; e todos os seus ganhos no
comércio eles dividiam em cinco partes; destas, quatro eram as suas partes
mesmas e a quinta eles doavam comunitariamente. Quando eles nasceram novamente
saindo daquele lugar eles vieram para o Céu dos Trinta e Três e então novamente
nasceram no mundo de Yama ( Terceiro dos Céus dos Sentidos, Hardy: Manual, p.25)
(ou Dharma), então em devida sucessão eles passaram para baixo e para cima
através dos seis mundos celestiais e gozaram de muita glória. Justo então era o
momento que deveriam ir do Céu dos Trinta e Três para o Céu de Yama. Sakra foi
procurá-los e os chamou e lhes disse, “Santos senhores, vocês devem ir para o
mundo dos homens para serem concebidos no útero da consorte principal do Rei
Esukari.” “ Tá bom meu senhor”, eles disseram para estas palavras “nós iremos.
Mas nós não queremos ter nada a ver com a casa real: nasceremos na família do
capelão e ainda jovens nós renunciaremos ao mundo.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então Sakra os aprovou por sua promessa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e retornou e contou tudo à deidade que vivia
n’árvore. Muito agraciada, a deidade d’árvore pediu licença a Sakra e foi para
sua residência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas dia
seguinte veio o capelão e junto com ele homens fortes que ele reuniu tendo cada
um machado e semelhantes. O capelão aproximou-se d’árvore e segurando um ramo,
gritou – “Olá então, deidade d’árvore! Este é o sétimo dia desde que supliquei
um favor para ti: o tempo da tua destruição chegou!”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A deidade d’árvore por seu grande poder
fendeu, abriu, o tronco d’árvore e saiu fora e com doce voz dirigiu-se a ele
assim: “Um filho brahmin? Ora! Te darei quatro.” Ele disse, “Não quero filhos;
dê um ao meu rei.” “Não,” ela disse, “Darei apenas para você.” “Então dê dois
ao rei e dois para mim.” “Não, o rei não deve ter nenhum filho, você deve ter
todos os quatro; mas eles serão somente dados a você porque eles não viverão em
casa mundana: nos dias de juventude ainda renunciarão ao mundo.” “Apenas me dê
os filhos e eu verei para que não renunciem ao mundo,” disse ele. Assim a
deidade agraciou seu pedido por crianças<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>e retornou para sua residência. Para sempre esta deidade foi tida em
grande honra. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bem, o
deus mais velho desceu e foi concebido pela esposa do brahmin. No seu dia de
batismo o chamaram Hatthi pala o Condutor de Elefante;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e para afastá-lo da renúncia ao mundo, o
confiaram aos cuidados de alguns guardadores de elefantes, entre os quais ele
cresceu. Quando já estava velho o bastante para andar nos próprios pés, o
segundo nasceu da mesma mulher. No nascimento o chamaram de Assapala, ou ‘cow
boy’ e ele cresceu entre aqueles que guardavam cavalos. O terceiro no seu nascimento
foi chamado Gopala, o pastor de vacas e ele cresceu entre os cuidadores de
vaca. Ajapala ou rebanho de cabras era o nome do quarto quando também ele
nasceu; e ele cresceu entre os pastores de cabras. Quando cresceram eram
rapazes de presságios auspiciosos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bem, por
medo que eles renunciassem ao mundo, todos os ascetas que fizeram tal coisa
foram banidos do reino; em todo o reino de Kasi não foi deixado nenhum. Os
rapazes eram duros: em qualquer caminho que fossem eles pilhavam os dons
cerimoniais que eram enviados para aqui e para lá. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando
Hatthipala estava com dezesseis anos, o rei e o capelão vendo sua perfeição
corporal, pensaram assim com eles mesmos. “Os rapazes estão crescidos e
grandes. Quando o parassol da realeza estiver levantado o que será feito com
eles? – Assim que a cerimônia de aspersão for feita sobre eles, crescerão muito
e impetuosamente: ascetas virão, eles o verão e se tornarão ascetas também; uma
vez que tiverem feito isto, o país inteiro ficará em confusão. Primeiro vamos
testá-los e depois faremos a cerimônia de aspersão.” Então ambos se vestiram
quais ascetas e vagaram em busca de ofertas até que chegaram na porta da casa
onde Hatthipala vivia. O rapaz ficou agraciado e deliciado em vê-los; aproximando-se,
ele os saudou com respeito e recitou três estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Por fim vemos um brahmin qual um deus, com grande coque,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Com dentes não limpos e sujo de poeira e carregado com peso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por fim vemos um sábio, que se
delicia em retidão, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Com hábitos de casca d’árvore a cobri-los e com a roupa amarela. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Aceitem um assento e para seus pés água fresca; é correto <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Oferecer dons de comidas a convidados – aceitem, pois convidamos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim ele lhes falou
um após o outro. Então o capelão disse a ele: “Hatthipala meu filho, você fala
isto porque você não nos conhece. Você pensa que somos sábios dos Himalaias mas
tal não o somos, meu filho. Este é o rei Esukari e eu sou teu pai o capelão.”
“Então,” disse o rapaz, “por que estão vestidos quais sábios ?” “Para
testá-lo,” ele disse. “por que me testar?” ele perguntou. “Porque, se você nos
ver e não renunciar ao mundo, estaremos prontos a realizar a cerimônia de
aspersão e torná-lo rei.” “Oh meu pai,” cotejou ele, “não quero realeza alguma;
renunciarei ao mundo.” Então seu pai respondeu, “Filho Hatthipala, este não é o
momento para renunciar o mundo;” e explicou sua intenção na quarta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Primeiro aprenda os Vedas, ganhe riqueza e esposa<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E
filhos, goze das boas coisas da vida, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Odores,
gostos e todos os sentidos: doce é a floresta <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para
viver dentro então e depois o sábio é bom. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Hatthipala respondeu
com uma estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
verdade não vem através dos Vedas nem pelo ouro; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nem
conseguir filhos evitará o envelhecimento; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dos
sentidos há libertação, como homens sábios sabem; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
próximo nascimento colhemos o que agora semeamos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em resposta ao jovem,
o rei agora recitou uma estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Muito
verdadeiras as palavras que dos teus lábios saíram: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No próximo
nascimento colhemos enquanto agora semeamos, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Teus pais
agora estão velhos: mas que eles possam ver<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cem anos de
saúde armazenados para ti. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“O que você quer dizer, meu senhor?” perguntou o príncipe e
repetiu duas estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquele que
na morte, Ó rei, um amigo pode encontrar,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E com a
idade uma aliança assinou; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para este
que não morrerá seja esta tua reza,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cem anos de
vida seja sua parte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Qual alguém
atravessando um rio sobre<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um barco e
viaja para a outra margem, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Iguais os
mortais inevitavelmente tendem<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para a
doença e velhice e o fim da morte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deste modo ele mostrou a estas pessoas como são transitórias
as condições da vida mortal, adicionando este conselho: “Enquanto você está aí,
Ó grande rei, e enquanto falo contigo, mesmo agora doença, envelhecimento e
morte aproximam-se de mim. Então fiquem vigilantes!” Assim saudando o rei e seu
pai, ele tomou consigo seus ajudantes e abandonou o reino de Benares e partiu
com a intenção de abraçar a vida religiosa. E uma grande companhia de pessoas
foi com o jovem homem Hatthipala; “pois”, eles diziam, “esta vida religiosa
deve ser uma coisa nobre.” A companhia estendia-se por uma légua de distância.
Ele com esta companhia procedeu até que chegaram nas margens do Ganges. Lá ele
induziu o transe místico contemplando as águas do Ganges. “Haverá uma grande
reunião de pessoas aqui,” ele pensou. “Meus três irmãos mais jovens virão, meus
pais, rei, rainha e todos, eles com seus ajudantes abraçarão a vida religiosa.
Benares ficará vazia. Até que eles venham permanecerei aqui.” Então ele sentou
lá, exortando a multidão reunida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia
seguinte o rei e seu capelão pensaram, “E assim príncipe Hatthipala realmente
renunciou seu direito ao reino e está sentado nas margens do Ganges, para onde
ele foi para seguir a vida religiosa e carregou uma grande multidão com ele.
Mas vamos tentar Assapala e aspergí-lo como rei.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então como antes vestidos de ascetas eles
foram para sua porta. Agradecido ele ficou quando os viu, foi até eles e
repetiu as linhas “Por fim” e assim por diante, fazendo o que o outro fizera.
Os outros fizeram como antes e contaram a ele a causa da sua vinda. Ele disse,
“Por que o Parassol branco é ofertado primeiro a mim, sendo que tenho um irmão
príncipe Hatthipala?”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eles responderam,
“Seu irmão foi embora, meu filho, para abraçar a vida religiosa; ele não terá
nada a ver com a realeza.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Onde ele
está agora?” perguntou o rapaz. “Sentado nas margens do Ganges.” “Caros,” ele
disse, “não quero nada daquilo que meu irmão cuspiu para fora da boca. Tolos e
aqueles que são privados de sabedoria não podem renunciar este pecado mas eu
renunciarei.” Então ele declarou a Lei para o pai e o rei em duas estrofes que
ele recitou: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Prazeres dos sentidos são apenas lodo e lama; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
delícia do coração traz morte e problemas dolorosos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quem
afunda nestas lamas não se aproxima nem um pouco <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em
loucura sem sentido da margem distante (o nirvana).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui está
alguém que certa vez inflingiu sofrimento e dor:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora ele
foi pego e nenhuma libertação é encontrada. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para que
ele nunca possa fazer tais coisas novamente<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Construirei paredes impenetráveis ao redor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Enquanto vocês
estão aí e mesmo enquanto falamos, doença, envelhecimento e morte aproximam-se
cada vez mais.” Com este conselho e seguido por uma companhia de pessoas por
uma légua de distância, ele foi para seu irmão príncipe Hatthipala. Que
declarou a Lei a ele, estando pousado nos ares e dizendo, “Irmão, haverá uma
grande reunião de pessoas neste lugar; permaneçamos nós dois aqui juntos.” O
outro concordou em ficar lá.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia seguinte
rei e capelão foram da mesma maneira para a casa do Príncipe Gopala: e por ele
sendo recebidos com a mesma alegria, explicaram a causa da vinda deles. Ele
igual a Assapala recusou a oferta deles. “Por um longo tempo,” ele disse,
“desejei abraçar a vida religiosa; como uma vaca perdida na floresta, estou
vagando em busca desta vida. Vejo o caminho que meus irmãos vão, qual trilha de
uma vaca perdida; e por esta mesma trilha irei.” Então ele repetiu uma estrofe:
<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Como alguém que busca uma vaca perdida, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que todo perplexo pela floresta
extravia-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Assim meu bem estar perdido; então por que esperar, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Rei Esukari, em seguir a trilha ?<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Mas,” ele
respondeu, “venha conosco por um dia, filho Gopalaka, por dois ou três dias,
venha conosco; faça-nos felizes e então você renunciará o mundo.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele disse, “Ó grande rei!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nunca adie para a-manhã o que deve ser feito
ho-je; se queres sorte, pegue ho-je pelo topete.” Então ele recitou outra
estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A-manhã! grita o tolo; dia
seguinte! ele berra. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nenhuma
residência no futuro! diz o sábio; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O bom a
seu alcance ele nunca desprezará. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim falou
Gopala, declarando a Lei em duas estrofes; e adicionou, “Enquanto vocês estão
aí e enquanto falamos, aproximam-se doença, envelhecimento e morte”. Seguido
então por uma companhia extensa uma légua de gente, ele fez seu caminho até
seus dois irmãos. E Hatthipala pousado nos ares declarou a Lei a ele também.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia seguinte do mesmo modo rei e capelão
apareceram na casa de Príncipe Ajapala, que os saudou com alegria como os
outros fizeram. Eles contaram porque vieram e propuseram levantar o parassol da
realeza. O príncipe disse: “Onde estão meus irmãos ?”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eles responderam, “Seus irmãos não terão nada
a ver com o reino; eles renunciaram o Parassol Branco e com um séquito que
percorre três léguas eles estão sentados nas margens do Ganges.” “Não colocarei
sobre minha cabeça o que meus irmãos cuspiram fora das suas bocas e assim
viver; mas eu também tentarei a vida religiosa.” Eles disseram, “Meu filho,
você é muito jovem; teu bem estar é nosso cuidado; fique mais velho, e
abraçarás a vida religiosa.” Mas o rapaz disse, “O que é isto que você está
falando ? Certamente a morte chega na juventude igual que com idade! Ninguém
tem marca na mão ou no pé para mostrar se morrerá jovem ou morrerá velho. Não
sei o tempo de minha morte e portanto renunciarei agora ao mundo de uma
vez.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele então recitou duas
estrofes:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certa vez vi uma donzela jovem e
bonita,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olhos
qual flores, intoxicada com a vida, sua parte<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De
alegria intocada ainda, na primeira floração da juventude: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Morte
veio e carregou embora o tenro ser.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim
nobres, belos rapazes, bem feitos e jovens,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com barbas
negras penduradas ao redor do queixo – <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deixo o
mundo e todas suas luxúrias, para ser <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um
eremita: vocês vão para casa e me perdoem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele continuou
então, “Vocês estão aí e enquanto falamos doença, velhice e morte
aproximam-se.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele saudou ambos, e na
frente de um séquito de uma légua de distância ele saiu para as margens do
Ganges.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Hatthipala pousado nos ares
declarou a Lei a ele também e sentou para esperar a grande reunião que ele
esperava. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia seguinte
o capelão começou a meditar sentado em seu sofá. “Meus filhos,” ele pensou
“abraçaram a vida religiosa; e agora estou sozinho um toco seco de ser humano.
Seguirei a vida religiosa também.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então
ele se dirigiu com esta estrofe para a esposa: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquilo que
tem galhos ramificados chamam árvore: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Desgalhado,
desramificado, é um tronco, não árvore alguma. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim um
homem sem filhos, minha esposa bem nascida: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É tempo
para mim de abraçar a vida santa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isto dito, ele
reuniu os bramins diante dele:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sessenta
mil deles vieram. Ele então os questionou o que planejavam fazer.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Você é nosso professor,” eles disseram.
“Bem,” cotejou ele, “devo buscar meu filho e abraçar a vida religiosa.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eles responderam, “O inferno não é quente
apenas para você; nós faremos a mesma coisa.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ele entregou seu tesouro, oitenta milhões, para sua esposa e na frente
de um séquito de brahmins extenso uma légua partiu para o lugar em que seus
filhos estavam. E para este séquito como antes Hatthipala declarou a Lei,
pousado alto nos ares. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia
seguinte pensou a esposa com ela mesma, “Meus quatro filhos recusaram o
Parassol Branco para seguirem a vida dos religiosos; meu esposo deixou a
fortuna de oitenta milhões e chutou sua posição de capelão real e foi se juntar
a seus filhos: - que sou eu para fazer tudo por mim mesma? Pela caminho que meu
filho foi eu irei também.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E comentando
um antigo ditado ela recitou esta estrofe de aspiração: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os
meses de chuva passam, os gansos quebram redes e armadilhas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com um
voo livre igual das garças através dos ares; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então
pelo caminho de marido e filho <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Buscarei conhecimento como estes
dois fizeram.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">[ o escoliasta se refere a história descrevendo como um
aranha teceu uma rede que encobriu um bando de gansos dourados, como dois dos
pássaros mais jovens no fim das chuvas rompem através com plena força e como o
resto seguiu pelo mesmo buraco e voaram fora.]<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Desde
que isto sei,” disse ela consigo mesma, “por que eu não renunciaria ao mundo? ”
Com este propósito ela reuniu as mulheres brahmins e disse a elas: “O que vocês
pretendem fazer com vocês mesmas? ” Elas perguntaram, “Você vai fazer o que? ”
– “Quanto a mim, renunciarei ao mundo.” – “Então nós faremos o mesmo.” Largando
então todo seu esplendor, ela foi atrás de seus filhos, levando com ela um
séquito de uma légua de distância de mulheres. A esta companhia também
Hatthipala declarou a Lei, sentado nos ares pousado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia
seguinte o rei perguntou, “Onde está meu capelão? ” “Meu senhor,” responderam,
“o capelão e sua esposa deixaram toda a riqueza para trás e seguiram seus
filhos em uma companhia que cobre duas ou três léguas.” Disse o rei, “Dinheiro
sem dono vem para mim, ” e mandou o juntarem na casa do capelão. A rainha
principal agora quer saber o que o rei estava fazendo. “Ele está mandando
buscar o tesouro, ” foi dito a ela, “da casa do capelão.” “E onde está o
capelão? ” ela perguntou. “Saiu para se tornar um religioso, esposa e todos.”
“Por que,” pensou ela, “aqui está o rei mandando trazer para sua própria casa o
esterco e o cuspe largados por este brahmin e sua esposa e seus quatro filhos!
Tolo enlouquecido! O ensinarei com uma parábola.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela pegou um pouco de carne de cachorro e fez
um monte dela no jardim do palácio. Depois ela armou uma armadilha ao redor
deixando o caminho aberto direto para cima. Os abutres vendo-a de cima desceram
rapidamente. Mas os sábios entre eles notaram que a armadilha estava ao redor;
e sentindo que eram muito pesados para elevar-se direto, eles vomitaram o que
tinham comido e sem ser pegos na armadilha elevaram-se e voaram. Outros cegos
de loucura devoraram o vômito dos primeiros e ficando pesados não conseguiram
ficar leves mas foram pegos na armadilha. Trouxeram um dos abutres para a
rainha e ela levou-o para o rei. “Veja, Ó rei!” ela disse, “há algo a ser visto
por nós no jardim.” Abrindo a janela, “Veja aqueles abutres, sua majestade!” e
ela repetiu duas estrofes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os
pássaros que comeram e vomitaram estão livres voando nos ares: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas aqueles que
comeram e guardaram, para baixo são capturados por mim agora. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um
brahmin vomita suas luxúrias e tua comerás a mesma? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um homem que come
um vômito, senhor, merece a mais profunda reprovação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com estas
palavras o rei se arrependeu; os três estados da existência (sensual, corporal,
sem forma, os três mundos) pareciam com chamas flamejantes; e ele disse, “Ho-je
mesmo devo deixar meu reino e abraçar a vida religiosa.” Cheio de dor, ele
louvou a rainha em uma estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como um
homem forte empresta uma mão de ajuda <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para o
mais fraco que afunda no lodo ou na areia movediça: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deste
modo, Rainha Pancati, tu me salvaste aqui, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com
versos cantados tão docemente aos meus ouvidos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Logo que ele
disse isto no mesmo momento mandou chamar seus cortesãos, ansioso em tentar a
vida religiosa e disse a eles, “E o que vocês farão? ” Eles responderam, “O que
você fará? ” Ele disse, “Procurarei Hatthipala e me tornarei religioso.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Então,” eles disseram, “nós, meu senhor, faremos
o mesmo.” O rei deixou sua soberania sobre Benares, esta grande cidade, doze
léguas extensa, e disse, “Deixemos quem levantará o Parassol Branco.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então cercado de seus cortesãos, na frente de
uma coluna três léguas extensa, ele foi para a presença do jovem. A este corpo
também Hatthipala declarou a Lei, sentado alto nos ares.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>_______________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
Mestre repetiu uma estrofe que conta como o rei renunciou este mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então Esukari, rei poderoso, senhor de
muitas terras, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De Rei
tornou-se eremita, como um elefante que rompe suas amarras.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>_____________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia seguinte
o Povo que foi deixado na cidade reuniu-se diante do portão do palácio e
queriam falar com a rainha.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eles
entraram, e saudando a rainha, permaneceram em um dos lados, repetindo a
estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É o
prazer de nosso nobre rei <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ser
um eremita, largando tudo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então
no lugar do rei agora pedimos que tu permaneças; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cuide
do reino, protegido por nossas mãos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela escutou ao
que a multidão disse e então repetiu as estrofes restantes:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É o prazer
do nobre rei <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ser um
eremita, largando tudo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora saibam
que andarei sozinha no mundo<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Renunciando
cada uma das luxúrias e prazeres. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É o prazer
no nobre rei <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ser um
eremita, largando tudo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora saibam
que andarei sozinha no mundo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Onde quer
que estejam, renunciando cada uma das luxúrias. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tempo passa,
segue noite após noite, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Belezas
jovens uma a uma devem diminuir e morrer: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora
saibam que andarei sozinha no mundo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Renunciando
cada uma das luxúrias e prazeres. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tempo
passa, segue noite após noite, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Belezas
jovens uma a uma devem diminuir e morrer: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora
saibam que andarei sozinha no mundo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Onde quer
que estejam, renunciando cada uma das luxúrias. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tempo
passa, segue noite após noite, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Belezas
jovens uma a uma devem diminuir e morrer: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora
saibam que andarei sozinha no mundo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cada laço
jogado fora, nem poder de apaixonar eu tenho. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com estas
estrofes ela declarou a Lei para a grande multidão; reunindo então as esposas
dos cortesãos disse a elas, “E o que vocês farão?” “Madame,” elas disseram, “o
que você fará”- “Abraçarei a vida religiosa.” – “Então também o faremos.” A
rainha então deixou aberta as portas de todos os depósitos de ouro no palácio e
fez com que fosse gravado em um disco dourado, “Em tal lugar há um grande
tesouro escondido; quem quiser pegá-lo pode tê-lo.” Este disco dourado ela
amarrou num pilar sobre o grande tablado e enviou o tambor batendo a
proclamação ao redor da cidade. Deixando então toda sua magnificência, ela saiu
da cidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A cidade toda então ficou em
ebulição: o grito era, “Nosso rei e nossa rainha deixaram a cidade para se
juntar aos religiosos; o que nós faremos agora?” Em seguida o Povo todo deixou
suas casas e tudo que havia nelas e saiu, levando seus filhos pela mão; todas
as lojas permaneceram abertas mas ninguém nem mesmo se virou para olhá-las:
toda a cidade ficou vazia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E a rainha
com um séquito de três léguas de extensão foi para o mesmo lugar que os outros.
Para a sua companhia Hatthipala também declarou a Lei, pousado nos ares acima
deles; e então com todo o conjunto de séquitos totalizando doze léguas ele
partiu para o Himalaia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Todo o estado
de Kasi fervilhava, gritando como Hatthipala esvaziou a cidade de Benares,
extensa doze léguas e como em grande companhia partiu fora rumo ao Himalaia
para abraçar a vida religiosa; “certamente então” eles disseram, “quanto mais
melhor!” No fim esta companhia cresceu tanto que cobria trinta léguas; e ele
com esta grande companhia foi para o Himalaia.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sakra
meditando percebeu o que estava acontecendo. “Príncipe Hatthipala,” ele pensou,
“fez a Renúncia; haverá uma grande reunião de gente e eles devem ter um lugar
para viver.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele então deu ordens a
Vishvakarma: “Vá, faça um eremitério trinta e seis léguas extenso e quinze de
largura, e reúna dentro dele todo o necessário para os religiosos.” Ele
obedeceu; e fez nas margens do Ganges em um lugar agradável um eremitério do
tamanho pedido, preparou nas cabanas de folhas estrados juncados com galhos ou
juncados com folhas, aprontando todas as coisas necessárias para os religiosos.
Cada cabana tinha suas portas, cada uma seu<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>corredor; havia lugares separados para ficar de dia e ficar de noite;
tudo bem acabado com cal; havia bancos para sentar. Aqui e lá haviam árvores
floridas carregadas com fragrantes florações de muitas cores; no final de cada
corredor havia um poço para retirar água e ao lado uma árvore frutífera e cada
árvore dava um tipo de fruto. Tudo isto foi feito com poder divino. Quando
Vishvakarma terminou o eremitério e dotou as cabanas de folhas com todas as coisas
necessárias, ele escreveu em letras vermelhas numa parede – “Quem quer que
abrace a vida religiosa é bem vindo para estas coisas necessárias.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então com seu poder sobrenatural ele baniu
daquele lugar todos os sons ruins, todos os pássaros e bestas odiosos, todos os
seres inumanos e voltou para seu próprio lugar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Hatthipala chegou neste eremitério, presente de Sakra, por uma trilha e
viu o que estava escrito. Então ele pensou, “Sakra deve ter percebido que fiz a
Grande Renúncia.” Ele abriu a porta, e entrou numa cabana e pegou aquelas coisa
que marcam o asceta saiu novamente e pelo corredor andou para cima e para baixo
algumas vezes. Então ele admitiu o resto da companhia para a vida religiosa e
foi inspecionar o eremitério. Ele colocou a parte no meio a habitação das
mulheres com crianças e próximo a esta das mulheres mais velhas e próxima a das
mulheres sem crianças; as outras cabanas ao redor ele colocou os homens. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Então um certo rei, escutando que não havia rei em Benares. Foi ver e
encontrou a cidade adornada e decorada. Entrando no palácio real, ele viu o
tesouro num monte. “O que! ” disse ele, “renunciar a uma cidade como esta e
tornar-se um religioso logo que chega uma chance isto é verdadeiramente um gesto
nobre!” Perguntando o caminho para algumas pessoas bêbadas ele seguiu para
encontrar Hatthipala. Quando Hatthipala percebeu que ele estava vindo para a
encosta da floresta, ele saiu para encontrá-lo e pousado nos ares declarou a
Lei para esta companhia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então os levou
para o eremitério e aceitou todo o grupo na Irmandade. Do mesmo modo seis
outros reis se juntaram a eles. Estes sete reis renunciaram sua riqueza.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O eremitério, trinta e seis léguas de
extensão, enchia continuamente. Quando algum grande homem tinha pensamentos de
luxúria ou qualquer coisa semelhante, ele declarava a Lei para ele e
ensinava-os o pensamento das Perfeições e o Ênstase; estes então geralmente
desenvolviam o transe místico; e dois terços deles nasceram novamente no mundo de
Brahma, enquanto um terço sendo dividido em três partes, uma parte nasceu no
mundo de Brahma, uma nos seis céus dos sentidos, uma tendo realizado uma missão
de vidente nasceu no mundo dos homens. Assim eles tiveram cada um seu próprio
mérito. Assim o ensinamento de Hatthipala salvou todos do inferno, do nascer
animal, do mundo dos fantasmas e de encarnar como um Titan. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>__________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na
ilha do Ceilão, aqueles que fizeram a Renúncia foram: Ancião Dhammagutta, que
fez a terra tremer; Ancião Phussadeva, um cidadão de Katakandhakara; Ancião
Mahasamgharakkhita, de Uparimandalakamalaya; Ancião Malimahadeva; Ancião
Mahadeva, de Bhaggiri; Ancião Mahasiva, de Vamantapabbhara; Ancião Mahanaga, de
Kalavallimandapa; aqueles na companhia de Kuddala, de Mugapakkha, de
Culasutasoma, de Ayoghara o Sábio, e último de todos Hatthipala. Portanto disse
o Abençoado, “Apressem-se, vocês felizes! ( Dhammapada, 116), isto é, felicidade
virá somente se usarem de toda a pressa.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando ele
terminou este discurso, o Mestre disse, “Assim, Irmãos, o Tathagata fez a
Grande Renúncia muito tempo atrás como a fez agora”; o que dito ele identificou
o Jataka: “Naquele tempo, Rei Suddhodana era rei Esukari, Mahamaya sua rainha,
Kassapa o capelão, Bhaddakapilani sua esposa, Anurudha era Ajapala, Moggaallana
era Gopala, Sariputra era Assapala, os seguidores de Buddha eram o resto e eu
mesmo era Hatthipala.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-87273538382480968402023-04-15T13:41:00.003-07:002023-04-15T13:41:42.298-07:00508 Osadha & Amara (cont.)<p> </p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQStQhRWtrQvI9ivXQ3p7o0gP6a-DoLkgiwyZ6zBuzOAEhHMrcjtDjHV6iMjzzNcoe7Py4xA9ra4PABkV4NfZIdXmUVchstPTspEyH_z8q4657zlxHZDV3FrKL-v7qC3PTLAd8211BdeXE9zsfZH2rUj9pmSRYxYhX4uF5vksfQjs-oDzGZBiX8ug/s745/takkasila%20004.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="533" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQStQhRWtrQvI9ivXQ3p7o0gP6a-DoLkgiwyZ6zBuzOAEhHMrcjtDjHV6iMjzzNcoe7Py4xA9ra4PABkV4NfZIdXmUVchstPTspEyH_z8q4657zlxHZDV3FrKL-v7qC3PTLAd8211BdeXE9zsfZH2rUj9pmSRYxYhX4uF5vksfQjs-oDzGZBiX8ug/s320/takkasila%20004.bmp" width="229" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeD053W70qJ91cu4qNkvYTj3kLuMHOWnSwUufvU_vQ_W076uzH94r3cRfc6fpT6r5v1OLBDSxhkgicjyEEN6ZNWDPeyQkr-_rwNhCHHQ_ngXK-psBxfX7iNhKDnuu3qtuug9CtAH7nx_wYuElrfcc2HyWuZUH07hl1zZWasyOt13AT0QLiHiMP1yY/s1861/boro%20e%20ajanta%20001.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1861" data-original-width="1544" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeD053W70qJ91cu4qNkvYTj3kLuMHOWnSwUufvU_vQ_W076uzH94r3cRfc6fpT6r5v1OLBDSxhkgicjyEEN6ZNWDPeyQkr-_rwNhCHHQ_ngXK-psBxfX7iNhKDnuu3qtuug9CtAH7nx_wYuElrfcc2HyWuZUH07hl1zZWasyOt13AT0QLiHiMP1yY/s320/boro%20e%20ajanta%20001.bmp" width="265" /></a></div><br /><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt;">508</span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">Osadha & Amara (cont.)</span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A questão dos
Cinco Homens Sábios. Ou Estória da Calúnia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Novamente os quatro homens sábios disseram, “Este sujeito qualquer cada
vez cresce mais em grandeza: o que devemos fazer? ” Senaka então fala por eles,
“Tudo bem, tenho um plano. Vamos até o sujeito e perguntamos a ele, A quem é
certo contar um segredo? Se ele disser, Para ninguém, falaremos contra ele para
o rei e diremos que ele é um traidor.” Assim os quatro foram para a casa do
homem sábio e o saudaram e disseram, “Sábio senhor, em que deve uma pessoa
estar firmemente estabelecida ?” “Na verdade.” “Isto feito, qual a próxima
coisa a fazer?” “Ele deve produzir bens.” “O que depois disto?” “Ele deve
aprender bons conselhos.” “Depois disto qual a próxima ?” “Ele não deve dizer
para ninguém seu próprio segredo.” “Obrigado senhor,” eles disseram e saíram
felizes pensando, “Hoje veremos as costas do sujeito !” Então entraram na
presença do rei e disseram a ele, “Senhor, o sujeito é um traidor para contigo!”
O rei respondeu, “Não acredito em vocês, ele nunca seria um traidor para
comigo.” “Acredite nisto, senhor, pois é verdade! Mas se você não acredita,
então pergunte a ele a quem um segredo deve ser contado; se ele não é nenhum
traidor, ele dirá, Para fulano e sicrano; mas se ele é um traidor ele dirá, Um
segredo não deve ser a ninguém; quando seu desejo for realizado, então você
pode falar. Então acredite em nós e não suspeite mais.” De acordo com isto, um
dia quando todos estavam sentados juntos ele recitou a primeira estrofe deste
jataka: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os
cinco sábios estão agora juntos e uma questão me ocorre: escutem. A quem um
segredo deve ser revelado, seja bom ou mal ?<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isto dito,
Senaka, pensando em trazer o rei para seu lado, repetiu esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Declares
teu pensamento Ó senhor da terra! Tu és nosso suporte e carregas nossos fardos.
Os cinco homens sábios entenderão teu desejo e prazer e então falarão, Ó senhor
dos homens! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o rei em sua
fraqueza humana recitou esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Se uma mulher é
virtuosa e fiel, subserviente aos desejos e vontades de seu marido, tem
afeição, um segredo deve ser contado seja bom ou mal para a esposa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Agora o rei
está do meu lado!” pensou Senaka e agraciado ele repetiu uma estrofe,
explicando seu próprio curso de conduta: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquele
que protege uma pessoa doente em sofrimento e que é seu refúgio e suporte, pode
revelar a seu amigo um segredo seja bom ou mal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o rei
perguntou a Pukkusa: “O que te parece Pukkusa? A quem deve um segredo ser
contado?” e Pukkusa recitou esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Velho ou
jovem ou entre os dois, se um irmão é virtuoso e fiel, para tal irmão um
segredo pode ser contado, seja bom ou mal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Depois o rei questionou Kavinda e ele recitou
esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando um
filho é obediente ao coração de seu pai, um filho verdadeiro, de elevada
sabedoria, a este filho um segredo pode ser revelado seja bom ou mal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o rei
questionou Devinda, que recitou esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ó senhor dos
homens! Se uma mãe aprecia seu filho com afeição amorosa, a esta mãe ele pode
revelar um segredo seja bom ou mal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Após questioná-los o
rei perguntou, “Como você considera isto, sábio senhor?” e ele ( Osadha )
recitou esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bom é o
sigilo de um segredo, a revelação de um segredo não é para ser louvada. A
pessoa inteligente deve guarda-lo para si mesma enquanto ele não se realiza;
mas depois que ele acontece pode falar quando quiser. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando o sábio
disse isto o rei ficou descontente: então o rei olhou para Senaka e Senaka
olhou para o rei. O Bodhisatva viu isto e reconheceu o fato, que estes quatro o
caluniaram antes diante do rei e que esta questão deve ter sido colocada para
testá-lo. Bem, enquanto eles falavam o Sol se pôs e lâmpadas foram acesas.
“Difícil são os caminhos dos reis,” ele pensou, “o que acontecerá ninguém pode
dizer; devo partir rapidamente.” Então ele se levantou de seu assento, saudou o
rei, e foi embora pensando, “Destes quatro, um disse que poderia falar para um
amigo, um para um irmão, um para um filho, um para uma mãe: eles devem ter
feito ou visto alguma coisa; ou, penso, escutaram outros contarem o que viram.
Ora, ora, descobrirei ho-je.” Tal foi seu pensamento. Bem, em outros dias,
estes quatro quando saíam do palácio costumavam sentar em um cocho (virado ao
contrário) na porta do palácio, e falavam dos seus planos antes de ir para
casa: então o sábio considerou que se ele se escondesse debaixo daquele cocho
ele poderia conhecer os segredos deles. De acordo com isto, levantando o cocho,
fez com que um tapete fosse colocado debaixo dele e insinuou-se para dentro,
dando ordens a seus homens para vir buscá-lo depois que os quatro homens sábios
tivessem ido embora após suas conversas. Os homens se comprometeram e partiram.
Enquanto isto Senaka estava falando com o rei, “Senhor, você não acredita em
nós mas e agora o que você acha?” O rei aceitou a palavra destes procriadores
de embotamento sem investigar e perguntou aterrorizado, “O que faremos agora,
sábio Senaka ?” “Senhor, sem demora, sem dizer palavra para ninguém, ele deve
ser morto.” “Ó Senaka, ninguém cuida dos meus interesses a não ser você. Pegue
seus amigos com você e espere na porta e de manhã quando o sujeito vier para me
aguardar, rache a cabeça dele com uma espada.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Assim falando deu a eles sua própria preciosa espada. “Muito bem, meu
senhor, nada tema, nós o mataremos.” Eles saíram falando, “Vemos as costas do
nosso inimigo !” e sentaram no cocho. Então Senaka disse, “Amigos, quem
atingirá o sujeito ?” Os outros disseram, “Você, nosso professor,” deixando a
tarefa para ele. Então Senaka disse, “Vocês disseram, amigos, que um segredo
deve ser contado para tais e tais pessoas: foi isto algo que vocês fizeram,
viram ou escutaram ?” “Não ligue não professor: quando você disse que um
segredo pode ser dito para um amigo , foi alguma coisa que você fez?” “O que
importa isto para vocês ?” ele perguntou. “Por favor diga-nos, professor,” eles
repetiram. Ele disse, “Se o rei vier a saber este segredo, minha vida seria
confiscada.” “Nada tema, professor, não há ninguém aqui para trair nosso
segredo, diga-nos, professor.” Então, batendo em cima do cocho, Senaka disse,
“E se o caipira estiver aqui debaixo ?!” “Ó professor! O sujeito em toda sua
glória não iria insinuar-se num lugar como este! Ele deve estar intoxicado com
sua prosperidade. Vamos, diga-nos.” Senaka contou seu segredo e disse, “Vocês
conhecem tal e tal prostituta nesta cidade ?” “Sim, professor.” “Ela agora pode
ser vista ?” “Não, professor.” “No bosque de árvores sal eu deitei com ela e
depois a matei para pegar suas joias, as quais amarrei numa trouxa e levei para
minha casa e pendurei numa presa de elefante em tal quarto de tal dispensa: mas
usá-los não posso até que tudo tenha passado. Este é o crime que contei a um
amigo e ele não contou para ninguém; e daí porque eu disse que um segredo pode
ser contado para um amigo.” O sábio escutou este segredo de Senaka e o guardou
na cabeça. Então Pukkusa contou seu segredo. “Na minha coxa há um lugar
leprosado. Uma manhã meu irmão mais novo o lavou, colocou salva nele e um
curativo e nunca contou para ninguém. Quando o coração do rei está mole ele
grita, Venha aqui, Pukkusa e costuma deitar sua cabeça na minha coxa. Mas se
ele soubesse ele me mataria. Ninguém sabe disto a não ser meu irmão mais novo;
e daí porque disse, Um segredo pode ser contado para um irmão.” Kavinda contou
seu segredo. “Quanto a mim, na quinzena escura (lua nova) no dia de jejum, um
duende chamado Naradeva toma possessão de mim e eu fico latindo que nem um
cachorro doido. Contei para meu filho isto; e ele, quando me viu possuído, me
amarrou dentro de casa e me deixou fechando as portas e para abafar meu barulho
reuniu um grupo de pessoas. Daí porque disse que um segredo pode ser contado
para um filho.” Então todos os três questionaram Devinda e ele contou seu
segredo. “Sou inspetor das joias do rei; e roubei uma pedra da sorte
maravilhosa, presente de Sakra para o Rei Kusa e a dei para minha mãe. Quando
vou para a Corte ela me entrega a pedra, sem dizer uma palavra para ninguém; e
devido a esta pedra sou preenchido com o espírito da boa fortuna quando entro
no palácio. O rei fala comigo primeiro antes de qualquer um de vocês e me dá
todo dia para gastar oito rúpias, ou dezesseis, ou trinta e duas, ou sessenta e
quatro. Se o rei soubesse que tenho esta gema escondida eu seria um homem
morto! Daí porque eu disse que um segredo pode ser contado para uma mãe.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
Grande Ser anotou cuidadosamente todos os segredos deles; eles contudo, após
descobrirem seus segredos como se abrissem as barrigas e deixassem as entranhas
para fora, levantaram-se do assento e partiram, dizendo, “Não deixem de vir
cedo e nós mataremos o miserável.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando
eles já tinham ido, os homens do sábio vieram e viraram o cocho e levaram o
Grande Ser para casa. Ele se lavou, se vestiu e se alimentou; e sabendo que sua
irmã Rainha Udumbari enviaria naquele dia uma mensagem do palácio, ele colocou
uma pessoa de confiança para vigiar, ordenando que enviasse imediatamente
qualquer pessoa que viesse do palácio. Então ele deitou em sua cama. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Naquela
hora o rei também estava deitado em sua cama e lembrando da virtude do sábio. “O
sábio Mah’Osadha me serve desde que ele tem sete anos de idade e nunca me fez
nada de errado. Quando a deusa (do parassol) perguntou-me suas questões não
fora pelo sábio eu seria um homem morto. Aceitar as palavras de inimigos
vingativos, dar a eles uma espada e ordená-los que matem um sábio sem igual,
isto eu nunca deveria ter feito. Depois de a-manhã não o verei mais !” Ele
afligiu-se, suor caía de seu corpo, possuído de aflição seu coração não tinha
paz. Rainha Udumbari, que estava com ele na cama, vendo-o neste estado
perguntou, “Fiz alguma ofensa contra ti ? ou alguma outra coisa causa aflição
ao meu Senhor ?” e ela repetiu esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Por que estás perplexo, Ó rei? Não escutamos a voz do senhor dos homens!
O que você pondera assim deprimido ? Há alguma ofensa minha, meu senhor ? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei
repetiu uma estrofe:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Eles dizem, ‘o sábio Mah’Osadha deve ser morto’; e condenado por mim à
morte está o mais sábio de todos. Quando penso nisto fico deprimido. Não há
erro em ti, minha rainha. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando ela
escutou isto, aflição a esmagou como uma pedra, por causa do Grande Ser ; e ela
pensou, “Sei um plano para consolar o rei: quando ele dormir enviarei uma
mensagem para meu irmão.” Então ela disse a ele, “Senhor, foi você que fez o
filho do miserável elevar-se a grande poder; você o fez comandante em chefe.
Agora eles dizem que ele se tornou seu inimigo. Nenhum inimigo é
insignificante; morto ele deve ser, portanto não se aflija.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim ela consolou o rei; sua aflição
diminuiu e ele caiu no sono. Então a rainha se levantou e foi para seu quarto e
escreveu uma carta assim. “Mah’Osadha, os quatro homens sábios o caluniaram ; o
rei está com raiva, e a-manhã ordenou que tu sejas morto no portão. Não venhas
ao palácio a-manhã de manhã; ou se vieres, venhas com poder de segurar a cidade
em sua mão.” Ela colocou a carne dentro de uma carne assada, embrulhou-a com
barbante e colocou em um pote novo, o perfumou e o selou, e entregou a uma
empregada dizendo, “Pegue esta carne assada e a leve para meu irmão.” Ela fez
isto. Vocês não devem supor como ela saiu de noite, pois o rei tinha em outro
momento dado este dom para a rainha e portanto ninguém a impedia. O Bodhisatva
recebeu o presente e despediu a mulher, que retornou e relatou que entregou-o.
Então a rainha foi e deitou ao lado do rei. O Bodhisatva abriu a carne assada e
leu a carta e entendeu e após deliberar o que devia ser feito foi descansar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Cedo de manhã, os outros quatro homens sábios espada na mão permaneceram
no portão mas não vendo o sábio eles ficaram abatidos e entraram para falar com
o rei. “Bem,” disse ele, “o caipira está morto ?” Eles responderam, “Não o
vimos, Senhor.” E o Grande Ser na aurora tomou toda a cidade em seu poder,
colocou guardas aqui e lá, e em uma carruagem com uma grande hoste de homens e
grande magnificência veio para os portões do palácio. O rei permaneceu olhando
para fora de uma janela aberta.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o
Grande Ser desceu de sua carruagem e o saudou; e o rei pensou, “Se ele fosse
meu inimigo não me teria saudado.” Então o rei o mandou chamar e sentou no seu
trono. O Grande Ser veio e sentou em um dos lados: os quatro homens sábios
também sentaram lá. Então o rei fez como se não soubesse de nada e disse, “Meu
filho, ontem você nos deixou e agora você vem novamente; por que você me trata
tão negligentemente ?” e ele repetiu esta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>A tarde você foi e agora você vem. O que você escutou? O que tua mente
teme? Quem manda em você, Ó mais sábio ? Venha, estamos escutando tua palavra:
diga-me. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Grande
Ser respondeu, “Senhor, tu escutaste aos quatro homens sábios e ordenaste minha
morte, daí porque eu não vim,” e reprovando-o repetiu esta estrofe:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘O
sábio Mah’Osadha deve ser morto’ : se você disse isto na noite passada em
segredo para tua esposa, teu segredo foi revelado e eu o escutei.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando o rei
escutou isto ele olhou com raiva para sua esposa pensando que ela devia ter
enviado mensagem sobre isto na mesma hora. Observando isto o Grande Ser disse,
“Por que estás irado com a rainha, meu senhor? Conheço todo o passado, presente
e futuro. Suponha que a rainha tenha me contado teu segredo: quem me contou os
segredos do mestre Senaka, Pukkusa e do resto deles ? Mas eu sei todos os seus
segredos”; e ele contou o segredo de Senaka nesta estrofe:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O ato
pecaminoso e ruim que Senaka realizou no bosque de árvores sal ele contou a um
amigo em segredo, este segredo foi revelado e eu o escutei.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olhando para
Senaka, o rei perguntou, “É verdade isto ?” “Senhor, é verdade,” ele respondeu
e o rei ordenou que o jogassem na prisão. Então o sábio contou o segredo de
Pukkusa nesta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
homem Pukkusa, Ó rei dos homens, há uma doença inadequada ao toque do rei: ele
contou isto em segredo a seu irmão. Este segredo foi descoberto e eu o escutei.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei olhando
para ele perguntou, “É isto verdade ?” “Sim, meu senhor,” ele disse;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e o rei o mandou também para a prisão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então o sábio contou o segredo de Kavinda
nesta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Doente está aquele homem ali, de natureza má, possuído por Naradeva. Ele
contou isto em segredo para seu filho: este segredo foi descoberto e eu o
escutei.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“É isto verdade
Kavinda ?” o rei perguntou; e ele respondeu, “É verdade.” Então o rei o mandou
também para a prisão. O sábio agora conta o segredo de Devinda nesta estrofe: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>A nobre e preciosa gema de oito faces, que Sakra deu a teu avô, está
agora nas mãos de Devinda e ele contou isto para a mãe dele em segredo. O
segredo foi descoberto e eu o escutei. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“É verdade
Devinda ?” o rei perguntou; e ele respondeu, “É verdade.” Então mandou ele
também para a prisão. Assim aqueles que planejaram par matar o Bodhisatva
ficaram todos os grilhões juntos. E o Bodhisatva disse, “Daí porque digo, uma
pessoa não deve dizer seu segredo para ninguém; aqueles que disseram que um
segredo pode ser contado, caíram todos em completa ruína.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E ele recitou estas estrofes, proclamando uma
doutrina mais elevada: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
sigilo de um segredo é sempre bom, nem está bem que se divulgue um segredo.
Quando a coisa não se realiza o homem sábio deve guardá-la consigo mesmo: quando
ele realizar seu objetivo deixe-o falar como quiser. Não se deve revelar uma
coisa secreta mas deve-se guardá-la como um tesouro; pois uma coisa secreta não
é bom que se revele pelo prudente. Nem a uma mulher contaria o sábio um
segredo, nem a um inimigo, nem para alguém que pode estar incitado por
interesse próprio, nem por causa de afeições. Aquele que revela uma coisa
secreta desconhecida, por medo de quebra de confiança deve suportar se escravo
de outro. Tantos quanto são aqueles que sabem o segredo de uma pessoa, tantas
são as ansiedades desta pessoa: portanto não se deve revelar um segredo.
Afaste-se de contar um segredo de dia; de noite em sussurros suaves: pois
ouvintes escutam palavras, logo as palavras espalham-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando o rei
escutou o Grande Ser falar ele estava nervoso e pensou, “Estes homens,
traidores eles mesmos ao seu rei, inventaram que o sábio me traía !” Então ele
disse, “Levem-os para fora da cidade e impale-os ou rachem a cabeça !” Então
amarraram as mãos deles nas costas e em toda esquina nas ruas eram golpeados
cem vezes. Mas enquanto estavam sendo arrastados, o sábio disse, “Meu senhor,
estes são teus antigos ministros, perdoe-lhes as faltas !” O rei consentiu e
deu-lhes como escravos para ele. Ele os libertou imediatamente. Então o rei
disse, “Bem, eles não devem viver em meu reino,”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e ordenou que fossem banidos. Mas o sábio
suplicou a ele que lhes perdoasse a loucura cega e o apaziguou e o persuadiu a
restaurar-lhes as posições que tinham. O rei ficou muito agraciado com o sábio:
se esta era a terna misericórdia para com os inimigos, qual não seria em
relação aos outros!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Daí em diante os
quatro sábios, qual cobras sem presas nem veneno, não conseguiam dizer palavra,
nos é dito. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui termina a
Questão dos cinco sábios e também a Estória da Calúnia. <o:p></o:p></span></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-89799243859579706922023-03-05T07:00:00.007-08:002023-03-05T07:04:26.388-08:00507 Buddha príncipe Anitthi-gandha<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG_UVHLcwtBqZil5BRil0KTyBksIaIQVG6Yer72QIATAGH_HcoCEA1haea7HswSNN-HyKZzZB96TR61h1xeWtqH6imyC9m1PkGgBIje-R-AqH269mYusYKQ1nzBQeN13tbGm-sRDMVNlbyvo1iVWR9FWD0-rBL4-zIeEbwGBTYyXmUO1DxyWccFto/s1667/Sanchi%202%20012.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1337" data-original-width="1667" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG_UVHLcwtBqZil5BRil0KTyBksIaIQVG6Yer72QIATAGH_HcoCEA1haea7HswSNN-HyKZzZB96TR61h1xeWtqH6imyC9m1PkGgBIje-R-AqH269mYusYKQ1nzBQeN13tbGm-sRDMVNlbyvo1iVWR9FWD0-rBL4-zIeEbwGBTYyXmUO1DxyWccFto/s320/Sanchi%202%20012.bmp" width="320" /></a></div><br /> Sanchi, Índia<p></p><p><br /></p><p><span style="font-size: 14pt;">507</span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Do céu de Brahma...etc” – Esta história o
Mestre contou enquanto residia em Jetavana, sobre a contaminação da santidade.
As circunstâncias já foram dadas. Aqui novamente disse o Mestre, “Mulheres
causam contaminação mesmo em almas santificadas,” e então contou esta história
do passado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certa vez em
Benares – aqui a história do passado continua como no jataka 263. Aqui
novamente o Grande Ser desce do mundo de Brahma como o filho do Rei de Kasi e
seu nome era Príncipe Anitthi-gandha, avesso-a-mulher. Nas mãos de mulheres não
ficaria; elas precisavam vestir-se como homens para dar a ele o seio; ele
morava num quarto de meditação e nunca viu uma mulher. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>___________________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para explicar
isto, o Mestre repetiu quatro estrofes, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Do céu de Brahma um
deus desceu, e aqui sobre esta terra<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como filho de Rei que
qualquer desejo é lei, teve seu nascimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No céu de Brahma
nenhum ato de luxúria, nem menção, nunca chegaram:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então nascido neste
mundo, o príncipe agora desprezava até seu nome. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dentro do palácio ele
fez um quarto apenas para si, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Onde mergulhado em
meditação profunda passava seus dias sozinho. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Rei, tornando-se
angustiado por seu filho, lamentava-se de vê-lo lá:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Um único filho tenho
e ele para prazeres não liga.’<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>__________________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A quinta
estrofe descreve a lamentação do rei: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ó, quem pode me
dizer o que fazer! Ó, não há nenhum artifício ? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quem o ensinará a
anelar alegrias do amor e quem poderá seduzí-lo ? <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>__________________________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A próxima estrofe
e meia são da perfeita sabedoria: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há uma garota, de
formas graciosas, de pele amável e bela: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela conhecia um
mundo de canções bonitas e bem podia dançar e girar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta garota
procurou sua majestade e então ela começou. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>____________________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A próxima linha é
dita pela jovem garota. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Vou seduzí-lo, se
você me conceder casar com ele.’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei respondeu à
donzela e assim ele disse: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Se você tiver
sucesso em aliciá-lo, teu marido ele será.’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O rei então deu
ordens para que toda oportunidade fosse concedida a ela e a enviou para
permanecer junto ao príncipe. De manhã, pegando seu violão ela foi e permaneceu
justo do lado de fora do quarto de dormir do príncipe e tocando seu violão com
as pontas dos dedos tentou atraí-lo cantando com voz doce. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>______________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para explicar isto o
Mestre disse: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A garota entrou
dentro da casa e onde ela ficou <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cantou canções
doces e lânguidas, para penetrar um coração amante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lá enquanto a garota
ficava e cantava, o príncipe, que escutava o som, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Direto caiu em
afeição e perguntou aos empregados que estavam lá – <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que som melodioso é
este que escuto tão claramente, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Perfurando o coração
com pensamentos de amor, delicioso aos ouvidos ?<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma jovem, sua
alteza, bela de ver, de alegria infinita: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Gozarias das doçuras
do amor, rendendo-se, entregando-se, a esta delícia?<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Veja, aqui, deixa
ela vir para mais perto e deixe ela cantar ainda mais, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui deixe ela
cantar diante da minha face dentro do meu quarto ! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela que cantara do lado de fora estava dentro
do quarto agora: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela o pegou como um
elefante é pego numa armadilha na floresta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele sentiu a
alegria do amor e vejam ! olhem o ciúme plenamente crescido:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Nenhum outro homem
a amará! ele gritou, ‘mas eu apenas a amarei!’. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Nenhum outro homem
mas eu apenas!’ ele gritava; e foi para fora – <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pegou uma espada e
correu querendo matar com raiva todos os homens! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Povo gritando
alarmado fugiu todo para o palácio: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Teu filho está matando
todo mundo mesmo sem provocação!’ gritavam. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Rei guerreiro o
prendeu e o baniu de diante de sua face: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Dentro dos
limites do meu reino tu não encontrarás lugar.’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele pegou sua
esposa e viajou até que no oceano ele chegou;<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lá construiu uma
cabana de folhas e viveram de coletas da floresta.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um eremita santo
voando alto chegou atravessando o oceano, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entrou na cabana
no momento que a comida estava pronta e servida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A mulher o tentou:
- agora vejam como a coisa toda é vil! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele caiu da
castidade e todo seu poder mágico se foi! <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A noite chegou; o
príncipe retornou e de sua coleta trouxe<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pendurado na sua
vara um carregamento abundante de raízes e coisas da floresta selvagem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O eremita vê o
príncipe se aproximando: ele desce então para a praia,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pensando em
viajar pelos ares mas afundou nos mares!<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas quando o
príncipe contemplou o sábio afundando nos mares,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Piedade brotou dentro
dele e estes versos então ele disse: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Para cá, não viajando pelos mares, você
veio com poder mágico,<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas agora você
afunda; uma esposa ruim te levou a esta vergonha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Traidoras
sedutoras, elas tentam o mais santo até a sua queda: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para baixo, para
baixo eles afundam: quem conhece as mulheres deve fugir para longe delas todas.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De fala doce,
difícil de satisfazer, como rios difíceis de preencher; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para baixo, para
baixo eles afundam: quem conhece as mulheres deve fugir para longe delas com
calma. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E quem quer que
elas possam servir por ouro ou por desejo, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Elas queimam
inteiro, qual combustível que queima jogado em chamas de fogo’. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O eremita escutou
as palavras do príncipe; ele desprezava o mundo tão vão: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Retornou para seu
Caminho anterior e elevou-se nos ares novamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim que o
príncipe viu como nos ares ele se elevou, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Afligiu-se e com
um firme propósito ele escolheu a vida santa; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então,
tornando-se religioso, inteiramente apagou sua luxúria e quente desejo; <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E a paixão
subjugada, ao mundo de Brahma daí em diante ele aspirou.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>_______________________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Este discurso
terminado, o Mestre disse, “Assim Irmãos, por causa de mulher mesmo almas
santificadas pecam;” então ele declarou as Verdades: ( então na conclusão das
Verdades, o Irmão relapso atingiu a santidade: ) após o que ele identificou o
Jataka dizendo, “Naquele tempo eu mesmo era Príncipe Anitthigandha.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-26420981651548083952022-05-03T09:17:00.003-07:002022-05-03T09:17:42.055-07:00 [ n. do tr.: Agni = Aristides]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQpwRDDbdvbkKdnP34JePPjOgao90fi50eFRq14dCEohYPDKwOWeIl7GYYoM9nY_XjB0pGM1evtPOYPainFbjARDCnkn_3OnHIFmFpNxuv2ZqwlYCEz0xbfTYnZIyqbiA2XWn0UMT5UWgYT0V6yZqUPcCZL_ZuNujqRtXgd1FVlkGnl7_SgUUzWo4/s1572/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQpwRDDbdvbkKdnP34JePPjOgao90fi50eFRq14dCEohYPDKwOWeIl7GYYoM9nY_XjB0pGM1evtPOYPainFbjARDCnkn_3OnHIFmFpNxuv2ZqwlYCEz0xbfTYnZIyqbiA2XWn0UMT5UWgYT0V6yZqUPcCZL_ZuNujqRtXgd1FVlkGnl7_SgUUzWo4/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div><br /><p><br /></p><p> <span style="font-size: 16pt;">Agni =
Aristides</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Na introdução deste livro citamos um capítulo da vida de
Aristides em que já colocávamos sua aproximação, paralelo, com a história de
Agni e que dizíamos o mesmo paralelo haveria com o fogo olímpico, Agni o fogo
do sacrifício também seria este fogo sagrado grego: então, houve um apagamento,
desligamento, de todos os fogos da Grécia e subsequente religamento,
reacendimento, com o fogo sagrado de
Delphos, Grécia que então fora invadida e destruída pelos persas mas vence a
batalha naval de Salamina e em seguida na batalha em terra, de Platea, também
vence e expulsa este invasor, ressurgindo vitoriosa no ano 479 a. C.. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> A semelhança também existiria com o fogo
novo do ritual cristão da morte e ressurreição de IHS uma vez que a ideia é a
mesma já que os persas, bárbaros, destroem a Grécia que ressurge das cinzas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Cabe então agora confirmar este
apagamento, desligamento, com o subsequente religamento, reacendimento, na
história de Agni. E o vemos acontecer logo no início do Mahabharata em uma das
primeiras histórias, com certeza não à toa. Segue a citação de Mahabharata, Adi
parva, seção V-VII : <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> “ Bhrigu tinha uma esposa chamada
Puloma a quem ele amava carinhosamente. Ela ficou grávida de Bhrigu. E um dia
enquanto a virtuosa e continente Puloma estava nesta condição, Bhrigu, grande
entre aqueles que são verdadeiros a sua religião, deixando-a em casa saiu para
realizar suas abluções. Foi então que o Rakshasa chamado Puloma chegou no
domínio de Bhrigu. E entrando na casa do Rishi, o rakshasa viu a esposa de
Bhrigu irreprovável em tudo. E vendo-a tornou-se cheio de luxúria e perdeu os
sentidos. A bela Puloma entreteve o Rakshasa que queimava de desejo vendo-a,
tornou-se satisfeito e resolveu, Ó bom sábio, carregá-la embora, ela que era
sem culpa em todos os aspectos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> “Meu objetivo está realizado”, disse
o Rakshasa e assim tomando esta bela matrona ele a levou. E, realmente, ela de
sorrisos agradáveis, tinha sido entregue como noiva por seu pai a ele apesar de
posteriormente o pai a ter entregue, de acordo com os ritos devidos, à Bhrigu.
Ó tu da raça de Bhrigu, esta ferida inflamou fundo na mente do Rakshasa e ele
pensou que o presente momento era oportuno para levar a mulher embora. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> E o Rakshasa viu o apartamento no
qual o fogo sacrifical era mantido queimando brilhantemente. O Rakshasa então
perguntou ao elemento fogo: “Diga-me, Ó
Agni, esposa de quem esta mulher é por direito. Tu és a boca dos deuses;
portanto tu estás obrigado a responder minha questão. Esta mulher de compleição
foi primeiro aceita por mim como esposa mas seu pai subsequentemente a entregou
ao falso Bhrigu. Diga-me de verdade se esta bela pode ser considerada como
esposa de Bhrigu pois a encontrado sozinha, resolvi levá-la à força do
eremitério. Meu coração queima de raiva quando penso que Bhrigu tomou posse
desta mulher de cintura fina, que foi minha noiva primeiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Desta maneira o Rakshasa questionou
o chamejante deus do fogo repetidamente se a mulher era esposa de Bhrigu. E o
deus estava com medo de dar a resposta. ‘Tu, Ó deus do fogo,’ disse ele,
‘resides constantemente dentro de todas as criaturas, como testemunha dela ou
de seus méritos e deméritos. Ó tu, respeitável, responda minha questão então
verdadeiramente. Bhrigu não se apropriou dela que foi escolhida por mim como
esposa? Tu deves declarar verdadeiramente se, portanto, ela é minha esposa por
escolha primeira. Após tua resposta se ela é a esposa de Bhrigu, eu a
carregarei embora deste eremitério diante te teus olhos mesmos. Portanto
responda a verdade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> O deus das sete chamas tendo
escutado estas palavras do Rakshasa tornou-se excessivamente angustiado,
ficando com temor de falar uma falsidade e igualmente com medo da maldição de
Bhrigu. E o deus por fim respondeu em palavras que saíram lentamente. ‘Esta Puloma foi realmente primeira escolhida
por ti, Ó Rakshasa, mas ela não foi tomada por ti com ritos e invocações
sagradas. Mas esta mulher de grande fama foi entregue por seu pai a Bhrigu como
um presente com desejo de benção. Ela não foi entregue a você! Ó Rakshasa, esta
mulher foi devidamente feita pelo Rishi Bhrigu sua esposa com ritos Védicos em
minha presença. Esta é ela – eu a conheço. Não ouso falar uma mentira. Ó tu
melhor dos Rakshasas, mentira nunca é respeitada neste mundo.’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Tendo escutado estas palavras do
deus do fogo, o Rakshasa assumiu a forma de um javali e segurando a mulher a
levou embora na velocidade do vento – ou mesmo do pensamento. Então a criança
de Bhrigu que descansava no corpo dela com raiva de tal violência, caiu do
útero de sua mãe, de onde recebeu o nome de Chyavana. E o Rakshasa percebendo
que a criança caíra do útero de sua mãe, brilhante como o Sol, deixou de
segurar a mulher, caiu e foi instantaneamente convertido em cinzas. E a bela
Pauloma, tonta de tristeza, pegou seu filho Chyavana, filho de Bhrigu e saiu
andando. E Brahma o Avô de todos, ele
mesmo a viu, a esposa sem manchas de seu filho, chorando. E o Avô de todos a
confortou ela que estava junto com seu filho. E as gotas de lágrimas que
rolavam de seus olhos formaram um grande rio. E este rio começou a seguir as pegadas
da esposa do grande asceta Bhrigu. E o Avô dos mundos vendo aquele rio que
seguia os passos da esposa de seu filho deu a ele um nome, e o chamou <i>Vadhusara</i>. E ele passa pelo eremitério
de Chyavana. E desta maneira nasceu Chyavana de grande poder ascético, o filho
de Bhrigu. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> E Bhrigu viu seu filho Chyavana e sua
bela mãe. E o Rishi com raiva perguntou a ela, ‘Quem te fez conhecida àquele
Rakshasa que resolveu te levar embora? Ó tu de sorrisos agradáveis, o Rakshasa
não poderia te conhecer como minha esposa. Portanto diga-me quem foi que disse
isto ao Rakshasa, de modo que possa amaldiçoá-lo com minha raiva.’.E Pauloma
respondeu, ‘Ó possuidor dos seis atributos! Fui identificada para o Rakshasa
por Agni ( o deus do fogo). E ele (o Rakshasa) carregou-me embora, e eu
gritando como a Kurari (fêmea da águia pescadora). E foi apenas pelo ardente esplendor
deste teu filho que fui resgatada pois o Rakshasa (vendo esta criança) me
deixou ir e ele mesmo caindo no chão transformou-se em cinzas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Bhrigu escutando este relato de
Pauloma, tornou-se excessivamente raivoso. E em excesso de paixão o Rishi
amaldiçoou Agni, dizendo, ‘Tu comerás de todas as coisas.’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> O deus do fogo enraivecido com a
maldição de Bhrigu, assim se dirigiu ao Rishi, ‘Que significa esta grosseria, Ó
Brahmana, que mostra para comigo? Que
transgressão pode me ser imputada a mim que estava trabalhando para fazer
justiça e falar a verdade imparcialmente? Sendo questionado dei a resposta
verdadeira. Uma testemunha que quando interrogada sobre um fato do qual tem
conhecimento, fala diferente do que é realmente, arruína seus ancestrais e seus
descendentes ambos até a sétima a geração. Aquele, também, que sendo totalmente
conhecedor de todos os particulares de um caso, não apresenta o que ele
conhece, quando questionado, é sem dúvida manchado de culpa. Posso também te
amaldiçoar mas Brahmanas são tidos por mim com grande respeito. Apesar destes
serem conhecidos por ti, Ó brahmana, ainda assim falarei deles, então por favor
escute! Tendo, por poder ascético, multiplicado a mim mesmo, estou presente em
várias formas, em lugares do<i> homa </i>diário,
em sacrifícios que se estendem por anos, em lugares onde ritos sagrados são
realizados (tais como casamentos, etc) e em outros sacrifícios. Com a manteiga
que é derramada na minha chama de acordo com as regras prescritas nos Vedas, os
Devas e os Pitris são apaziguados. Os Devas são as águas; os Pitris são também
as águas. Os Devas tem com os Pitris igual direito aos sacrifícios chamados <i>Darshas</i> e <i>Purnamasas</i>. Os Devas portanto são os Pitris e os Pitris, os Devas.
Eles são seres idênticos, venerados juntos e também separadamente nas mudanças
da lua. Os Devas e os Pitris comem o que é derramado em mim. Sou portanto
chamado a boca dos Devas e dos Pitris.
Na lua nova os Pitris e na lua
cheia os Devas, são alimentados através da minha boca, comendo da manteiga
clarificada que é derramada em mim. Sendo como sou, a boca deles, como seria um
comedor de todas as coisas (puras e impuras)? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Então Agni após refletir um pouco se retirou,
a si mesmo, de todos os lugares; dos lugares do <i>homa</i> diário dos Brahmanas, de todos os sacrifícios longamente
estabelecidos, dos lugares de ritos santos, e de outras cerimônias. Sem seus <i>Oms</i> e <i>Vashats</i> e desprovidos de seus <i>Swadhas
e Swahas</i> (mantras sacrificais durante as ofertas), todo o corpo de criaturas tornou-se muito triste com a
perda de seu fogo sacrifical. Os Rishis em grande ansiedade foram até os deuses
e dirigiram-se a eles assim, ‘Vós seres imaculados! As três regiões do universo
estão confundidas com o cessar de seus sacrifícios e cerimônias em consequência
da ausência do fogo! Ordene o que deve ser feito em relação a este assunto para
que não haja perda de tempo.’ Então os Rishis e os deuses foram juntos em
direção a presença de Brahma. E contaram a ele tudo sobre a maldição de Agni e
a consequente interrupção de todas as cerimônias. E eles disseram, ‘Ó tu, grandemente
afortunado! Desta vez que Agni foi amaldiçoado por Bhrigu por alguma razão.
Realmente, sendo a boca dos deuses e também o primeiro que come o que é
oferecido em sacrifícios, o comedor também da manteiga sacrifical, como será
Agni reduzido a condição de alguém que come de todas as coisas promiscuamente?’
E o criador do universo escutando estas palavras deles chamou Agni a sua
presença. E Brahma dirigiu-se a Agni, o criador de tudo e eterno como ele, com
estas gentis palavras, ‘Tu és o criador dos mundos e tu és seu destruidor! Tu
preservas os três mundos e tu és o promotor de todos os sacrifícios e
cerimônias! Portanto comporte-se de modo que as cerimônias não sejam
interrompidas. E, Ó tu comedor da manteiga sacrifical, porque ages tão
tolamente, sendo, como tu és, o Senhor de tudo? Tu apenas estás sempre puro no
universo e tu és seu esteio! Tu não serás com todo teu corpo reduzido ao estado
de alguém que come de todas as coisas promiscuamente. Ó tu feito de chamas, a
chama que está em tuas partes mais vis comerá sozinha de todas as coisas
igualmente. Teu corpo que come carne (estando no estômago de todos os animais
carnívoros) comerá também de todas as coisas promiscuamente. E como todas as
coisas tocadas pelos raios do Sol tornam-se puras, tudo será purificado que se
queimar nas tuas chamas. Tu és, Ó fogo, a suprema energia nascida do teu
próprio poder. Então, Ó Senhor, pelo teu poder torne a maldição do Rishi
verdadeira. Continue a receber tua própria porção e aquelas dos deuses,
oferecidas em tua boca.’<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Então Agni respondeu ao Avô,
‘Assim seja’. Então saiu para obedecer a ordem do supremo Senhor. Os deuses e
os Rishis também retornaram deliciados para o lugar de onde vieram. E os Rishis
começaram a realizar como antes suas cerimônias e sacrifícios. E os deuses no
céu e todas as criaturas no mundo ficaram excessivamente felizes. E Agni também
ficou feliz com o fato de estar livre da perspectiva de pecado.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Além do apagamento /
religamento propriamente dito o texto mostra Agni : 1) enquanto boca dos
deuses, o portador das ofertas, em um papel que deve ser imparcial, de prestar,
dar testemunho fielmente segundo a verdade sendo impensável a mentira e consequentemente
a injustiça; 2) na tarefa de servir a todos como mensageiro entre deuses e
homens em todas as cerimônias e sacrifícios; 3) há também sua presença dentro
de todos os seres vivos enquanto fogo interior que digere os alimentos e que
vemos em si mesmo purificar todas estas ofertas digeridas. Vejamos como
aparecem estas características na vida de Aristides de Plutarco seguindo a numeração
dos parágrafos/capítulos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> III. “Mas o que sobretudo pareceu
maravilhoso foi sua igualdade nas mudanças a que se expõe o mando, não
envaidecendo-se com as honras e mantendo-se sempre tranquilo e sossegado nas
adversidades, por entender que exigia o bem da pátria que em servi-la se
mostrasse desinteressado, não só com respeito a riqueza, senão com respeito
também à glória. Daí que proveio, sem dúvida, que representando-se no teatro
estes yambos de Ésquilo, relativos a
Anfiarao, <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Quero não parecer, mas ser
justo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Em sua alma o saber
tem deitadas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Fundas raízes e
copioso fruto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> De excelentes e
úteis conselhos,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">todos se
voltaram para olhar Aristides, como que dele era própria aquela virtude.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> IV.
“Não só contra a benevolência e o agrado mas também contra a ira e a
inimizade, era bastante poderoso em resistir para sustentar o justo. Dizia-se
pois que perseguindo uma ocasião a um inimigo no tribunal, como não quisessem
os juízes, depois da acusação, ouvir ao tratado como réu, mas pediam para
passar a votar contra ele, se pôs Aristides do seu lado a pedir também que lhe
ouvissem e fosse tratado conforme as leis. (...) Elegeram-no procurador das
rendas públicas e não só descobriu que haviam subtraído dinheiro os arcontes de
seu tempo, mas também os que haviam precedido e mais especialmente Temístocles,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Que era largo
das mãos apesar de sábio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por esta
causa suscitou este a muitos contra Aristides e perseguindo-o ao dar suas
contas, fez com que se lhe abrisse processo e o condenasse por ocultação,
segundo diz Idomeneo; porém como por ele se tivessem se desgostado os primeiros
e mais autorizados da cidade, não só saiu livre de todo encargo e multa, como
de novo voltaram a elege-lo para a mesma magistratura. Fez-se como se estivesse
arrependido da primeira atuação, manifestando-se mais benigno; com o que
ficaram gratos os usurpadores do dinheiro público, porque não os acusava na
cara nem levava as coisas com rigor; de maneira que enriquecidos com suas
rapinas, enchiam de elogios a Aristides e intercediam ansiosos com o Povo para
que o elegessem outra vez; mas quando iam votar repreendeu os atenienses dura e
severamente dizendo-lhes: “Com que quando me conduzi bem e fielmente me
maltratastes e quando deixei livres dinheiros crescidos em mãos ladras me tens
por melhor cidadão ! Pois mais me envergonho da honra que agora me fazeis que
da injustiça anterior; e me indigno contra vocês, para quem parece mais
glorioso favorecer os maus que defender os interesses da República.” Dito isto,
mostrou as malversações, com o que fez calar a seus defensores e os que o
elogiavam e recebeu dos homens de bem um verdadeiro e justo encômio.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> V. Ano 490 a.C. vitória de
Temístocles e Aristides, que ficou tomando conta do saque ao qual ninguém
tocou, sendo general Milcíades ao qual Aristides, que era segundo, deixa que
permaneça no cargo sem trocar, para mostrar a importância “de governar com o
entendimento e disposições de um só, dando maior alento a Milcíades.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> VI. “Entre todas as suas virtudes
a que mais se deu a conhecer ao Povo foi a justiça porque sua utilidade é mais
contínua e compreende a todos; assim, um
homem pobre e plebeu alcançou o mais excelente e divino renome, chamando-lhe
todos ‘o justo’; renome a que não aspirou nunca nenhum dois reis nem os
tiranos, querendo mais, alguns deles, apelidarem-se sitiadores, fulminadores,
vencedores e alguns águias, gaviões, preferindo, ao que parece, a glória que
dão a força e o poder àquela que provém da virtude. (segue discurso sobre os
três: a indestrutibilidade, o poder e a virtude, sendo esta última o justo e o
direito, a razão e a prudência; única que depende de nosso arbítrio). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> VII. “Ainda que a Aristides no princípio lhe foi
muito lisonjeiro aquele renome, por fim veio a conciliar-lhe inveja,
principalmente pelo cuidado que pôs Temístocles em semear o rumor entre a
multidão de que Aristides, fazendo inúteis os tribunais metendo-se a julgar e
decidir tudo, aspirava em silêncio a preparar-se sem armas uma monarquia. Além
disso, envaidecido o Povo com a vitória e crendo de que tudo era por si capaz,
não podia aguentar aos que tinham um nome e uma fama que obscureciam aos
demais. Concorrendo pois à cidade de todas as partes, desterram a Aristides por
meio do ostracismo, apelidando medo da tirania ao que era inveja da sua glória.
(Segue explicação sobre o ostracismo e sua história). Estavam nesta operação de
escrever as conchas, quando se diz que um homem do campo, que não sabia
escrever, deu a concha a Aristides, a quem casualmente tinha à mão e o
encarregou que escrevesse ‘Aristides’; e como este se surpreendesse e
perguntasse se lhe havia feito alguma ofensa: “Nenhuma – respondeu – nem sequer
o conheço, mas estou já cansado de ouvir continuamente que o chamam ‘o justo’;
e Aristides, escutando isto, não respondeu e escrevendo seu nome na concha, a
devolveu. Desterrado da cidade, levantando as mãos aos céus, fez uma prece
inteiramente contrária à de Aquiles, pedindo aos deuses que não chegasse o
tempo em que os atenienses tivessem que lembrar-se de Aristides.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> VIII. “Ao cabo de três anos, quando Xerxes
pela Tessália e Beócia se encaminhava contra a Ática, aboliram a lei (do
ostracismo) e permitiram todos os desterrados que voltassem; por temor
principalmente de que Aristides unindo-se com os inimigos, seduzisse e atraísse
a muitos dos cidadãos ao partido dos bárbaros; no que manifestaram não conhecer
bem a este insigne varão, que antes daquela providência estava já trabalhando
em acalorar os gregos para defender sua liberdade e depois dela sendo
Temístocles o que tinha o mando absoluto, nada deixou de fazer, de obra ou de
conselho, para que com a salvação de todos alcançara seu inimigo a maior
glória.” Aristides atravessa a noite as naves inimigas para falar com
Temístocles: “esqueçamos de nossa vã e juvenil discórdia e estabeleçamos outra
contenda mais saudável e digna de louvor, disputando entre nós dois sobre
salvar a Grécia.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> IX. Aristides comanda a tomada da ilha de
Psitalia local onde foi mais dura a batalha de Salamina e onde prenderam os
três filhos de Sandauca irmã do rei persa que o agoureiro de Temístocles
sacrificou a Baco Omesta, cruel. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> X. Mardonio permanece com 300 mil soldados e
envia embaixada dizendo que invadiria Atenas novamente: “e (Aristides)
voltando-se aos (enviados) de Mardonio, assinalando o Sol disse, ‘Enquanto este
astro andar sua carreira, farão os atenienses a guerra aos persas por seus
campos assolados e por seus templos profanados entregues às chamas.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> <i> </i>XI. A guerra em Platea, o
sonho do general Arimnesto que esclarece o oráculo de Delphos sobre como
conseguir a vitória na guerra “que fez Aristides pensar muito.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XII. Disputa dos de Tegea sobre o lugar no
exército que luta a batalha de Platea e
a fala de Aristides: “Não é próprio desta ocasião que alterquemos com os
tegeatas, sobre linhagem e sobre proezas; mas a vocês, oh lacedemônios, e a
todos os demais gregos os fazemos lembrar que o lugar não tira nem dá valor.
Qualquer que seja o que nos deres, procuraremos, conservando-o e honrando-o,
não fazer-nos indignos da glória adquirida nas guerras anteriores; porque não
viemos nos indispor com aliados mas para lutar contra os inimigos, nem a
exaltar nossos pais mas a acreditar-nos com a Grécia, homens esforçados. Assim
este combate fará ver quanto deve ser tido pelos gregos cada um, cidade,
general ou soldado.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XVII. A citação que aparece em
Vishnu = Cimón, imagem da luta entre devas x asuras, anjos x demônios,
reproduzindo um conflito primordial no lugar mesmo do sacrifício. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XVIII. Desgostoso Pausânias daquele
estado, vendo que o agoureiro continuamente reprovava as vítimas, voltou-se
para o templo de Juno; caindo-lhe lágrimas e levantando as mãos pedia a Juno
Citeronia e aos demais deuses que presidiam aquela comarca que, se não estava
destinada aos gregos aquela vitória, que lhes desse ao menos o sofrer fazendo
algo e mostrando com obras aos inimigos que contendiam com homens de valor e
adestrados na guerra. Feita esta invocação por Pausânias no mesmo
momento se mostrou fausto o sacrifício e os agoureiros anunciaram a vitória.
Deu-se a todos o sinal de rechaçar os inimigos e de repente todo o exército
tomou o aspecto de uma fera que estremecendo-se, se prepara para fazer uso da
força.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XX. A citação da introdução: o
fogo novo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XXII. A ideia louca de Temístocles de
incendiar a armada dos outros gregos para que os atenienses dominassem os mares:
“concordaram que a ninguém se dissesse senão só a Aristides e ele apenas
aprovasse: não podia ser mais útil nem mais injusta foi o julgamento: tão
amante era aquele Povo da justiça! E tanta era a confiança e segurança que lhe
inspirava um homem só!” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XXIII. Nomeou-se Aristides general da guerra
juntamente com Cimón e notando que Pausânias e os demais caudilhos espartanos
eram orgulhosos e insuportáveis aos aliados, tratando-os eles com brandura e
humanidade e fazendo com que Cimón se lhes mostrasse tão bem afável e popular
no comando, não perceberam os lacedemônios que ia a arrebatar-lhes a
superioridade e o império, não a força de armas, de cavalos ou de naves, senão
com a benevolência e a doçura, pois por serem os atenienses bemquistos pelos
demais gregos pela justiça de Aristides e pela bondade de Cimón os faziam
desejar mais seu comando à cobiça e os maus modos de Pausânias “que tratava mal
os caudilhos aliados, açoitando soldados, etc.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XXIV. “Ainda no tempo em que os lacedemônios tinham
o mando, pagavam os gregos certo tributo para a guerra; mas querendo então que
a exação se fizesse por cidades com igualdade, pediram aos atenienses que
Aristides fosse o encarregado de examinar a extensão do território e as rendas
de cada um e determinasse o que, segundo sua dignidade e possibilidade,
correspondia pagar. Dono, pois, de tão considerável autoridade e tendo de certa
maneira ele só em suas mãos os interesses da Grécia, se pobre saiu a exercer
este cargo, voltou mais pobre ainda, tendo feito a determinação das riquezas,
não só com pureza e justiça mas com a satisfação e gosto de todos. Portanto
assim como os antigos celebravam a vida do reinado de Saturno, da mesma maneira
os gregos, tinham em memória e louvor o repartimento de Aristides e mais quando
ao cabo de pouco tempo, se lhes duplicou e triplicou o tributo; porque o que
lhes impôs Aristides só ascendia à soma de 460 talentos e a ela somou Péricles
próximo de 1/3; pois diz Tucídides que no princípio da guerra do Peloponeso
recebiam os atenienses dos aliados, 600 talentos. “Posteriormente este valor
chega a 1.300 talentos com espetáculos, templos e distribuição de
dinheiro.” A resposta de Aristides a
Temístocles que disse que “o dote maior do general era previr e antever os
desígnios do inimigo”: Bem é necessário isto, Ó Temístocles, porém o mais
essencial e o mais louvável no que manda é por leis às mãos.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> XXV. “Sujeitou Aristides
com juramento aos demais gregos e ele mesmo jurou pelos atenienses, apagando
ferros candentes no mar em seguida às imprecações mas ao fim obrigando o estado
dos negócios, segundo parece, a mandar com maior rigor, propôs aos atenienses
que o acusassem de perjúrio e consultassem nas coisas públicas à utilidade. E
Teofrasto falando em geral, disse que este homem, que como particular e para
com seus concidadãos era estreitissimamente justo, nos negócios públicos se
acomodou muitas vezes a situação da pátria que dele precisou de mais de uma
injustiça, porque tratando-se a proposta dos de Samos de trazer para Atenas as
riquezas de Delos, contra o estipulado nos tratados, se diz ter expressado
Aristides que aquilo não era justo porém convinha. Mas por fim, com ter
alcançado que Atenas imperasse sobre tantos povos, não por isto deixou de ser
pobre e de honrar-se tanto com a glória de sua pobreza como com a de seus
troféus; e a prova é esta: Calias o assistente, era parente seu; acusavam-lhe
seus inimigos de causa capital e depois que falaram o que era próprio sobre os
objetos da acusação, saindo fora dela, dirigiram a palavra aos juízes para
tratar de Aristides dizendo-lhes: ‘Já conheceis a este filho de Lisímaco e quão
grande opinião goza entre os gregos; pois como pensais que acontecerá em seu
caso, quando vês que com aquela túnica se apresenta no tribunal? Por que não é
indispensável que o que em público tem que tiritar de frio em sua casa esteja
miserável e com falta das coisas mais necessárias? Pois Calias o mais rico dos
atenienses sendo seu primo não faz caso de um homem como este, abandonando-lhe
na miséria, com mulher e filhos, apesar de não ter deixado de valer-se dele e
mais de uma vez ter desfrutado de sua influência.’ Viu Calias que esta fala tinha causado grande
impacto sobre os juízes e os haviam indisposto contra ele, pelo que pediu que
se chamasse a Aristides, para que testificasse diante dos juízes que, tendo-lhe
oferecido dinheiro repetidas vezes e rogando-lhe que aceitasse nunca havia
condescendido, respondendo que mais ufano devia estar ele com sua pobreza que
Calias com todos seus bens; porque cada diz estava vendo a muitos usar, uns
bem, outros mal das riquezas, quando não era fácil encontrar quem levasse a
pobreza com ânimo alegre; e que da pobreza se envergonhavam os que não estavam
bem em ser pobres. Entendeu Aristides que Calias dizia bem e não saiu dali
nenhum que não quisesse mais ser pobre como Aristides que rico como Calias. Assim
nos deixou escrito Esquines, discípulo de Sócrates. Platão tendo por dignos e
grandes muitos atenienses, disse que só a este era digno de memória porque
Temístocles, Cimón e Péricles encheram a cidade de pórticos, riquezas e muitas
superfluidades e só Aristides a inclinou com seu governo à virtude. Ainda com o
mesmo Temístocles deu grandes mostras de sua equidade e moderação ... não se
alegrando com a desgraça do inimigo assim como antes não havia invejado a
felicidade.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Em outros dois capítulos deste
livro, ‘Agni, liturgia’ e ‘Roma e Índia (2)’
vemos também citações de textos da história de Agni: a busca de Agni,
sua procura, refere-se a seu sumiço, o desligamento/apagamento do fogo do
sacrifício e que para ser acendido/ligado novamente precisa ser encontrado.
Fizemos então um paralelo com a liturgia, a busca e reencontro, do fogo
sacrifical, seria a busca litúrgica na/da união do ser humano com Deus. Este
re-acendimento, re-ligamento (re-ligião), é aquele do indivíduo diante, com,
no, fogo do altar, produtor então de um novo ser, de uma nova vida. Àproximação
de Agni do latim agnus, cordeiro, explica-se neste quadro uma vez que sabemos
que a oferta litúrgica diária é a oferta do cordeiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> A santificação da Pobreza pode-se
entender na medida que o fogo interior existe dentro de todos os seres e sua
atividade é universal neste sentido. Vejamos para finalizar o hino primeiro do
Rig veda dedicado a Agni com comentário do tradutor para entendermos esta
atividade interior do fogo: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> 1. Venero a energia vital
(Agni) que está colocada dentro de mim e a qual me fornece a luz da
inteligência e a combustível necessário para todos os meus esforços. Sempre que
convocado expõe tudo de bom que guarda dentro de si-mesmo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> 2. Este Agni foi elogiado
pelos primeiros rishis, do mesmo modo que está sendo pelos novos atualmente.
Ele é aquele que dirige e estimula nossos sentidos aqui neste corpo. (nota do
tradutor: a palavra rishi foi usada aqui no sentido de transmissores de
conhecimento. Pensadores que transmitem seus conhecimentos e experiência para o
benefício dos outros são todos rishis. Dentro do corpo físico as faculdades dos
sentidos que transmitem todas as percepções para a mente (aferente e eferente)
também são chamadas rishis). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> 3. Qual comida alimentando o
corpo, nosso zelo (energia) para o trabalho também torna-se rapidamente plena
por Agni no dia-a-dia. Isto é feito bem regularmente e com máximo vigor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> 4. Ó Agni! Qualquer
sacrifício (de energia) que fazemos, é você que o permeia em todo lado no céu
(mente) e além. É esta energia que também entra em nossos sentidos. (nota: a
energia é imperecível; a energia nos sentidos é a mesma do cosmos; o céu é
figura da mente.)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> 5. Para o que o invoca, este
Agni cria inteligência, dispersa a escuridão causada por imagens flutuantes na
mente e revela a realidade. Direciona para dentro a luz, para as faculdades dos
sentidos. (Gosh)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Bibliografia: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Mahabharata, tradução de Kisari Mohan
Ganguli, MMPublishers, New Delhi, 2004, Índia. 1.a edição 1896. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> Plutarco, Vida de Aristides in
Vidas Paralelas (trad. Antonio Sanz Romanillos, Jose Ortiz y Sanz e Jose M.
Riaño), Aguillar, Madrid, 1973 <o:p></o:p></span></p>
<span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">
Shyam Gosh, Rgveda for Layman, MMPublishers, 2002, New Delhi,
Índia. </span>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-66057008312702248352022-01-28T11:20:00.001-08:002022-01-28T11:20:12.995-08:00[ n. do tr.: Yama = Focion ]<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiG2Zb5t-zppPDhDttWntzDiP9OmD1PfxNEBFCRbIGzqYmS5-pJcaVHIG03mMJYOIpvTMQV_U07-MRRD9zZkoI0fkoJCuclu2JyA6djvhp2v_WyLYcgLw2lZRJWbp8xiOf1FZmE_ZurR4rPUJYaCOgGo53d5bwe-GhVCjcm_U4ny9HtOxyZORCYgPI=s1572" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiG2Zb5t-zppPDhDttWntzDiP9OmD1PfxNEBFCRbIGzqYmS5-pJcaVHIG03mMJYOIpvTMQV_U07-MRRD9zZkoI0fkoJCuclu2JyA6djvhp2v_WyLYcgLw2lZRJWbp8xiOf1FZmE_ZurR4rPUJYaCOgGo53d5bwe-GhVCjcm_U4ny9HtOxyZORCYgPI=s320" width="240" /></a></div><br /><p></p><p> Plutarco Brahmin</p><p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;"><br /></span></p><p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;">Yama = Foción ( 400 – 318 a.C.)</span></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
apresentação de Yama aparece em três autores com os livros respectivos na
bibliografia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Yama ou
Vaivasvata, filho de Vivasvat e Saranyu, filha de Tvastri, com uma irmã gêmea
Yami. Foi o primeiro homem a morrer, alcançou o outro mundo e mostrou aos
outros o caminho para aquele mundo. Ele guia outras pessoas para lá e os reúne
em uma casa que lhes está assegurada para sempre. Todavia em nenhum lugar no
período Védico é representado como um punidor, castigador, dos pecados; contudo
ainda é objeto de terror. Ele tem dois cachorros cada um com quatro olhos e
narinas largas que guardam a estrada para este último domicílio dos mortais. Em
um lugar ele é realmente identificado com a morte. Mais tarde a mitologia o
reduziu a situação de guardião da região dos mortos e como deidade presidente
do lugar ele está investido com os poderes de avaliar a qualidade e quantidade
de pecado cometido por cada alma e conferindo punições proporcionais: como dispensador
de justiça ele é também conhecido como Dharmaraja.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele é dito ser o pai de Dharma, o mais velho
dos cinco Pandavas (pai de Yudhisthira no Mahabharata).” (Gopinata <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rao, pg 525 ). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ ‘Yama primeiro encontrou o caminho para
nós, este pasto nunca nos será tirado’ (RV, X, 14,2). Grande parte das palavras
dos ‘hinos fúnebres’ do Rigveda, faz referência a Yama como guia e reunidor de
pessoas e legislador das pessoas aqui no mundo-iluminado; sua ligação com os
Patriarcas é como guia deles e líder na estrada que leva à tão desejada
continuidade da sua ‘linhagem’, ele é o patrão daqueles viajantes no pitryana
(caminho dos antepassados), quer dizer, daquelas potencialidades individuais,
cujo curso é para cá e só depois daqui. (...). Os ‘Cães’ malhados de Yama (sem
dúvida o Sol e a Lua, ‘com quatro olhos’ enquanto eles contemplam os quatro
Cantos) que guardam o Caminho, são protetores ‘das pessoas’ contra poderes
demoníacos, o lobo (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">vrka</i>) e tais;
como ‘vigias das pessoas’ estes ‘Cães’ podem ser identificados com os ‘espiões
vigias de pessoas’ de RV IX, 73, 5-6, que ‘fazem voltar o cego e o mudo (pois
realmente) aqueles que são malformados não passam no Caminho da Lei (...). Qual
o significado da exclusão do cego e do surdo ou o de outro modo malformado? Ser
cego ou surdo é o mesmo que ser não-desperto, não-inteligente e estúpido (...)
destituído de qualquer ‘intelecto humano’ (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">nrmanas</i>)
tal como Agni também o é (...).” “Yama que encontra uma casa e une os
Antepassados pela primeira vez aqui nos mundos (RV X, 14,2) (...) Também em SB
VII, 1, 1,1 e 4 onde está claro que são os primeiros a se estabelecer,
primeiros moradores que construíram um altar de fogo em qualquer terra, a
realização deste rito constituindo o ato legal de tomar a terra. Yama é o
legislador: ‘Alguém se estabelece (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">avasyati</i>)
quando constrói o garhapatya e quem que que seja construtor do altar de fogo e
‘morador’, ‘assentado’ (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">avasitah</i>) ...
Os Patriarcas (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">pitarah</i>) fizeram este
mundo para ele ( - ambas as passagens implicando um estabelecimento de
veneração aqui e que Yama é ‘não um Deus de mortos mas de vivos’); Yama é o
poder temporal (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ksatra</i>) e os
Patriarcas os assentados (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">visah</i>).” (A.
Coomaraswamy, pgs130 e 125 respectivamente).<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“Uma coisa é clara: a ordem do mundo implica que há pessoas que oferecem
os sacrifícios aos deuses. A humanidade sacrificante é feita de gerações
sucessivas. Mortais por definição, os homens têm acesso a duas formas, solidárias,
de imortalidade: eles se prolongam aqui embaixo em sua progenitura; eles vivem
pessoalmente no mundo onde Yama os espera após ter traçado o caminho que para
lá conduz: mas eles só chegam lá para se tornarem Patriarcas; é necessário pois
que eles tenham filhos qualificados para executar os ritos funerários que
unicamente tornarão possível a transformação dos defuntos em ancestrais. É
desta maquinaria que Yama está encarregado: os descendentes são um “tecido<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">tantu</i>)
que se tece no tear (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">paridhi</i>) estendido
(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">tata</i>) por Yama” (RS VII, 33,9 e 12).
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“O comentário explica que a morte está
presente no rito de consagração real porque o rei, quando for consagrado, será
um ‘dharmaraja’ deverá matar os seres nocivos e proteger os bons (O comentário
de Sayana ad TB VII 7, 15, 2 entende que a morte é o rei ele mesmo assim
chamado porque ele é levado a exercer a justiça: o rei é justo como Yama. Ora,
Yama é a Morte. Daí o rei é com direito chamado “Morte”). É menos o dharma como
regulação harmoniosa que o dharma como sistema de obrigações que é o domínio de
Yama. Sua arma é o bastão, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">danda</i>, que
é também a insígnia real por excelência. E a palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">danda</i> é correntemente empregada no sentido de ‘castigo’, ‘poder
repressivo’, ‘disposição penal’.(...) De resto a necessidade para os
sobreviventes de fazer para os defuntos os ritos que lhes permitirão se tornar
ancestrais e súditos do rei Yama é nela mesma uma das obrigações fundamentais
que constitui a lei.” (Ch. Malamoud, pgs 20 e 28 respectivamente). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na ‘vida de Foción’ escrita por Plutarco
apareceria alguma destas características de Yama? Uma primeira imagem a
procurarmos seria a do bastão, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">danda</i>:
ele aparece castigando nosso protagonista mesmo, prendendo-o e silenciando-o;
enquanto senhor da morte, ele é o primeiro a morrer, entrega-se a morte,
mortifica-se, faz penitência. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A cena no
parágrafo/ capítulo XXXII já faz parte do final da história quando da tomada de
Atenas pelos macedônios, com a assembleia, junta, do Povo sendo preenchida por
infames, escravos, estrangeiros e desterrados que vendidos aos macedônios votam
a condenação a morte de Foción e dos que com ele estavam insultados em
documento de Polisperconte como traidores da pátria parágrafo capítulo XXXIII.
Nesta reunião prévia que acontece no campo, debaixo de um dossel dourado com a
presença do rei e presidida por Polisperconte: “ porém os macedônios e outros
forasteiros que presenciavam a junta, estando de passagem, queriam ouvir e por
sinais rogavam aos embaixadores que fizessem ali sua acusação. Mas o partido
era muito desigual porque tendo começado a falar Foción, Polisperconte se opôs
a ele muitas vezes; e tendo dado por fim um bastonaço no solo (um golpe com o
bastão no chão), aquele (Foción) se deteve e calou;” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A imagem de guia do Povo, conduzindo os
Antepassados, os Patriarcas, aparece primeiro no capítulo VII: “Como visse que
o que manejavam então os negócios públicos se tinham repartido como por sorte o
mando militar e a tribuna, não fazendo uns mais que falar ao Povo e escrever (
Eubulo, Aristofón, Demóstenes, Licurgo e Hiperides)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>enquanto Diopetes, Menesteo, Leostenes e
Cares se enriqueciam mandando nos exércitos e fazendo a guerra, formou o
desígnio de restabelecer enquanto dele dependesse o modo de governar de
Péricles, de Arístides e de Solón, como mais completo, abraçando ambos os
objetivos. Porque cada um destes três varões era, segundo a expressão de
Arquíloco: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um e outro, do deus
das batalhas, <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não desdenhado aluno
e com os dons <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Favorecidos das
doutas musas; <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">e observava, além disso, que Atena é ao mesmo tempo
guerreira e política e baixo os dois aspectos é venerada. Conduzindo-se desta
maneira suas disposições se dirigiam sempre a paz e ao sossego; mas, contudo,
ele sozinho mandou como chefe (general de guerra) em mais guerras que todos os
do seu tempo e também dos tempos anteriores, não porque se apresentasse para
isso nem fizesse solicitações; porém tampouco se desculpava ou se retraía
quando a Polis o chamava. Porque é sabido que quarenta e cinco vezes teve
mando, não tendo-se encontrado nenhuma vez nas juntas de eleição, mas sendo
chamado e nomeado em sua ausência; tanto que os de pouco juízo se maravilhavam
de que o Povo, sendo Foción o único que comumente se lhe opunha, não dizendo
nem fazendo nunca nada que pudesse agradá-lo, nas coisas de pouca importância
fazia caso como por burla dos demagogos mais faladores e mais ocos, da maneira
que os reis gostam de ouvir aos aduladores e lisonjeiros, e que quando se
tratava de dar o mando, sempre sóbrio e solícito, empregava o cidadão mais
severo e prudente, e que era o único , ou ao menos o que mais contradizia seus
desejos e projetos. Assim é que, tendo-se lido um oráculo de Delfos em que se
dizia que estando de acordo todos os demais cidadãos, um só pensava de distinto
modo que a cidade, se apresentou Foción e disse que não se perturbassem porque
era a ele que buscavam; pois que a ele só não agradava nada do que faziam. Em
uma ocasião, como tendo exposto ao Povo sua decisão encontrasse aprovação e
visse que todos uniformemente o aceitavam voltou-se para seus amigos e disse:
“Propus sem perceber algum desatino!”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já vimos (Simão = Vishnu) que Yama
é o protagonista do Katha Upanishad em que orienta, guia, o jovem Nachiketas,
que se inicia na vida religiosa. Guia e orientador da mortificação enquanto
caminho para Brahma, Deus: daí seu olhar invertido, e seu pensar ao contrário
do Povo que vemos explicitamente citado neste texto de Plutarco da ‘vida de
Foción’. O caminho para Deus não é o caminho do mundo, diria o cristão, avesso
ao mundo como o mundo é avesso ao XTO. Caminho dos Antepassados também como teoria
e prática já que a palavra e a guerra devem se unir na mesma pessoa que fala na
tribuna e que luta na fronteira. Assim como orientador e educador vemos no
capítulo seguinte, VIII, várias frases e ditos de Foción que se concluem com uma
resposta que deu ao que queria enviá-lo a Alexandre Magno: “Muitas coisas boas
e úteis lhes aconselhei; porém não fazem caso de mim.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>No capítulo IX aparece a questão dos malformados expulsos pelos ‘Cães’
de guarda: “Aristogitón, o delator das juntas públicas, estava sempre pela
guerra e inflamava o Povo a empreendê-la; porém quando chegou o tempo do
alistamento, se apresentou com uma muleta e com uma perna enfaixada; e logo que
Foción o viu de longe, do banco de onde estava gritou ao secretário: “Inscreve
também a Aristogitón, coxo e doente.” Era portanto coisa de maravilhar-se como
um homem tão irritável e tão severo tinha o conceito e ainda o nome de bom; e é
em minha opinião, ainda que que difícil, não é impossível que, como o vinho,
uma pessoa seja ao mesmo tempo doce e picante; assim como outros que são tidos
por doces sejam licenciosos e danosos para os que os experimentam; e ainda de
Hiperides se refere ter dito falando ao Povo: Não olheis, oh atenienses, se sou
amargo, mas se o sou à toa”; como se a multidão temesse e se aborrecesse só com
os que são molestos e danosos com sua avareza e não estivesse pior com os que
abusam do poder por desprezo e inveja<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou
por rancor e rixa. Pois no referente a Foción, por inimizade jamais fez mal a
ninguém, nem a ninguém teve por contrário e só no necessário fez frente aos que
se lhe opunham a que pelo bem da pátria executava, sendo em tais casos áspero,
inflexível e implacável; porém, fora disso, no transcurso de sua vida a todos
se mostrou benigno, compassivo e humano, até vindo em auxílio dos de partido
contrário, se lhes faltava algo e colocando-se do lado deles se estavam em
perigo. O censuravam certa vez seus amigos de que tinha falado em juízo a favor
de um homem mau e os respondeu que os bons não necessitam de auxílio.
Aristogitón, o delator, depois que por sentença foi condenado, o chamou e rogou
que o fosse ver, e condescendendo com sua súplica, se encaminhou para o
cárcere; mas como seus amigos o estorvassem: “Deixa-me – disse – simplório; em
que lugar poderíamos ver com mais prazer a Aristogitón ?”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Os malformados são aceitos, com os pecados perdoados na infinita
misericórdia de Deus que é comparada a esta bondade de Foción de amar inclusive
aos inimigos, aos do partido contrário e aos maus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Bondade, compaixão e misericórdia que aparecem no capítulo/parágrafo
seguinte de Plutarco, X : “Os aliados e habitantes das ilhas, aos enviados de
Atenas, quando outro general os conduzia, os olhavam como inimigos, reforçavam
as muralhas, barreavam as portas e introduziam do campo as populações, os
víveres, os escravos, as mulheres e as crianças;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e se o general era Foción, saiam coroadas a
recebê-lo em suas próprias naves, e alegres os levavam a suas próprias
casas.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Nos parágrafos seguintes XI e XII já descrevendo a guerra contra os
macedônios aparecem não só os dois ‘Cães’ que guardam o general como também a
imagem do sacrifício enquanto garantidor, conquistador, da terra. XII<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Quando se apresentaram os inimigos, deu a
sua tropa ordem de que permanecessem imóveis sobre as armas até que houvesse
terminado o sacrifício; e foi longo o tempo que se deteve, ou porque os sinais
não fossem faustos ou porque quisesse atrair para mais próximo os inimigos. Por
esta razão receando então Plutarco de Eretria covardia e atraso meditado,
acometeu só com os estipendiários, o que, visto pela cavalaria, já não aguentou
mais tempo, mas se dirigiu naquele momento contra os inimigos, saindo
desordenada e desunida do acampamento. Vencidos os primeiros, se debandaram
todos, e Plutarco fugiu (isto aconteceu no ano 350 a.C.). Acometeram então ao
valado alguns dos inimigos, trataram de rompê-lo e abrir-lhe passagem, pensando
que estavam todos subjugados. Nisto, concluído já o sacrifício, atacaram os
atenienses e expulsaram logo aos do acampamento, destroçando a maior parte
deles enquanto se entregavam a fuga ao redor das trincheiras. Foción dispôs que
o grosso de suas tropas parasse e estivessem atentos para esperar e recolher
àqueles que no princípio haviam se dispersado na fuga, e ele, com os mais
escolhidos, atacou aos inimigos. Travou-se uma renhida batalha em que todos
pelejaram valorosamente e a todo transe; porém Talo, filho de Cinea, e Glauco,
filho de Polimedes, que estavam ao lado do general todavia sobressaíram; e não
só estes mas também Cleofanes conseguiu um mérito muito singular nesta batalha:
porque fazendo voltar da fuga aos cavaleiros e gritando-lhes e chamando-lhes que
corressem em auxílio ao general que estava em risco, conseguiu com sua volta
que fosse mais certo o triunfo da infantaria.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cinea quer dizer cachorrento,
encachorrado, e portanto não deve ser à toa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XI
há a preparação do sacrifício. Foción é enviado com poucos soldados porque
presume-se que os soldados locais, da região, se unirão a ele. Aqui no caso
uniram-se muitos insubordinados, faladores, maus e a estes Foción permitiu que
desertassem ou se afastassem do acampamento para não ter que ficar ouvindo-os e
não atrapalharem os que guerreavam.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XIII
acontece exatamente isto, qual seja, dos soldados da região se unirem a ele e
juntos vencem a Filipe da Macedônia. Cleon, bizantino era colega de Academia de
Foción, da Academia platônico-socrática. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XIV Foción
com uma trombeta lidera o exército que vai salvar Megara saindo da junta, da
assembleia do Povo que decide a ajuda. Ligam a cidade com o mar, porto,
construindo dois ramais. Aproximando-se assim do mar e de Atenas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XV Filipe
vence em 338 a.C. e morre logo em seguida. Foción contra a guerra mas voto
vencido. Acabam a perdendo, a guerra, para Filipe e retornando para Foción que
diz sobre os Patriarcas : “Me opus antes; mas já que fizestes um pacto é preciso
leva-lo com paciência e com bom ânimo, tendo presente que nossos maiores,
mandando as vezes e as vezes mandados, porém executando um e outro do modo que
convém, salvaram a cidade e os gregos.” “Morto Filipe, não permitiu que o Povo
fizesse festejos pela boa nova, primeiro porque parecia coisa indecente e
segundo porque as forças que os tinha vencido em Queronea não diminuiu mais que
de uma só pessoa.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Prescrição fúnebre que lembra as funções de
Yama, assim como as que aparecem no XVI e seguintes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XVI Tebas
é destruída em 335 a.C. por Alexandre magno que quer que entreguem políticos,
olhando todos então para Foción : “E chamado Foción muitas vezes pelo nome, se
levantou, tomou pela mão um dos seus amigos um dos mais íntimos que tinha e a
quem mais amava e disse: “Colocaram a polis em tal precipício que eu ainda que
pedissem este Nicocles, seria de juízo que o entregassem; pois o que cabe a mim
mesmo, se se tratasse que morresse por vocês teria-o por grande felicidade. Me
compadeço – continuou – oh atenienses, destes que de Tebas se hão acolhido
entre nós; porém basta aos gregos o chorar por Tebas. Mais vale pois persuadir
e rogar por uns e outros a quem tem a superioridade do que contender com
eles.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Foción acaba se tornando íntimo
de Alexandre magno e é dito que depois que venceu Dario e tornou-se magno mudou
a saudação das cartas menos as que enviava a Foción e a Antípatro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XVII<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Neste parágrafo/capítulo aparece a casa de
Foción famosa se pensarmos na casa de Yama. Casa que na época de Plutarco ainda
estava de pé, diz o autor. A casa é dita ser humilde e simples com Foción
tirando água do poço e a mulher cozinhando. Foción tem voto de Pobreza a quem
venerava: recusa todos os presentes que Alexandre tenta lhe dar. Talentos de
dinheiro, cidades, feudos: a tudo recusa. Quando Alexandre insiste, pede que
liberte certos presos. Mortifica-se o senhor da morte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XVIII <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
humildade também da esposa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XX <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Harpalo
tesoureiro de Alexandre que pegara dinheiro do tesouro corrompe Atenas. Menos a
Foción: “fortaleza inexpugnável com o ouro.” Novamente a elevação da Pobreza
enquanto virtude suprema, a humildade, a simplicidade, longe, livre, da riqueza
que corrompe, do vil metal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXI<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Tendo dado Asclepiades, filho de Hiparco,
aos atenienses a primeira notícia da morte de Alexandre (323 a.C.), disse
Demades que não se fizesse caso pois sendo verdade devia já estar exalando a
morte toda a terra; e Foción vendo o Povo vaidoso e inflamado para pensar em
novidades, tratou de distrair-lhe e entreter-lhe; porém como muitos corressem a
tribuna e gritassem ser certa a notícia de Asclepíades e que Alexandre tinha
falecido: “Pois se hoje está morto – lhes disse – não estará também amanhã e
depois de amanhã e podemos portanto deliberar com mais sossego e
segurança?”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXII “Depois
que Leostenes impeliu a cidade para a guerra chamada Helênica, muito contra a
vontade de Foción, perguntou a este, por mofa, o que havia feito de bom em
tantos anos de comando; ao que lhe respondeu: “Não pouco; que os cidadãos hajam
sido enterrados em seus próprios sepulcros.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXIII “Mas
resolvendo os atenienses marchar contra os beócios, a princípio se opôs e
fazendo-lhe entender os amigos que os atenienses o matariam se os recusassem “injustamente
– respondeu – se proponho o que é útil; mas se me afasto disto, com justiça.” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">“Vendo que não cediam, mas que levantavam grande
gritaria, mandou anunciar a voz de pregão que os atenienses que estivessem compreendidos
entre a puberdade e os sessenta anos pegassem provisão para cinco dias e os
seguissem a partir da assembleia, junta, mesma. Move-se com isto grandíssimo
alvoroço e como os mais anciãos começaram a clamar e sair, “não há que
incomodar-se – disse - ; eu, o general, que conto já oitenta anos, estarei com
vocês”; e com isto os apaziguou e os fez mudar de propósito por então.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Junto
com a injunção, ditame, sobre a morte, a atividade de líder e guia do Povo em
guerra mesmo com oitenta anos! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXVII Os
macedônios tomam Atenas e o cenário é de morte : “Deste modo receberam os
atenienses guarnição dos macedônios e por chefe dela Melino homem bondoso e
amigo de Foción. A condição contudo pareceu efeito do orgulho e mais
demonstração de poder para humilhar que ocupação ditada pelo estado dos
negócios, tendo-a feito menos tolerável o tempo em que teve execução. Porque
entrou em Atenas no dia 20 do mês boedromion, estando-se celebrando os
mistérios, e precisamente quando levam a Iáco desde a capital até Elêusis.
Turvada, pois, a festa, muitos se puseram a comparar o que aconteceu nos
antigos prodígios e os atuais. Porque antes, nas grandes prosperidades da
cidade, haviam aparecido visões e escutado vozes místicas, com assombro e
terror dos inimigos, e agora na mesma festividade, eram espectadores os deuses
dos mais insofríveis males da Grécia, e de haver chegado ao último desprezo o
tempo para eles mais santo e mais doce, tendo começado a época mais calamitosa.
Pois, em primeiro lugar, alguns anos antes, as Dodonides<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(sacerdotisa de Dódona; só
comiam castanha) haviam trazido um oráculo que previa se guardassem os
promontórios de Artêmis (promontórios da Atica) para que outros não o tomassem,
e então, naqueles mesmos dias, as faixas com que se adornam os leitos místicos,
posta n’água para lavar-se, em lugar de sua cor púrpura, haviam tomado uma cor
fúnebre e de luto, o que era de tanto maior cuidado quanto que todas as dos
particulares tinham conservado sua cor. Além do que, a um iniciado que estava
lavando um leitão na parte mais aberta e clara do porto, o arrebatou um tubarão
e comeu todos os membros inferiores do corpo até o ventre; significando-lhes
claramente o deus que, privados do território de baixo e marítimo, conservariam
o superior e da cidade. E sobre a guarnição em nada incomodou, por causa do
comandante Menilo; mas os cidadãos excluídos do governo por sua pobreza, que
passavam de doze mil, os que haviam permanecido sofriam uma sorte muito
miserável e afrontosa, e os que mesmo abandonando a pátria e passado a Tracia,
donde Antípatro os dava cidade e terras, pareciam os exterminados depois de um
cerco.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cenário de
morte onde vemos os tecidos de Yama, referidos nas citações acima, nas faixas
que ficam com cor fúnebre sem causa aparente mas sinalizando a morte que se
aproxima. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>XXVIII<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Depois, por ter morrido
Antígono e ter começado os que o mataram a a mortificar e afligir os Povos,
disse em Frígia um rústico, que como cavasse um campo e lhe perguntassem o que
fazia, respondeu: “Busco a Antígono”; (...) contudo Foción livrou a muitos do
desterro intercedendo com Antípatro e conseguiu para os desterrados que não
fossem como os demais excluídos de todo da Grécia, sendo transladados para além
dos montes Ceraunios e do Tenauro (montanhas do Épiro) mas que habitassem no
Peloponeso, de cujo número foi Agnónides o Sicofanta.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXIX “Propondo Menilo a Foción fazer-lhe uma
expressão e dar-lhe certa quantidade de dinheiro, lhe respondeu que nem ele
valia mais que Alexandre nem a causa que queria que abraçasse era melhor que
aquela que naquele tempo nada recebeu e como Menilo insistisse para que
admitisse para seu filho Foco, “a Foco – respondeu – se tem juízo mudando de
conduta lhe bastará o que ficar de seu pai; porém se segue como agora, não
alcancará nada.” A Antípatro que queria valer-se dele para uma coisa injusta,
lhe respondeu com dureza: ‘Não podes Antípatro valer-se de mim ao mesmo tempo
como amigo e como adulador’. Refere-se que Antípatro dizia que em Atenas tinha
dois amigos, Foción e Demades, de um nunca conseguiu que recebesse nada seu; e
de outro nunca conseguiu contentar, satisfazer; é que Foción ostentava como uma
virtude a Pobreza, na qual envelheceu, havendo sido tantas vezes general dos atenienses
e contando reis entre seus amigos e Demades exibia-se como rico ainda que a
custa de injustiças e cometendo-as intencionalmente.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Novamente a santa Pobreza. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXX –
XXXV<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Paixão de Foción executado igual
Sócrates bebendo cicuta. A vítima é a oferta sacrifical. Transportado qual
criminoso no carro dos bandidos é cuspido e maltratado pela cidade que tanto
defendeu. A cicuta acaba e os executores estão sem dinheiro para comprar mais (12
dracmas) e Foción paga esta última despesa dizendo que a cidade nada deixa de
graça, nem a morte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXXV<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“Dissolvida a junta, levaram os sentenciados ao cárcere e os demais
vendo-se rodeados e estreitados entre os braços de amigos e clientes, iam
aflitos e desconsolados; porém ao ver ao rosto de Foción, tão sereno como
quando indo de general o acompanhavam desde a junta pública, todos geralmente
admiravam sua imperturbabilidade e sua grandeza de alma, ainda que seus
inimigos no caminho lhe enchiam de impropérios e teve um que se aproximou e
cuspiu; de modo que ele se voltou para os arcontes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e lhes disse: “Não haverá quem contenha a
este sem vergonha?” Como Tudipo estando já no cárcere e vendo moída a cicuta,
se irritasse e lamentasse sua desgraça, pois não havia motivo para que fora
colocado junto de Foción: “Com o que não tens em muito – lhe disse este – o
morrer com Foción?” (...) Como todos beberam se acabou o veneno e o executor
público disse que não moeria mais se não lhe dessem 12 dracmas, que era o que
custava uma porção. Passava-se o tempo e a detenção era longa; chamou pois
Foción a um de seus amigos e dizendo: “Bom, nem mesmo o morrer o dão de graça
em Atenas!” e o encarregou que pagasse aquela miséria.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXXVI<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Mas os inimigos de Foción acreditavam que
seria incompleto seu triunfo se não faziam que até o cadáver de Foción fosse
desterrado e que não houvesse ateniense que acendesse fogo para dar-lhe
sepultura; assim é que não houve entre seus amigos quem se atrevesse nem sequer
a tocá-lo. Um tal Conopión, que por salário ocupava-se destas obras, tomou o
corpo e levando-o para depois de Eleusine, o queimou, acendendo o fogo em terra
de Megara (no istmo de Corinto). Chegou lá uma mulher megarense com suas
criadas, e levantando um túmulo vazio, fez as libações solenes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tomou depois em seu seio os ossos e
levando-os durante a noite para sua casa, abriu uma cova no pátio, dizendo: “Em
ti, amado pátio, deposito estes despojos de um homem justo e tu os devolverás
ao sepulcro paterno quando os atenienses converterem-se do seu trato.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘O
sacrifício dos ossos’ é nome de um capítulo do livro de Charles Malamoud citado
na bibliografia. “A ação realizada por pessoas vivas por meio dos ossos é
interpretada como uma ação realizada pelos ossos por meio destas pessoas vivas.
Os viventes que fazem agir os ossos, que colocam os ossos em ação, são
comparáveis aos oficiantes que (com remuneração) fornecem ao sacrificante os
serviços aos quais ele tem necessidade para poder oferecer seu sacrifício.”
(pg. 102) Neste mesmo livro o autor fala da irmã gêmea de Yama, Yami, que seria
o dia, como Yama é a noite: seria Demades, Yami, esta realidade gêmea, junta,
que diferente de Foción está do seu lado.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Do mesmo modo o fato de Yama não ter filhos, progenitores, aparece na
crítica a Foco, o filho de Foción, que a tradição transmitida por Plutarco
reiteradamente acusa de ruim, “sem prendas recomendáveis”(XXXVII), “andando com
más influências” ( XIX), e como vimos na citação do capítulo XXIX acima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XXXVII<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Não tinha passado muito tempo quando os
acontecimentos mesmos fizeram ver ao Povo que zelador e guarda da modéstia e da
justiça era o que haviam perdido. Erigiu-lhe pois uma estátua de bronze e por
conta do erário público deu sepultura a seus ossos. ... Enfim, o que aconteceu
a Foción fez os gregos recordarem o que aconteceu com Sócrates por ser este
erro muito semelhante àquele e causa igualmente para a cidade de grandes
infortúnios.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Charles Malamoud ainda fala sobre o sacrifício
: “A operação sacrifical comporta pois dois momentos: aquele do início, onde o
sacrificante não quer oferecer outra coisa que ele mesmo, depois o momento onde
este sacrifício é estendido, prolongado, desdobrado. O sacrificante oferece uma
vítima outra que ele mesmo, mas que, justamente por esta razão, é um outro ele
mesmo. Duas fases, pois, nesta sequência, marcadas cada uma pela duplicação do
sacrificante, a segunda sendo uma reprise da primeira. (...) Se pois o
sacrifício é uma série de identificações (do sacrificante com a vítima, do
indivíduo mortal com o Purusha primordial, do terreno do sacrifício com o
cosmos, do altar de tijolos com o tempo estruturado do ano), ele é também um
encadeamento de dualidades: sequências de duas fases, projeções de substitutos.
(...) Os textos nos levam mais longe: se o sacrificante, mortal ou em busca de
imortalidade, não cessa de projetar imagens dele mesmo no cosmos sacrifical,
não é somente porque a identidade do sacrifício e do sacrificante se <i style="mso-bidi-font-style: normal;">amoedam</i> em uma infinidade de
correspondências e homologias é também porque pelo ser humano todas as coisas
são medidas aqui (SB X, 2,2,6).”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(pgs.
31-33)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A palavra colocada em itálico aqui,
amoedam, se repete no parágrafo/capítulo V da vida de Foción: “No obstante ser
de costumes benignos e humanos, em seu semblante parecia inacessível e
carrancudo, de maneira que com dificuldade se chegava nele os que antes não
tinham marcado. Por causa disto, tendo falado em certa ocasião Cares contra sua
seriedade, como os atenienses rissem: “Nenhum mal – lhes disse – os há feito
minha seriedade, enquanto o riso destes deu muito o que chorar à Polis.” Por
estas expressões a linguagem de Foción, sendo útil pelas sentenças e saudáveis
pensamentos, encerrava uma concisão imperiosa, severa e algo picante: pois
assim como dizia Zenón que o filósofo devia colocar de molho sua dicção no
juízo, deste mesmo modo a dicção de Foción em poucas palavras mostrava grande
sentido; e a isto parece que aludiu Polieucto de Esfecia quando disse que
Demóstenes era melhor orador, porém Foción mais eloquente. Porque assim como a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">moeda</i>, a que se dá grande estima
publicamente, tem muito valor no pequeno volume, da mesma maneira a verdadeira
eloquência consiste em significar muitas coisas com poucas palavras. Assim se
conta de Foción que em certa ocasião estando já cheio o teatro se passeava pela
cena estando todo embebecido dentro de si mesmo e dizendo-lhe um dos seus
amigos: “Parece, oh Foción, que estás meditando”, lhe respondeu: “Sim, medito o
que poderei tirar do discurso que vou fazer aos atenienses.” O mesmo
Demóstenes, que olhava com alto desprezo aos demais oradores, quando se
levantava Foción dizia em voz baixa a seus amigos: “Eia, está aí o machado dos
meus discursos.” Mas talvez isto devesse se atribuir a seus costumes posto que
em uma palavra só, ou um sinal de um homem de bem, tem uma força e um crédito
que equivale a milhares de argumentos e de orações.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
primeiro texto a moeda parece reproduzir a analogia do celeste com o terrestre
em suas duas faces, dois lados. No segundo parece que também a palavra esconde
seus significados dentro de uma concisão. O sacrificante e o sacrifício - a
palavra e seu significado. Economia politica monetária faz da palavra na
tribuna, o sacrificante e o sacrifício. O guia das pessoas na guerra é também
guia espiritual pela palavra, pela fala. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>IV “A
linhagem de Foción conjecturamos que não seria de todo obscura e abatida : pois
se fosse filho de cozinheiro como disse Idomeneo, Glaucipo, filho de Hiperides,
que em seu discurso recolheu e proferiu contra ele milhares e milhares de
picardias, não teria omitido seu baixo nascimento, nem ele tampouco teria
podido ter uma vida acomodada nem receber uma educação tão liberal, até o ponto
de ter escutado, sendo muito jovem, a escola de Platão e depois a de
Xenócrates, na Academia, fazendo-se imitador desde o princípio dos que tinham
mais levados pensamentos. Pois nenhum dos atenienses viu facilmente a Foción
nem rir nem chorar, nem lavar-se em banho público, como escreveu Duris, nem
tirar a mão para fora da capa nas poucas vezes que a usou: porque assim como
nas viagens e no exército, ia sempre descalço e desnudo, a não ser que fizesse
um frio excessivo e inaguentável, de maneira que seus camaradas diziam
brincando que era um sinal de frio rigoroso ver Foción com roupa.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Descalço e pelado, nosso herói, que se mortifica.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Yama é o
primeiro braço, membro, anga, dos oito membros, da Yoga conforme vimos em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vayu = Timoleón. Yama então significa
restrições, obrigações, que são cinco: ahinsa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( não matar), satya (verdade), asteya
(não roubar), brahmacarya (continência), aparigraha<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( não cobiçar).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em Ganesha = Pelópidas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vimos a doutrina dos dois caminhos pitr yana
e deva yana, justamente sendo este pitr os antepassados, patriarcas, que Yama
representa. Seria a vida ativa enquanto a contemplativa seria a deva yana.
Haveria alguma imagem destes dois caminhos neste texto da vida de Foción ? Vejamos
o capítulo XXIV.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Sendo
roubada a parte marítima por Mício que com grande número de macedônios e
estipendiários desembarcou em Ramnunte e assolava tudo, conduziu ( Foción) aos
atenienses contra ele. Começaram a se apresentar uns por uma parte outros por
outra querendo dar sugestões, disposições: “Deve-se tomar – lhe diziam – tal
monte: a cavalaria deve-se enviar àquele ponto, aqui se deve tomar posição”; o
que o fez exclamar: “Por minha vida, que estou vendo aqui muitos generais e
poucos soldados!” Tendo formado a infantaria, um se adiantou um espaço bem
longe dos demais; depois por medo, saindo contra o inimigo, retrocedeu à
formação e Foción lhe disse: “Não te envergonhas, oh jovem, de ter deixado dois
postos, aquele que te colocou o general e depois aquele em que tu te havias
colocado?” Atacou o inimigo e os venceu com morte de Mício e muitos
outros.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com certeza esta
citação de Plutarco é a mais antiga para esta frase famosa com cacique e índios
no lugar de soldados e general.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E os
dois lugares o que o general colocou e o que a pessoa mesma se coloca, a vida
ativa e a vida contemplativa, respectivamente. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Afinal Yama é o legislador. “Em RV X, 14,8 (continuação
do texto sobre Yama citação de Coomaraswamy acima) ao que se apresenta é
exortado que ‘Afaste a maldição, busque novamente tua casa e brilhando bem,
assume um corpo’ (...), onde uma reencarnação, não no tardio e mais literal
sentido (Buddhista), mas dos princípios procriativos na aurora de uma nova
criação, está implicado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cf. X, 58,
certamente não ‘uma fala para chamar o intelecto fugidio (manas) de uma pessoa
a ponto de morrer’ (Griffith) mas em trazer de volta um intelecto no tempo
indicado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para nascer.</i>”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mors
janua vitae</i>, morte porta da vida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Bibliografia:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vida de
Foción em “Vidas Paralelas” de Plutarco, Aguilar, Madrid, Espanha, 1973. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( trad. Antonio Sanz
Romanillos, Jose Ortiz y Sanz e Jose M. Riaño). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ananda Coomaraswamy, Perceptions of The Vedas,
IGNCA/Manohar, New Delhi, 2000, <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Índia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">T. A. Gopinatha Rao, Elements of Hindu Iconography,
vol2, Delhi, Low Price Publications,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1999, 1.a edição
1914 Madras, Índia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Charles Malamoud, Le jumeau solaire, Seuil, 2002,
Paris.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-19003732966830488512021-10-04T09:00:00.001-07:002021-10-04T09:01:51.768-07:00[ n. do tr.: Indra = Péricles]<p> </p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s1572/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div><br /><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> Plutarco Brahmin</span></p><p class="MsoNormal"> <span style="font-size: 16pt; line-height: 107%;"> Indra = Péricles</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na história de Indra sua luta contra Vrtra e a
morte deste com o raio, aparece como o acontecimento mais importante, seja no
Mahabharata, seja no Satapatha Brahmana. Esta luta contra o mal, o demônio,
Mara / Namuci, é o que define o caráter do ‘senhor dos cem sacrifícios’, o
chefe do céu dos trinta e três. Cortar a cabeça de Vrtra seria o sacrifício, a
vitória contra o mal. Apesar de vitorioso, esta vitória teria sido conseguida
com ‘pecados’, o que levaria o deus a diminuir-se, tornar-se pequeno,
humilhar-se.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Indra portanto seria um
deus que peca, que tem três pecados e com isto perde suas forças, energias, que
posteriormente são restituídas através de um ritual. Uma série de livros e
artigos dissertam sobre o tema e tentam explicá-lo : cf bibliografia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como já vimos
antes em Simão = Vishnu o cortar a cabeça do sacrifício supõe uma restituição,
um colocar a cabeça de volta e em Pirro = Varuna um ritual chamado sautramani
realiza esta restituição. Em ambas as citações vemos os deuses gêmeos médicos,
os Asvins, realizarem-nas para restituir a Vishnu sua cabeça e a Indra suas
forças perdidas no sacrifício. O sautramani então constitui-se de três animais
cortados ao meio cada um correspondendo a um dos pecados de Indra que seguiriam
o esquema das três funções de G. Dumézil que por sua vez segue o tratado ‘da
alma’ de Aristóteles - alma vegetativa, alma sensitiva e alma racional - e
igualmente repete-se na divisão tradicional das castas, ordens, estados,
classes e no arquétipo da cosmologia antiga da teoria dos três mundos - céu,
atmosfera e terra. Vemos Abrão no Gênesis realizá-lo depois da vitória sobre o
rei de Sodoma e aliados e em seguida a oferta do dízimo de pão e vinho a
Melquisedec em Jerusalém, dons que ainda atualmente se lembram em todas as
missas. Vale a citação de Gênesis 15, 1-19: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1 Depois destes acontecimentos a palavra de
Iahweh foi dirigida a Abrão numa visão: “Não temas Abrão! Eu sou o teu escudo,
tua recompensa será muito grande.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>2 Abrão
respondeu: “Meu Senhor Iahweh que me darás? Continuo sem filho... 3 Abrão
disse: “Eis que não me deste descendência e um dos servos de minha casa será
meu herdeiro.” Então foi-lhe dirigida esta palavra de Iahweh: “Não será este o
teu herdeiro mas alguém saído do teu sangue.” 5 Ele o conduziu para fora e
disse: “Ergue os olhos para o céu e conta as estrelas, se as pode contar,” e
acrescentou: “Assim será a tua posteridade.” 6 Abrão creu em Iahweh e lhe foi
tido em conta de justiça. 7 Ele lhe disse: “Eu sou Iahweh que te fez sair de Ur
dos caldeus, para te dar esta terra como herança.” 8 Abrão respondeu: “Meu
Senhor Iahweh, como saberei que hei de possuí-la?” 9 Ele lhe disse: “Procura-me
uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma
rola e um pombinho.” 10 Ele lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio
e colocou cada metade em face da outra; entretanto não partiu as aves. 11 As
aves de rapina desceram sobre os cadáveres mas Abrão as expulsou. 12 Quando o
Sol ia se por, um torpor caiu sobre Abrão e eis que foi tomado de grande pavor
(uma obscuridade). 13 Iahweh disse a Abrão: “Sabe, com certeza, que teus
descendentes serão estrangeiros numa terra que não será a deles. Lá eles serão
escravos, serão oprimidos durante quatrocentos anos. 14 Mas eu julgarei a nação
a qual serão sujeitos e em seguida sairão com grandes bens. 15 Quanto a ti, em
paz, irás para teus pais, serás sepultado numa velhice feliz. 16 É na quarta
geração que eles voltarão para cá, porque até lá a iniquidade dos amorreus não
terá atingido o seu cúmulo.” 17 Quando o Sol se pôs e estenderam-se as trevas,
eis que uma fogueira fumegante e uma tocha de fogo passaram entre os animais
divididos. 18 Naquele dia Iahweh estabeleceu uma aliança com Abrão nestes
termos: “À tua posteridade darei esta terra, do rio do Egito até o grande rio,
o rio Eufrates, 19 os quenitas, os cenezeus, os cadmoneus, os heteus, os
ferezeus, os rafaim, os amorreus, os cananeus, os gergeseus e os jebuseus.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olivier
Masson em seu artigo ‘A propos d’um rituel hittite pour la lustration d’une
armée: le rite de purification par le passage entre les deux parties d’une
victime’ mostra que o ritual em questão é largamente difundido pelo mundo e,
como vemos na permanência do Povo no Egito na citação de Abrão, é purificador,
apotropaico (para evitar o mal) e para recobrar forças : sair do Egito é sair
do mundo, purificar-se, purgar-se, antes de entrar na terra prometida, é largar
o corpo para entrar n’alma. Relaciona-se à purificação dos pecados que na
história de Indra seriam de três tipos, seguindo o esquema referido, cada
animal para cada parte d’alma. G. Dumézil comprova esta tese no seu livro
‘Tarpeia’ em que há um capítulo apenas sobre o Sautramani e seu correspondente
romano a Souvetaurilia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na
realidade este ritual apenas aparece no Satapatha Brahmana que é um livro de
rituais sendo que no Mahabharata não aparece, nem os Asvins médicos. No
Mahabharata na Udyoga parva seções IX-XVIII conta-se a história de Indra e sua
esposa Sachi. Segue um resumo : Fala-se sobre o infortúnio que aconteceu com
Indra e sua esposa Sachi. O filho de Tvastri com três cabeças é morto pelo raio
de Indra e conforme as cabeças são cortadas, pássaros saem de dentro delas. Um
carpinteiro termina o serviço de Indra e corta finalmente as cabeças todas.
Tvastri cria então Vritra. Na luta contra este, Indra foge e vae pedir ajuda a
Vishnu que elabora um plano para enganar Vritra fingindo amizade e este aceita
dizendo que não poderá ser morto nem de dia nem de noite, nem com seco nem com
molhado, nem com pedra nem com madeira, nem com arma para perto, nem para
longe. Vritra está na praia e Indra também está na praia. Indra o mata então
com a espuma do mar que não é nem seco nem úmida com o raio escondido nela e
Vishnu escondido também, a aurora que não é nem noite nem dia. Indra então
torna-se culpado e desprovido dos sentidos e de consciência indo habitar
diminuto em um caule de flor de lótus. O ser humano Nahusha, qual outra Medusa
a quem ninguém podia olhar, torna-se rei do céu, Indra. Ele que pegar Sachi
para ele mas ela não quer. Sachi então pede um tempo. E procurando Indra o
encontra diminuto no caule da flor de lótus. Indra sacrifica a Vishnu
purifica-se mas foge de novo e fica novamente minúsculo. Sachi por sua vez
engana Nahusha que passa a andar em um carro puxado por rishis, ascetas e
humilhando Agastya acaba virando serpente amaldiçoado por Bhrigu. E então Indra
retorna. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O primeiro
pecado seria o matar um brahmin, o filho de Tvastri que tinha três cabeças,
desde já, este antigo regime, antiga ordem social que dividia-se em três
castas. O segundo pecado seria de quebrar a palavra, trato, com Vritra com quem
havia um pacto de não morte situando-se neste meio termo tão difícil de estar.
O terceiro seria o da esposa Sachi que engana Nahusha, ser humano. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
mesmo Mahabharata na Adi parva seção CLXXII fala-se assim sobre o raio de
Indra: “Em dias de outrora o raio foi criado para o chefe dos celestiais de
modo que pudesse matar (o asura) Vritra com ele. Mas atirado na cabeça de
Vritra ele quebrou em mil pedaços. Aquilo que é conhecido nos três mundos como
glória é apenas uma porção do raio. A mão do Brahmana com a qual ele derrama
libações no fogo sacrifical, a carruagem sobre a qual o kshatriya luta, a
caridade do Vaisya e o serviço do Sudra rendido para as outras três classes,
são todos fragmentos do raio.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E na seção XLII e
seguintes da Vana parva, vemos Arjuna no palácio de seu pai Indra/Sakra/Vasava
levado pelo carro de Matali, o auriga e sentando no trono de seu pai : “Aquele
que não tem mérito ascético não é competente nem mesmo para olhar ou tocar este
carro, muito menos andar nele. Ó abençoado, após subir nele e após os cavalos
sossegarem, irei nele, como um homem virtuoso andando na autoestrada da
honestidade.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É assim
com este nome de Sakra que Indra aparece muitas vezes nos Jatakas, vidas
passadas de Buddha, com seu trono amarelo no céu esquentando quando algo errado
acontece na terra e ele vigiando (episcopando) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>acaba <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>descendo para resolver a situação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ainda no
Mahabharata vemos no Aswamedha parva seção XI, Vasudeva/Krishna falando com
Yudhisthira sobre Vritra e Indra, este joga o raio sucessivamente enquanto
Vritra foge e esconde-se nos diferentes elementos corrompendo seus atributos
respectivos: terra/odor, água/ paladar, fogo/ cor e forma, ar/tato, éter/som e
por fim entrando no corpo mesmo de Sakra este ficou cheio de grande ilusão. “E
escutamos que Vasistha confortou Indra (quando ele estava assim aflito) e que o
deus de cem sacrifícios matou Vritra em seu corpo por meio do raio invisível, e
saiba, Ó príncipe, que este mistério religioso foi recitado por Sakra para os
grandes sábios e eles por sua vez me contaram ... O tempo chegou quando você
deve lutar a batalha que cada um deve lutar sozinho com sua mente. Portanto, Ó
chefe da raça Bharata, tu deves agora preparar-se para efetuar a luta contra a
tua mente; e por meio da abstração e mérito de teu próprio karma, tu deves
alcançar o outro lado (atravessar) da misteriosa e ininteligível (mente). Nesta
guerra não há necessidade de mísseis, nem de amigos, nem de ajudantes. A
batalha que deve ser lutada sozinho e com as mãos chegou para você.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ananda Coomaraswamy em um artigo compara
a história arthuriana, da távola redonda, de ‘Galvão e o cavaleiro verde’ com
esta história de Indra e Vritra. O autor diz que a perda da cabeça é a mesma e
que o sofrimento de Galvão durante um ano assemelha-se ao de Indra. Segue
citações : <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Deve-se lembrar
sempre que o rito humano do sacrifício imita aquele que foi feito no princípio,
e que o sacrificante, enquanto tal, é identificado a Indra o matador de Vritra
( S. Br. V,3,2,27) e enfim que todo homem deve matar seu próprio Dragão para em
seguida se reconstituir.” ( pg 122)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
alma sensível é o próprio dragão. ( pg 115 ). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ ‘Indra o
divide’, ‘ Ele se divide a si mesmo’, estas duas afirmações não são
contraditórias. Deve-se compreender claramente - o que do ponto de vista
cristão será completamente inteligível – que o sacrifício é sempre uma vítima que
consente se impondo a ela mesma a ‘paixão’, ao mesmo tempo que ele é a inocente
vítima de uma paixão que se lhe impõe injustamente; são duas maneiras
diferentes de considerar um único e mesmo ‘acontecimento’.( pg 108) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ ‘O mito da
criação é igualmente um mito da redenção’ como no cristianismo os dois planos
estão ligados.” ( pg 116 ).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ ‘A propósito do
mito de Perseu ... poderia-se propor esta significação: Perseu, o herói solar,
corta a cabeça toda manhã do Sol noturno simbolizado pela Górgona, para que do
tronco surja os símbolos da luz que, como os filhos de Poseidon, saem do
Oceano. O mito de Perseu teria assim a significação: morra e transforme-se!’
Esta é indubitavelmente a significação mais profunda do Sacrifício: Mors janua
vitae ( morte porta da vida).” ( pg 120 ).<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Nossa cabeça é
o nosso si mesmo e cortar a cabeça é o abandono de si mesmo, a negação de si
mesmo, a abnegação; inversamente, ‘apenas fazer o que dá na cabeça’ ( onde
‘fazer’ = engrandecer, exaltar, valorizar) vem a ser, afirmar sua
individualidade.” (pg 128). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma vez
estabelecido este caráter interior de Vrtra, como ele aparece na vida de
Péricles com a qual comparamos, colocamos em paralelo, a de Indra ?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vrtra seria a aristocracia, oligarquia, poder
de poucos, a qual, para a democracia de Péricles se estabelecer, precisa
derrotar, cortar a cabeça, posto que demônio é (por incrível que pareça continua
tudo do mesmo jeito que há milhares de anos atrás com o mesmo demônio redivivo
precisando ter a cabeça cortada, a esquerda política tendo que cortar a cabeça
da direita que continua a roubar o Povo de seus direitos, riquezas, etc : os
poucos, 1%, açambarcando a riqueza de todos : a vitória do comunismo,
socialismo, em tod’Ásia, garante este cortar de cabeça no mundo todo e a
subsequente vitória da democracia que diga-se de passagem tem seu nome usurpado
pela direita, oligarcas que são). Deixemos Marie Delcourt falar : <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Clístenes
se apresenta como o homem que após um parêntese de cinquenta anos, recolocará
em vigor a constituição de Sólon. (...) Este encontrou o Povo pequeno dos
campos miserável e endividado; os camponeses viviam de um sexto da colheita que
lhes deixavam o proprietário e arriscavam ser reduzidos à servidão como os
hilotas de Esparta. Sólon suprimiu as dívidas, interditou a escravidão dos
corpos e fez uma desvalorização que aliviou os camponeses. Pisístrato que
encontrou apoio entre os pobres, deu aos que viviam do sexto a propriedade das
terras que cultivavam. Clístenes pode pois partir de uma situação social
saneada: Athenas não se tornaria uma segunda Esparta e a primogênita das filhas
da Jônia não seria cultivada por escravos. Tratava-se agora de dar uma
existência política às pessoas estabelecidas na terra e acostumadas a
independência pessoal. (...) Clístenes deixou os thetas de fora dos cargos
individuais, como a estrategia e o arcontago, mas ele tratou de fazer a educação
política deles os introduzindo nos corpos coletivos, a Assembleia, o Conselho,
o Tribunal. Este último era composto unicamente de cidadãos agindo como
jurados. Mais tarde, cabia indenizar toda esta gente pequena que doava seu
tempo ao Estado: é Péricles que deverá realizar, até suas últimas
consequências, as reformas de seu tio-avô ( Clístenes).”( pg 24)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Ora, Athenas tornou-se uma democracia
tipo (do mesmo modo que Esparta era uma aristocracia tipo) somente em seguida
às reformas de Ephialtes em 462/461 a.C.. E é anteriormente a estas reformas
que Simão/Cimón dá a Esparta uma prova decisiva de amizade conduzindo um
destacamento ateniense em socorro dos reis ameaçados pela revolta de Messênia.”
(pg. 52). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Ephialtes fez
contra ele (o Areópago) uma guerra longa e eficaz. Ele o desacreditou atacando
individualmente um grande número de Areopagitas e mostrando sua indignidade.
Depois, em 462/461 a.C., aproveitando a ausência de Simão, ele fez passar uma
decisão que tirava do Areópago ao mesmo tempo o direito de julgar (excetuando
os crimes relativos aos deuses, mortes premeditadas quando o processo era todo
religioso e relativo a administração dos bens sagrados) e o direito de vetar os
projetos de lei se o julgavam contrário à constituição. O Areópago deixa de ser
o grande tribunal ateniense e o guardião das tradições políticas. De repente o
Tribunal toma uma importância maior. (...) A reforma de Ephialtes tira a maior
parte das atribuições judiciárias dos antigos magistrados mas é para lhas dar àqueles
que já exercem o poder legislativo, isto é aos cidadãos simples. As leis eram
simples, pouco numerosas, redigidas em palavras de todo dia. Os homens do Povo,
após prestar juramento, decidiam soberanamente, não apenas de fato mas também
de direito.” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Ephialtes encarregou o
Povo de vigiar as tradições e de assegurar a justiça, exatamente com
Temístocles o encarregou de defender o Estado. Péricles colocou o Povo a fazer
o mesmo criando o soldo. Os corpos coletivos (exceto a Assembleia) recebiam uma
indenização: aos conselheiros cabiam uma dracma por dia, aos juízes, dois
óbulos e se reembolsava a cada cidadão o preço da entrada no teatro. O Povo-rei
se pagava a si mesmo para exercer o ofício senhorial do governo, para fazer as
leis, tomar decisões, pronunciar julgamentos, remar nas trirremes.” ( pg
62).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ephialtes seria então o carpinteiro que termina o serviço de Indra
quando da morte do tricéfalo o primeiro filho de Tvastri sendo este portanto o
Areópago e seu antigo regime aristocrático. O que aparece na Vida de Péricles
de Plutarco no seu capítulo, parágrafo, IX. Aqui também aparece o confronto com
Simón e seu ostracismo não merecido posto que muito ajudou Athenas com os
espólios de guerra. No capítulo X vemos que este ostracismo será revogado
diante da invasão de Tanagra ficando Simón a cargo da esquadra e Péricles da
cidade: Elpinice esposa e irmã de Simón ajusta este acordo com Péricles. Se
Simón = Vishnu, Elpinice = Lakshmi, que justamente nasce da espuma do mar
batido, quando do batimento do mar de leite ( cf capítulo ‘sobre a ambrosia’ de
Plutarco Védico) figura, imagem, do comércio unindo os Povos, deuses e demônios.
Elpinice é chamada de ‘velha’ por conta deste nascimento não-humano da deusa
Lakshmi. Vemos Vrtra e Indra ambos na praia do mar e a espuma do mar escondendo
o raio: imagem da talassocracia, domínio dos mares, ateniense.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
capítulo XI temos a recomposição deste mesmo partido aristocrata, oligarca, que
não acaba mas revive enquanto Vrtra: “ Os aristocratas reúnem-se em um partido
tendo como líder Tucídides (general não o historiador), cunhado de Simón, e a
população fica dividida, como a pegadura do ferro, em duas partes, o partido da
plebe, do Povo e o de poucos, oligarcas, aristocrático. Por isto solta mais
Péricles as rendas ao Povo”, “enviando todo ano sessenta galeras em que
navegavam muitos cidadãos assalariados pelo espaço de oito meses e ao mesmo
tempo se exercitavam e aprendiam a ciência náutica.” “Iam para todas as
colônias aliviando a cidade da multidão e remediando a miséria do Povo e também
servindo de guarda entre os aliados habitando entre eles para que não tentassem
nada.” Novamente vemos o mar como o lugar da vitória sobre Vrtra.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A morte de Vrtra estaria no capítulo XIV da
Vida de Péricles em que fala do esfarelamento do partido aristocrático e do
ostracismo de seu líder Tucídides. Junto está a crítica a Péricles por gastar
muito nas obras da cidade quando responde que então vae pagar ele as obras e
ficar só seu nome na dedicação ‘ao o que o Povo volta atrás devido à glória de
ter seus nomes nas obras’: as obras dos templos imortais carregam o nome do
Povo. É obra do Povo. A derrota da oligarquia aristocrática é a construção da coisa
pública, do que pertence a todos e não apenas a alguns, a propriedade privada
da Povo, a empresa/empreendimento público/a. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No capítulo
XII fala-se das grandes obras realizadas em Atenas então, por todo o Povo,
obras que vão dar sentido a forma de governo chamada democracia porque “a todos
repartiu o bem-estar e a abundância”. Segue a citação de Plutarco: “As obras
públicas com o dinheiro da liga de Delos, obras que depois de feitas dariam uma
glória eterna e que deram de comer a todos enquanto se faziam proporcionando
toda espécie de trabalho e uma infinidade de ocupações, as quais, despertando
todas as artes e pondo em movimento todas as mãos, assalariaram, digamos assim,
toda a cidade que ao mesmo tempo se embelezava e se mantinha a si mesma. Não só
os de idade boa e robustos tomavam nos exércitos o que necessitavam do erário
público mas toda a multidão de trabalhadores pesados e rudes foram introduzidos
em grande número de trabalhos e obras. Porque sendo a matéria prima pedra,
bronze, marfim, ouro, ébano, ciprestre, latão (cobre e zinco), trabalhavam nela
e lhe davam forma os arquitetos, modeladores, latoneiros, pedreiros,
tintureiros, ourives, polidores de marfim, pintores, bordadores e torneiros;
além do que para prover estas coisas e transportá-las se entendiam os
comerciantes e marinheiros no mar;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e em
terra os carreteiros, peões, domesticadores de animais de tração, cordeiros,
linheiros, tecedores, construtores de caminhos e mineiros; e como cada arte, a
maneira que cada general seu exército, tinha da plebe sua própria multidão
subordinada, vindo a ser como o instrumento e corpo de seu ofício particular,
repartiam e distribuíam as ocupações a toda idade e natureza, por assim dizer,
a todos o bem estar e a abundância.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Fídias = Vishvakarma ( karma, obra; vishva, todas; todas as obras) ( o
arquiteto dos deuses).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O raio aparece no capítulo VIII; segue
a citação de Plutarco: “A esta ordem de vida e a elevação de seu ânimo
procurava acomodar, como órgão conveniente, sua linguagem, para o que
consultava frequentemente Anaxágoras, colorindo com a ciência física, como com
um tinte retórico, a dicção. Porque reunindo aquele, por seus conhecimentos de
física, a razão sublime obradora de tudo, como diz o divino Plato (Fedro), a
seu excelente natural e juntando sempre o condizente com o artifício em dizer,
se avantajou muito a todos os demais; e de aí dizem que teve o apelido, ainda
que há quem diga que dos primores com que adornou a cidade, e outros que de sua
autoridade no governo e nos exércitos, lhe veio que lhe chamassem Olímpio: se
bem que nada de estranho havia em que todas estas coisas houvessem contribuído
naquele homem insigne para esta gloriosa denominação. Mas as comédias de seus
contemporâneos lançaram contra ele então muitas vozes sérias ou ridículas; de
seu modo de falar mostram haver-se originado principalmente o tal apelido
porque diziam dele que trovejava, que lançava centelhas e levava na língua um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">raio</b> tremendo quando falava em
público.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta citação
termina falando da timidez de Péricles, o que nos leva ao tema da sua
diminuição, humilhação, fraqueza, que aparece em vários parágrafos, capítulos.
Primeiro neste VIII: “O mesmo Péricles era tímido e circunspecto no falar; e
assim ao subir a tribuna, pedia sempre aos deuses que não lhe escapasse, sem
que ele percebesse, nem uma só palavra que não fosse acomodada a sua intenção e
a que esta exigia.” Antes no VII em que fala de Péricles diminuindo-se sem
participar de festas e reuniões “parecendo que na cidade só havia o caminho da
praça pública e do conselho. Porque as aglomerações levam a mal tudo que é
altivez e é muito difícil na familiaridade conservar aquela gravidade que dá
opinião... ele porém fugindo a respeito do Povo a relação contínua e o
aborrecimento, não se apresentava senão como fugindo (escasseando-se), nem
falava em todo negócio, nem sempre se mostrava em público, senão reservando-se
para os casos de importância... as demais coisas as executava por meio de seus
amigos ou de oradores do seu partido, dos quais se dizia que um era
Ephialtes.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nos
capítulos XX e XXI vemos “os atenienses senhores dos mares e Péricles nem cedia
nem condescendia com os esforços que mostravam os cidadãos imbuídos
desmedidamente com tanto poder e tanta fortuna que queriam tomar o Egito, a
Sicília, Etruria e Cartago. Mas Péricles continha esta inquietude e reprimia
esta ambição, voltando principalmente aqueles grandes meios à conservação e
segurança do que já dominava, reputando por grande façanha o manter a fronteira
aos lacedemônios e manifestando-lhes contrário do que deu provas em muitas
outras coisas porém mais assinaladamente na conduta que observou nos sucessos
da guerra sagrada (448 a.C.).” Nesta guerra o Lobo consagrado a Apolo próximo
do altar principal de Delphos foi tomado por Esparta que nele escreveu que
tinha procedência nas consultas da Pítia. Péricles o toma de volta e escreve do
outro lado a precedência igual de Atenas. Devemos lembrar, como vimos em
Ganesha = Pelópidas, que Apolo nasce em Delos e que a liga de Delos é a base do
domínio marítimo de Atenas. “A amphictionia de Delos, cujo oráculo, os
panegíricos e os jogos agonísticos contribuíram sob a tutela de Athenas à
coesão dos Jônios. É certo em todo caso que a arbitragem de Apolo sob a forma
de decisão oracular foi um elemento de apaziguamento e de concórdia no interior
mesmo das cidades e Píndaro pode cantar que Apolo fez penetrar nos corações o
amor da concórdia e o horror da guerra civil. (...) Apolo primeiro teria sido
um deus de pastores e das assembleias humanas, denominadas Apellon ( Apela lac.
= sekos e ecclesia ). Deus apotropaico, que caça o mal defendendo os rebanhos e
os campos em geral. ”( Apolon in Bailly). E igualmente em Varuna = Pirro, que
em Delphos encenava-se a Dolonia, a história do lobo Dolon da Ilíada caçado à
noite por Ulisses e Diomedes que, segundo Henri Jeanmaire, representava uma
iniciação comum à toda a sociedade dos adolescentes em direção à juventude que
por um tempo deveriam viver a vida solitária e sanguinária de um animal nos
campos, desertos, florestas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XXII Plutarco diz
explicitamente: “Os fatos mesmos o demonstraram com quanta razão retinha em
Grécia as forças dos atenienses.” A diminuição, retenção, contenção acontece
com um pretenso suborno de Cleandridas ( pai de Gilipo = Virabhadra, que
aparece na vida de Nícias = Shiva ) mas como em seguida é feita uma trégua de
30 anos com os lacedemônios, conclui-se que o dinheiro foi para apoiar o grande
general espartano em sua empreitada seguinte em Thurios onde Parmênides foi
legislador : vê-se a unidade grega. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
voltar-se para dentro, o diminuir-se, é mais explícito, no capítulo XXXIII
quando lacedemônios e beócios invadem a Ática e Péricles resolve ficar dentro
da cidade junto com a população do campo, enviando barcos para que assolassem
os países invasores, forçando a retirada deles, tática que deu certo não fora o
acúmulo de gente produzir a peste dentro de Atenas. Quando se reclamava das
colheitas perdidas ele disse: “As árvores se se podam ou se cortam se
reproduzem e pronto; porém se os homens perecem não é fácil fazer-lhes
novamente.” Neste momento o chamam de ‘abominação’ lembrando-lhe que era descendente
dos que mataram Cilón que acolhera-se no templo de Atenas cem anos antes. Mas
aconteceu ao contrário, ele ganhando mais estima de seus cidadãos vendo que
tanto o aborreciam e temiam os inimigos.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta
tema da diminuição aparece mais nos três processos que Péricles enfrentou
indiretamente, sendo as vítimas atingidas por causa da proximidade com ele,
processos que acontecem depois que o período de ostracismo de seu inimigo
aristocrata acaba. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Anaxágoras,
Fídias e Aspasia, os três são processados devido a sua amizade com Péricles e
como forma de derrotá-lo ( Plutarco capítulos XXXI e XXXII ). Como resultado
obtiveram apenas o retorno da guerra e o fim de uma paz estabelecida.
Anaxágoras foge. Fídias é dito que morre na prisão; mas sabe-se que o Zeus de
Olimpia, sua cidade natal, foi feito depois por ele mesmo. E Aspasia é perdoada
com o choro do próprio Péricles. Os três processos juntos mostram os três
níveis, funções, conforme a historiografia atribui a Indra e seus pecados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O parassol que
cobre a realeza oriental e que, como vimos no capítulo ‘Hoc Age’ em Plutarco
Védico, é o lugar em que aparece a deusa da sabedoria, tem seu lugar no
capítulo XIII de Plutarco: “O Odeon arredondado no teto e com pendente
terminando em uma ponta a semelhança de um pavilhão do rei da Persia: lugar do
concurso de música e dos espetáculos musicais da Acrópole. Um caso maravilhoso
ocorrido enquanto o construíam, deu indício de que a deusa, longe de repugnar a
obra, tomava parte nela e concorria para a sua perfeição. O mais laborioso e
ativos dos artistas tropeçou e caiu do alto, ficando tão maltratado que os
médicos perderam toda esperança. Entristeceu-se Péricles e a deusa
aparecendo-lhe em sonhos o indicou um remédio com o qual muito rápida e
facilmente ele ficou bom. Por este sucesso colocou-se a estátua de bronze de
Minerva da saúde junto a ara, que se diz, estava ali antes.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A imagem é a mesma, a deusa aparecendo no
alto do parassol e falando seu oráculo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
capítulo III de Plutarco vemos o nascimento de Péricles, descendente de
Clístenes por parte de mãe. “Nasce sem defeito de corpo e somente a cabeça era
prolongada e desmedida. Por isto quase todas suas estátuas o retratam com elmo
não querendo mortificá-lo os artistas.” Seguem citações de poetas que o chamam
de ‘congrega cabeças’ ou de ‘cabeça de todos’.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Outra característica que o aproxima de Indra, líder dos deuses do céu
dos Trinta e Três. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>capítulo XV e XVI nos leva a entender porque
os processos foram não contra Péricles mas contra seus amigos : Péricles era
incorruptível; com toda a riqueza circulando na construção dos monumentos
símbolos da democracia do Povo, da Philosophia e da Razão, ele não aumentou em
um centavo sua riqueza.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seu ecônomo, administrador,
chamava-se Evangelo ( Boa Nova). Evangelo = Matali, o auriga do carro de Indra,
posto que os quatro Evangelhos constituem a imagem do carro de Deus com os
quatro animais alados descritos em Ezequiel. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Outra característica celeste do Olímpio.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podemos fazer a
equação Dadhyanc = Anaxágoras pois assim como o corpo do primeiro escondeu o
raio, o corpo do segundo foi o raio escondido no discurso de Péricles. Segue
Plutarco capítulo IV: “Quem sempre estava do seu lado (de Péricles), quem lhe infundiu
a altivez e o espírito dominador da multidão e quem lhe deu majestade e
elevação de costumes foi Anaxágoras de Clazomenes ao qual os da época
apelidaram de Inteligência ou admirando sua grande prudência e seus singulares
e adiantados conhecimentos nas coisas físicas, ou porque foi o primeiro a
estabelecer por princípio ordenador de todos os seres não o acaso ou a
necessidade, senão uma razão pura e simples difundida em toas as coisas, e pôs
diferença entre os semelhantes e os misturados.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
capítulo V: “Gostava singularmente Péricles deste philosopho e penetrado de sua
doutrina sobre os fenômenos celestes e de sua metafísica sublime, não somente
adquiriu como era natural, um ânimo elevado e um modo de falar sublime, puro de
toda grosseria e vulgaridade, senão com sua continência inacessível ao riso,
com seu modo grave de andar, com toda a disposição de sua pessoa, imperturbável
no falar, sucedesse o quê sucedesse, com tom inalterável de voz, com todas
estas coisas surpreendia maravilhosamente a todos.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No VI: “Não só
este fruto retirou Péricles da sua comunicação com Anaxágoras senão que parece
ter-se feito com ela superior à superstição que infunde terror com os efeitos
meteóricos e naturais aos que ignoram suas causas e nas coisas divinas aos que
com elas deliram e se assustam por falta de experiência; pois a ciência física
a dissipa inspirando em lugar de uma superstição tímida e vã, uma piedade
sólida, acompanhada das melhores esperanças.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vemos então
que, como não poderia deixar de ser, o Raio = Razão, o raio que Indra joga em
Vrtra para despedaçá-lo é a própria razão. O texto de Krishna falando deste
confronto antigo para Yudhisthira, comprova a tese.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É a Philosophia da Academia, da Stoa, dos
Cínicos, em todas suas escolas, que junta, unida, associada, ao Povo, constrói
este lugar celeste eterno da democracia na terra, a semelhança do céu dos
Trinta e Três. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dos capítulos XXIV – XXVIII temos a
guerra contra os de Samos, onde ressalta-se a figura de Melisso, philosopho (
Pitágoras também era de Samos além de ser de Crotona ). Plutarco diz
explicitamente que esta guerra foi feita para satisfazer Aspasia que era de
Mileto cidade a qual Samos atacava. Este episódio podemos colocar em paralelo
com o de Nahusha assumindo o céu no texto da Udyoga parva seções IX-XVIII que
já citamos. A equação Sachi = Aspasia comprova a tese pela semelhança do
protagonismo que assumem e porque em ambas as histórias pede-se ‘tempo’: Sachi
pede a Nahusha que lha dê tempo para decidir o que fazer e do mesmo modo no
capítulo XVIII de Plutarco vê-se Péricles dizer: “Se não crês a Péricles, de
modo a que não erres, és que esperes junto ao conselheiro mais sábio, que é o
tempo.” É dito a Tolmidas, filho de Tolmeo, que por não escutar, fracassa em
sua expedição à Beócia. Ressalta-se então a segurança dos empreendimentos
militares de Péricles, sempre vitorioso, vencendo também Melisso de Samos
utilizando Artemon, o maquinista, que mancava qual outro Hefesto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A diminuição,
recolhimento, humildade, é portanto a de não fazer guerra, não entrar em
disputas, sem necessidade. É também a reação da direita, o 1%, aristocratas,
oligarcas, o mal, contra a esquerda, o Povo, a empresa pública, o bem, tensão,
disputa, luta, de classes, que reproduz exatamente o que acontece atualmente no
mundo e no Brasil. A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>construção da
civilização humana tem como antagonista, inimigo, adversário, o próprio ser
humano que é tomado, controlado, pela cobiça, ganância, querendo acumular,
açambarcar, sempre mais, em detrimento do próximo, do público, do Povo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>BIBLIOGRAFIA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A Biblia de Jerusalém, Edições Paulinas, 1985. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mahabharata, trad. Kisari Mohan Ganguli, MMPublishers, New
Delhi, Índia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Satapatha Brahmana, SBE (Sacred Books of the East) vols 12,
26, 41, 43, 44, Atlantic Publishers, New Delhi, 1990. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ananda Coomaraswamy, Sire Gauvain et le Chevalier Vert :
Indra et<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Namuci in “La
Doctrine du Sacrifice”, Dervy, Paris, 1997.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Tradução de Gerard Leconte.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Anatole Bailly, Le Grand Dictionnaire Grec-Français,
Hachette, 1.ed 1894, 2000, Paris. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Georges Dumézil, Tarpeia, essais de philologie comparative
indo-europeene, Gallimard, Paris, 1947.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">--------------, Heur et Malheur du Guerrier, aspects
mythiques de la fonction guerrière chez les Indo-Europeenes, PUF, Paris, 1969. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Marie Delcourt, Périclès, Gallimard, Paris, 1939. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Olivier Masson, A propos d’um rituel hittite pour la
lustration d’um armée: le rite de purification par le passage entre les deux
parties d’une victime, RHR, 137, 1, 1950, pp 5-25. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">----------------, L’experience mystique du profete Elie: ‘Qol
De Mama Daqq’, RHR, 208, 3, 1991, pp 243 – 271. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Henri Jeanmaire, Couroi et courètes,essai sur l’education
spartiate et sur les rites d’adolescence dans l’antiquité hellénique, Lille,
France, 1934. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Plutarco, Vida de Périclès, in Vidas Paralelas, (trad.
Antonio Sanz Romanillos, Jose Ortiz y Sanz e Jose M. Riaño), Aguillar, Madrid,
1973. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Dominique Briquel, Le regne de Tullus Hostilius et
l’ideologie indo-européenne de trois fonctions, RHR, 214, 1, 1997, p. 5-22. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mezzadri Bernard, Jason ou le retour du pécheur. Esquise de
mythologie argonautique. RHR, 208, 3, 1991, p. 273-301.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-82505251977134659462021-06-23T13:09:00.003-07:002021-06-23T16:51:31.104-07:00[ n. do tr.: Vayu = Timoleon ]<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s1572/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s320/plutarco2.png" /></a></div><br /><p></p><p> Plutarco Brahmin</p><p><br /></p><p></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Vayu = Timoleon
<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">Vayu, vento, ar; prana ou sopro vital
( “a raiz ‘an' se encontra com a mesma significação no grego ‘anemos’ ‘sopro’
ou ‘vento’ e no latim ‘anima’ alma cujo sentido próprio e primitivo é
exatamente o de ‘sopro vital’” ); com maiúscula o deus do vento ; o mesmo que
Hiranyagarbha, Sutratma e Sutra – a primeira manifestação de Brahma no universo
relativo cujo corpo é o agregado de todos os corpos sutis e cuja mente o
agregado de todas as mentes.</span><span style="font-size: 14pt;"> </span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No Shiva
Purana em seu volume IV, Vaya Vyasasamhita, pg. 1786, há uma descrição de Vayu
: “Vayu o discípulo de Brahma, senhor de autocontrole que percebe tudo
diretamente ; em cujo comando estão sempre os quarenta e nove Maruts ; que
sustenta os corpos de todos os seres vivos incitando-os perpetuamente através
de seus próprios funcionários Prana e os outros ; que está dotado com as oito
glórias ; que suporta o mundo com suas mãos santas ; que nasceu de Akasha ; que
possui as duas qualidades do toque e do som e a quem os filósofos chamam de causa
material do princípio ígneo, do fogo.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na
fisiologia antiga além do inspirar e expirar haviam mais três sopros sendo
cinco no total e sendo Prana o principal, como chefe de um exército mesmo daí a
referência aos Maruts, que são sopros, ventos. Os cinco são prana, apana,
vyana, udana e samana.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os dois
primeiros, que são para dentro, se opõe como ação e reação e enquanto prana
sobe, apana desce e vyana se coloca entre estes dois como sopro difuso, por todo
corpo em toda direção. Udana é para fora, expiração e para cima, causa do
crescimento. E samana o sopro da digestão que distribui igualmente (sama) para
todo o corpo os sucos, sumos, da alimentação.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sísifo,
famoso por sua mitologia, é rei de Corinto, a cidade dos coríntios e filho de
Eólo, o vento, que ajudou Ulisses a voltar para casa prendendo os ventos em
tonéis mas que deviam ficar fechados e os companheiros de Ulisses abriram
todos, pensando ser vinho e espalharam os ventos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Corinto também é de Medeia e Jasão que na
nave Argo viajaram unindo oriente e ocidente: governaram a cidade por um tempo.
Belerofonte que cavalgava Pégaso, é neto de Sísifo. A cidade de Argos está
próxima, junta mesmo. Perseus a governou.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Corinto é também a cidade dos jogos ístmicos (do istmo que une o sul e o
norte da Grécia) em homenagem à nutriz de Dionisos / Baco / Iaco : Ino que com
seu filho Melicertes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>jogam-se no mar
fugindo da perseguição de Hera: Ino transforma-se em Leucotea, a Tartaruga e
Melicertes é recuperado por um golfinho e vira Palaemon: obra do deus que os
protege. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tanto na
mitologia de Dionisos quanto na de Perséfone, há a ideia da ressurreição:
Deméter procura a filha desaparecida e a descobre no reino dos mortos, raptada
por Hades, rei dos mortos. A mãe Terra briga para que a filha ressuscite, volte
à vida e consegue: qual semente que morre para poder dar fruto, 30, 60, ou 100,
segundo o evangelho de IHS XTO. Tanto nos mistérios de Elêusis quanto no
cristianismo vemos a imagem da espiga em sua sacralidade: spica a alfa da
constelação de Virgem. Já Dionisos é despedaçado ainda criança pelos Titãs mas
seu coração é salvo pelos deuses e ressuscita. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já vimos no
capítulo Nícias = Shiva que a história deste último, com seu terceiro olho,
também tem o tema da ressurreição e justamente, qual Perséfone, de uma moça,
Sati, filha de Daksha que ao fazer um sacrifício exclui Shiva e Sati devota
deste incendeia-se, em autocombustão, yoguine mesma, revoltada com o pai, ato
que destrói a sacrifício deste. Ela morre e ressuscita no Himalaia como Parvati
que será esposa de Shiva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Teria que
haver um Zeus com terceiro olho para consolidar a unidade védica oriente e
ocidente que defendemos, expomos, descobrimos. E ele existe justamente na
acrópole de Argos no monte Larisa: segue a descrição de Pausânias:<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“No
pico do Larisa está um santuário sem teto de Zeus Larisaian ; a estátua de
madeira não está mais na base. Mas um santuário interessante de Athena está lá
também. Entre as dedicações está um Zeus de madeira com os dois olhos com os
quais nascemos e também com um terceiro na testa. Eles dizem que este Zeus era
a imagem ancestral que estava no jardim aberto de Príamo filho de Laomedon, e
quando Troia foi tomada pelos Gregos foi para este altar deste deus que ele
fugiu. Quando dividiram os espólios, Sthenelos filho de Capaneus, ficou com a
imagem e assim ela veio a descansar aqui. Pode-se explicar os três olhos deste
jeito: Zeus é rei no céu pelo reconhecimento humano universal e um verso de
Homero também dá ao senhor do mundo subterrâneo o nome de Zeus: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Zeus
debaixo da terra e a grande Perséfone (Il. 9, 457);<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>enquanto Ésquilo
dá o nome de Zeus ao deus do mar. Então a pessoa que fez esta estátua, quem
quer que tenha sido, fez Zeus com três olhos como um e o mesmo deus que legisla
nestas três esferas.” (II, 24,5). <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A morte e a
ressurreição aproximam as duas religiões antigas e aquela da qual a cidade de
Corinto participa é a da ilha da Sicília, terra de Perséfone, penhor de seu
casamento, lugar em que foi raptada, sendo Siracusa fundada por Corinto e
responsável pela liberdade na ilha. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Responsável
pela liberdade porque a ilha foi escolhida pela Academia de Atenas de Platão no
séc. IV a.C. como o lugar para um governo filosófico. As cartas de Platão para
Dionísio, o jovem e para Dion, ambos de Siracusa, sobreviveram a destruição do
tempo e ainda podem ser lidas. O primeiro entendeu em parte o ideal filosófico
e o segundo entendeu tudo e conseguiu implantar este ideal na capital e na ilha
conforme vemos na ‘vida de Dion’ de Plutarco que explicitamente diz que a
vitória de Dion era a vitória da Academia de Atenas, de tanto que ele estava
imbuído, unido a esta. Mas houve traição que, diz-se, foi traição a própria
deusa padroeira da ilha e Dion foi executado e a sua família jogada no mar
igual a mitologia de Dionísio: haveria portanto uma aproximação entre a
mitologia e a história, a ideal religioso e o filosófico que não estão
distantes, muito pelo contrário. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A ilha é tomada
por várias tiranias que a partir de Siracusa espalham-se e cabe a Corinto
salvá-la. Embaixadores são enviados e Timoleon é o general escolhido para
defender a liberdade na terra da deusa mãe que morta precisa ressuscitar,
receber novamente o espírito da liberdade. O sopro, espírito, pneuma (gr.),
ruah (hebr.), deve aparecer de algum modo na Vida de Timoleon, de Plutarco de
modo a unificar as duas histórias, mitologias. E aparece na conclusão
explicando as obras de Timoleon no cap., paragr., XXXV seguindo a citação: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“Desenraizou pois Timoleon as tiranias e deu fim às guerras... a ilha
tornou-se aprazível e Agrigento e Gela repovoaram-se e antigos cidadãos
voltaram. Assim buscando não somente segurança e repouso depois de tais
agitações, aos que nela se estabeleciam mas proporcionando muitas outras coisas
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dando-lhes alento</b> foi de seus
cidadãos visto e venerado como fundador. O mesmo era o sentimento de todos em
relação a ele e nem no término de uma guerra nem na formação de uma lei nem no
estabelecimento de uma colônia nem uma ordenação de um governo parecia ter-se
acertado se ele não intervinha e se como aperfeiçoador de uma obra não
contribuía a adorná-la somando certa graça que sobressai e como que divina.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Plutarco
portanto está ciente do paralelismo e em negrito vemos a comparação com Vayu
justamente o alento, sopro, vento, espírito que na carta aos Coríntios, s.
Paulo tanto ressalta junto com a ideia de hierarquia que em várias camadas,
de-graus, níveis, ranks, estratos, carismas, sacramentos e virtudes formam o
corpo, humano também, imagem da Igreja. Tanto Plutarco quanto s. Paulo,
contemporâneos e conterrâneos, porque escreveram em grego, têm consciência de
Corinto e sua história. Segue a citação de s. Paulo nas suas cartas aos
Coríntios para entendermos a ideia de espírito em questão: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>3,16s<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não sabeis que sois um templo de Deus e que o
espírito de Deus habita em vós ?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Se
alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é
santo e este templo sois vós.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>6,19s<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do
E.S. (Espírito Santo) que está em vós e que recebestes de Deus ? ... e que
portanto não pertenceis a vós mesmos ?<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Alguém pagou alto preço pelo vosso resgaste; glorificai portanto a Deus
em vosso corpo. // em 7,23.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>12,4s<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há diversidade de dons mas o Espírito é o
mesmo; diversidade de ministérios mas o Senhor é o mesmo ; diversos modos de
ação mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de
manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um o Espírito dá mensagem de
sabedoria, a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro o
mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda o único e mesmo Espírito concede o dom
das curas; a outro poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o
discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda
o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito que isso tudo realiza,
distribuindo a cada um os seus dons, conforme lhe apraz.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com efeito o corpo é um e não obstante tem
muitos membros mas todos os membros do corpo apesar de serem muitos, formam um
só corpo. Assim acontece com Cristo. Pois fomos todos batizados num só Espírito
para ser um só corpo, judeus e gregos, escravos e livres e todos bebemos de um
só Espírito. O corpo não se compõe de um só membro mas de muitos. Se o pé
disser: ‘Mão eu não sou logo não pertenço ao corpo’ nem assim deixará de fazer
parte do corpo. E se a orelha disser: “Olho eu não sou logo não pertenço ao
corpo’ nem assim deixará de fazer parte do corpo. Se o corpo todo fosse olho
onde estaria a audição? Se fosse todo ouvido onde estaria o olfato? Mas Deus
dispôs cada um dos membros do corpo segundo a sua vontade. Se o conjunto fosse
um só membro, onde estaria o corpo?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há
portanto muitos membros mas um só corpo. Não pode o olho dizer à mão: ‘Não
preciso de ti’; nem tampouco pode a cabeça dizer aos pés: ‘Não preciso de vós’.
(...) Ora vós sois o corpo de Cristo e sois os seus membros, cada um por sua
parte. E aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar,
apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, doutores Vem a seguir
os dons dos milagres, das curas, das assistências, do governo e o de falar
diversas línguas. Porventura são todos apóstolos? Todos profetas? Todos
doutores? Todos realizam milagres? Todos têm o dom de curar? Todos falam
línguas? Todos as interpretam? ”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(segue
hino à Caridade). <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na segunda carta
aos Coríntios 3,17 há mais : “Pois o Senhor é o Espírito e onde se acha o
Espírito do Senhor aí está a liberdade.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
linha que por dentro de todas as contas, as mantêm unidas em um colar, o sopro
vital em suas diferentes fases que listamos acima, tem sua analogia com os
diferentes níveis que constituem a Igreja, em que a imagem do Barco, Nave,
também se inclui com seus diferentes membros constituindo esta hierarquia. Ou
como n’ Arca de Noé o mundo mesmo em seus três andares, níveis, degraus. A
mesma disputa entre as partes do corpo que s.Paulo ressalta aparece nos
Upanishads entre os sentidos e o sopro, prana, para saber quem é o principal. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta
insistência de falar sobre o Espírito aos Coríntios é porque a cidade é de
Eólo, o vento, Sísifo seu filho, Belerofonte seu neto: na acrópole de Corinto
como em outras da região, havia a ‘hipocrene’, fonte, rio nascido, dos pés de
Pégaso o cavalo alado, nela Atena o domesticou e selou. O castigo mesmo,
famoso, de Sísifo é imposto como pena por ter esta água abundante regando sua
cidade. Esta fonte chama Peirene de onde a etimologia da palavra ‘perene’ posto
que ainda hoje àgua jorra e flui das ruínas desta cidade grega. Na Samaria a
samaritana junto ao poço de Iacó pede a IHS que lhe dê àgua viva e IHS lhe diz
em resposta: ‘Deus é espírito’. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dá para
fazer o paralelo Iesus / Iason (Jesus / Jasão), onde a nave Argos com todos os
heróis gregos, Heracles incluso, seria a Igreja, Barco, Nave.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nela estava o velocino, tosão, pele do
carneiro de ouro que levou, salvou, voando pelos ares, Frixus e Helles, caindo
esta última no mar justamente no Helles-ponto, Frixus chegando e sacrificando o
carneiro na Media, terra da Medeia que volta junto levando o velocino de ouro
com a nave Argo; volta com todos do oriente para o ocidente. Os coríntios, a
quem s.Paulo prega, têm esta mitologia na cabeça, nas estátuas, nas
histórias.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A ideia é
de que os ventos, sopros, vayus, com Prana como sopro chefe, formam a
fisiologia humana, as partes do sopro, segundo a ciência antiga. Nesta mesma
ciência antiga, este prana, espírito, segundo os oito acessórios da Yoga (oito
partes, oito faculdades, oito membros) deve ser controlado, direcionado, para
que a mente entre em samadhi, transe: desde já, àgua que jorra, dos pés de
Pégaso ou do poço de Iacó / Iaco. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No Yoga Sutras
de Patañjali temos em seu capítulo primeiro a dissertação sobre isto, qual
seja, o estado de transe, samadhi, que permite à mente entender, compreender
todos os níveis da realidade, estado que necessariamente deve ser atingido para
a realização, a libertação, a iluminação, a meta desta ciência antiga. Esta
ciência não é necessariamente experimental, empírica, materialista, mas é
essencialmente espiritual: a meta do conhecimento não é uma realização
material, experimental e daí existente mas realiza-se espiritualmente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os oito
acessórios, membros, partes, faculdades, da Yoga são: yama, nyama, asana,
pranayama, pratyahara, dharana, dhyana, samadhi : os cinco primeiros exteriores
e os três últimos interiores compondo uma unidade, os três últimos, chamada
samyama : concentração, meditação e transe (ou contemplação)
respectivamente.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Yama é
restrição: não matar, não roubar, não mentir, não cobiçar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nyama é
observância, de limpeza, contentamento, purificação, estudo e ‘fazer do Senhor
o motivo de todas as ações’ ‘samadhi siddhi Ishvara pranidhanat’ a consecução do
transe fazendo do Senhor o motivo de todas as ações (II, 45) - os outros
membros acessórios, partes, não ficam inúteis, sem uso, com o transe atingido
mas ‘a mesma coalhada que serve ao ser humano serve também ao sacrifício’
significando isto que os outros acessórios são condições e preparativos para
esta consecução. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Asana é
postura, as posturas da hatha yoga que todos fazem; ‘postura é quando não há
mais movimento do corpo e assim cessa a perturbação dos pares de opostos’ frio
e calor, tristeza e alegria, etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pranayama é o
controle da respiração; tatah ksiyate prakasa avaranam então é destruído o que
cobre a luz (II,52) – ‘pelo panorama máyaco do desejo, a Essência, que é
luminosa por natureza, é coberta, e o mesmo é direcionado para o vicio’, com
pranayama, esta cobertura, véu, é destruída. Dharanasu cha yogyata manasah, e a
aptidão da mente para a concentração (II,53).<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Pratyahara/Abstração é aquela pela qual os sentidos não entram em
contato com seus objetos e seguem a natureza da mente (II,54). <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Dharana/Concentração é a permanência da mente, Desah-bandhah Chittasya
Dharana (III,1), ‘Concentração significa a mente tornar-se ligada em tais
lugares como a esfera do umbigo, a lótus do coração, a luz no cérebro, a ponta
do nariz, a ponta da língua, e outras tais partes do corpo’. Mas a permanência pode
ser também estar ligada no monossílabo sagrado que é o nome de Deus mesmo, AUM
ou em outro tema de concentração. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Dhyana/Meditação é a continuação do esforço mental para entender, Tatra
pratyaya ekatanata dhyanam (III,2), ‘meditação é a continuidade, i.e., o fluxo
imutável, do esforço mental para entender o objeto de meditação’ – vemos aqui
nossa água que corre, flui, contínua, em uma direção única, ekatanata.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Samadhi/Contemplação ‘o mesmo quando brilhando com a luz do objeto
apenas e destituído, como se fosse, de si mesmo’ (III,3) - é o transe. ‘Treta
ekatra samyamah, os três juntos são samyama’ (III,4) – concentração, meditação
e transe. ‘Tad jayat prajña lokah, atingindo isto vem a visibilidade do
conhecimento’ (III,5) atingindo este samyama vem a visibilidade do
conhecimento-em-transe. Este samyama, que vemos aqui confunde-se com prajña, é
o fluxo imperturbável, imutável, o transe água viva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>‘Vayu dotado com
as oito glórias’, conforme vimos acima na citação do Shiva purana, seria então
Vayu dotado com estes oito acessórios, partes, membros.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De djhanas e
samadhi, Buddha fala bastante nos Nikayas todos (diga-se de passagem,
traduzidos para o português por Michael Beisert e acessível gratuitamente em
acessoaoinsight.net na internet que junto com os Jatakas, vidas passadas de
Buddha em vidasdebuddha.blogspot.com compõe bastante texto canônico buddhista
gratuito, livre, de graça, na rede: nada custa). E a descrição tanto de Buddha
quanto de Patañjali, é de um fluxo imperturbável, fluxo imutável, qual água que
flui.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em Chandogya Upanishad VII,1: “Apesar do
mundo estar amarrado apertado por todos os lados pelos fortes laços do desejo
que são paradoxalmente tão delicados quanto as fibras de caule de lótus, é ao
mesmo tempo seguro e suportado por Prana que é não apenas imanente no mundo
como uma linha em contas mas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>também o
envolve por fora. É este Prana que é conhecido<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>como Prajñatma por conta da suposta identificação da upadhi de prana como
prajña com o Atman ...”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Texto que comprova nossa tese de aproximar prana e
prajña.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Recorrendo a
Ananda Coomaraswamy, o grande historiador da primeira metade do séc. XX, temos:
“No Rig-Veda o ato da criação é referido sob nenhum aspecto mais fundamental do
que aquele da soltura das Águas (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">apah</i>)
que foram confinadas dentro de profundezas ocas (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">kha</i>) da rocha ou Montanha (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">asmi,
adri, budhna, himavat</i>) onde Vrtra as segura. Quando as Águas são
figurativamente chamadas de Vacas, então a Montanha é o curral de pedra no qual
elas estão aprisionadas. A soltura, libertação, das Águas ou das Vacas é também
o Encontro da Luz Escondida. A Rocha é do mesmo modo o lugar de nascimento de
Agni (RV II,12,3) e deste lugar ele consegue seus cavalos ctônicos (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">budhnya</i>) e outros tesouros (RV VII,6,7 e
X,8,3). O poço inexaurível, aí, jorra o Rio da Vida, Saraswati...” (cf. Rig
Veda I,56,5 ; I,62,3 ; I,130,3 ; II,12,3 ; II,15,3 ; IV,3,11 ; V,41,12 ; X,89,4
; X,113,4). “Se fosse necessário justificar a designação de Saraswati ou as
vezes Asmanvati (obviamente um nome essencial da corrente, fluxo, que flui da
Rocha, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">asmano hy apah prabhavanti</i>,
SB, IX,1,2,4 = <i style="mso-bidi-font-style: normal;">srnvantu apah...adreh </i>RV
V,41,12), como o Rio da Vida (ou no plural quando as sete irmãs são
mencionadas) pode haver referência a tais expressões como ‘ as Águas molharam
(ensoparam)(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">sarayanta</i>) as terras
gastas (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">dhanvani</i>), RV IV,17,2 – o
tema do Graal – e mais especificamente ‘A ti, Saraswati, angélica, pertence
toda vida angélica, conceda-nos progênie ( <i style="mso-bidi-font-style: normal;">toc
visva.</i>.. RV II,41,17); novamente a qualidade da maternidade é
constantemente atribuída a todos ou qualquer dos ‘Rios’.” (pg 118).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Imagem da criação e a libertação do rio da
vida junto da árvore da vida.</span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mais
adiante o mesmo autor diz : “A palavra ‘giri’ (A.A.II,1,8) traduzida acima por
‘garganta’(n.) leva a si mesma a uma exegese mais ampla. Keith a traduz por
‘lugar de esconder’ (de Brahma) e em uma nota diz muito acertadamente que ‘é
chamado ‘giri’ porque ‘prana’ está engolido e escondido pelos outros sentidos’ <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(nota: Os ‘outros sentidos’ (vista, ouvido, etc.)
identificados com o giri de Brahma são extensões ou envios, remessas, (Mund.
Up. II,1,8 ; Kaus. Up. III,5) do Sopro central (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">pranah</i>) ou espírito (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">atman</i>)
do qual eles se originam e para o qual eles retornam...). Em uma nota em A.A.
II, 2,1, ele adiciona, ‘O sol e prana são usualmente identificados, um sendo a
representação ‘adhidaivatam’, o outro a ‘adhyatman’. O primeiro atrai a visão,
o último impele o corpo’. É de fato dentro de nós que a deidade está
‘escondida’ (...) lá que o Védico ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">rsayah</i>’
buscado pelos seus rastros, lá no coração que o ‘Sol escondido’ (...) é para
ser ‘encontrado’, ‘pois este em nós mesmos está escondido (...) estas deidades
(os sopros); (...) com ‘giri’ (radical <i style="mso-bidi-font-style: normal;">gir</i>,
‘engolir’) comparar ‘grha’ (radical <i style="mso-bidi-font-style: normal;">grah,</i>
‘agarrar’); ambos implicam lugares fechados, refúgios, um ser dentro de alguma
coisa. Ao mesmo tempo ‘giri’ é ‘montanha’; e ‘garta’ (da mesma raiz) ambos
‘assento’ e ‘grave’ (túmulo)( pode-se ser engolido por ambos). As semânticas
são paralelas no ger. Berg, ‘montanha’ e seus cognatos Eng. barrow, (1) monte e
(2) ‘monte fúnebre’, ‘burgh’ cidade, ‘borough’ e finalmente ‘bury’ ; cf. Skr.
Stupa, (1) cume, elevação e (2) monte fúnebre. Nós somos então, a ‘montanha’ na
qual deus está ‘enterrado’ justo como numa igreja ou stupa e o mundo mesmo, são
Seu túmulo e a ‘caverna’ (nota grande sobre os poderes da alma enterrados qual
branca de neve e os sete anões) na qual Ele desce para nosso despertar (MU II,
6). O que tudo isto leva a ter em mente, que ambos os Maruts e os brotos de
Soma são equacionados com os ‘sopros’ (SB IX,3,1,7 etc), é a probabilidade que
giri no Rigveda apesar de traduzível por ‘montanha’ é realmente antes ‘caverna’
(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">guha</i>) que ‘montanha’ e ‘giristha’
‘na montanha’ antes de sobre ela...” (pg. 385s).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Temos, portanto,
estabelecida que a imagem d’água que jorra do monte, livre, de presa, contida,
que estava, é imagem do ser humano atingindo o transe enstático, extático,
chamado também de insight místico, samyama, samadhi, após o controle da
respiração e da abstração dos sentidos, pranayama e pratyahara respectivamente.
E assim o fluir do rio Saraswati, o fluir da contemplação, da meditação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A citação do
Shiva Purana acima diz que Vayu ‘nasce de Akasha’. Este último seria o quinto
elemento, o éter, ou espaço, comum na cosmologia oriental e ocidental síntese
de todos os elementos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Novamente
recorramos a Ananda Coomaraswamy para entendermos o que é esta origem do sopro,
espírito, no éter - segue a citação: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Kha,
do grego Khaos, é geralmente ‘cavidade’ e no Rigveda particularmente o buraco
no cubo da roda através do qual o eixo roda (Monier-Willians). A.N. Singh
mostrou conclusivamente que no uso matemático Indiano, corrente durante os
primeiros séculos do Cristianismo, ‘kha’ significa ‘zero’; Suryadeva,
comentando sobre Aryabhata, diz que, ‘os ‘khas’ referem-se a vazios (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">khani sunya upa laksitam</i>)... assim
Khadvinake entende os dezoito lugares explicados por zeros’. Entre outras
palavras que denotam zero estão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sunya,
akasha, vyoma, antariksha, nabha, ananta e purna</i>. Somos imediatamente
atingidos pelo fato que as palavras <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sunya</i>,
‘vazio’ e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">purna</i>, ‘plenum’, tem uma
mesma referência; a implicação sendo que todos os números estão virtualmente ou
potencialmente naquilo que é sem número; expressando isto como uma equação
temos que 0 = x-x, é aparente que zero está para número como possibilidade está
para atualidade. Novamente, o emprego o termo ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ananta</i>’ com a mesma referência implica uma identificação do zero
com infinito; o começo de todas as séries sendo assim o mesmo que seu fim. Esta
ideia última, devemos observa, encontra-se já na literatura metafísica antiga,
por exemplo, RV IV, 1,1, onde Agni é descrito como ‘escondendo ambos os seus
fins, términos’ (‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">guhamano anta</i>’);
AB, III,43, ‘o Agnistoma é como uma roda de charrete, sem fim (‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ananta</i>’)’ ; JUB, I,35,’O Ano é sem fim
(‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ananta</i>’), seus dois términos (‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">anta</i>’) são Inverno e Primavera... assim
também o canto é sem fim (‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">anantam saman</i>’).”
(pg 249)</span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mais adiante o mesmo
autor continua : “O cubo da roda então, ‘kha’ ou ‘nabli’, da roda do mundo é
visto como receptáculo ou fonte de toda ordem, ideias formadoras e bens : por
exemplo, II,28,5, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">rdhyama te varuna khan
rtasya</i>, ‘possamos, Ó Varuna, ganhar o teu eixo, cubo, da Lei’ ; VIII, 41,6
onde Trita Aptya ‘todos os oráculos (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">kavya</i>)
estão colocados como que no cubo dentro da roda (‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">cakre nablir iva</i>’)’; IV,28, onde Indra abre os cubos ou rochas
fechados ou escondidos (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">apihita...khani </i>no
verso 1, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">apihitam asna</i> no verso 5) e
assim liberta os Sete Rios da Vida. Em V,32,1, quebra e abre a Fonte da Vida (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">‘utsam’</i>), isto é novamente um
esvaziamento para fora dos vazios (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">‘khani’</i>)
onde os dilúvios encadeados são libertados. De acordo com uma formulação
alternativa, todas as coisas são pensadas ‘ante principium’ como fechadas
dentro e ‘in principio’ como procedendo de, um chão comum, rocha ou montanha (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">budhna, adri, parvata,</i> etc) : este chão,
é pensado como uma ilha descansando dentro do mar indiferenciado da
possibilidade universal (X,89,4...). Isto significa que a priori espaço não
dimensionado (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">kha, akasha,</i>etc) está
na base e é a mãe do ponto, antes deste último ter uma origem independente; e
isto de acordo com a ordem lógica de pensamento, que procede da potencialidade
ao ato, do não ser para o ser. Este chão ou ponto é, de fato, a ‘rocha das
idades’ (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">asmany anante</i>, I,130,3; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">acyutam</i>, VI, 17,5). Aqui ‘ante principium’
Agni descansa oculto (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">guhan santam</i>,
I, 141,3,etc) como Ahi Budhnya, ‘no chão do espaço, escondendo ambos seus
términos’...”. (pg 252). </span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Outra
referência, desta vez dos Upanishads, BU (Brhradanyaka Upanishad) III,7s quando
Yajñavalkya (o grande autor do Satapatha Brahmana) responde a Uddalaka Aruni
conhecido como Gautama. Segue a citação: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“Certa vez, o Gandharva questionou Patañcala se ele conhecia bem aquele
Sutra (Linha) que segura todos os seres e todos seus nascimentos presente e
futuro, como uma linha que mantem juntas as contas de uma guirlanda. ‘Não
senhor, não conheço este sutra’ respondeu o kapya. (...) ‘Vayu é este Sutra;
pois por seu poder são seguros todos os seres e seus nascimentos. Daí porque, Ó
Gautama, quando uma pessoa morre, isto é, quando Vayu a deixa, todos seus
membros se tornam sem força. Sendo sutil igual akasha, ele é o suporte da terra
e dos outros seres: ele é mesmo o ‘Lingadeha’, o corpo sutil consistindo dos
cinco elementos, dez órgãos dos sentidos, prana e antahkarana; resumindo ele
consiste em ambos o cosmos e o acosmos. (...). Há, Ó Yajñavalkya, o mundo
celestial acima na parte de cima do hemisfério qual ovo que forma este
universo; abaixo no hemisfério inferior deste há a terra; e entre as duas
metades há a região intermediária. Agora, diga-me o que é aquilo no qual tudo
que está acima, abaixo e no meio assim como também tudo que aconteceu no
passado, está acontecendo no presente e acontecerá no futuro está inteiramente
contido’. Yajñavalkya respondeu, ‘Tudo isto que você descreveu, Ó Gargi, não é
outro que o Sutra sobre o qual já te falei. Como a terra n’água, ele está
contido no não manifesto Akasha e reside lá apenas, durante todos os três
tempos, isto é durante os períodos de originação, continuação e dissolução.’”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em
IV,1 e 3 continua: “Prana significa portanto que a divindade de Vayu (vento) é
o corpo de pranas (órgãos dos sentidos) e que akasha é o suporte dele.” E segue
uma bela passagem sobre samsara: “Consistente com isto, foi então explicado que
justo como as aparências de uma serpente, uma miragem e da prata estão super
impostas a corda, ao deserto e à concha, respectivamente, do mesmo modo o
conjunto do samsara está super imposto ao Atman por conta das upadhis do
antahkarana, etc, devido à ignorância.”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há ainda
uma última citação em CU (Chandogya Upanishad) IV,10 :<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Então
aproximando-se Upakosala, lhe disseram que Prana é Brahman, ‘ka’ é Brahman e
‘kha’ é Brahman. (...) ‘ka’ significa felicidade que dura apenas por um momento
e ‘kha’ que significa akasha é um elemento inconsciente. (...) justo como o
adjetivo ‘azul’ na frase ‘lótus azul’ exclui todas as lótus vermelhas, assim
‘kha’ como adjetivo de ‘ka’ exclui outros tipos de felicidade que são causadas
pelo contato da mente com os sentidos e seus objetos. Portanto entenda que o
que chamamos de ‘kha’ é o mesmo que ‘ka’. Do mesmo modo quando ‘ka’
(felicidade) se torna o adjetivo de ‘kha’ (akasha) ele exclui o akasha
inconsciente do conteúdo de ‘kha’. Isto significa que quando a felicidade está
alojada no (não consciente) akasha, ela é Brahman; ou, o que é a mesma coisa,
quando o não elemento, não inconsciente akasha (kha) é suportado por felicidade
(ka) ele é Brahman. Aqui pode-se dizer que se ambas as afirmações significam
uma e a mesma coisa, uma delas apenas “ou ‘ka é kha’ ou ‘kha é ka’” será
suficiente. A outra afirmação é supérflua. Mas, como é demonstrado acima,
devemos excluir portanto ambos os prazeres sensíveis empíricos assim como o
akasha inconsciente (...)”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No Grego
mantem-se a comparação pois Chaos, espaço escancarado (que em latim fará hio,
de onde hiato), boquiaberto, abismo, também significa nobre, venerável,
formando o radical de Chara, alegria, prazer, de onde vem Chariatides e a
Caridade mesma.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ainda em Yoga sutras III,40 é dito que em akasha reside todos os poderes
de escutar e todos os sons e a ausência de obstrução é uma indicação também de
akasha, que é provado a tudo penetrar, tudo permear. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Este
processo fisiológico e espiritual estaria contido dentro da Vida de Timoleon de
Plutarco que teria consciência do paralelismo com o deus védico Vayu chamando a
ambos de alento, apropriadamente, como vimos antes. A linha, sutra que junta
todas as contas de uma guirlanda, colar, aparece de algum modo? Sim aparece.
Primeiro no capítulo VIII quando vemos as sacerdotisas de Prosérpina/Perséfone
seguindo a expedição em um barco próprio só delas. À noite rasga-se o céu e
aparece sobre a nave principal uma grande coluna de fogo resplendente e que se
fixou no ponto da Itália para onde se dirigiam, levantada uma tocha, qual dos
mistérios e seguindo o mesmo curso, o fogo do céu indicando que as deusas
protegiam a expedição.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A coluna de fogo
é a linha, sutra, que atravessa toda a realidade do corpo, mundo, sendo o
princípio/fim de todas as coisas. A mesma coluna não guiava Israel/Iacó/Iaco
pelo deserto?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A segunda vez que
aparece a linha é no capítulo XII logo em seguida quando já desembarcados em
Adrano acontece das armas do templo da cidade se mexerem sozinhas e a estátua
onde elas se apoiavam suar, soltar suor, automatismo atribuído a estátuas e
armas comum na antiguidade; o automatismo aconteceu quando Timoleon correndo, junto
com os seus, para enfrentar o inimigo, ao invés de parar para descansar abraça
o escudo e continua a correr sem descansar e ganha a batalha por isto. É o
Prana principal, o sopro primeiro seguido dos outros sopros em seguida: o
abraçar o escudo no peito, na região da caixa toráxica indica isto. O
automatismo é a linha: Pinóquio de Collodi divulgou o tema: somos marionetes
manipuladas por Deus. Uma linha nos puxa para cima e por ela somos arrastados a
fazer a vontade de Deus. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No capítulo XI
anterior temos uma imagem de akasha, o suporte do sopro, o princípio/fim de
todas as coisas: a palma da mão para cima é o princípio, começo, origem,
enquanto a palma da mão para baixo é o fim, término, destruição. Um cartaginês
ameaça Andrômaco, aliado dos gregos, com estes gestos das mãos mas nada
consegue. A imagem é a mesma dos Upanishads na citação de Yajñavalkia com o Ovo
em seus dois hemisférios superior e inferior e uma região intermédia - céu,
terra e atmosfera – akasha, o éter, o espaço, estaria por dentro e por fora,
antes e depois do surgimento do mundo, ovo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Outras imagens do
akasha, éter, aparecerão como no capítulo XVI quando em Adrano em um sacrifício
num templo, dois inimigos o querem assassinar mas um deles é morto por um
terceiro e o vivo conta tudo: “maravilharam-se com a destreza com que a Fortuna
move umas coisas por meio de outras e reunindo-as e combinando a todas, desde
longe se serve das que parecem mais distantes e não tem nada de comum entre si,
fazendo com que o fim de umas seja o princípio de outras.” Então foi
considerado homem sagrado que realizava a vontade dos deuses, vingador da Sicília.
O que prova que o que fizeram a Dion e sua família está na mente do Povo, sua
morte e ressurreição qual outro Dionisos, morte da liberdade destruída,
sufocada e apagada pela tirania.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os capítulos
de XIII-XV tratam do destino de Dionisio, o jovem que fica do lado dos gregos e
de Timoleon, entregando a acrópole para os coríntios enquanto os cartagineses
ficam com a cidade baixa. Dionisio vai para Corinto e fica vivendo numa taberna
como a mais simples das pessoas simples: fala-se então muito da roda da fortuna
que eleva as pessoas para o mais alto e depois as faz descer para o mais baixo.
Seria um dos sopros com o pessoal da acrópole e os que chegam de barco formando
outro sopro (capítulos XVII-XIX). <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A tomada da
Siracusa é um passeio em que se vê a falta de obstáculo que caracteriza o
akasha e sua permeabilidade, tudo permeando, por fora e por dentro, conforme as
referências anteriores – segue citação do capítulo XXI : “Timoleon se apresenta
dia seguinte e dividido em três partes o exército, ocupa Siracusa; de maneira
que quando em Corinto se duvidava se a armada havia aportado, no mesmo momento
receberam a notícia da chegada e da vitória; tão prosperamente ocorreram os
sucessos e tanto se agradou a fortuna em somar a presteza ao brilhantismo
daquelas façanhas.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No capítulo
anterior, XX, temos o último sopro, samana, da digestão, quando em trégua e paz
nas belas praias de Siracusa soldados gregos de ambos os lados pescam enguias e
comem juntos, colocando dúvidas em Magón cartaginês, este foge sem lutar:
quando chega em Cartago o crucificam.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XXII-XXIV
vemos que Siracusa então está uma ‘terra gasta’, desolada pelas construções dos
tiranos e por suas estátuas; diz-se então que a queda de Dion foi por ter
preservado ambos, razão de seu insucesso enquanto Timoleon chama os siracusanos
para as destruírem, aplanarem e levantarem prédios públicos significando que a
liberdade está acima do despotismo, com as estátuas sendo julgadas e leiloadas.
A praça pública então está tomada de animais selvagens de tão abandonada que
estava – é esta terra que será tomada pelo rio da vida que sai da árvore da
vida no meio do monte da vida. O repovoamento a partir de Corinto é anunciado
por toda a Grécia e Ásia terminando com as tiranias na Sicília e com os tiranos
indo para a metrópole Corinto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui
estamos na abstração e na concentração prontos para entrar em samadhi, transe,
samyama e em seu fluxo imutável, o que acontece nos capítulos seguintes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
capítulo XXV alguma passagem de Plutarco indica que Timoleon está fora de si
neste momento, entrando em transe, em samadhi, em samyama? Sim, Plutarco diz
que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dizia-se que Timoleon delirava</b>.
Os cartagineses vieram em massa com um exército de 70.000 infantes,
cartagineses, é dito, de Amílcar e Asdrúbal, chegam junto do rio
Cremiso/Crimeso e trava-se a batalha com Timoleon saindo de Siracusa com apenas
5.000 infantes e o general tinha então 70 anos: estava doido? Perdeu os
sentidos? Está fora de si? Entrou em transe? </span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No XXVI
acontece então o episódio d’Árvore da vida: “Subiam um monte, do alto do qual
veria-se os inimigos, quando encontraram um carreto de aipos / salsão. Os
soldados acharam mal sinal, pelo uso de coroar por piedade os monumentos dos
mortos com aipo e daí o provérbio de quem está gravemente enfermo que está
pedindo aipo. Querendo pois afastá-los de semelhante superstição e dissipar sua
desconfiança, parando a marcha falou Timoleon: “Que antes da vitória a coroa
lhes vinha por si mesma às mãos deles porque os coríntios coroam com aipo
àqueles que vencem nos Jogos Ístmicos, tendo esta planta por uma insígnia
sagrada e própria de seu país.” Pois então era de aipo a coroa dos jogos
Ístmicos como agora o é a dos nemeos (de Nemeia) e não muito antes havia sido
de pinho.” Todos os soldados então se coroam e aparecem duas águias, uma
segurando uma serpente e outra gritava alto. Imagem de dhyana, jhana,
meditação,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com a coroa sagrada na cabeça
justificando plenamente a tese.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Segue capítulo
XXVII onde a nata dos cartagineses em brancos escudos e armaduras atravessam em
carros o rio, compacta, unida e os estrangeiros das demais nações, empreendiam
a passagem em desordem e confusão. Mirou os inimigos divididos pelo rio e
dividiu o exército mas deu uma parada e gritou muito alto para acertar o ataque
“pareceu que sua voz foi mais forte e penetrante que de ordinário bem fosse
porque naquele conflito e naquele calor se acrescentasse efetivamente a voz ou
porque algum gênio, segundo então muitos o creram, o ajudasse a gritar e
gritasse com ele”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta aparição do som
duas vezes seguidas (neste grito e com àguia) é explicada por A. Coomaraswamy :
“As inumeráveis alusões Védicas à descoberta do Sol ou Fogo, perdido nas Águas,
nas Profundezas (guha) ou na Escuridão (tamas) – e.g. Rgveda V,40,6 – se
referem primariamente ao escurecimento da Luz antecedente à Aurora de um
ciclo-do-mundo e à descoberta desta Luz por meio de hinos ou ritos cantados ou
realizados por Anjos ou homens. Naturalmente ritos análogos são realizados e os
mesmos hinos são cantados aurora de cada dia, ou durante um eclipse para o
retorno da luz escondida. Não se deve deixar de ver que as Águas, as
Profundezas e a Escuridão são também as Profundezas do Coração e que para
aquele que entende os mesmos hinos e ritos são meios para a visão interior
daquele Sol Superno do qual o brilho e a escuridão são sem sucessão nem
sujeitas a qualquer acidente do tempo (pg 91).”<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Soma-se a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>isto a proximidade de
akasha com o som com vimos no Yoga sutras.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Segue a imagem
do transe, samadhi, no capítulo XXVIII: <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Aos golpes de
lança aguentaram bem as couraças de ferro e os escudos largos mas depois na
luta com espada, o peso que os cartagineses carregavam os fizeram afundar
n’água porque passa a chover torrencialmente e na cara dos cartagineses e nas
costas dos gregos, relâmpagos sem fim, granizos, estrondos nos céus e nas armas,
vento, chuva espessa, muito barulho não se escuta as ordens, os cartagineses
pesados e os gregos lisos e rápidos, os primeiros se caíam era impossível se
levantar da muita lama. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O rio enche e
transborda</b>. Morreu muito cartaginês e não líbio, númida ou espanhol: a batalha
que mais cartagineses morreram.”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No capítulo
XXIX fala-se da distinção dos vencidos: poucos despojos de ferro e bronze e
muito despojo de ouro e prata! Eis o tesouro escondido e liberado. As couraças
mais bonitas foram enviadas para Corinto. </span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No
capítulo XXXVI (depois do XXXV com a conclusão em que aparece Timoleon como
alento) temos a comparação com Pelópidas, Agesilao e Epaminondas, generalatos
com dificuldades e esforços e o de Timoleon com facilidade e esplendor
adicionados. “Edificou ao lado de sua casa um templo ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Khaos</b> (Acaso, igual a akasha e encontrando neste a sua real
explicação)(sucesso imprevisto) em que fez sacrifício e à casa mesma a
consagrou ao gênio.” Ficou em Siracusa com a família e foi feliz para sempre.
Logo depois esta cidade produziria Arquimedes, o grande cientista. </span><o:p></o:p></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Yama e
Nyama apareceriam nos capítulos III-VI onde se conta como Timoleon tinha um
irmão tirânico ao qual ele salva numa guerra protegendo-o com seu corpo e este
mesmo irmão ao não largar a tirania é morto por Timoleon o que faz com que a
família e a mãe lhe fechem as portas e assim “vive anos em lugares solitários
passando uma vida infeliz e inquieta nas mais desertas solidões”, o que indica
a purificação e limpeza de modo que diz Plutarco : “Desta maneira se os juízos
não dominam as ações, tomando segurança e força da razão e da filosofia,
flutuam e são facilmente transtornados por qualquer elogio ou repreensão,
destituídos do fundamento do discurso, razão, próprio.” que seria o estudo. É
então que ocorre sua indicação no meio da assembleia “inspirada quiçá por algum
deus.” Neste momento Plutarco compara Timoleon com Focion ateniense e com
Aristides locrio nesta luta solitária para manter a razão e a liberdade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Bibliografia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Plutarco, <u>Vida de Timoleon</u>, em Vidas Paralelas,
tradução de Antonio Sanz <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Romanillos,
Jose Ortiz y Sanz e Jose M. Riaño, Aguilar, Madri, 1973. <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ananda Coomaraswamy, <u>Perceptions of The Vedas</u>, Manohar
& IGNCA, New <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Delhi,
Índia, 2000.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Shiva Purana</span></u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">, vol.4, Motilal Barnasidass Publishers, Delhi, 1970, Índia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Patañjali, <u>Yoga Sutras</u>, com comentário de Vyasa e
glosa de Vachaspati Misra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>traduzido por Rama Prasada e introdução de
Rai Bahadur Srisa Chandra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vasu,
MMPublishers, 1.a edição 1912, 3.a 1982, New Delhi, Índia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">V.H.Date, <u>Upanishads Retold</u>, MMPublishers, 2 vol., New
Delhi, Índia,1999.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">René Guénon, <u>L’Homme et son devenir selon le Vedanta</u>,
Ed. Traditionneles, Paris, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1984.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A Bíblia de Jerusalém</span></u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">, Paulus, SP, 1985.<o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Pausanias, <u>Guide to Greece,</u> 2vol, trad. Peter Levi,
Penguin Books, London, <o:p></o:p></span></p>
<p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>England, 1979. </span><o:p></o:p></p><br /><p></p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-67664209903802503252021-01-27T08:44:00.011-08:002021-02-09T12:43:57.978-08:00 506 Buddha Rei Serpente Campaka <p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Ri7Rbm6pA6I/YBGXKXXMZQI/AAAAAAAAGTQ/NDBoCBD7EQkinEedvPUfcpaXvjKq-UmLgCLcBGAsYHQ/s1590/ajanta%2B28.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1074" data-original-width="1590" src="https://1.bp.blogspot.com/-Ri7Rbm6pA6I/YBGXKXXMZQI/AAAAAAAAGTQ/NDBoCBD7EQkinEedvPUfcpaXvjKq-UmLgCLcBGAsYHQ/s320/ajanta%2B28.png" width="320" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><p> Imagem do jataka 506, de Ajanta, rei serpente Campeyya / Campeyaka / Campaka está a esquerda da imagem com suas cristas quais cabeças de serpente e explica ao rei humano porque é melhor ser humano que ser-pente ; às margens do rio Campa, na Índia. lique na imagem para vê-la ampliada : encontro da imagem com seu texto. </p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> 506<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> “Quem é como,
etc” - Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana sobre os
votos de dia de jejum. O Mestre disse, “É bem feito, Irmãos leigos, que vocês
guardem os votos de dia de jejum. Sábios antigos do mesmo modo renunciaram
mesmo à glória de se Rei Serpente e viveram sob estes votos.” Então com o
pedido deles ele contou uma história do passado. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">
----------------------------------<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;"> Certa vez,
quando Anga era rei do reino de Anga e Magadha rei em Magadha, entre os dois
reinos de Anga e de Magadha estava o rio Campa, onde havia um lugar em que
serpentes residiam e neste lugar dominava o rei serpente Campeyya.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Algumas
vezes Rei Magadha tomava o campo de Anga, outras vezes Rei Anga tomava Magadha.
Um dia Rei Magadha, tendo lutando uma batalha contra Anga e levado a pior,
montou seu corcel e fugiu, perseguido pelos guerreiros de Anga. Quando ele chegou no rio Campa, ele estava na
cheia. Mas ele disse, “Melhor morrer afogado neste rio que morrer nas mãos de
meus inimigos!” Então homem e cavalo mergulharam na corrente.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Bem, o
rei serpente Campeyya construiu para si debaixo d’água um pavilhão em joias ; e
lá naquele momento no meio da sua corte ele festejava. Mas o rei e seu cavalo
mergulharam no rio justamente em frente ao Rei Serpente. A serpente, vendo este
magnífico monarca, concebeu amizade por ele. Levantando do seu assento, fez o
rei sentar no seu próprio trono, ordenando-lhe que nada temesse e perguntou por
que ele mergulhava n’água. O rei contou
a ele tudo como se passara. Então disse a serpente, “Nada tema, Ó grande rei !
Farei de você mestre de ambos os reinos.”
Assim ele o consolava e por sete dias mostrou a ele grande honra. No sétimo dia ele e o Rei Magadha deixaram o
palácio da serpente. Então pelo poder do Rei Serpente, Rei Magadha apossou-se do Rei Anga e o matou e reinou
sobre os dois reinos juntos. A partir
daquele momento houve uma firme aliança entre ele e o Rei Serpente. Ano após
ano ele fazia um pavilhão em joias ser construído às margens do rio Campa e
oferecia tributo ao rei Serpente de grande custo : o Rei Serpente saía com um
largo séquito de seu palácio e recebia o tributo e todo o Povo contemplava a
glória do Rei Serpente. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Naquele tempo o Bodhisatva era alguém de uma família pobre e costumava
descer como pessoal do rei para a margem do rio. Lá vendo a glória do Rei Serpente, cobiçou-a
; e com este desejo morreu, e sete dias após a morte do rei serpente Campeyya,
o Bodhisatva, tendo feito ofertas e vivido vida virtuosa, veio à existência no
palácio dele sobre o leito real : seu corpo era como uma grande grinalda de
jasmin. Quando viu isto, ficou cheio de remorso. “Como consequência das minhas
boas ações”, cotejou ele, “armazenei poder nos seis principais mundos dos
sentidos ( seis devalokas ), qual milho armazenado no celeiro. Mas vejam, aqui
nasci nesta forma réptil ; que me importa a vida !” E assim ele pensamentos de colocar um fim a
si mesmo. Mas uma jovem fêmea serpente, chamada Sumana, vendo-o, deu a direção
para os outros, “Este deve ser Sakra, forte em poderes, nascido aqui entre nós
!” Então eles todos vieram e fizeram
oferendas para ele, com todo tipo de instrumentos musicais em suas mãos. Seu
palácio da serpente tornou-se como se
fosse o palácio de Sakra, o pensamento de morte o deixou : ele largou sua forma de serpente e sentou no sofá , magnífico em vestes e
adornos. A partir daquele momento grande foi sua glória e legislou sobre as
serpentes. Outra vez ele se arrepende, pensando, “O que me importa esta forma
réptil ? Viverei sob votos de jejum e deste lugar me sacudindo me libertarei,
para entre os seres humanos irei e aprenderei as Verdades e darei um fim ao
sofrimento.” Mas depois ele ainda permaneceu naquele mesmo palácio, preenchendo
os votos de jejum e quando a jovem fêmea das serpentes vinha apara próximo dele
alegremente vestida, ele geralmente violava sua lei de virtude. Depois disto
ele saiu do palácio para o parque mas elas o seguiram aí também e seu voto foi
quebrado como antes. Então ele pensou : “Devo deixar este palácio e ir para o
mundo dos seres humanos e lá devo viver sob os votos de jejum.” Assim então nos
dias de jejum ele saiu do palácio e deitou no topo de um cupinzeiro ao lado da
autoestrada não distante de uma vila na fronteira. Ele disse, “Aqueles que
desejam minha pele ou qualquer parte de mim, deixem eles pegarem ; ou se
qualquer um me fizer serpente dançante, deixe-os me fazer tal.” Assim ele rendeu seu corpo como um presente
e contraindo sua crista ele deitou lá observando os votos de dia de jejum. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Aqueles que
iam e vinham na autoestrada viram ele, o veneraram com incensos e perfumes. E
os moradores daquela vila da fronteira, considerando-o ser um rei serpente de
grande poder, levantaram um pavilhão acima dele, espalharam areia ao redor
dele, veneravam com perfumes e coisas cheirosas. Bem então o Povo começou a
querer filhos através da ajuda dele, tendo fé no Grande Ser e venerando-o. O Grande Ser guardou lá os votos de jejum do
décimo quarto e décimo quinto dias da meia lua, deitado em cima do cupinzeiro ;
no primeiro dia da metade lunar e retornaria para seu palácio ; e enquanto ele
assim preenchia seus votos, o tempo passava.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Um dia
sua consorte Sumana falou com ele assim : “Meu senhor, você tem o costume de ir
entre os seres humanos para guardar seus votos de jejum. O mundo dos seres
humanos é perigoso, cheio de medo.
Suponha que algum perigo acontecesse contigo, me diga agora por qual
sinal saberei sobre este perigo.” Então
o Grande Ser levou-a para o lado de um lago afortunado e disse, “Se alguém me
bater ou me machucar, àgua deste lago tornar-se-á turva. Se um pássaro roc me
carregar, àgua desaparecerá. Se um encantador de serpente me apanhar, àgua
tornar-se-á da cor do sangue.” Estes
três sinais explicados para ela, ele saiu de seu palácio para guardar o décimo
quarto dia, foi e deitou no cupinzeiro, iluminando o cupinzeiro com o brilho de
seu corpo. Branco era seu corpo qual uma
espiral de pura prata, qual bola de lã vermelha era sua cabeça : bem, neste
Jataka o corpo do Bodhisatva era grosso como cabeça de arado, no Jataka
Bhuridatra ( 543 ) grosso como uma coxa,
no Jataka Sankhapala ( 524 ) redonda grande qual uma canoa. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Naqueles dias
havia um jovem brahmin de Benares que veio à Takkasila ( Taxila ) para estudar
aos pés de um professor mundialmente renomado, de quem aprendeu o encanto que
comanda todas as coisas de sentidos, sensos.
Indo para casa através daquela estrada, o que podia ele ter visto se não
o Grande Ser. “Esta cobra pegarei,” ele pensou, “e viajarei através da cidade e
dos campos e a metróle real, fazendo-a dançar e arrecadando grandes
lucros.” Então ele arranjou ervas
‘máyacas’ e repetindo o encanto ‘máyaco’ abordou a serpente. Logo que escutou o som deste encanto, o
Grande Ser sentiu seus ouvidos como que furados por lascas em fogo, sua cabeça
como que quebrada com um golpe de espada. “O que temos aqui !” pensou ele ; colocando para fora sua cabeça,
viu o encantador de serpente. Então pensou, “Meu veneno é poderoso e se estiver
irado e soprar o sopro pelas narinas o corpo dele será dividido e espalhado
como um punhado de palha ; e então minha virtude será quebrada. Nem olharei para ele.” Fechando seus olhos escondeu a cabeça dentro
da crista. O brahmin encantador de serpente comeu uma erva , repetiu seu
encanto, cuspiu sobre a serpente : pela virtude da erva e do encanto, onde quer
que o cuspe caísse surgia bolhas. Então o homem o pegou pela cauda , arrastou-o
e o estendeu em toda sua extensão : com uma barra pé de cabra ele o espremeu
até ficar fraco, então pegando-o pela cabeça esmagou com força. O Grande Ser
abriu sua larga boca ; o homem cuspiu nela e devido à erva e ao encanto quebrou
seus dentes ; a boca estava cheia de sangue.
Mas o Grande Ser temia mais quebrar sua virtude, que suportou todo este
tormento e nunca nem mesmo abriu os olhos para vê-lo. Então o homem disse, “Vou enfraquecer esta
serpente real !” Da cauda até a cabeça
ele espremeu o corpo da serpente como se fosse quebrar seus ossos até virar
pó. Então o envolveu no que chamam roupa
envelope, deu-lhe o que chamam esfrega roupa, pegou-o pelo rabo e deu-lhe o
golpe do algodão, como o chamam ( estes parecem ser termos técnicos ). O corpo
do Grande Ser estava todo coberto de sangue e ele sentia muita dor. Vendo que a serpente estava fraca agora, o
homem fez um cesto de vime no qual colocou a serpente. Então o carregou para a
vila e o fez fazer performance para a multidão.
Negro ou azul ou o que mais, figura redonda ou figura quadrada, pequeno
ou grande – o que quer que o brahmin desejasse o Grande Ser faria, dançando,
espalhando sua crista como centenas ou como milhares ( isto é, pela sua
velocidade de movimento aparecendo com milhares de cristas ). O Povo ficou tão
agraciado que deu muito dinheiro : em um dia ele conseguiu mil rúpias e coisas
de valor ouras mil rúpias. No princípio
o homem tinha intenção de deixá-lo ir livre quando já tivesse ganho mil peças
de dinheiro ; mas quando a conseguiu, ele pensou, “Em uma vila pequena da
fronteira ganhei tudo isto : de reis e
cortesãos quanta riqueza não ganharei !”
Então comprou um carreto e uma carruagem, no carreto colocando seus pertences
enquanto sentava na carruagem. Assim com
um bando de ajudantes ele atravessava vila e cidade, fazendo a performance do
Grande Ser e seguiu com a intenção de mostrá-lo ao Rei Uggasena em Benares (
Varanasi ); e depois então o deixaria ir.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Ele costumava matar sapos e dá-los à
serpente real. Mas a serpente toda vez
recusava comer, de modo que nada podia ser morto para ela. Então o homem deu a ele mel e milho torrado.
Mas o Grande Ser recusou comer estes também ;
pois ele pensou, “Se comer comida, ficarei nesta cesta até morrer.” <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> No período de um
mês o brahmin chegou em Benares ( Varanasi ). Lá ele ganhou muito dinheiro
fazendo a performance da serpente nas vilas além dos portões. O rei também o
chamou e pediu para ver a performance :
o homem prometeu para de manhã, que era o último dia da meia lua. Então o rei enviou um tambor batendo ao redor da cidade com a
proclamação que de manhã uma cobra real dançaria no palácio da corte ; que o
Povo então se reúna em multidões para vê-la. Dia seguinte o jardim da corte do
palácio estava adornado e o brahmin chamado. Ele trouxe o Grande Ser em uma
cesta em joias num tapete bonito, que colocou no chão e ele mesmo tomou um
assento. O rei desceu do pavimento de
cima e sentou em seu assento real no meio de uma grande reunião do Povo. O
brahmin tirou para fora o Grande Ser e o fez dançar. O Povo não conseguia ficar
parado : milhares de lenços balançavam nos ares ; uma chuva de joias dos sete
tipos caíram sobre o Bodhisatva. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Era agora
lua cheia desde que a Serpente foi pega : e por todo este tempo ela não comeu
nada. Agora Sumana começou a pensar -
“Meu querido marido demora a chegar. Faz um mês desde que ele não voltou : qual
será o problema ?” Então ela foi e olhou
no lago afortunado : vejam, àgua estava vermelha qual sangue ! Então ela soube que ele devia ter sido pego
por um encantador de serpentes. Saiu do
palácio e foi até o cupinzeiro ; ela viu o lugar em que ele fora pego e depois
o lugar em que ele foi atormentado e ela chorou. Então ela foi para a vila da
fronteira e investigou ; e descobrindo todos os fatos foi para Benares e no
meio do Povo acima do paço do palácio nos ares ela permaneceu chorando
então. O Grande Ser enquanto dançava
olhou para os ares e a viu e ficando envergonhado entrou para dentro da sua cesta e lá
ficou. Quando ele entrou para dentro da
cesta o rei gritou, “Qual é o problema agora ?”
Olhando para um lado e outro, ele a viu pousada nos ares e recitou a
primeira estrofe :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Quem é aquela que brilha qual
relâmpago ou igual estrela luminosa ?<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Deusa ou
Titã ? Me parece que ser humano você não é.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O conversa deles é
dada nas estrofes seguintes :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Não sou
deusa, nem Titã, nem humana, poderoso rei !<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Fêmea da
espécie das serpentes, venho para um certo assunto.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Cheia de
ira e raiva você se mostra<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Dos seus
olhos lágrimas fluem :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Diga
que erro ou que desejo<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> A traz
aqui, senhora ? Quero saber.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Serpente
rastejante, feroz qual chama<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Assim o
chamam : aquele lá veio,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O
prendeu para lucrar, senhor :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Liberdade
para meu marido clamo ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Como pode
tal sujeito esfomeado<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Pegar uma
criatura cheia de poder ?<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Filha das serpentes, diga,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Como
considerar a serpente retamente ?<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tal é seu
poder, que mesmo esta cidade<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Ele poderia
queimar abaixo em cinzas.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Mas ele ama o caminho sagrado,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> E busca
renome em austeridade. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">Então o rei perguntou como pode o homem prendê-lo. Ela
respondeu na seguinte estrofe : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Nos dias santos (
décimo quarto e décimo quinto são nomeados ) a serpente real<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Na
encruzilhada costuma observar<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Votos sagrados : um malabarista o pegou.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Liberte meu
marido em consideração a mim ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Após estas
palavras ela adicionou ainda estas outras duas estrofes, suplicando a
libertação dele : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Vejam,
dezesseis mil mulheres bonitas com joias e com anel,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Debaixo
das águas o contam como refúgio e como rei.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Com
justiça e com gentileza liberte-o,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Compre a
liberdade da Serpente,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Com ouro, cem vacas, uma cidade :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Isto te
fará ganhar mérito. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Então o rei recitou
três estrofes : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Com
justiça e com gentileza veja<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Compro a
liberdade da Serpente<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Com
ouro, cem vacas, uma cidade<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Isto me
fará ganhar mérito. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Te dou um
brinco joia, cem dracmas de ouro<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Um amável
trono qual flor do linho com almofadas quatro.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Um touro, cem vacas,
duas esposas de igual nascimento que o teu :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Liberte a
Serpente santa : o gesto será meritório.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">A isto o caçador respondeu :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Não quero
presentes, sua majestade,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Mas deixe a
Serpente agora ir livre.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Assim
agora liberto a Serpente :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O gesto será
meritório. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">Após esta fala ele tirou o Grande Ser da cesta.
O Rei Serpente saiu e rastejou para dentro de um arbusto onde ele largou sua forma e reapareceu
na forma de um jovem homem magnificamente adornado : lá ele ficou, como se
tivesse fendido a terra e saído de dentro dela.
E desce do céu Sumana e fica do lado dele. O Rei Serpente ficou de mãos juntas reverenciando em
respeito o rei. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
–-----------------------------------
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Para tornar
tudo claro, o Mestre recitou duas estrofes :
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O Rei Serpente
Campeyyaka dirigiu-se ao Rei, agora liberto :
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> ‘Ó Rei de Kasi,
senhor acolhedor, toda a honra agora para ti !<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">A ti reverencio, antes de voltar para ver minha casa.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Seres sobre-humanos
podem<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Dificilmente ganhar
crédito, dizem.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Se falas a
verdade, Ó Serpente,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Onde é seu palácio ?
Mostre o caminho.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
–---------------------------- <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Mas o Grande Ser para se fazer acreditado,
jurou um juramento como segue nestas duas estrofes : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Deve o vento mover alta montanha,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Sol e Lua cair do céu,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Fluir contracorrente os rios que correm<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Eu,
Ó Rei ! Nunca poderia mentir. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Divida-se o céu, o mar seque,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> A
abundante mãe terra erre<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
A roda enrugada, desenraíze o monte Meru,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Ainda
assim, Ó Rei, eu não poderia mentir ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Mesmo assim apesar
desta afirmação, ele ainda não acreditava no Grande Ser e disse -<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Seres sobrehumanos podem<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Dificilmente ganhar crédito, dizem.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Se falas a verdade, Ó Serpente,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Onde é teu palácio ? Mostre o caminho.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Novamente ele
repetiu a mesma estrofe, adicionando, “Você deve estar agradecido pelas boas
obras que obrei : se acho que você está certo ou não, contudo, isto eu
decido.” Isto ele tornou claro na
próxima estrofe :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
De veneno mortal, cheio de força,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Rápido na confusão , brilhante em luz,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Foste libertado por mim da
prisão :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Então gratidão é meu direito. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O Grande Ser fez
um juramento assim, para ganhar o seu crédito :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Aquele que boa ação não retribui,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Felicidade nunca conhecerá
: <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Morrerá na
prisão de cesta,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Ele em ínfero horrível arderá ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Agora o rei
acreditou nele e agradeceu assim : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Como este voto teu é vero<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Ira abandonada e raiva evitada :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Como fugimos do
fogo no verão, <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Possam os pássaros-roc fugirem de ti !
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">O Grande Ser também por sua parte disse outra estrofe
querendo agradecer o rei :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Qual
mãe teria feito<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> A um
amado filho único,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> És
gentil com todas as serpentes :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Te
serviremos, todos nós, cada um. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Agora o rei estava
ansioso para visitar o mundo das serpentes, deu ordem para que seu exército se
aprontasse para partir com a seguinte estrofe :
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Atrelem os carros reais e aguardem<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Mulas
Cambodjanas às mãos,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Elefantes em arreios dourados :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Visitaremos a terra das serpentes !
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
–----------------------------------------- <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> A próxima estrofe é
da Perfeita Sabedoria : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Apertem os tamborins, toquem os tambores<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Concha e
címbalo sons e zunidos<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Glorioso no meio de uma hoste e mulheres<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Vejam Rei
Uggasena vem. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
______________________________
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Naquele
momento ele deixou a cidade, o Grande Ser através de seu poder tornou visível
no mundo das serpentes os muros protetores feitos com as sete coisas preciosas,
e as torres portões de entrada e toda a estrada de chegada no domicílio das
serpentes ele fez que que se adornasse gloriosamente. Por esta estrada o rei com seus seguidores
entrou no palácio e viu o delicioso lugar com as mansões dentro.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
___________________________
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Explicando isto, o
Mestre disse : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O Senhor de
Kasi viu o chão polvilhado com pó de ouro,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Belas flores de
coral cor espalham-se ao redor, torres douradas por todo lado.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Então o Rei
entrou nos divinos salões de Campeyya, <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Que qual raio
brônzeo ou Sol vermelho brilhavam. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Nos divinos salões
de Campeyya o Rei fez sua entrada : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Milhares de
perfumes no ar, milhares de árvores dando sombra. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Dentro do palácio
de Campeyya certa vez o Rei andou,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Harpas celestiais
tocavam, belas donzelas serpentes dançavam.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Lhe é apresentado um assento dourado<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Estofado e com cheiro de sândalo<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Onde um bando de belas donzelas<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Caminhavam pelas salas em pés aglomerados. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
____________________________ <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Logo ele estava
lá sentado colocaram diante dele comida divina de sabores escolhidos e deram
também para as dezesseis mil mulheres e o resto da companhia. Por sete dias ele
e sua comitiva partilharam da divina comida e bebida e gozaram todo tipo de
prazer. Sentado em seu belo assento ele
louvou a glória do Grande Ser. “Ó Rei das serpentes”, ele disse, “por que
largaste toda esta magnificência para deitar num cupinzeiro no mundo dos seres
humanos e guardar os votos de dia de jejum ?” O outro lhe disse. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
______________________
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Para explicar
isto o Mestre disse :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Lá o Rei
agraciado estava<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Para Campeyya então ele fala : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
‘Gloriosas mansões estas tuas ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Vermelhas igual ao Sol elas brilham.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Iguais na
terra não se vê : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que
você queria ser eremita ? <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Lindas e
belas estas donzelas estão,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Que com
esguios dedos seguram<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Bebidas em
ambas mãos pintadas de vermelho,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Seios e corpo
cingidos com ouro. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tais na terra
não se vê : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que
querias tu ser eremita ? <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Rio, lago de
peixe, belos quais vidros,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Cada um com
bem construídas escadas de acesso,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tais na terra
não se vê : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que
querias tu ser eremita ? <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Garça, Pavão,
gansos celestiais,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Encantos de cuco iguais a estes,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tais na terra
não se vê : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que tu
querias ser eremita ?<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Manga,
salgueiro e tilak florescem,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Cássia,
Begônia crescem plenamente<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tais na terra
não se vê :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que tu
querias ser eremita ? <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Vejam os lagos
! E soprando por cima<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Aromas divinos
em cada praia :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tais na terra
não se vê :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Por que tu
querias ser eremita ? <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Não pela vida,
por filhos, nem riqueza<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Luto comigo
mesmo ; <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> É minha ambição,
s’eu puder,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Nascer novamente
ser humano. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
_______________________
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> A esta
resposta o rei respondeu : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Bravamente vestido, olhos vermelhos e turvos,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Ombros largos, cabeça e barba raspada<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Como um anjo Rei direcionando-se a<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Todo o mundo, de sândalo untado<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> De grande poder, com força
divina,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Senhor de todos os desejos, incline,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Rei Serpente,
resolva minha questão -<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Como nosso mundo ultrapassa o teu ?
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Isto foi respondido
pelo Rei Serpente como segue : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Vem controle e purificação quando<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Alguém está no mundo dos seres humanos,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Somente lá :
uma vez ser humano, nunca mais<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Verei nem nascimento nem morte
novamente. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">O rei escutou e então respondeu : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Certamente é bom venerar o sábio <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Em quem profunda sabedoria e altos pensamentos surgem.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Quando vejo você e todas estas donzelas,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Farei obras boas de todo tipo. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">A ele o Rei Serpente disse :
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Certamente é bom venerar o sábio<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Em quem profunda sabedoria e altos pensamentos surgem.<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Quando a mim e todas estas donzelas você vê,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Então farás obras boas de todo tipo.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Após esta fala,
Uggasena desejou partir e pediu licença dizendo, “Rei Serpente, já fiquei muito
aqui devo partir.” O Grande Ser apontou
para seu tesouro e ofereceu a ele o que quer que quisesse pegar, dizendo
isto, <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Renuncio a isto, ouro incontável,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Pilhas de prata do tamanho de árvores, veja ! <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Pegue e faça para você muralhas de prata,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tome
e faça casas de ouro. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Pérolas, cinco mil carretos, eu acho,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Reluzindo coral no meio delas,<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Pegue e espalhe-as no teu palácio<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Até
que nem terra nem poeira possam ser vistos.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Tal
mansão como falo<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Construa e lá, Ó monarca ! viva :<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Rica será a cidade de Benares : <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
Legisle-a sabiamente, legisle-a bem.
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> O rei concordou com
esta sugestão. Então o Grande Ser enviou proclama pela cidade batendo o tambor
: “Que todos os ajudantes do rei peguem o que quiserem de riqueza, ouro e joias !” E ele enviou o tesouro para o rei carregado
em várias centenas de carretos. Após isto o rei deixou o mundo das serpentes
com grande pompa e retornou para Benares. A partir daquele tempo, dizem, o chão
era todo dourado por toda Índia. <o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">
________________________
<o:p></o:p></span></p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> </span></p><p>
</p><p class="Standard" style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"> Este
discurso terminado, o Mestre disse, “Assim sábios antigos deixaram as glórias
do mundo das serpentes para manter os votos de dias de jejum.” Então ele identificou o Jataka : “ Naquele tempo, Devadatra era o encantador
de serpente, a mãe de Rahula era Sumana, Sariputra era Uggasena e eu mesmo era
Rei das Serpentes Campeyya.” <o:p></o:p></span></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-50358434535588070862019-11-30T03:45:00.001-08:002019-11-30T03:45:08.184-08:00[ n. do tr.: Ganesha = Pelópidas ]<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s1600/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXo/9AGFePBHaWAbnh2_HQY5lFNoP9lCukrggCPcBGAYYCw/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div>
<br />
Plutarco Bramin<br />
<br />
Ganesha =
Pelópidas<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Continuando o
Shiva Purana em seu volume 2 temos as histórias dos filhos de
Parvati / Shiva : Kartikeya e Ganesha em Rudrasamhita Kumarakanda
seção IV que vai do capítulo I ao XXI. Cada um tem sua história
mas é dito que cresceram juntos, educaram-se juntos. Ganesha nasce
do resto de epiderme de Parvati que o coloca de porteiro da
residência e impede Shiva de entrar : ela se sente desprotegida,
invadida no seu banheiro de tomar banho e coloca um porteiro próprio.
Parvati diz :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XIII, 25 “Ó caro,
escute minhas palavras. Trabalhe como meu porteiro a partir de ho-je.
Você é meu filho. Você é meu. Não é de outro jeito. Não há
outro que me pertença.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
26 Ó bom filho,
sem minha permissão, ninguém, de modo nenhum, deve entrar em meu
apartamento. Te digo o fato.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
E Shiva tentando
entrar é expulso da própria casa com Ganesha batendo nele com um
bastão. E Shiva fica de fora. Seus Ganas em seguida, seus membros,
seguidores, foram lá na porta enfurecidos e disputam, discutem, com
Ganesha, os Parsadas de Shiva, pari-shad ( assembleia, audiência,
companhia, sociedade ). Mas Ganesha fica firme com seu bastão e sem
medo não deixou seu posto, repreendendo, reprimindo, censurando, os
Ganas de Shiva que acabam por retornar para Ele e informam o que
aconteceu. Shiva esbraveja e xinga os Ganas de eunucos e os obriga a
voltar para a porta e tirar Ganesha.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Os Ganas
retornam uma segunda vez. Começam a falar e enquanto falam Ganesha
pega o bastão e furioso começa a bater neles e expulsá-los e
reclamando voltam para Shiva que está a um Krosa do monte Kailasa.
Shiva os ridiculariza, a eles todos, chamando-os de tratantes
impotentes, que professam ser heróis mas não são de fato, mandando
que batessem em Ganesha e que ele fosse retirado.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Eles voltam
uma terceira vez. E nesta vez Parvati manda uma mensageira ver o quê
está acontecendo na portaria, a briga de porteiros pois os Ganas são
porteiros de Shiva. A mensageira vê e relata para ela tudo o que
estava acontecendo e ela, Parvati, pensa, medita, um pouco a respeito
do problema e decide confirmar, dar força a Ganesha, enviando recado
pela mensageira que fala com ele e confirma a proibição expulsando
novamente os porteiros de Shiva que retornam para Ele e permanecem
reclinados, abaixados, humilhados. Shiva briga novamente com eles e
diz : 58 “Vão dizer que sou subserviente a minha esposa. Esta
guerra deve ser lutada de todos os jeitos”.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Os Ganas então
retornam uma quarta vez equipados com todas as armas para a porta do
palácio de Shiva. Um exército contra um garoto, menino, palavra que
aparece várias vezes aqui.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XV, 12 “Nandin
veio primeiro e segurou uma de suas pernas e a puxou. Bhrngin correu
então e pegou a outra das pernas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
13 Antes que os
Ganas de Shiva tivessem tempo de puxar suas pernas Ganesha bateu nas
mãos deles e libertou suas pernas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
14 Ele então pegou
uma grande barra de ferro e permanecendo na porta esmagou os ganas.”
Houve ferimento de todo tipo e eles são expulsos novamente,
retornando para Shiva.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Neste momento todos
os deuses, Narada, Vishnu, Brahma, etc, vão para junto de Shiva que
fala rindo para Brahma :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
27 “Ó Brahma
escute. Um garoto está de pé na entrada da minha casa. Ele é bem
forte. Tem uma vara na mão. Ele me impede de entrar em casa.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
28 Ele bate com
bastante habilidade. Ele destruiu muitos dos meus Parsadas. Ele
derrotou com força meus Ganas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
29 Ó Brahma,
você somente deve ir lá. Este menino forte deve ser propiciado. Ó
Brahma, deves fazer tudo para controlá-lo.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todos
retornam então para a porta uma quinta vez mas Ganesha puxa a barba
e o bigode de Brahma e pegando o porrete de ferro faz os deuses todos
saírem correndo. Shiva irado dá ordens aos deuses Indra e outros,
aos Ganas liderados pelo seis-faces Kumara / Kartikeya, duendes,
fantasmas, e espíritos que jogassem todas as armas contra Ganesha
mas as armas falharam efetivamente. E todos ficaram muito surpresos.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XV, 44
“Enquanto isto, a deusa, a mãe do universo, de conhecimento
especial, veio a saber o inteiro ocorrido e ficou bastante furiosa.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
45 Ó sábio,
a deusa criou duas Saktis ( Uma é o terrível aspecto da Deusa
personificado qual Kali, Candi e Bhairavi, a outra uma bela forma
amarela chamada Durga com várias mãos e montada num tigre em
aspecto feroz e ameaçador ) lá e então para ajudar seu próprio
Gana.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
46 Ó grande
sábio, uma Sakti assumiu uma forma feroz e permaneceu lá de boca
aberta ampla, larga, qual caverna de montanha escura.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
47 A outra
assumiu a forma de relâmpago. Ela tinha muitos braços. Era uma
terrível e pesada deusa pronta para punir o fraco, ruim.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
48 As armas
atiradas pelos deuses e Ganas foram pegos na boca e jogados de volta
para eles.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
49 Nenhuma das
armas dos deuses foi vista ao redor do porrete de ferro de Ganesha.
Este feito maravilhoso foi realizado por eles.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
50 Um único
garoto agitou e chacoalhou um vasto exército impassível da mesma
maneira que a melhor das montanhas ( monte Meru ) agitou o oceano de
leite anteriormente.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Aqui a cena se
compara com o batimento do mar de leite com o Meru ( ou Mandara ) de
pilão e Vishnu de tartaruga segurando por baixo o mundo e os deuses
& titãs / suras & asuras / anjos & demônios, juntos
batem o mar de leite para retirar, prover, ganhar, amrita / ambrosia,
o néctar celeste e outras riquezas, tesouros. Shiva fica com o
pescoço azul porque assume para si o veneno produzido pela operação.
Durante este processo todo de produzir riquezas uma grande batalha se
dá entre os dois lados mas Vishnu sae vencedor.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Quanto a luta com
Ganesha ela continua :</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XV, 55 “Enquanto
as ninfas excelentes vieram com flores e pasta de sândalo nas mãos.
Você e os outros deuses que estavam ansiosos para ver a luta que
aconteceu lá. Ó sábio excelente, o excelente caminho do firmamento
estava inteiramente cheio delas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
56. Vendo está
batalha elas ficaram muito surpresas. Tal batalha nunca tinha sido
vista por elas antes.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
57 Com a terra e os
oceanos tremendo e como resultado da violenta batalha mesmo as
montanhas caíram.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
58. O céu girou
com as estrelas e os planetas. Tudo estava agitado. Os deuses
fugiram. Os Ganas também fizeram o mesmo. ”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Os deuses chegam a
conclusão que ele só pode ser vencido por engano, ilusão, trapaça
e o próprio Shiva lutando perde o tridente quando Ganesha bate na
mão dele. Pega então o arco Pinaka e este também vai para o chão.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XVI, 31 “Assim por
muito tempo os dois heróis Vishnu e Ganesha lutaram um com o outro.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
32. Novamente o
primeiro dos heróis, o filho de Parvati pegou seu porrete de poder
sem rival relembrando Shiva e atingiu Vishnu com ele.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
33 Atingido assim
com este golpe insuportável ele caiu no chão. Mas se levantou,
rapidamente e lutou com o filho de Parvati.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
34. Segurando esta
oportunidade, a deidade portadora do Tridente chegou lá e cortou
fora a cabeça dele com seu tridente.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
35 Ó Narada, quando
a cabeça de Ganesha foi cortada, os exércitos dos deuses e ganas
ficaram parados.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Parvati ficou
muito irada e criou Saktis que destruíssem os deuses e outros :</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XVII, 16. “Karalis
( a Terrível ), Kubjakas ( a corcunda ), Khañjas ( a manca ),
Lambasirsas ( a cabeça-grande ) inumeráveis Saktis pegaram os
deuses com suas mãos e jogavam-los em suas próprias bocas.” ...</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
20. “Somente
quando a deusa Parvati for agraciada pode haver alívio ; não de
outro jeito, mesmo com nosso máximo esforço.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
21 Mesmo Shiva que é
um expert em diferentes esportes e está nos iludindo agora, parece
triste como um homem ordinário, comum.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A deusa disse :
42-43. “Se meu filho reganhar sua vida não haverá mais
aniquilação. Se arranjarem para ele um status honroso e posição
entre vocês como oficial presidente chefe, talvez possa haver paz no
mundo. De outro modo vocês nunca serão felizes.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
46. Escutando o quê
os deuses disseram, Shiva falou assim - “Deve ser feito
concordemente para que possa haver paz sobre todos os mundos.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
47 “Vocês devem
ir em direção norte e o primeiro indivíduo que encontrarem cortem
fora a cabeça dele e coloquem-na no corpo.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
48. Então eles
realizaram as ordens de Shiva e agiram concordemente. Trouxeram o
corpo sem</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
cabeça de Ganesha e
o lavaram.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
49. Prestaram
homenagem a ele e partiram rumo ao norte. Foi um elefante de presa
única que eles encontraram.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
50-51. Eles pegaram
a cabeça e ajeitaram no corpo. Após juntá-la, os deuses
inclinaram-se para Shiva, Vishnu e Brahma e falaram - “O que foi
ordenado por você foi realizado por nós. Que a tarefa deixada
incompleta realize-se agora.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
52 Então os
Parsadas brilharam alegremente. Após escutarem estas palavras eles
esperaram ansiosamente o que Shiva diria.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
53. Então Brahma,
Vishnu e outros deuses falaram após inclinarem-se para o senhor
Shiva que é livre dos efeitos nocivos dos atributos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
54. Eles disseram :
- “Já que todos nós nascemos da tua brilhante Energia que esta
Energia entre dentro dele pela recitação de mantras Védicos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
55. Falando isto,
eles juntos aspergiram água santa invocando os mantras sobre aquele
corpo após lembrar Shiva.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
56. Imediatamente
após o contato d’água santa o garoto ressuscitou para a vida e
junto com consciência. Como Shiva queria o garoto acordou como de um
sonho.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Após a
ressurreição Ganesha e eleito líder dos ganas ; Shiva disse :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XVIII, 29. “Ó
filho de Parvati, estou agraciado, não há dúvida disto. Quando
estou agradecido o universo inteiro o está também. Ninguém será
contra isto.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
30. Já que mesmo
enquanto garoto você mostrou grande valor enquanto filho de Parvati,
você permanecerá brilhante e feliz sempre.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
31. Que teu nome
seja o de mais auspício em matéria de retirar obstáculos. Seja o
oficial presidente de todos os meus Ganas e merecedor de veneração
agora”. Segue uma lista grande de modos de venerar Ganesha.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
66. “Quando
Ganesha foi instalado, todo o universo atingiu paz e normalidade.
Houve um grande júbilo. Todas as misérias acabaram. …</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
70 Quando Parvati
ficou livre de fúria, Shiva e Parvati comportaram-se como antes.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Há o casamento
de Ganesha com Buddhi e Siddhi ( Faculdade e Consecução ).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XIX, 7. “O amor e
afeição dos pais por seis-faces ( Kartikeya ) e Ganesha aumentou
numa extensão qual da lua na metade brilhante do mês.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
8. ó sábio
celestial, certa vez os amáveis pais Parvati e Shiva tiveram uma
conversa e discussão escondida.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
9 Eles pensaram que
os dois filhos atingiram a idade de casar e como o melhor casamento
poderia ser celebrado então.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
10 O seis faces
senhor Karttikeya era o filho querido deles. Ganesha também era.
Pensando assim
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
eles se preocupavam
e se alegravam.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
18. O casamento
auspicioso será celebrado daquele que primeiro retornar após dar a
volta na terra toda.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Karttikeya
parte correndo e Ganesha não ; ficando para trás e chamando os pais
e pedindo que sentassem em duas cadeiras rodeou-lhes sete vezes e
inclinou-se também sete. Depois disse que tinha dado várias voltas
ao redor da terra.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
39 “Aquele que
venera seus pais e circum-ambula-os certamente terá o fruto do
mérito de circum-ambular a terra.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
40 Aquele que deixa
seus pais em casa e sai em peregrinação incorre em pecado da morte
deles.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
41. O centro sagrado
de um filho consiste nos pés de seus país semelhantes a folhas de
lótus. Outros centros sagrados podem ser alcançados somente após
longa distância.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
42. Este centro
sagrado está próximo, facilmente acessível e meio de virtudes.
Para um filho e esposa, o centro sagrado auspício está na casa
mesma. …</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
47. Falando assim,
Ganesha de excelente intelecto, de grande sabedoria e primeiro entre
as pessoas inteligentes ficou em silêncio.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ganesha acaba se
casando com Buddhi e Siddhi filhas de Visvarupa e tem dois filhos um
de cada, Ksema de Siddhi e Labha de Buddhi. Karttikeya quando volta
e vê o quê aconteceu fica bravo com os pais e faz voto de celibato
ficando no mesmo lugar até ho-je no monte Kraunka próximo de
Kailasa.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XXI, 26 Ó sábio,
ele foi embora assim. Ainda ho-je ele está lá removendo pecados de
todos apenas com sua visão.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
27 Desde este dia, Ó
sábio celestial, o filho de Shiva, Karttikeya permanece celibatário.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
28. Seu nome concede
bons auspícios ao mundo. É famoso nos três mundos. Expele todo
pecado, é meritório e confere a santidade do celibato.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Celibatário também
o era Epaminondas que cresceu e educou-se junto com Pelópidas em
Tebas do séc IV a.C. ambos libertando toda a Grécia da tirania
espartana que dominava então em mar e terra :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Tão brilhante
empresa, que no valor dos que a executaram e no bom sucesso com que a
coroou a Fortuna, se comparou com a de Trasíbulo ( que libertou
Atenas de Esparta ) foi irmã desta qualificada entre os gregos, pois
não é fácil designar outros que subjugando com apenas a ousadia e
intrepidez os poucos aos muitos e os desvalidos aos poderosos,
houvessem sido causa para suas respectivas pátrias de maiores bens ;
ainda que a esta reuniu maior glória a extraordinária mudança que
produziu nos negócios da Grécia ; por quanto a guerra que acabou
com a grandeza de Esparta e aos lacedemônios privou da superioridade
e domínio por terra e mar, pode dizer-se que teve princípio naquela
noite em que Pelópidas, não com tomar uma fortaleza, uma praça ou
uma cidadela, sendo apenas um dos doze que voltaram, desatou e
cortou, se nos é permitido usar desta metáfora, os laços de
dominação lacedemônia, tidos por indissolúveis e indestrutíveis.”
Plutarco, Vida de Pelópidas, cap. XIII. O verso 31 do Shiva purana
sobre Ganesha tirar obstáculos aparece aqui.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Epaminondas =
Kartikeya e Pelópidas = Ganesha. O problema é que apesar de existir
a Vida de Epaminondas de Plutarco ela está perdida, escondida, não
revelada assim como a de Scipião e a de Hércules. Mas fala-se
bastante de Epaminondas na de Pelópidas tendo os dois vividos sempre
juntos e unidos harmonicamente em oposição as brigas conflitos de
duplas outras, p.ex., Nícias / Alcebíades, Péricles / Simão,
Aristides / Temístocles. Neste cap. IV Plutarco compara os dois :
Pelópidas preferia os exercícios do estádio enquanto Epaminondas
aos da doutrina. “ … : assim nos momentos livres o primeiro se
empregava na luta e na caça e o segundo em ouvir os sábios e
formar-se para sê-lo. Mas entre tantos títulos para a glória que
concorreu para ambos, nenhum reputam os homens de juízo por tão
admirável como o quê em meio de tantos combates, de tantas
expedições e de tantos negócios da República, a amizade deles
desde o princípio até o fim se tivesse conservado sempre sem
desgosto e sem quebra. … ( segue fala das duplas de chefes que
brigavam, contendiam, disputavam ). A causa certa desta união foi a
virtude pela qual não buscavam com seus atos aplausos ou riquezas,
coisas as quais por natureza é inerente uma obstinada e ressentida
inveja, senão que, amando-se reciprocamente desde o princípio com
um <b>amor sagrado</b>, dirigiam de comum acordo suas expedições e
seus triunfos pelo prazer de ver sua pátria elevada por ambos a
maior grandeza e esplendor.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O ritual iniciático
dos nascidos da Terra ( Parvati ), que morrem e ressuscitam, ritual
da ressurreição mesmo, repete-se, aparece, na história de
Pelópidas, descendente de Pélops, que também em sua história,
Pélops, morre e ressuscita, mil anos antes de seu descendente,
Pelópidas em Tebas, ou seja séc. XIV a.C. na que veio a chamar-se
ilha de Pélops, Peloponeso, onde os nascidos da terra, auto-ctones,
espartoi, são seus descendentes, os da casa de Menelau ( Atreu &
Tiestes, Agamemnon ) em Micenas, na Lacedemônia. Mas em Tebas que
fica próxima contemporaneamente, espartoi, nascidos da terra,
auto-ctones, são os que Cadmo semeou com os dentes de dragão :
nasceram dos dentes semeados na terra. Um dos filhos de Pélops,
Crisipo, é levado por Laio ( pai de Édipo ) para Tebas e morre,
some, é levado para o céu. Por isto que a Sphinx assola Tebas em
seguida com sua questão, charada. A cidade de Pélops, Olímpia ( e
perto Pisa ) onde realiza-se os jogos olímpicos e comemora-se a
festa do bisavô de Hércules e Teseu, Pélops, relaciona-se desde o
princípio com a Tebas de Cadmo e Harmonia e mil anos antes de
Pelópidas e Epaminondas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O mesmo
acontecimento, a morte do filho, acontece com Pélops, sendo ele
mesmo o filho que é oferecido aos deuses cozido em pedaços em um
caldeirão pelo próprio pai, Tântalo, que recebendo os deuses para
uma refeição comete tal ato para saber se os deuses comerão ou não
: apenas Deméter come o ombro esquerdo que depois foi substituído
por um de marfim, os outros deuses percebem e não comem. Pélops
então é colocado de volta no caldeirão e ressuscitado com o osso
do ombro novo feito de marfim. Aqui a imagem aproxima dramaticamente
Pélops e Ganesha porque este tem uma presa, dente, apenas e
justamente no lado esquerdo como o marfim mesmo no ombro de Pélops.
Com esta presa Ganesha teria escrito o Mahabharata ditado por Vyasa
em Takkasilla / Taxila ( no Paquistão atual ) dois mil anos antes do
marfim do ombro de Pélops dar aos gregos a vitória em Tróia junto
com o arco de Filoctetes.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Eventualmente Pélops
casando com Hipodâmia ao vencer uma corrida de carros acaba se
tornando o primeiro herói olímpico e sua morte e ressurreição
comemorada em toda olimpíada em templo próprio. Com comunhão
alimentícia junto sendo ele mesmo a comida afinal de contas e com
isto como já falamos em Plutarco Védico vê-se a proximidade dos
mistérios gregos antigos com o cristão, segundo expôs o mistagogo
d. Odo Casel em suas obras no princípio do século XX, onde a
epístola de s.Paulo aos romanos parece o melhor exemplo 3,22 ; 5,15;
6, 2s ; 8,1 :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“não sabeis
que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus é na sua morte que
fomos batizados ? Porque pelo batismo nós fomos sepultados com ele
na sua morte para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O ritual tanto
hindu quanto grego funcionavam da mesma maneira que o cristão.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O mesmo acontece
em toda cidade-estado grega cada uma com seu herói, personagem e seu
deus : “Archémoros, filho de Licurgo, rei de Nemeia, herói dos
jogos nemeios ; o jovem Palemon, filho de Athamas, heróis dos jogos
isthmicos; o couros Androgeu Eurigaios pelos jogos em Athenas ;
Jacinto em Amicleia ; sem falar de Python em Delphos ; rito da
imortalidade mais exatamente de acesso à vida divina, praticado por
Thétis em relação a Aquiles, por Deméter com Demophonte, por
Medeia sobre seus próprios filhos ; mito de segundo nascimento, de
ressurreição iniciática ; que aparece também em Dionisos /
Zagreus” ( Jeanmaire, H., pg. 417 ).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Este
historiador neste seu livro aproxima esta morte iniciática seguida
de uma ressurreição e toda a cultura envolvida nas festas e
comemorações do acontecimento mítico, com as provas reais,
praticadas, por todos os cidadãos, jovens, crianças, para iniciarem
na vida adulta : “ A sociedade grega antiga resulta de associações
formadas sobre a base de categorias de idade que se distinguem pelos
nomes de paides, epheboi, neoi, gerontes.” ( pg 464); “as
companhias formadas por guerreiros sobre a base de classes de idades
ou de ritos de agregação tiveram por todo lado e bastante
normalmente aspecto de confrarias de carácter religioso.” ( p. 569
). “A criptia junto com outros instituições do mundo grego
largamente difundidas, o auto controle, a penitência, a prova de
resistência, o exercício = ascese, não poder se deixar ver quando
vagando pelas montanhas, ficar sozinho e sem ajudantes, sem
provisões, durante um ano, dormindo sobre a terra ou palha,
aprendizagem das necessidades da vida militar : a criptia enquanto
prova final da sequência de provas dos éfebos, irenes, mellirenes.
Sequência de iniciações da juventude, adolescência.” ( pg.
551s). Esta sequência de provas mostra-se nas várias vezes que o
garoto, menino Ganesha precisa enfrentar os ganas de Shiva.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Por conclusão a
‘Vida de Pelópidas’ de Plutarco mostraria então esta sequência
de provas que segue da libertação da Cadmeia até a libertação de
toda a Grécia pois a Grécia elencada em Delphos na coluna do
santuário são várias cidades juntas reunidas em fraternidade
igualdade e liberdade. 12. E para entender este ensinamento temos que
“No Brahmavaivarta purana está dito que Ganesha era Krishna mesmo
originalmente na forma humana. Sani foi até ele enquanto criança. A
cabeça da criança em consequência separou-se e foi embora para
Goloka. O elefante Airavata tinha então um filho na floresta. Sua
cabeça foi removida e fixada na criança. Assim vemos que Ganesha
que é o mesmo que Vighnesvara é considerado tendo nascido de
Parvati de ambos Shiva e Parvati e também sustenta ser Krishna em
outra forma. Ele é identificado com Parabrahman e com Brahmanaspati
ou Brihaspati em outro lugar.” ( Gopinatha Rao, pg 46 ). O
ensinamento é o ensinamento de Krishna dado, escrito, ensinado no
Mahabharata que teria sido escrito por Ganesha conforme Vyasa falava
em Takkasilla / Taxila usando a presa única, daí o nome de
Ekadanta, como caneta, lápis.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Em dois momentos
Krishna canta seus ensinamentos e justamente antes de duas grandes
batalhas sendo a primeira a principal relata no livro e a segunda
quando da soltura do cavalo ritual do Aswameda no final dos
acontecimentos e do livro. As duas canções cantadas são para
Arjuna, sendo a primeira o famoso Bhagavad Gita e a segunda Anugita,
resumo da canção primeira. Neste segundo momento Arjuna fala :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Arjuna disse “Ó
poderoso em armas, tua grandeza tornou-se conhecida por mim quando
aproximava-se a batalha. Ó filho de Devaki ( Kesava, Madhava,
Vasudeva, todos nomes de Krishna ), tua forma também, enquanto
Senhor do universo, então tornou-se conhecida por mim. O quê teu
ser santo me disse naquele momento, Ó Kesava, através da afeição,
foi tudo esquecido por mim, Ó chefe de homens, em consequência da
inconstância da minha mente. Repetidamente, contudo, estava curioso
sobre o assunto destas verdades. Tu novamente, Ó Madhava, vais
voltar para Dwaraka logo.’ Vaisampayana continuou, ‘ Assim
escutando ele, Krishna de poderosa energia,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
aquele primeiro dos
oradores, abraçou Phalguna ( Arjuna ) e respondeu para ele como
segue : ‘ Vasudeva disse, “Te fiz escutar verdades que são tidas
como mistérios. Partilhei, para ti, verdades que são eternas.
Verdadeiramente, discursei para você sobre Religião em sua
verdadeira forma e sobre todas as regiões eternas. É bastante
desagradável para mim escutar que você , por loucura, não recebeu
o que eu partilhei. A lembrança de tudo que te disse naquela ocasião
não me ocorrerá agora. Sem dúvida, Ó filho de Pandu, tu és
destituído de fé e teu entendimento não é bom. É impossível
para mim,Ó Dhananjaya, repetir em detalhe tudo que disse naquela
ocasião...” ( Aswamedha parva pg. 23 ).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Assim
enquanto no primeiro discurso a devoção de Arjuna por Krishna
entende-se por estarem os dois juntos no carro de guerra em plena
batalha ( que diga-se de passagem não teve nenhuma pessoa morta por
Krishna / Kesava / Madhava / Govinda / Hrishikesa / Vasudeva, vários
nomes da mesma Pessoa, que apenas dirigiu o carro e não matou nenhum
dos hum bilhão e seiscentos milhões de mortos e assim em
determinado momento um guerreiro famoso joga uma clava, porrete,
poderoso que jamais retornaria sem atingir o alvo apenas e unicamente
se o alvo fosse inocente e o porrete, clava, retorna nos ares e mata
seu dono, aquele que o jogou, atirou, arremessou ), no segundo vemos
que já fora do carro e com o entendimento fraco do guerreiro, o
discurso coloca a devoção dentro da relação Brahmana e sua esposa
que o escuta, kshetrayna e kshetra, corpo e alma, mente e
entendimento, dentro da mesma pessoa. Os ensinamentos são os
ensinamentos mesmo da Sankhya ( de Kapila ) e da Yoga e diz-se
explicitamente que ambas são uma coisa só. Ensinamentos que acabam
por mostrar a Pessoa mesma de Vishnu / Krishna, a natureza universal
para além da individual. Percebe-se que os acontecimentos da Vida de
Pelópidas seguem em suas imagens a doutrina tradicional, a
philosophia perene e que assim explicam também por seu lado a
sequência de vezes que se combate, briga, disputa na porta da casa
de Shiva / Parvati.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Uma das
primeiras imagens e que salta aos olhos é a d’ ‘os Sete contra
Tebas’ relata em tragédia famosa de Ésquilo ; as tragédias de
Sófocles continuam a contar a história da cidade importante. Com
certeza porque Dionisos é filho de Sêmele, a Lua, filha de Cadmo e
Harmonia de Tebas. A imagem é a da cidade com sete portas tendo um
guarda em cada porta – imagem dos sentidos, sensos, cada porta um
sentido: visão, audição, olfato, paladar, tato, mente o sexto
sentido e entendimento sendo o sétimo. As ‘pessoas’ que se batem
nas portas são os órgãos e a função – os olhos e o que se vê,
os ouvidos e o quê se ouve, o nariz e o que se cheira, o tato e o
que se toca, a língua e o que se prova. Estácio em latim no século
IV reescreve ‘os Sete contra Tebas’ e expõe esta imagem sendo
por isto que guia Dante Aleghieri, antes de Virgílio, em sua
caminhada, viagem.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Segue várias
falas de Vasudeva / Krishna em que os sentidos são como portas e há
morte nestas portas com o conflito entre o órgão e a função, o
ouvido e o ouvido, a vista e a vista ( substantivo e verbo ), etc ; a
morte é a restrição dos sentidos partilhados, entregues, no fogo
da devoção :</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“O Santo (
Krishna ) disse, - ‘Este imperecível ( sistema de ) devoção eu
declarei para Vivaswat ; Vivaswat declarou-o para Manu ; e Manu
comunicou-o para Ikshivaku. Descendo assim pelas gerações, os
sábios Reais vieram a conhecê-lo. Mas, Ó castigador de inimigos,
por ( um lapso de ) um longo tempo esta devoção tornou-se perdida
para o mundo. O mesmo ( sistema de ) devoção é hoje declarado por
mim para ti, pois tu és meu devoto e amigo, ( e ) isto é um grande
mistério.’ (…) “Outros, por meio de sacrifício, oferecem
sacrifícios para o fogo de Brahma ( largando toda ação ). Outros
oferecem ( como libação sacrifical ) os sentidos, dos quais ouvir é
o primeiro, para o fogo da restrição. Outros ( novamente ) oferecem
( como libação ) os objetos dos sentidos dos quais som é o
primeiro para o fogo dos sentidos ( nota : oferecer os sentidos no
fogo da restrição significa restringir os sentidos para a prática
da Yoga. Oferecer os objetos dos sentidos significa não-apego a
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
estes objetos ).
Outros ( novamente ) oferecem todas as funções dos sentidos e as
funções dos sopros vitais para o fogo da devoção pela
auto-restrição inflamada pelo conhecimento. ( nota : suspendendo as
funções da vida pela contemplação ou Yoga ).” ( pg 63, Bhisma
parva )</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“A pessoa devota,
que sabe a verdade, pensando - nada faço – quando vendo,
escutando, tocando, cheirando, comendo, movendo, dormindo,
respirando, falando, excretando, abrindo o olho ou fechando ; ela
percebe que são os sentidos que estão engajados nos objetos dos
sentidos. Aquele que renunciando apego engajado em ações,
resignando-os por Brahma, não é tocado pelo pecado como a folha de
lótus ( não é tocada ) pela água. Aqueles que são devotos,
jogando fora apego, realiza ações ( atingindo ) pureza de si mesmo,
com o corpo, a mente, o entendimento e mesmo os sentidos ( livres de
desejos ). Aquele que possui devoção, renunciando a fruto da ação,
atinge a mais alta tranquilidade. Aquele, que não possui devoção e
está apegado ao fruto da ação, está preso pela ação realizada
por desejo. O si mesmo encorporado restringido, renunciando todas as
ações pela mente, permanece tranquilo dentro da casa de nove
portas, nem agindo ele mesmo nem causando ( nada ) a agir. ( nota :
Telang traduz Pura ( casa ) por cidade, claro, considera-se o corpo
tendo dois olhos, dois ouvidos, duas narinas, uma boca, e duas
aberturas para excreção. ). … Aquele cuja mente não está
apegada aos objetos externos dos sentidos, obtêm aquela felicidade
que está em si mesmo ; e concentrando sua mente na contemplação de
Brahma, ele goza uma felicidade que é imperecível. Os gozos
nascidos do contato ( dos sentidos com seus objetos ) são produtores
de tristeza. … absorção em Brahma … absorção em Brahma …
restrinja os sentidos, a mente e o entendimento, tende a intenção
da emancipação e quem está livre de desejo, temor e ira está
emancipado realmente.” ( Bhisma parva pg 65 )
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Jogando fora ( este ) corpo, aquele que parte, parando todas as
portas, confinando a mente dentro do coração, colocando seu próprio
sopro de vida chamado Prana entre as sobrancelhas, permanecendo em
contínua meditação, pronunciando esta única sílaba OM que é
Brahman e pensando em mim, atinja o objetivo mais alto. ( nota :
todas as portas, i.e., os sentidos. Confinando a mente centro do
coração, i.e., retirando a mente de todo os os objetos externos.
).” ( idem, pg 72 )
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“ O
Brahmana disse, ‘Em conexão com isto é citada a seguinte história
antiga. Entenda tu
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
de que tipo é a
instituição dos dez Hotris ( sacerdotes sacrificantes ). O ouvido,
a pele, os dois olhos, a língua, o nariz, os dois pés, as duas
mãos, o órgão genital, o duto de baixo e a fala, - estes, ó bela,
são os dez padres sacrificantes. Som e toque, cor e gosto, cheiro,
fala, ação, movimento e descarrego da semente vital da urina e dos
excrementos, são as dez libações. Os pontos cardeais,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Vento, Sol, Lua,
Terra, Fogo, Vishnu, Indra, Prajapati e Mitra – estes ó bela, são
os dez (sacrificais ) fogos. Os dez órgãos ( de conhecimento e ação
) são os padres sacrificantes. As libações, ó bela, são dez. Os
objetos dos sentidos são o combustível que é jogado nestes dez
fogos assim como a mente,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que é a colher e os
bens ( i.e., os atos bons e maus os sacrifícios).” ( Aswamedha
parva pg. 38 )
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“O
Brahmana disse, ‘Em conexão com isto é citada a antiga história,
ó bendita, do que é a instituição dos sete padres sacrificantes.
O nariz, o olho, a língua, a pele, e o ouvido de número cinco, a
mente e o entendimento – estes são os sete padres sacrificantes
que permanecem distintos
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
um do outro.
Habitando no espaço sutil, eles não percebem um ao outro. Tu, ó
bela, saiba que estes padres sacrificantes são sete por natureza’.”
( idem, pg 41 ).</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“O que
quer que seja pensado pela mente, o que quer seja pronunciado pela
palavra, o que quer que seja escutado pelo ouvido, o que quer que
seja visto pelo olho, o que quer que seja tocado (pelo sentido) do
tato, o que quer que seja cheirado pelo nariz, constitui oblações
de manteiga clarificada ( ghee ) que deve ser toda, após a restrição
dos sentidos com a mente somando seis, derramada dentro do fogo de
altos méritos que queima dentro do corpo, i.e., a Alma.” ( idem,
pg. 46)
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É a famosa
‘porta estreita’, imagem evangélica inclusive e que assim como
acontece na história de Tebas com os filhos de Édipo, acontece
também com Pelópidas na mesma Tebas, no cap. XI da Vida de
Pelópidas quando disfarçados, doze dos cidadãos entram na cidade e
confrontam os espartanos invasores tendo a briga acontecido nas
portas das residências dentro já da cidade. Uns disfarçados de
mulheres atacam uma sala de festas com banquete em que esperavam
justamente as mulheres e outros atacam residências. Neste capítulo
por duas vezes fala-se da claridade, da luz, revelando quem são
realmente : como a alma revela para a mente / intelecto qual a
verdade das qualidades dos sentidos ( cf. Santi parva parte II pg. 48
e Aswamedha parva pg. 35 ). Pelópidas seria a alma e ele vai atrás
de Leontidas : “Leontidas pelo ruído e modo de correr, conjecturou
o que era e levantou-se tomando a espada ; mas não ocorreu-lhe
apagar as luzes, com o que nas trevas teriam se batido uns contra os
outros ; assim estando tudo iluminado foi visto por eles.
Adiantou-se para a porta do dormitório e a Quefisodoro, que foi o
primeiro a entrar, deixou no chão. Caído este, trava peleja com o
segundo que era Pelópidas, sendo esta embaraçosa pela estreiteza da
porta e pelo cadáver de Quefisodoro, que também estorvava ; vence
ao fim Pelópidas e havendo dado conta de Leontidas, marcha correndo
com os seus em busca de Hipates.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Estes doze que
entram disfarçados em Tebas salvam a cidade conforme o cap. XII da
Vida de Pelópidas segue relatando, reunindo os exilados,
desterrados, armando os habitantes que ainda estavam lá, pegavam
armas dos pórticos das armas trazidas em triunfos e combinavam com
os lanceiros e fazedores de espadas que haviam. “Ao raiar do dia
vieram os desterrados em estado de peleja e o povo concorreu em
imenso número à assembleia pública. Introduziram nela, Epaminondas
e Górgidas, a Pelópidas e os seus, rodeados de sacerdotes que lhes
davam coroas e exortavam os cidadãos a vir em auxílio da pátria e
dos deuses. A assembleia toda com este espetáculo se pôs de
imediato em pé com algazarra e regozijo, recebendo-os como a pais e
libertadores.” Chamam-los de deuses porque a Cadmeia, cidade
construída por Cadmo com a ajuda dos ‘nascidos da terra’ e dos
deuses, foi a primeira cidade a receber os deuses todos do Olimpo na
cerimônia de casamento de Cadmo e Harmonia, filha de Ares e Afrodite
:
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Este foi
o primeiro casamento mortal em que os Olimpianos compareceram. Doze
tronos dourados foram colocados para eles na casa de Cadmo, que
ficava no lugar do atual mercado de Thebas ; e todos eles trouxeram
presentes. Afrodite presenteou Harmonia com o famoso colar feito por
Hefesto – originalmente foi presente de amor de Zeus para Europa
irmã de Cadmo – que conferia beleza irresistível para quem o
usasse. Athena deu a ela um robe dourado, que similarmente conferia
dignidade divina a quem vestisse e também um jogo de flautas ; e
Hermes uma lira. O presente de Cadmo para Harmonia foi outro robe
rico ; e Electra, mãe de Iasion, ensinou a ela os ritos da Grande
Deusa ; enquanto Deméter assegurou a ela uma próspera colheita de
cevada deitando com Iasion em um campo três vezes arado durante as
celebrações. Os Thebanos ainda mostram o lugar onde as Musas
tocaram flauta e cantaram nesta ocasião e onde Apolo tocou a lira.”
( Graves, pg. 198 ). A alma imortal dentro do corpo dos sentidos
de modo que cada sentido, órgão função, estaria relacionado a um
dos 12 deuses conforme vemos em Aswamedha parva nas pgs 38 e 69.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
No Capítulo VIII
quando os doze ainda estão disfarçados na casa de Carón chega um
mensageiro da parte dos espartanos chamando Carón para falar. Este
se exalta pois podem pensar que ele os está traindo e como gesto de
confiança entrega o filho em penhor a Pelópidas, no meio dos doze,
para que fizessem o que quisessem com ele, o filho, se o pai os
traísse ou enganasse. Alguns choraram com a cena e todos se
mostraram ofendidos de tamanha falta de confiança. “Mas Carón não
condescendeu que se libertasse o filho, dizendo que não poderia
haver para ele vida ou saúde mais gloriosa que morrer livre de
afronta com seu pai e com tais amigos.” Esta entrega de um filho a
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Pelópidas acontece
mais duas vezes na Vida de Pelópidas e parece se remeter, se
referir, ao ritual mesmo que a história de Pélops proclama. Georges
Dumézil dissertando sobre as características do brahmin / flamin
lembra : “O flamem dialis é ‘tomado’ ( <i>captus</i> ) pelo
Estado e extraído do poder paternal ; o grande pontífice, após o
ter ‘pego’, o apresenta ao deus e por meio dos augures, pede a
concordância de deus ( <i>inauguratio</i> ). A lenda indiana de
Sunahçepa, que funda em direito a superioridade dos brahmanes sobre
todos os outros homens, mostra também o jovem brahmane comprado pelo
rei ao pai que o vende a apresenta à concordância do deus...”. (
p.26 ). A criança, igual Ganesha, apresentado à sociedade,
iniciando-se e enfrentando todas as provas. Ganimedes filhode Tros
rei deTróia também sendo levado para o Olimpo. Mas o sistema mesmo
da devoção, <i>bhakta</i>, amor, que une Krishna /Arjuna no mesmo
carro ou um homem & a esposa ou o entendimento & a mente com
os sentidos, o amor sagrado que une Pelópidas & Epaminondas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mas bhakta,
devoção, tem significado próprio : “Está então claro o
suficiente que o Nirukta e Brhad Devata estão inteiramente certos em
dizer que os deuses são participantes ( bhakta ) na divina Essência
ou espiração ; mesmo a fraseologia dos mantras Védicos é retida
pelos expositores. A referência a ‘participação’ leva-nos a
considerar o védico Bhaga, posteriormente <i>Bhagavan</i>. Bhaga não
é um nome pessoal mas antes uma designação geral do poder ativo em
qualquer de seus aspectos, como ‘Livre Doador’ ou ‘Partilhador’,
que faz seus <i>bhaktas</i> participarem em suas riquezas. (…)
Bhaga é de fato, referido por justaposição como o ‘Dispensador (
Repartidor, Distribuidor )’ ( <i>vibhaktr</i>, RV V, 46-6 ); e
<i>bhaga</i> é ‘parte ( participação)’ ou ‘distribuição /
repartição’, como em II, 17,7 (…) I.68.2, onde em um louvor
dirigido a Agni, os vários ( <i>visve, sc devah</i> ) deuses são
ditos ‘participarem na deidade’ ( <i>bhajanta desatvam</i> );
VII.81.2 tem uma oração àurora, ‘Que possamos ser associados na
participação’ ( <i>sam bhaktena gamemahi</i> ). Destas passagens
é suficientemente evidente que <i>bhaga</i> e <i>vibhaktr</i> são o
distribuidor ou doador, que entrega a si mesmo ou sua substância ;
<i>sambhaja</i>, o participante que partilha da doação ; <i>bhaga</i>,
<i>bhaksa</i> e <i>bhakta</i> a parte que é dada ou indicada para as
deidades pelo sacrificante ( I.91.1, <i>pitaro… devesu ratnam
abhajanta dhirah</i> ), [ e tipicamente por Agni como sacerdote
sacrificante ( <i>hotr</i> ), ‘Leve tu graciosamente para os deuses
a parte ( <i>bhagam</i> ) deles da oblação’ ( X, 51, 7 ) : Ita
missa est ! ]. No último caso o sacrificador ou sacerdote
sacrificante é o <i>vibhaktr</i>, e a substituição de <i>bhakta</i>
pelo Védico <i>vibhaktr</i> não introduz nova concepção. <i>Bhakti</i>
implica devoção porque todo doar pressupõe amor : não segue que
<i>bhakti</i> deva ser traduzido por ‘amor’. É verdade que
<i>bhakti-marga</i> é também <i>prema marga</i>, o passivo ‘Caminho
do Amor’, distinto de <i>jñana marga</i>, o ativo ‘Caminho da
Gnosis’ ; ( … ) Devemos traduzir <i>bhakti marga</i> como
‘Caminho da Dedicação’ ou ‘Caminho da Devoção’ antes de
‘Caminho do Amor’. É verdade do mesmo modo que ‘participação’
implica ‘amor’, e ‘viceversa’, já que um amor que não
participa no amado não é de nenhum modo ‘amor’ mas antes
‘desejo’. Amor e participação são contudo logicamente
concepções diferenciadas, cada uma tendo sua própria parte na
definição do ato devoto ; e quando as duas expressões são
confundidas em uma tradução equívoca, não apenas estas nuances de
significado se perdem mas ao mesmo tempo a evidência da continuidade
do pensamento védico para o último fica escondida e um problema
irreal é evocado.” ( Coomaraswamy, pg. 289, Perceptions ) Ou seja
a devoção e a partilha, a parte partilhada, distribuída as
potências da alma pelo entendimento, qual Krishna ensinando Arjuna,
Narayana Nara. E estes dois caminhos ( vida ativa e vida
contemplativa )também são ensinados por Krishna – Bhisma parva pg
72 :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Esta
mesma reunião de criaturas, brotando de novo e de novo, dissolve no
advento da noite, e brota novamente, Ó filho de Pritha (Arjuna),
quando o dia vem, constrangida (pela força da ação, etc.). Há
contudo outra entidade, não manifesta e eterna, que está além
deste não manifesto e que não é destruída quando todas as
entidades são destruídas. Chamam-na de meta mais alta atingindo a
qual não se tem que retornar. Este é meu assento Supremo. Este Ser
Supremo, Ó filho de Pritha, Ele dentro de quem está todas as
entidades e por quem tudo isto é permeado, é para ser atingido por
reverência não direcionada para nenhum outro objeto. Te direi os
tempos, Ó touro da raça Bharata, nos quais os devotos partindo (
desta vida ) vão, nunca mais retornando ou retornando ( deva yana &
pithr yana ). O fogo, a luz, o dia, a quinzena luminosa (da lua), os
seis meses ( em que o Sol caminha para ) o solstício norte, partindo
daí, as pessoas conhecendo Brahma vão através deste caminho para
Brahma. Fumaça, noite, também a quinzena escura (da lua) (e) os
seis meses ( em que o Sol caminha ) para o solstício norte,
(partindo) através deste caminho, o devoto atingindo a luz lunar,
retorna. O brilhante e a escuridão, estes dois caminhos, são
considerados eternos ( dois caminhos ) do universo. Por um, (se) vai
nunca retornando ; pelo outro, se (indo)
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
volta. Sabendo
destes dois caminhos, Ó filho de Pritha, nenhum devoto é iludido.
Portanto, em todo tempo,esteja dotado de devoção.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O tempo aqui pode
ser unido ao espaço
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“ Se
o morto não segue a rota dos deuses, ele segue então a via dos
Pais. Os Pais são só
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
mortos, mas os
mortos permanecidos mortos ; eles não rejeitaram o mal ( Sat.
2,1,3,4 ). O lugar deles é misterioso ; “eles vivem no terceiro
mundo a partir daqui”. Eles são incorporais ; estes são os
espíritos. Situado entre os deuses e os homens, eles correspondem
logicamente, no sistema de equivalências dos Brahmanas, seja às
estações( Sat. 2,6,1,32 ) que é o degrau intermediário entre o
ano, símbolo do tempo e da vida divina, e o dia, símbolo da
existência efêmera e da vida humana ; seja as regiões do ar
situadas entre a terra dos homens e o céu dos deuses.” ( pg 98,
Levi, S. ) Os três mundos e os dois caminhos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O capítulo XV
da Vida de Pelópidas ainda fala da relação Pai-Filho na medida que
os espartanos são pais dos tebanos na arte da guerra e que no ter
que fazê-la em várias frentes acabam aprendendo esta arte da qual
os espartanos são especialistas : “Por isto é famoso que o
espartano Antalcidas disse a Agesilao na ocasião deste se retirar
ferido : ‘Veja que prêmio te dão os tebanos por havê-los
ensinado a lutar e guerrear contra sua vontade !’ E seu mestre não
era na verdade Agesilao mas os que oportunamente e com muita conta
lançavam aos tebanos como uns cachorros contra os inimigos para
acostumá-los e fazê-los gostar e ter prazer nas vitórias não
muito arriscadas ; do que Pelópidas levou a principal glória : pois
desde a primeira vez que o elegeram general, todos os anos lhe
conferiam o mando supremo ou bem como caudilho da corte sagrada ou
bem como beotarca, presidiu sempre os negócios até sua morte.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Esta
coorte sagrada é a coorte dos amadores e amados descrita no capítulo
XVIII, após a vitória de Tegiras descrita no capítulo XVI e XVII,
onde esta coorte sagrada liderada por Pelópidas vence os espartanos
:
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XVIII. “A
coorte sagrada se diz ter sido Gorgidas o primeiro que a formou com
trezentos homens escolhidos, aos quais a cidade dava residência e
refeição na cidadela [ Cadmeia ], pelo que se chamavam a si mesmo
coorte cívica ; pois ao que parece os daquele tempo davam também o
nome de cidade as fortalezas. Alguns são de opinião que este corpo
se compôs de amadores e amados, conservando-se em memória certo
chiste de Pamenes ; porque dizia que o Nestor de Homero não se fez
acreditar ser tático quando ordenou que os gregos formassem por
tribos e por curias,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
a sua curia se agregue cada curia
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e com sua tribo se una cada tribo,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
pois o quê devia
mandar era que o amante tomasse formação junto ao amado : porque os
riscos, os da mesma cúria ou tribo não fazem muita conta uns dos
outros, enquanto que a união estabelecida pelas relações de amor é
indissolúvel e indivisível ; pois, temendo a afronta, os amantes
pelos amados, e estes por aqueles, assim perseveram nos perigos uns
pelos outros. Não de deve ter isto por estranho, quando se teme mais
a afronta que pode vir dos amantes não presentes que a de quaisquer
outros testemunhos, como se viu com aquele que estando caído e para
receber o último golpe de seu adversário, lhe rogou que passasse a
espada pelo peito, para que se seu amado o visse morto não tivesse
motivo de envergonhar-se, crendo-o ferido por trás. Refere-se do
mesmo modo que sendo Iolao amado de Hércules, participou também de
seus trabalhos e o ajudou neles e diz Aristóteles que em seu tempo
ainda faziam sobre o sepulcro de Iolao suas promessas mútuas os
amados e os amadores. Era com razão pois que a coorte se chamasse
sagrada, quando Platão chama ao amante amigo divino. Diz-se também
que esta coorte permaneceu invicta até a batalha de Queronea ( ano
339 a.C. contra Filipe da Macedônia ), depois da qual, reconhecendo
Filipe os cadáveres parou no lugar onde haviam caído os trezentos
que frente a frente se haviam oposto na passagem estreita às armas
inimigas ; e encontrou-os amontoados entre si, o que lhe causou
estranheza e quando soube que aquela era a a coorte dos amadores e
dos amados, largou a chorar e exclamou : “Estavam em má hora os
que puderam pensar que entre semelhantes homens haja podido haver
algo repreensível.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
XIX. Finalmente, a
esta intimidade dos amantes não deu origem entre os tebanos, como
dizem os poetas, o desgraçado sucesso de Laio [ rapto e morte de
Crisipo filho de Pélops ], senão os legisladores, que, querendo
mitigar e suavizar desde a juventude o que havia em seu caráter de
altivo e indócil, em toda ocupação e jogo quiseram que interviesse
a flauta, conciliando (compondo) a música honra e consideração ; e
nestes jogos procuraram manter este amor tão proveitoso para
temperar com ele os costumes dos jovens. Por isto mesmo que
concederam direito de cidadania àquela deusa que se finge nascida
de Ares e Afrodite [ Harmonia ], para que o pendencioso e belicoso se
unisse com o que participa mais especialmente da persuasão e das
graças e resultasse um governo que fosse o mais solícito e mais
ordenado, compondo, ajustando, tudo a harmonia. Esta coorte sagrada
Górgidas a repartiu na primeira fila e a distribuiu por toda a
falange entre a infantaria com o que obscureceu a virtude daqueles
varões e não empregou sua força para que obrasse em comum, pois
que estava como dissolvida e confundida com os que eram inferiores ;
mas Pelópidas, logo que restabeleceu a virtude destes em Tegira,
havendo-os visto combater denodadamente ao seu lado já não a
dividiu ou dispersou, senão que empregando o corpo reunido a pôs na
frente nos combates mais arriscados. Pois assim como os cavalos
correm com maior velocidade em carruagens que sozinhos, não porque
em maior número rompam mais facilmente o ar, senão porque aviva seu
alento a reunião e a incumbência de uns com os outros, acreditava
que da mesma maneira os homens valorosos, tomando entre si emulação
para as ações brilhantes , se faziam mais úteis e mais ardentes
para o que tinham que fazer em comum.”</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Colocamos
em paralelo esta doutrina do amor / harmonia e a homônima definida
antes por Coomaraswamy, a tradicional doutrina ensinada por Krishna
da devoção, partilhamento. No Shiva Purana citado acima temos nos
versos 44-47 as Saktis de Parvati / Uma, criadas para defender seu
gana, Ganesha, duas Saktis : Bhairavi / Kali / Candi de um lado com
uma boca enorme qual caverna e outra como uma coluna de luz chamada
Durga : dois lados que parecem ser os dois caminhos <i>bhakti marga</i>
e <i>jñana marga</i>, vida ativa e vida contemplativa, Marta e Maria
sendo Lázaro então o morto e ressuscitado. Há a imagem
correspondente desta quinta vez em que disputam nas portas de Shiva /
Parvati na Vida de Pelópidas no capítulo XVI, que citamos :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Pouco mais abaixo destes lagos há um templo de Apolo Tegireo e um
oráculo abandonado perto dele, porém que esteve em grande crédito
até a guerra dos medos [ persas ], sendo Equecrates o que dava as
respostas. A fábula refere que ali foi onde o deus [Apolo] nasceu ;
o monte está ali perto se chama Delos e junto a ele terminam as
divisões do rio Melas . Atrás do templo nascem duas fontes de
águas admiráveis por sua abundância, sua doçura e seu frio, das
quais a uma se chama <i>Palmeira</i> e a outra <i>Oliveira</i> até o
dia de hoje, deduzindo-se que a deusa teve seu parto, não entre duas
árvores mas entre dois riachos. Também está próximo o Ptoon, onde
se diz que se assustou por ter aparecido de repente o bode ; e pelo
que fez a serpente Pitón e a Tício, também os lugares concorrem a
testemunhar o nascimento do deus, mas deixamos já de lado todos os
demais indícios, porquanto as conexões da região não colocam a
este deus entre os heróis que de mortais por mudança houvessem
passado a ser imortais, como Heracles e Dionisos, que com este tipo
de mudança perderam por sua virtude o moral e passivo, mas é um dos
sempre eternos e não nascidos ; se é que vamos fazer algum juízo
sobre estas coisas que fizeram referência os mais sensatos e mais
antigos.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A imagem
das duas Saktis de Parvati com Ganesha no meio se repete como as duas
árvores / fontes que protegem Apolo, a Terra mesma suportando,
amparando o não nascido. Elas são os dois
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
lados do exército,
a coorte sagrada dos 300 de um lado e o resto do exército do outro,
a devoção e o entendimento. A imagem de Apolo não nascido, eterno,
seria então equivalente à de Vishnu, Krishna, não nascido também,
eterno, que aparece na canção do Partilhador, Bhagavat gita,
ensinamento da partilha mesma, distribuição, feita pela devoção
da mente & sentidos a, pela, inteligência do entendimento, ou
determinação do entendimento que explica porque Epaminondas é
chamado por Agesilao de ‘homem determinado’. Na descrição de
Apolo há até o susto do não- nascido que está em paralelo com o
aspecto horrível aterrorizante e assustador das Saktis.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Nesta
mesma passagem do Shiva purana se fala do famoso episódio do
batimento do mar de leite em que os opostos se encontram, deuses &
titãs, suras & asuras, anjos & demônios, com um propósito
comum de conseguir a ambrosia deste batimento ; como no ‘uroboros’
a serpente que morde a própria cauda, sendo a serpente a mesma que
segura o mar no episódio e que aparece também circundando Àrvore
da vida, da ciência do bem / mal no Pardes de Adam/Eva, e no lugar
da cidade de Tebas mesma guardando a riqueza do local igual dragão
que morto tem seus dentes semeados ; aparece igualmente ao redor da
cintura de Ganesha segurando todos os bolinhos sagrados que ele
engoliu e que deixou cair de noite : pegou ela , a serpente, que
estava pasasndo e amarrou na cintura : ‘quem quer ser o primeiro
seja o último e o servo de todos’ ; ‘se alguém quiser vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois aquele que
quiser salvar sua alma irá perdê-la mas quem perder sua alma por
causa de mim vai encontrá-la.’ ( Mt 16, 24s) ; ‘eis que deixamos
tudo e te seguimos’, etc : IHS é o fruto, a riqueza, o tesouro, e
a disputa acontece entre a Alma e o Corpo dos sentidos. Nesta batalha
de Tegira os tebanos fugindo e ao mesmo tempo perseguindo os
espartanos de repente nas montanhas dão de cara com eles ( cap.
XVII ) : “Apenas os viram os que começaram a passar as gargantas
das montanhas, quando um correndo em direção a Pelópidas lhe disse
: “Demos de cara com os inimigos” ; e ele respondendo : “Pois
porque não eles de cara conosco ?”, mandou que a cavalaria
passasse da retaguarda como adiantando-se para atacar e formou bem
apinhados os infantes que eram poucos com a esperança de romper
melhor quando acometessem o inimigo, que lhes excediam em número.”
Krishna ( pg. 90 ) fala das pessoas ruins que são demoníacas
opostas as pessoas celestes adeptas da devoção.
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<br />
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Este
batimento de mar de leite pode se comparado ao comércio em barcos
que batendo o mar produz espuma qual, igual, espuma do leite batido :
macrocosmo. Mas pode ser também IHS no deserto, espicaçado pelos
demônios e protegido pelos anjos, a famosa, bem difundida,
universal, imagem da duas tendências discutindo, brigando,
disputando, dentro da mesma pessoa : microcosmo. O batimento então
reproduz a imagem desta disputa originária, primordial, pelos bens
celestes, disputa entre dois lados, duas tendências uma ascendente e
outra descendente, céu e terra, yang e yin. “ Se a philosophia
perene utiliza as imagens da espiral, como é o caso para os
turbilhões de águas inesgotáveis, as possibilidades do ser
atualizadas pelo sopro da aurora da criação e a luz do Sol levante,
pode-se bem afirmar que as espirais e os meandros por todo lado em
que eles aparecem na arte primitiva -isto é na arte ‘ideológica’
de um tempo em que o ser humano pensava em termos mais abstratos que
aqueles nos quais nós estamos acostumados em nossos dias - são os
signos e símbolos destas águas. As noções de infinidade, de
eternidade, de recorrência, estão implicadas não somente no famoso
símbolo da serpente que morde a própria cauda, neste sentido
‘infinito’ , mas também em todos aqueles antigos motivos
representando as formas de dragões e de serpentes entrelaçados nos
quais começo e fim estão confundidos...” ( Anges et Titans , A.
Coomaraswamy in ‘La doctrine du sacrifice’ pg. 73 ). “… a
serpente do batimento do mar de leite com os devas / asuras ao redor
do Meru / Mandara, bem e mal, na árvore da vida da ciência…
figura o encadeamento do ser na série indefinida dos ciclos de
manifestação ( nota : é o samsara buddhista, a rotação
indefinida da ‘roda da vida’ da qual o ser deve se ‘libertar’
para atingir o Nirvana. A fixação, amarração, ligação à
multiplicidade é também, em um sentido, a ‘tentação’ bíblica,
que separa o ser da unidade central original e o impede de atingir o
fruto d’árvore da vida ; e é por isto, em efeito, que o ser é
submetido a alternância das mutações cíclicas, quer dizer ao
nascimento e morte ). Este aspecto corresponde notadamente ao papel
da serpente ( ou do dragão que é portanto um equivalente ) como o
guardião de certos símbolos de imortalidade ao qual impede que se
aproxime : Hespérides, Cólquida ( Jasão ), Tebas ( Cadmo).”.
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<br />
</div>
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Após o quê
vem a mais famosa batalha, a de Leuctras em que os espartanos vindo
com todas as forças para exterminar a raça dos tebanos ( é dito
deste modo já que Cadmo é irmão de Fênix que dá nome a Fenícia
de então e de Europa idem mas eles vem do oriente médio : Thebah é
a arca da Aliança daí Dionisos, Iaco, Jacó ; cf o próprio
Plutarco em seu livro IV dos livros morais : o livro IV comparando
Dionisos e os rituais semíticos acaba por ser rasgado, sumido,
retirado do texto original, arrancado, para que a comparação não
se seguisse – um escândalo historiográfico diga-se de passagem
como vimos antes a retirada do texto do Evangelho de s. João que a
Paraphrase de Nonnos de Panopolis conservou : um escândalo ) acabam
derrotados por Pelópidas e Epaminondas no que vem a chamar-se
‘castigo léuctrico’ : neste lugar, Leuctras, espartanos
violentaram três irmãs que depois foram lá sepultadas e o pai
delas morre em seguida amaldiçoando-os pelo que fizeram : a história
é a mesma do Mahabharata em que três irmãs Amva (ou Amba), Amvika
(ou Ambika) e Amvalika (ou Ambalika) são raptadas e violentadas por
Bhisma valendo-se de antiga lei de centauros que levam, raptam,
pegam, mulheres a vontade e que por isto é amaldiçoado por elas
sendo que uma delas acaba, em novo nascimento como homem, por matá-lo
na guerra. Pelópidas sonha com o acontecimento e no sonho,
Esquedaso, o pai das meninas, pede que ofereça uma virgem rúbia,
vermelha, ‘se queria alcançar a vitória sobre os inimigos’ (
cap. XX e XXI ) . Pelópidas escandaliza-se pois não vai matar
ninguém em sacrifício e Plutarco lembra Agaménon & Efigênia,
Heracles & Macaria, e outros sendo um escândalo semelhante ao de
Abraão & Isaac, uma tentação que resolve-se com a providência
divina que provê a vítima livremente. O tema, assunto, finalidade,
da biografia parece indicar esta relação Pai-Filho e o sacrifício.
O fato concreto contudo é que concomitantemente os espartanos na
pessoa de Agesilao tentam também oferecer seu sacrifício com o
mesmo sonho sendo também sonhado por Agesilao pedindo a mesma coisa
no mesmo lugar que Agamenón, Aulide, onde estavam os espartanos mas
não dá certo a vítima foge ( a vítima sempre foge de modo que ela
tem que ser livre ) e os espartanos precisaram retornar d’Ásia. Os
tebanos levam o sacrifício e o realizam.
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<br />
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XXII. “Estando os
principais nesta conferência e Pelópidas sumamente duvidoso, de
repente uma égua novinha se escapou da manada correndo por entre as
armas e chegando onde aqueles estavam parou. A todos deu para
observar a cor da crina resplandescente como o fogo, sua ufania e a
suavidade e a tranquilidade de seu relincho ; porém o agoureiro
Teócrito, tendo refletido um pouco, dirigiu a voz a Pelópidas, e
exclamou : “ A vítima, ó felizardo, veio (livremente) para as
tuas mãos : não esperemos mais outra virgem ; serve-te daquela que
o deus te há apresentado.” Pegaram então a égua, a levaram à
sepultura das donzelas, onde fazendo orações ferventes e humildes e
pondo guirlandas a degolaram alegres e fizeram correr pelo exército
a voz do sonho de Pelópidas e do sacrifício.”</div>
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<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A imagem é a
imagem do Asvamedha, o sacrifício do cavalo que é solto e fica
livre durante um ano e onde ele parar ( por isto é importante quando
Plutarco fala que a égua parou diante de Pelópidas e importante
igual o fato de estar livre, voluntariamente se apresentando porque é
desta liberdade que vem a alegria que aparece em seguida ) é o lugar
do governante e aí quem protege o cavalo briga com quem está
naquele lugar e deixa o cavalo solto de novo conforme acontece no
Aswamedha parva do Mahabharata com Arjuna protegendo o cavalo sagrado
e inclusive morrendo e ressuscitando no processo junto com o filho
que lhe mata e morre ressuscitando junto . É um sacrifício de
ressurreição conforme acontece com os personagens que analisamos.
Nos Jatakas vemos mais de uma vez este cavalo ritual ser solto e ele
parando junto do Bodhisatva, se faz dele, com o suporte do Povo, o
rei do local. Cavalo ritual da soberania. Que anda livre e vai livre
para o sacrifício porque está indo por este caminho sem retorno, se
libertando, mukti, moksha, nirvana, dos laços corporais. Plutarco é
o único testemunho do asvamedha em Roma relato em suas Questões
romanas: não fora o sacerdote de Delphos nada saberíamos. É o
famoso cavalo de outubro em que os romanos dividiam o cavalo sagrado
em três ( cabeça, tronco e cauda ) e cada grupo corria com uma
parte. Vale o relato :</div>
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<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Por que no dia 13 de dezembro que se chama em latim Idus Decembres
se faz um jogo de pegar, de corrida de carros e o cavalo atrelado do
lado direito que se tornou vitorioso, é imolado à Marte, lá vem
alguém por trás que lhe corta a cauda, a qual leva ao templo que se
chama Regia e ensanguenta o altar ; e para ter a cabeça, há uma
tropa de pessoas que vem da rua sagrada e uma outra daquela que se
chama Saburra ( Sub-urbe ), em que combatem uns contra os outros para
saber quem a terá ? É por está razão que alguns alegam que eles
tem opinião de que a cidade de Troia foi tomada por um cavalo de
madeira e por isto punem o cavalo em memória disto ?
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Como se fossem descendentes de Troianos,</div>
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E de Latinos juntos con-fundidos.
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ou porque o
cavalo é um animal corajoso, marcial é belicoso e se sacrifica
ordinariamente aos Deuses as vítimas que lhes são mais agradáveis
e melhores escolhidas e lhes sacrifica alguém aquilo que ganhou
prêmio porque a vitória e a força lhes são próprias ou antes
porque a obra deste Deus é fechada é estável e são vitoriosos
aqueles que permanecem em seus ranks contra aqueles que não
permanecem mas fogem ; é porque pune-se o animal que corre rápido,
como o veículo solto, largado, para convertendo-os dar-lhes a
entender, não há esperança de salvação àqueles que fogem.” (
Plutarco, Questões Romanas, XCVII, pg 238, vol 2. )
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<br />
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O cavalo é a imagem
dos três mundos :
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<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“E fez de
si mesmo uma Trindade (<i>tridha</i>) : um terço Fogo (<i>agni</i>),
um terço Sol Superno (<i>aditya</i>), um terço Vento (<i>vayu</i>).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ele é
verdadeiramente, o Espírito (<i>prana</i>), determinado (<i>vihita</i>)
numa Trindade : <i>dos Três Mundos, na semelhança de um cavalo</i>.
Sua cabeça o ar leste (<i>praci</i>), suas pernas da frente este ar
dos dois lados. Do mesmo modo sua cauda o ar oeste (<i>pratici</i>),
suas pernas de trás o ar dos dois lados. Seus flancos o sul e o
norte. Suas costas os céus (<i>dyu</i>), sua barriga firmamento
(antariksha), sua parte de baixo este chão. Ele está estabelecido
(<i>pratistha</i>) nas Águas. Aquele que sabe isto está
estabelecido onde quer que possa estar.” ( Brhadaranyaka Upanishad
I, 2, 3 e Satapatha Bramana X, 6, 5 ).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“ A aurora é
considerada o melhor período para meditar e é por isto chamada de
cabeça do cavalo., sendo a parte mais importante do corpo. O Sol vem
depois da aurora ; portanto é considerado os olhos do cavalo, que é
visto após a cabeça ser vista. Vento é o sopro vital ; fogo é a
boca aberta do cavalo , pois fogo é a deidade que preside a boca. O
ano, i.e. tempo e estações, são o corpo ; céu é suas costas ;
espaço, o estômago ; terra, o lugar de descanso ; os quartos e seus
pontos médios são respectivamente lados e ossos do cavalo ; os
meses são suas juntas ; dias e noites são seus pés ; segundo
testemunhas as estrelas é dito ser seus ossos ; nuvens são a carne
que verte a chuva de sangue contida nela ; areias são alimento meio
digeridos ; rios são as veias que fluem para o anus ; montanhas são
seus fígado e baço ; plantas e arbustos, o pelo do seu corpo, o Sol
ascendente e descendente, suas duas partes do umbigo até a cabeça e
para seus quadris ; o brilho da relâmpago é seu bocejo e o esticar
de seus membros de modo a relaxar ; o trovão de nuvens é o
chacoalhar de seu corpo ; e fala é seu relincho.” ( Brhadaranyaka
Upanishad I, 1,3)
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Então no
final do ‘ano’, cósmico ou terrestre qual seja o caso, o cavalo
sacrificado, seus sopros vitais retornando para aquele de quem é a
imagem, não enquanto ele é em hipóstase (<i>dvitya atman</i>), mas
na Unidade, lá ‘o Filho se perde na unidade da essência’,
Eckhart, I, 275. Justo como todas as ‘almas’ ( <i>bhutani</i>)
retornam para dentro da Sua natureza universal no fim dos tempos,
Bhagavad Gita, IX, 8, do mesmo modo a ‘alma’ do cavalo retorna
para sua fonte quando ritualmente morto : isto é feito com uma fim /
finalidade em vista, esta vida possa ser renovada, justo como no
princípio do tempo, de qualquer tempo, no brotar do ‘ano’, todas
as ‘almas’ derramam-se novamente de sua latência nele, ibidem.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O Aswamedha
cósmico é a Paixão voluntária da deidade encarnada, gerado
Segunda Pessoa (<i>dvity atman</i>), este sacrifício a mais sendo
uma negação da vontade de viver, como o primeiro era
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
sua afirmação. Mas
esta Paixão e morte formalmente empreendida não são sem um fim em
vista, este também um trabalho desejado, <i>kamya karma</i>, e
enquanto tal tem suas consequências em uma renovada manifestação
de vida, em outro Tempo, quando outro Sol, outro Cavalo, será
derramado (<i>visrsti</i>). O Aswamedha terrestre é uma solene
promulgação daquela Paixão, para o fim análogo de que a vida deve
ser renovada, tornada viável, aumentada e continuada aqui e
agora,’Pergunto à semente do cavalo.’ Aquele que entende o rito
concordemente, com olho nos seus frutos, ganha plenitude de vida na
terra ( cem anos, em analogia a Seus ‘cem anos’), riqueza,
descendência, gado, o que desejar aqui, e com isto ainda o mundo dos
patriarcas, após a morte : esta não é a emancipação final, pois
a recompensa natural de trabalhos interesseiros é inevitável, ele
deve retornar novamente para um nascimento renovado, <i>punar
apadara</i>, e outras mortes, <i>punar mrtyu</i>. Somente aquele que
sabe, que entende, que descobre e assim realiza o rito
intelectualmente, que conhece Si mesmo evidentemente que o cavalo é
transubstancialmente Prajapati, o Ano, o Filho, ganha ou agora ou em
devido curso, de acordo com a perfeição de sua realização,
retorno para o Intelecto, para Brahma, e é assim liber(t)ado, ele
apenas preserva mortalidade, sendo um com a Morte, dentro e da
Suprema Identidade, Um Anjo.” ( A. Coomarswamy, Perceptions, pg.
64s ) “Ele quis, ‘Possa este meu corpo ser
renovado ( <i>medhya </i>), possa eu ser Personalizado novamente
(<i>atmanvi</i>). Com isto lá-tornou-se-novamente ( <i>samabhavat</i>
) um cavalo ( <i>aśva</i> ). ‘Aquele cavalo (<i>aśva</i>)
foi-feito-inteiro ( <i>medhyamabhud</i> ), ele pensou ( <i>iti</i> ).
Esta é verdadeiramente a natureza-inteira-cavalo ( <i>aśvamedhatva</i>)
do sacrifício-do-cavalo ( <i>aśvamedha </i>). Sabe realmente o
aśvamedha, quem sabe isto assim. … O sacrifício-que-é-o-cavalo (
<i>aśvamedha</i> ) é verdadeiramente ele que intensifica (<i>tapat</i><i>i</i>)
: ele-Mesmo é o Ano, Prajapati. Este fogo sacrifical é o Brilho
(<i>arka</i>) : os Três Mundos (<i>lokah</i>) são suas Hipóstases
(<i>atmanah</i>).” ( Brhadaranyaka Upanishad I, 1, 7)
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Agora tendo
encarnado neste corpo na forma de cavalo Cósmico ou Árvore do
Mundo, a deidade encarnada salvará da mortalidade incorrida aquele
corpo que é a soma de todas as existências. Ele sofre portanto uma
Paixão, isto é, intenção e morte, que é o ‘mais um
sacrifício’; como enfatizado no verso conclusivo, ‘ele sacrifica
a sim mesmo para si mesmo’ e Rigveda X, 90,15, onde os ‘Anjos’
( Pessoas da Trindade), agem como padres sacrificais, ‘sacrificando
com o sacrifício até o Sacrifício’. Este conceito de
auto-sacrifício e paixão voluntária, empreendida ou sofrida até
o fim para que a vida possa ser feita mais abundante recorre por todo
os Vedas e nas tradições de muitos povos. Aqui precisamos aludir
somente ao paralelo Cristão, a Crucifixão na Árvore da Vida : pois
a Cruz, o Crucifixo, é uma ‘árvore’, a Árvore da Vida, seu
tronco o eixo-árvore do ser, seus braços ou galhos toda a extensão
em todo plano de existência, ‘o dom de Deus é a existência
positiva de todas as criaturas na Pessoa de seu Filho’, Eckhart, I,
427.” ( Coomaraswamy, Perceptions, pg. 60 )
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Shiva
purana XV, 55-58 que reproduzimos acima, assim como o batimento do
mar de leite, mostrando a convulsão dos três mundos com a descida
de todas as ninfas pode ser o equivalente deste sacrifício da
asvamedha já que antecede a morte e ressurreição do próprio
Ganesha e termo equivalente das ninfas celestes a virgem vermelha, a
potra vermelha, que livre oferece-se a si-mesma voluntariamente,
<b>atmayajña</b>, o sacrifício de si mesma. O sacrifício interior
é o caminho dos deuses, deva yana e o exterior o pitr yana caminho
dos antepassados.
</div>
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<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Depois de
sua ‘morte e ressurreição’ Pelópidas é enviado como
embaixador à corte do grande rei d’Ásia. “Já desde o
princípio, ao passar pelas províncias do rei foi muito considerado
e fez muito barulho pois não propagou-se tibiamente ou como rumor
vago pela Asia a fama dos encontros sustentados contra os
lacedemônios mas apenas se divulgou a voz da batalha de Leuctras
aumentada e impelida cada dia com um novo triunfo se estendeu até os
países mais remotos. Assim quando chegou ao palácio apenas lhe
viram os sátrapas , os da guarda e os generais, começaram com
admiração a dizer : “Este é aquele que derrubou o império da
terra e do mar de que estavam apoderados os lacedemônios ele o que
conteve entre o Taigeto e o Eurotas aquela Esparta que pouco antes
havia feito a guerra ao grande rei e aos persas, levando-a até Susa
e Ecbátana por meio de Agesilao”. Para Artaxerxes foi de grande
prazer estes sucessos. Assim mostrou admirar Pelópidas ...” (
cap. XXX Vida de Pelópidas, Plutarco) – esta passagem está em
paralelo com a da conflagração universal no Shiva purana – a
batalha de Leuctras teve repercussão mundial, foi mundial em suas
características no asvamedha e na vingança leúctrica : oriente e
ocidente juntos desde sempre.
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<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Com os sucessos
na guerra Epaminondas e Pelópidas acabam por serem levados a
tribunal para julgar seu não retorno, demora, mantendo seis meses os
exércitos fora de Tebas quando a lei prescrevia que voltassem ao
final do ano. Um invejoso chamado Meneclidas por ocasião desta
questão quis elevar Carón em lugar de Pelópidas em honra e glória
e neste momento Pelópidas fala : “ … entre os tebanos não é
admitido que a honra se atribua privadamente a um homem apenas, mas
que o homem e a vitória quedem integralmente para pátria.” -
vê-se aqui a imagem de líder do Ganas, Ganesha enquanto chefe de
muitos e um diante deles todos, não diferenciado mas parte de um
todo. A questão mesma da partilha é o cerne do texto.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Neste momento
chegamos na parte final em que Ganesha / Pelópidas é assassinado e
ressuscita : Shiva purana XVII – XIX // ( paralelo ) // Vida de
Pelópidas XXVI- XXIX. Presença de Vishnu e sua maia (maya,
criação, ilusão) própria, para enganar com uma ilusão Ganesha,
parece corresponder à retirada da roupa de militar por Pelópidas e
a subsequente vestimenta de roupas civis atuando como pacificador dos
Macedônios tendo levado para educar Filipe da Macedônia pai de
Alexandre Magno nestes trajes civis para Tebas. O tirano Alexandre de
Feres acaba prendendo-o nestes trajes, sem exército próprio mas
apenas com estipendiários, a ilusão que o faz ser preso sem estar
portando armas. Vai para o calabouço do tirano e lá é maltratado
mas a esposa do tirano, que coincidentemente se chama Tebas, chora
por ele, vendo seu infortúnio e juntos planejam a vingança ao
tirano – a terra mesma está do seu lado .
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“ ... porém
Pelópidas exortava os tessalianos que lamentavam a sorte dele a que
não perdessem a confiança ; pois então era mais certo que o tirano
teria o merecido e a este mesmo mandava dizer era coisa muito
estranha que continuamente estivessem dando tormentos e morte a
miseráveis cidadãos que em nada lhe ofendiam e que a ele lhe
deixasse, quando devia saber que haveria de ser ele o primeiro a
castigar-lhe, se tinha meios para fugir ; maravilhado de semelhante
inteireza e impavidez : Por quê – exclamou – se empenha
Pelópidas em apressar sua morte ?” E tendo entendido, respondeu :
“Para que tu pereças mais rapidamente e mais na ira dos deuses.”
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A morte enquanto
auto sacrifício : atmayajña, sacrifício dentro de si mesmo.
Epaminondas não sem esforço acaba por resgatá-lo da morte e
Pelópidas renasce e vai para o Oriente em embaixada visitar o grande
rei Artaxerxes, junto com outros, e suas proezas são conhecidas e
cantadas como dissemos. Depois ele volta a atacar Alexandre de Feres
e matando-o acaba morrendo também.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
No capítulo XXXI
da Vida de Pelópidas vemos a independência de todas as cidades
estados gregas : todos os laços de tirania rompidos.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Dentro do canto
do Partilhador, de Krishna, Govinda, Hari, Madhava, etc, o tema dos
três mundos aparece com a teoria dos três gunas, as três
tendências em que todos os corpos estão submetidos e que acabam por
constituir todas as coisas como a organização social com a classe
de tendência ascendente sattva sendo a brahmane, a de tendência no
mundo, na realidade, na Paixão, rajas, os kshatrias, e a tendência
descendente, os vaysas e sudras. Mesmas tendências dentro do
organismo humano e vemos no ‘Da Alma’ de Aristóteles o mesmo
arranjo de três, alma racional, alma sensitiva, alma vegetativa e
como vimos, dentro dos próprios dois caminhos : o 3 dentro do 2. É
a tese de Georges Dumézil que via esta trindade hindu em todas as
histórias, exageradamente mas não à toa, há uma razão para isto
pois esta imagem é a mesma do Gênesis de Moisés dos dias da
criação : a luz, o espaço intermediário, e a semente na terra
seca : Sol, Vento, Fogo. É a Trindade em Pessoa ou Pessoas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Cabe um
esclarecimento aqui. Crisipo o filho de Pélops que é levado por
Laio e some ocasionando a sphinx e seu enigma , o quê significam ?
O texto mítico segue assim :</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Hera
recentemente enviou a esfinge/sphinx para punir Thebas pelo rapto por
Laio do garoto Crisipo de Pisa ( junta de Olímpia ) e parando no
monte Phicium próximo à cidade, ela agora perguntava todo Tebano
passante um enigma ensinado por ela pelas Três Musas : Que ser com
apenas uma voz tem algumas vezes dois pés, algumas vez três ,
algumas vezes quatro e é mais fraco quando as tem mais ?’ Aqueles
que não podiam resolver o enigma era pisava e devorava no lugar,
entre cujos infortunados estava o sobrinho de Jocasta, Haemon
(sangue), a quem a Sphinx fez <i>haimon</i>, ou ‘sangrar’,
realmente. Édipo se aproximando de Thebas recentemente após a
morte de Laio, adivinhou a resposta. ‘Ser humano’, ele
respondeu,’porque rasteja nas quatro quando criança, em dois pés
firmes quando jovem e dobra-se sobre uma bengala em sua velhice’. A
mortificada Sphinx saltou do monte Phicium e arrebentou-se em pedaços
no vale abaixo. Com isto os Thebanos agradecidos aclamaram Édipo rei
e o casaram com Jocasta, desconhecendo que era a mãe dele.”
(Graves, pg. 10).
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Agora
vejamos a doutrina dos yugas, idades do mundo, a grega, idade de
ouro, idade de prata, bronze e ferro, comum na antiguidade
(atualmente revertida pelo positivismo evolucionista materialista
míope que considera que estamos melhor que antes em sua cegueira)
mas que na Índia é de significado amplo : a resposta de Édipo são
os yugas , as diferentes idades não do homem mas da humanidade ;
vejamos Kurma purana 29,13:
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“No
primeiro Krtayuga, Dharma é glorificado tendo todos os quatro pés.
No Treta yuga ele se torna com três pés enquanto é de dois pés no
Dvapara. No Tisya ( idade de Kali ) ele fica sem três pés;
meramente existe.” Segue descrição das idades e sua decadência
gradual. Que também pode ser vista em Mahabharata, Vana parva, pg
305, declarada pelo grande Hanuman : vivíamos vida espiritual, no
princípio meditávamos e fomos gradualmente nos materializando de
espirituais que éramos. Ou em Bhagavat Purana pg 2138.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A herança de
Crisipo não podia ser pequena. 1 + 2+ 3+ 4 = 10 a tetrákis
pitagórica aplicada ao tempo, a quadratura do círculo ; cf. Guenón,
Formas tradicionais, pg 19 em que se expõe esta doutrina dos ciclos
cósmicos e das qualidades do tempo pois o tempo não é uniforme, o
mesmo sempre, quantitativo apenas como a ciência moderna acredita,
mas diferencia-se e tem qualidades.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Bibliografia :
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
René Guénon,
Formas Tradicionais e ciclos cósmicos, Ediciones Obelisco,
Barcelona, 1984.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Kurma Purana (
ed. dr. G.V. Tagare ) MMPublishers, Delhi, 2005.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Plutarco,
Vida de Pelópidas in Biografos Griegos,( trad. A. S. Romanillos, J.
Ortiz y Sanz y J. M. Riaño ) Aguillar, Madrid, !973 ( ‘Tolle lege’
– a voz que s.Agostinho escutou quando diante da bíblia de
Jerusalém e que o levou a sua conversão – ele já tinha lido tudo
então. A editora Aguillar coloca estas palavras junto da marca da
editora ).</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
–-----------
, Obras Morais, trad. Amyot, séc XVII.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Shiva Purana,
volume 2, Motilal Barnasidass Publishers, Delhi, 2004.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mahabharata, 4
vols, trad. Kisari Mohan Ganguli, Munshiram Manoharlal Publishers,
New Delhi, 2004.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Robert Graves,
The Greek Myths, 2 volumes, Penguiin books, 1960, London</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
T. A. Gopinatha
Rao, Elements of Hindu Iconography, 2 volumes, Low Price
Publications, New Delhi, Índia, 1999 ( 1.a edição 1914 ).</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ananda
Coomaraswamy, La doctrine du sacrifice ( trad. Gérard Leconte ),
Éditions Dervy, Paris, 1997.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ananda
Coomaraswamy, Perceptions of the Vedas ( ed. por Vidya Nivas Misra ),
Manohar, 2000, New Delhi.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Upanishads
retold ( 2 volumes ), V. H. Date, M.M. Publishers, New Delhi, 1999.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br /><br />
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-16172248241861614112019-05-28T04:03:00.003-07:002019-05-28T04:03:45.743-07:00 Rio Amarelo <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YJ_poeFVbpg/XO0VbQQ_tAI/AAAAAAAAFfY/NxYVaETfmIg3wUgiEPWzwRIUucEHo64MACKgBGAs/s1600/DSC02207.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-YJ_poeFVbpg/XO0VbQQ_tAI/AAAAAAAAFfY/NxYVaETfmIg3wUgiEPWzwRIUucEHo64MACKgBGAs/s320/DSC02207.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Rio Amarelozehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-59808983637485752162019-02-01T02:40:00.001-08:002019-02-01T02:40:22.186-08:00505 Buddha príncipe Somanassa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-oVk5k9PGGDw/U1q-8MTK_tI/AAAAAAAAAWY/QZMX0QQupSU4uosIby6cAbdapLIT49qoACPcBGAYYCw/s1600/ajanta%2Born22.BMP" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1330" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-oVk5k9PGGDw/U1q-8MTK_tI/AAAAAAAAAWY/QZMX0QQupSU4uosIby6cAbdapLIT49qoACPcBGAYYCw/s320/ajanta%2Born22.BMP" width="265" /></a></div>
<br />
pintura de Ajanta, Índia<br />
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">505
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
te machuca ...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto
residia em Jetavana, como Devadatra seguia querendo matá-lo. Então
o Mestre disse, “Esta não é a primeira vez Irmãos que Devadatra
busca matar-me mas ele fez a mesma coisa antes.” Então ele contou
uma história do passado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_______________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Certa
vez, no reino Kuru e na cidade de Utttara-pañcala, reinou um rei
cujo nome era Renu. Naquele tempo havia um asceta Maharakkhita que
habitava no Himalaia em companhia de quinhentos outros ascetas.
Enquanto visitava o país para pegar sal e temperos, chegou em
Uttara-pañcala e estabeleceu-se no parque real. Colhendo ofertas com
seu pessoal chegou na porta do rei e o rei vendo os sábios e
agraciado com os modos deles, convidou-os a sentar no magnífico
estrado e deu-lhes comida boa para comer. Ele então pediu que
permanecessem no parque durante a estação das chuvas. Acompanhou-os
até o parque e arranjou os lugares para morar, deu-lhes as coisas
necessárias para a vida religiosa e se despediu deles. Após isto
todos eles passaram a receber a refeição no palácio. Bem, o rei
era sem filhos e desejava filhos mas nenhum filho nascia para ele. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
a estação das chuvas tinha acabado, Maharakkhita disse, “Agora a
região do Himalaia está agradável ; retornemos para lá.’ Então
ele pediu licença ao rei que lhe mostrou todo respeito e bondade e
depois partiu. Durante a viagem, ao meio dia ele deixou a auto
estrada e com seu pessoal sentou na grama macia debaixo da sombra de
uma árvore. Os ascetas começaram a conversar. “Não há um
filho,” diziam, “no palácio para continuar a linhagem real.
Seria uma benção se o rei conseguisse um filho e continuasse a
sucessão.” Maharakkhita escutando a conversa deles, ponderou :
“Terá o rei um filho ou não ?” Ele percebeu que o rei teria um
filho e disse, “Não fiquem ansiosos senhores ; nesta noite,
aurora, um filho dos deuses descerá e será concebido pela rainha
esposado rei. Um asceta shamânico escutou isto e pensou - “Agora
me tornarei íntimo da casa real.” Quando chegou a hora dos ascetas
partirem, ele deitou e fez como se estivesse doente. “Venha,
vamos,” eles disseram. “Não posso,” ele disse. Maharakkhita
entendeu porque o homem ficava deitado. “Siga-nos quando você
puder,” ele disse e com o resto dos sábios seguiu par o Himalaia.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
o tratante correu de volta tão rápido quanto podia e permanecendo
na porta do palácio enviou mensagem dizendo que um dos ajudantes de
Maharakkhita tinha retornado. Ele foi chamado imediatamente pelo rei
e subindo para o terraço sentou em uma cadeira que lhe mostraram. O
rei saudou-o e sentando em um dos lados questionou sobre a saúde dos
sábios. “Você retornou muito cedo,” ele disse ; “qual a causa
do teu retorno tão rápido ?” “Ó rei poderoso,” ele
respondeu, “quando os sábios estavam todos sentados juntos, eles
começaram a falar como seria grande benção se o rei pudesse ter um
filho e continuar sua linhagem. Quando eu escutei isto, ponderei se o
rei teria um filho ou não ; e por visão divina contemplei um filho
poderoso dos deuses e vi que ele estava já pronto para descer e que
seria concebido pelo sua esposa rainha Sudhamma. Então pensei, se
eles não tomam conhecimento talvez destruam a vida concebida então
devo lhes comunicar ; e assim para te contar a novidade, Ó rei, que
vim. Agora que já falei deixe-me partir novamente.” “Não, não,
amigo,” cotejou o rei, “isto não deve acontecer” ; e altamente
deliciado ele levou o mentiroso para seu parque e designou para ele
um lugar para ficar. Daí em diante ele viveu na corte do rei e
pegava comida lá e seu nome era Dibbacakkhuta, o homem da Divina
Visão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Bodhisatva desceu do céu dos Trinta e Três e foi concebido lá ;
e quando nasceu lhe deram o nome de Somanassa Kumara, Príncipe
Delícia e foi criado como um príncipe. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
falso asceta em um canto do parque costumava plantar vegetais, ervas
e raízes e os vendendo no mercado de ervas & raízes ele juntou
muita riqueza. Quando o Bodhisatva tinha sete anos de idade, houve
uma rebelião na fronteira. O rei saiu para apaziguá-la, deixando o
asceta Dibbacakkhuka encarregado do príncipe, com ordens de não
negligenciá-lo. Um dia o príncipe saiu para ver o asceta. Ele o
encontrou com ambos os mantos amarelos, o de baixo e o de cima,
amarrados no alto, segurando um jarro d’água em cada mão e
aguando as plantas. “Este falso asceta,” ele pensou, “ao invés
de fazer os deveres ascéticos faz trabalho de jardineiro.” Então
perguntou - “O que estás fazendo jardineiro mundano ?” assim o
envergonhou e o deixou sem saudar. “Agora fiz deste sujeito um
inimigo,” pensou o homem. “Quem sabe o quê ele fará ? Devo dar
um fim nele de uma vez.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Próximo
do tempo em que o rei retornava, este sujeito derrubou seu banco de
pedra para um lado, fez em pedaços seu pote d’água, espalhou
grama por sua cabana, esfregou óleo em todo seu corpo, foi para a
cabana e ficou deitado no catre, enfaixou a cabeça e o resto
também,fazendo como se estivesse em grande sofrimento. O rei
retornou e fez a volta pela cidade no sentido horário. Mas antes de
entrar em sua própria casa foi visitar seu amigo Dibbacakkhuka. De
pé na porta da cabana, ele viu tudo em desordem e entrou cogitando
qual seria o problema. Lá estava o sujeito prostrado. O rei esfregou
os pés dele, repetindo a primeira estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
te machucou ou te desprezou ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê tu sofres amargamente</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Os
pais de quem agora devem se lamentar? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
está aqui prostrado no chão ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
isto o impostor levantou-se resmungando e disse a segunda estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
ti alegro-me em ver, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
Rei, apesar de ausente longamente ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Teu
filho, que veio até mim, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fez
este mal sem qualquer provocação minha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
ligação com os versos seguintes é clara : eles estão colocados
em devida sucessão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Alô,
Executores ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ajudantes,
tomem suas espadas e vão, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Batam
em Príncipe Somanassa até a morte, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tragam
aqui sua nobre cabeça ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
está o príncipe lamentando, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Suplicando
graça com as mãos juntas : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Poupem-me
por enquanto e levem-me </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vivo
para ver o Rei !’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Eles
escutaram seu pedido e para o Rei levaram, os ajudantes, o filho. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
viu de longe o pai e para ele disse : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Deixe
que teus homens peguem a espada e matem, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apenas
me escute antes, peço ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
grande monarca ! Diga-me isto - </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
que fiz de incorreto ?’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei respondeu, “Alto escalão cai bem baixo : teu erro é muito
grande,” e explicou nesta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Água
de manhã e à tarde ele carrega, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cuida
do fogo sem descanso. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
ousas chamar este santo homem </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mundano
? Responda se podes ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Meu
senhor,” disse o príncipe, “se chamo um mundano de mundano, que
erro foi cometido ?!” e repetiu uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
possui árvores e frutos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E,
meu senhor, todos os tipos de raízes,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cuida
deles com atenção ininterrupta : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
ele é mundano, declaro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
esta é a razão,” ele continuou, “porque chamo a ele mundano. Se
não acredita em mim, enquira no mercado de ervas & raízes nos
quatro portões.” O rei fez o inquérito. Eles disseram, “Sim,
compramos dele vegetais e todo tipo de frutos.” Quando descobriram
seu negócio de produtos verdes, ele contou tudo. O pessoal do
príncipe foi para a cabana do sujeito e descobriram um saco de
rúpias e pequenas moedas, o preço do alimento plantado, que
apresentaram para o rei. Então o rei soube que o Grande Ser era sem
culpa e disse uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Verdade
era que árvores e raízes </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
possuía, com muitas frutas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cuidando
com atenção incessante, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mundano,
como tu declaraste. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Grande Ser pensou, “Enquanto um tolo ignorante como este é da
corte do rei, a melhor coisa para fazer é ir para o Himalaia e
abraçar a vida religiosa. Primeiro proclamarei seu pecado diante da
assembleia aqui reunida e então ho-je mesmo irei e me tornarei
religioso.” Então com uma saudação à assembleia ele gritou, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escute
Povo enquanto falo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Povo
do campo e da cidade, todos : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pelo
conselho deste tolo, o Rei </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">pessoas
sem culpa para a morte levaria. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Isto
dito, ele pediu licença para partir na estrofe seguinte : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Você
uma árvore forte e espalhada, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sou
um broto, rebento, fixado em ti, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aqui
te implorando, curvando baixo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Licença
para largar o mundo e ir embora ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">As
estrofes seguintes dão a conversação entre o rei e seu filho. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Príncipe,
goze de sua própria riquezas</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
ascenda ao trono Kuru. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
deixe o mundo, trazendo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sofrimento
para ti mesmo – seja Rei ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
alegria este mundo pode dar ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
no céu costumava viver </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
onde olhares, sons e cheiros, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Gostos
e toques, o coração ama bem ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Alegrias
celestes e ninfas divinas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Renunciei
ao que antes era meu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
um Rei fraco como tu</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
vou ficar mais. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Se
sou fraco e tolo, meu filho, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Isto
que fiz antes perdoe-me. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
se faço o mesmo novamente </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Faça
o que queres, não reclamarei. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
Grande Ser então repetiu oito estrofes, aconselhando o rei. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
ato impensado ou feito sem discernimento </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
o fracasso de um remédio, o resultado deve ser ruim. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
ato pensado, em que persegue-se política cuidadosa,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
um remédio com sucesso, o resultado deve ser bom. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
laico laxo sensual detesto</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
falso asceta um tratante confesso ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
Rei ruim decide um caso sem inquérito ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cólera
em um sábio nunca justifica-se. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
príncipe guerreiro pensa cuidadosamente e dá julgamentos bem
pesados : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
Reis seus julgamentos bem ponderam, vive sua fama para sempre. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">(
esta estrofe encontra-se também nos jatakas 332 e 351 ) </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Reis
devem punir com medida cuidadosa : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Coisas
feitas apressadamente arrepende-se eventualmente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Existem
boas resoluções no coração, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sem
tardar arrependimento traz sua pontada amarga. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aqueles
que agem ações que não trazem arrependimento, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cuidadosamente
pesando cada coisa singular, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ganha
o que é bom e faz aquilo que satisfaz </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
são, ganha aprovação do sábio. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Alô,
executores !’ tu gritaste, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vão,
busquem meu filho e e matem-no onde encontrarem !’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Onde
eu estava do lado de minha mãe </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Eles
me encontraram, cruelmente me arrastando embora. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Uma
tenra nutriz, tratada deste jeito, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Senti
dolorosamente o tratamento cruel. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Liberto
de um destino cruel ho-je</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Deixarei
o mundo e não viverei mais nele. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o Grande Ser discursou assim, o rei disse para sua rainha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
meu jovem filho, Sudhamma, me diz não, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Príncipe
Somanassa, delicado e bom. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Agora
já que não consigo ganhar meu objetivo ho-je, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Você
deve ver se consegue mudar a mente dele. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
ela o incentivou a renunciar o mundo nesta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó,
seja a vida santa teu prazer, filho ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Renuncie
ao mundo, ao correto agarre-se : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
com todas as criaturas não é cruel com nenhuma, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sem
culpa para o mundo de Brahma irá por fim. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
repetiu a estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Isto
é uma maravilha que escuto de ti, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Empilhando
sofrimento com sofrimento em cima de mim. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Te
pedi para convencer nosso filho a ficar, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
tu o incentivou ainda mais a afastar-se depressa. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Novamente
a rainha repetiu uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Existem
aqueles que livres do pecado e do sofrimento, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sem
culpa e que atingem a altura do Nirvana : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Se
o príncipe for do nobre caminho deles </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Participante,
segurá-lo é vão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
resposta o rei recitou a última estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Certamente
é bom venerar o sábio, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
quem sabedoria profunda e pensamentos elevados surgem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">(
esta linhas ocorrem no Jataka 391 ) </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
rainha escutou as palavras deles e aprendeu seu ensinamento, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ela
não sente mais nem dor nem apego. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
Grande Ser então saudou seus pais, pedindo-os que o perdoassem se
estivesse errado e com reverente mesura à assembleia dirigiu seu
rosto para o Himalaia. Quando o Povo voltou, ele, com as deidades que
chegaram lá na forma humana, atravessaram as sete cadeias de
montanhas e chegaram no Himalaia. Em uma cabana de folhas feita pelo
arquiteto celeste Vishvakarma ele entrou na vida religiosa e lá ele
foi servido pelas deidades na forma de uma comitiva de príncipe até
seu décimo sexto ano. Mas o asceta mentiroso foi atacado pela
multidão que bateu nele até morrer. O Grande Ser cultivou as
Faculdades do Ênstase e tornou-se destinado a céu de Brahma. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_________________________</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Este
discurso terminado o Mestre disse, “Assim Irmãos, ele segue
querendo me matar em dias idos como agora,” e então identificou o
Jataka : ‘Naquele tempo Devadatraera o impostor, Mahamaya era a
mãe, Sariputra era Rakkhita e eu mesmo era Príncipe Somanassa.” </span></span>
</div>
<br /><br />
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@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-73649957368045459132019-01-24T03:58:00.003-08:002019-01-24T03:58:54.100-08:00 504 Buddha e as fadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-znjcPO5Us74/VZKzVr9h7dI/AAAAAAAADco/El1SH6bWP4MegEwWzztjwbXuRaAuM2R_wCPcBGAYYCw/s1600/moeda%2Bmagadha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="783" data-original-width="1600" height="156" src="https://1.bp.blogspot.com/-znjcPO5Us74/VZKzVr9h7dI/AAAAAAAADco/El1SH6bWP4MegEwWzztjwbXuRaAuM2R_wCPcBGAYYCw/s320/moeda%2Bmagadha.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
Moedas de Kosala<br />
<br />
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</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">504</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "Liberation Serif", serif; font-size: medium;">Era
o rei Bhallatiya … etc.” - Esta história o Mestre contou
enquanto residia em Jetavana sobre Mallika, a Noiva Jasmin ( cf a
introdução do jataka 306 ). Nos é dito que um dia houve uma
querela entre ela e o rei sobre direitos conjugais. O rei ficou irado
e não queria nem olhar para ela. “Suponho,” ela pensou, “que o
Tathagata não sabe que o rei está irado comigo.” Quando o Mestre
soube disto dia seguinte, ele buscou ofertas em Benares ( Varanasi ),
acompanhado pela Irmandade, e então se dirigiu para o portão do
palácio do rei. O rei veio encontrar com ele, pegou a tigela dele e
o levou para o terraço, estabelecendo os Irmãos na</span> <span style="font-family: "Liberation Serif", serif; font-size: 14pt;">parte
de baixo em devida ordem, dando a eles àgua de boas vindas, e
excelente comida ; após a refeição ele sentou em um dos lados.
“Por quê,” perguntou o Mestre, “por quê Mallika não apareceu
?” O rei disse, “É o tolo orgulho pessoal dela na
prosperidade.” O Mestre disse, “Ó grande rei ! Muito, muito
tempo atrás quando vocês eram fada & fado, você se separou da
sua companheira por apenas uma noite e depois ficaram se lamentando
por setecentos anos.” Então com o pedido dele, contou uma história
do passado.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_____________________________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Certa
vez, um rei chamado Bhallatiya reinava em Benares ( Varanasi ).
Tomado pelo desejo de comer carne de caça assada na brasa, ele
entregou o reino para os cortesãos tomarem conta, cingiu-se com as
cinco armas e com uma matilha de cães de caça inteligentes, com
pedigree e bem treinados saiu da cidade e foi para o Himalaia. Ele
viajou subindo o Ganges até não poder ir mais alto, então seguiu
um rio afluente por alguma distância, caçando cervos e porcos e
comendo a carne, assada em carvão, até ter subido uma grande
altura. Lá quando o agradável rio corria cheio, àgua chegava na
altura do peito mas em outros tempos não chegava nos joelhos de
fundura. Lá neste tempo haviam peixes e tartarugas de todos os tipos
que pulavam n’água, areia qual prata nas margens, árvores
dobravam-se carregadas de flores e frutos, muitos pássaros e abelhas
esvoaçavam bêbados com o suco das frutas e o mel das flores na
sombra, que hordas de todos os tipos de cervos frequentavam. Na
margem deste belo rio da montanha fada & fado alegremente
beijavam e abraçavam-se um ao outro e depois caíam gemendo e
chorando miseravelmente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Enquanto
o rei subia o Monte Gandhamadana por este caminho da margem do rio
ele espiou este casal fada & fado. “Por quê eles choram desta
maneira ?” ele pensou. “Vou questioná-los.” Um olhar para
seus cães, um estalar de dedos e com estes sinais os cães de raça,
que sabiam bem fazer seu trabalho, arrastaram-se para o matagal e
deitaram em suas barrigas. Assim que ele percebeu que os cães
estavam fora do caminho, ele largou o arco e flecha, e as outras
armas junto a uma árvore que havia perto e sem deixar seus passos
serem escutados furtivamente colocou-se acima do casal fada &
fado e perguntou-lhes, “Por quê vocês choram ?” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_______________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Para
explicar isto o Mestre repetiu três estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Era
o rei Bhallatiyo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
ele partiu, indo caçando ;</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sobe
o Monte Fragrante e o encontra</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cheio
de espíritos e flores que se abrem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Direto
ele aquieta todos os cães de caça, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Larga
arco e flecha no chão, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Avança
alguns passos para fazer uma pergunta </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Onde
um casal fada & fado encontravam-se.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
inverno já foi : então por quê retornar </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">a
falar e falar na margem do rio ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
vocês criaturas humanoides </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Os
humanos chamam vocês de que, quero saber. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">________________________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Às
perguntas do rei, o fado, fada macho, nada disse ; mas sua
companheira respondeu como segue : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Malla,
Três Picos, Monte Amarelo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Atravessamos,
seguindo cada um dos córregos frios. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Humanoides
o mundo selvagem nos considera : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Caçadores
nos chamam ainda de duendes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o rei recitou três estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de vocês se acariciarem qual amantes </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vocês
choram como se cheios de profunda tristeza. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
criaturas humanoides, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê este choro ? Vamos, confessem ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de vocês se acariciarem qual amantes </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vocês
choram como se cheios de profunda tristeza. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
criaturas humanoides, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê este sofrimento ? Vamos, confessem ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de vocês se acariciarem qual amantes </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vocês
choram como se cheios de profunda tristeza. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
criaturas humanoides, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê esta lamentação ? Vamos, confessem ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">As
estrofes que seguem foram ditas como pergunta e resposta : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Separados,
uma noite ficamos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ambos
sem amor, cheios de dor amarga, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pensando
cada um no outro : mas nunca </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Esta
noite voltará novamente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê então ficaram essa noite sozinhos </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
custou a vocês muito suspiro e gemido,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
criaturas humanoides - </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Dinheiro
perdido ? Um pai que se foi ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sombra
grossa o rio lá mostrou </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Entre
as pedras : uma tempestade se levantou : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
com ansioso cuidado em me achar </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Direto
através do rio meu amado vai. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Enquanto
isto com pés ocupados </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Juntei
tomilho e ulmária </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tudo
para fazer para meu amado uma guirlanda </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
para mim mesma, quando nos encontrássemos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Feixes
de flores azuis, violetas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
narcisos brancos úmidos de orvalho, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tudo
para fazer para meu amado uma guirlanda </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
para mim mesma, quando nos encontrássemos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
colhi um buquê de rosas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
é a flor mais bela das que crescem, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tudo
para fazer para meu amado uma guirlanda </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
para mim mesma, quando nos encontrássemos.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Encontrei
depois flores e folhas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
espalhei-as largamente pelo chão, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Onde
a longa noite juntos </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pudéssemos
dormir suave e firmemente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Logo
sândalo e madeiras doces </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Esmigalhei
sobre uma pedra, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fazendo
perfumes para os membros do meu amado, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
o aroma mais doce para mim mesma. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Junto
ao rio correndo rápido </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Juntei
lírios por fim : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
noite veio – o rio encheu </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tornando
sem esperança a passagem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
permanecemos em ambas as margens, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cada
um olhando fixo para o outro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
rimos e choramos juntos ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ah!
Naquela noite sofremos amargamente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Manhã
veio, o Sol estava alto </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
logo vimos o rio mais seco. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
atravessamos e nos abraçamos apertado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ao
mesmo tempo nós ríamos e chorávamos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Setecentos
nos e mais três </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Desde
que nos separamos, ele e eu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
dois corações amantes são separados</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Parece
toda uma longa vida. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Qual
o limite de anos de vocês ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seja
por rumor antigo que apareça. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ou
ensino de anciões, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Diga-me
e nada tema. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mil
verões, fortes e sãos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Nunca
dores mortais assaltando </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pouco
sofrimento, benção abundante,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">No
fim alegria do amor prevalece. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei pensava enquanto escutava., “Estas criaturas, que são não
menos que humanas, choram setecentos anos por causa de uma noite
separados : e aqui estou eu, senhor de um reino de trezentas léguas
largando toda minha magnificência e vagando pela floresta. É um
grande erro.” Ele voltou imediatamente. Chegou em Benares (
Varanasi ) e os cortesãos lhe perguntaram se havia visto alguma
maravilha nos Himalaias. Ele lhes contou toda a história e daí em
diante fez ofertas e gozou de sua saúde. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Explicando
este assunto o Mestre repetiu estas estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
instruído pelas fadas</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
Rei retornou em seus caminhos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Parou
de caçar e alimentou os necessitados, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
gozou dos fugazes dias. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Adicionou
ainda mais duas estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aprendam
a lição das fadas : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
não briguem mas emendem seus caminhos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Para
que não sofrais como as fadas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Teus
próprios erros todos os dias. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
levantou-se a Senhora Mallika se seu sofá quando escutou os
conselhos do Tathagata e juntando as mãos fez reverente obediência,
enquanto repetia a última estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Santo
homem, de boa mente </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escutei
tuas palavras tão boas e gentis. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bençãos
sobre ti ! Falaste </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Todos
meus sofrimentos ficaram para trás. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
partir de então o Rei de Kosala viveu com ela em harmonia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Este
discurso terminado o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo o
Rei de Kosala era o fado, Senhora Mallika a fada e eu mesmo era Rei
Bhallatiya.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-23010963399879639952017-12-15T01:56:00.000-08:002018-01-28T05:12:16.166-08:00Buddha Sumedha - as dez Perfeições<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-o_A7emqcsrg/SiZyLQeO9DI/AAAAAAAAABY/hmbxsh3u4p47VHCAvRYnEhtAm8XxgbQjgCPcBGAYYCw/s1600/buddha%2B19.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="929" data-original-width="700" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-o_A7emqcsrg/SiZyLQeO9DI/AAAAAAAAABY/hmbxsh3u4p47VHCAvRYnEhtAm8XxgbQjgCPcBGAYYCw/s320/buddha%2B19.bmp" width="241" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Buddha
Sumedha – As dez Perfeições </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Tradição
diz que quatro asankheyas ( uma asankheya é um período de vasta
duração, lit. incalculável ) e cem mil ciclos atrás houve uma
cidade chamada Amaravati. Nesta cidade morava um brahmin chamado
Sumedha, de boa família em ambos os lados, do pai e da mãe, de
concepções puras sete gerações para trás, de nascimento
irrepreensível e respeitável, um homem gracioso, bem favorecido e
amigável e dotado de beleza notável. Ele seguiu seus estudos
bramânicos sem engajar-se em nenhum outro objetivo. Seus pais
morreram quando ele ainda era jovem. Um ministro de estado, que
atuava como administrador de suas posses, trazendo o livro de suas
propriedades, abriu os cofres cheios de ouro e prata, gemas e
pérolas, e outros valores e disse : “Tanto, jovem, pertenceu a tua
mãe, tanto a teu pai, tanto a teus avós e bisavós,” e e
apontando para ele a propriedade herdada por sete gerações, pediu-o
que cuidasse dela bem. O sábio Sumedha pensou consigo mesmo : “
Após açambarcar toda esta riqueza meus pais e ancestrais quando
foram para o outro mundo não levaram nenhum centavo com eles. Pode
estar correto que eu deva fazer disto um objetivo, levar minha
riqueza comigo quando vou embora ?” E informando ao rei sua
intenção, fez com que se proclamasse tocando o tambor na cidade,
doou largamente para o Povo e abraçou a vida ascética de eremita. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Para
tornar isto claro a ‘História de Sumedha’ deve aqui ser relata.
Esta história, apesar de estar inteira no Buddhavamsa, por ser na
forma de verso, não é fácil de entender. A relatarei portanto com
frases nos intervalos explicando a construção em versos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Quatro
asamkheyas e cem mil ciclos atrás havia uma cidade chamada Amaravati
ou Amara, ressoando com os dez barulhos, relativo aos quais é dito
no Buddhavamsa : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">12.
Quatro asamkheyas e cem mil ciclos atrás</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Uma
cidade havia chamada Amara, bela e agradável, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Ressoando
com os dez barulhos, abundante em comida e bebida. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Então
segue uma estrofe do Buddhavamsa enumerando alguns destes barulhos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">13.
O trompetear dos elefantes, o relinchar dos cavalos, os tambores,
trompetes e</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">carroças,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
comidas e bebidas eram gritados, com o convite ‘Coma e beba’. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: medium;">Segue
dizendo : </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">14.
Uma cidade provida com todos os requisitos, engajada em todo tipo de
indústria,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Possuindo
as sete coisas preciosas, abarrotada com moradores de muitas raças ;
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Domicílio
de pessoas devotas, qual a próspera cidade dos anjos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">15.
Na cidade de Amaravati morava o brahmin chamado Sumedha.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Cujo
tesouro era muitas dezenas de milhões, abençoado com muita riqueza
e </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">estoque
; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">16.
Estudioso, conhecedor dos Mantras, versado nos três Vedas, Mestre da
ciência da</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">profecia
e das tradições e observâncias da sua casta.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bem
um dia o sábio Sumedha, tendo se retirado para o esplêndido cômodo
superior da sua casa, sentando-se com as pernas cruzadas, ficou
pensando. “Oh, ‘pandito’ ( sábio ), doloroso é renascer em
uma nova existência e a dissolução do corpo em cada lugar
sucessivamente onde nascemos. Estou sujeito ao nascimento,
decaimento, doença, morte – é correto, sendo assim, que eu lute
para atingir o tranquilo grande e imortal Nirvana, o calmo,
libertação do nascimento, decaimento, doença, sofrimento e alegria
; certamente deve haver uma estrada que leva ao Nirvana e liberte o
ser humano do devir.” Concordemente é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">1<span style="font-size: small;">7.
Sentado em reclusão, pensei o seguinte :</span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Doloroso
é renascer e o decaimento do corpo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">18.
Sou sujeito ao nascimento, ao decaimento, a doença,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Portanto
buscarei Nirvana, imperecível, abrigo imortal. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">19.
Que eu deixe este corpo perecível, esta congregação pestilenta de
vapores,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
parta sem desejos e sem vontades. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">20.
Há, há que haver um caminho, não pode não ser :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Buscarei
este caminho, qu’eu possa obter livramento do devir. </span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Depois
ele pensou assim : “Como neste mundo há prazer correlativo à
dor, então onde há devir deve haver seu oposto, a cessação do
devir ; e como onde há calor há também frio que o neutraliza,
assim deve haver um Nirvana ( Extinção ) que extingue ( os fogos )
da luxúria e de outras paixões ; e assim como em oposição a
condições ruins e más há uma boa e sem culpa, assim onde há vil
nascimento deve haver também um Nirvana, chamado o não-nascimento,
porque ele põe um fim a tudo que é chamado renascer.” Portanto é
dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">21.
Assim como onde há sofrimento há também benção,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Assim
onde há devir devemos procurar por não devir. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">22.
E assim como onde há calor há também frio,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Assim
onde há o triplo fogo da paixão extinção deve ser buscada, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">23.
E assim como coexistente com o mal há também o bem,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo onde há nascimento a cessação do nascimento deve ser
buscada.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Novamente
ele pensou assim : “Justo como uma pessoa que caiu dentro de um
monte de sujeira , se ele vê longe um grande lago coberto de lótus
das cinco cores, deve buscar este lago, dizendo : ‘Por que caminho
chegarei lá ?’; mas se ele não o busca a falta não é do lago ;
do mesmo modo onde há o lago do grande Nirvana imortal para lavar as
sujeiras do pecado, se ele não for buscado não é culpa do lago. E
justo como uma pessoa cercada por ladrões, se quando houver um
caminho para escapar ela não escapa não é culpa do caminho mas da
pessoa ; do mesmo modo quando há um caminho abençoado que leva ao
Nirvana para a pessoa que está cercada e presa pelo pecado, se ele
não é buscado não é falta do caminho mas da pessoa. E como uma
pessoa que está oprimida por uma doença, havendo um médico que
possa curar sua doença, se ela não se cura indo ao médico isto não
é culpa do médico ; do mesmo modo se uma pessoa que está oprimida
pela doença do pecado não busca um guia espiritual que está ao
alcance e sabe o caminho que coloca um fim no pecado, a falta está
na pessoa e não no professor destruidor de pecado.” Portanto é
dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">24.
Como uma pessoa caída na sujeira, vendo um lago repleto,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
ela não busca o lago a falta não é do lago ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">25.
Então quando existe o lago do Nirvana quelava as sujeiras do pecado,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
uma pessoa não busca este lago, a falta não é do lago do Nirvana. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">26.
Como uma pessoa cercada de inimigos, havendo um caminho de escape,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
ela não foge, a culpa não é do caminho ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">27.
Do mesmo modo quando há um caminho abençoado, se uma pessoa presa
pelo</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">pecado</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Não
busca este caminho, a culpa não é do caminho abençoado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">28.
E como alguém que está doente, tendo um médico acessível,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
não cura a doença, a culpa não é do médico ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">29.
Igual se uma pessoa que está doente e oprimida com a doença do
pecado </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Não
busca o professor espiritual, a culpa não é do professor. </span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
novamente ele arguiu : “Como uma pessoa orgulhosa de sua bela
vestimenta, jogando fora um cadáver amarrado a seus ombros, vai
embora feliz, do mesmo modo devo, jogando fora este corpo perecível,
e liberto de todo cuidado, entrar na cidade do Nirvana. E igual
homens e mulheres depositando lixo no lixão não o guardam na dobra
da roupa ou na vestimenta mas repugnando-o jogam-no fora, sentindo
nenhum desejo por ele ; assim também devo jogar fora este corpo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">perecível
sem culpa e entrar na cidade imortal do Nirvana. Igual um marinheiro
abandonando sem culpa um barco não navegável e escapando, assim
também deixando este corpo que destila corroção dos seus nove
orifícios inflamados, entrar sem arrependimento na cidade do
Nirvana. Como uma pessoa carregando vários tipos de joias e indo
pela mesma estrada que um bando de ladrões, temendo perder suas
joias retira-se dela e vai para uma estrada segura ; do mesmo modo
este corpo impuro é como um ladrão usurpador de joias, se coloco
minhas afeições nele a joia da boa doutrina do sublime caminho da
santidade se perderia para mim, portanto devo entrar na cidade do
Nirvana, abandonando este corpo igual a um ladrão.” Portanto é
dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">30.
Como uma pessoa pode com desprezo largar fora um cadáver amarrado</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">sobre
seus ombros,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E,
partir, segura, independente, senhora de si ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">31.
Do mesmo modo que eu parta arrependido de nada, querendo nada.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Deixando
este corpo perecível, esta coleção de muitos vapores sujos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">32.
E igual homens e mulheres que depositam lixo no lixão,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
partem arrependidos de nada, desejando nada. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">33.
Igual partirei, deixando este corpo cheio de vapores sujos,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Como
alguém deixa o esgoto depois de largar excrementos lá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">34.
Como alguém que abandona roupa, de casca d’árvore, rasgada e
despedaçada,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
parte sem arrependimento ou anseio,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">35.
Igual partirei, deixando este corpo com sua nove aberturas sempre
correndo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Como
proprietários abandonam navios quebrados. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">36.
E como uma pessoa carregando mercadorias, andando co ladrões,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Vendo
perigo de perder suas mercadorias, separa-se dos ladrões e vai
seguro,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">37.
Do mesmo modo é este corpo como um ladrão poderoso, -</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Largando-o
partirei, temendo perder posses. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Tendo
assim ponderado em nove símiles sobre as vantagens conectadas com o
retirar-se do mundo, o sábio Sumedha, doou tudo em sua própria
casa, como dito acima, um imenso tesouro amontoado para os
indigentes, caminhantes, sofredores e manteve a casa aberta.
Renunciando todos os prazeres, ambos material e sensual, partiu da
cidade de Amara, largando o mundo no Himalaia fez para si um
eremitério próximo da montanha chamada Dhammaka e construiu uma
cabana e um claustro livres dos cinco defeitos que são impedimentos
( à meditação ). E com vistas de obter o poder tido por
conhecimento sobrenatural, que é caracterizado pelas oito qualidades
casuais descritas nas palavras que começam “Com a mente assim
tranquilizada...” ( Samaññaphala Sutra, DN I, 76 ; 86 ), ele
abraçou naquele eremitério a vida ascética de um Rishi, largando o
manto com suas nove desvantagens e vestindo a roupa de casca d’árvore
com suas doze vantagens. E quando ele tinha assim largado o mundo,
abandonando esta cabana, cheia com os oito atrasos, ele dirigiu-se
para o pé de uma árvore com suas dez vantagens e rejeitando todo
tipo de grãos vivia constantemente de frutos do mato. E
rigorosamente esforçando-se seja sentado, em pé ou andando, em uma
semana ele tornou-se possuidor das oito consecuções e dos cinco
conhecimentos sobrenaturais ; e assim, de acordo com sua intenção
ele atingiu o poder do conhecimento sobrenatural. Portanto é dito :
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">38.
Tendo assim ponderado doei muitos milhares de milhões em riqueza</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">para
ricos e pobres e fiz meu caminho para o Himalaia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">39.
Não distante no Himalaia na montanha chamada Dhammaka,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Aí
fiz um excelente eremitério e construí com cuidado uma cabana de
folha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">40.
Lá construí para mim um claustro, livre dos cinco defeitos,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Possuidor
das oito boas qualidades e atingi a força dos conhecimentos
sobrenaturais. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">41.
Então joguei fora o manto possesso das nove faltas,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
coloquei a veste de casca d’árvore possessa de doze vantagens. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">42.
Deixei a cabana, repleta com os oito atrasos,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
fui para o pé d’árvore possuidor de dez vantagens. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">43.
Rejeitei completamente os grãos que são semeados e plantados,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">E
partilhei dos constantes frutos da terra, possessos de muitas
vantagens. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">44.
Então lutei esforçadamente, sentado, de pé e andando,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
em sete dias atingi o poder dos conhecimentos.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
enquanto o eremita Sumedha, tendo assim atingido a força do
conhecimento sobrenatural, estando vivendo na benção das (oito )
consecuções, o Mestre Dipankara apareceu no mundo. No momento da
sua concepção, do seu nascimento, do seu atingir a Buddhidade, da
sua pregação do seu primeiro discurso, todo o universo dos dez mil
mundo tremeu, chacoalhou e trepidou e produziu um poderoso som e as
trinta e duas marcas mostraram-se. Mas o eremita Sumedha, vivendo na
benção das consecuções, nem escutou este som nem viu aqueles
sinais. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">45.
Então quando atingi a realização / consumação, enquanto estava
sujeito ao ensinamento, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">O
Conquistador chamado Dipankara, chefe do universo, apareceu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">46.
Na sua concepção, no seu nascimento, na sua Buddhidade, na sua
pregação,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Não
viu os quatro sinais, mergulhado no bendito transe da meditação. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Naquele
tempo Dipankara Buddha, acompanhado de cem mil santos, vagava no seu
caminho de um lugar para outro, alcançando a cidade de Ramma e
fixando residência no grande mosteiro de Sudassana. E os moradores
da cidade de Ramma escutaram isto dito : “Dipankara, senhor dos
ascetas, tindo atingido Buddhidade suprema e rodando a roda do
excelente Dharma ( Norma ), vagando em seu caminho de um lugar para o
outro, chegou na cidade de Ramma e reside no grande mosteiro de
Sudassana.” E os moradores da cidade de Ramma tomando consigo ghee
e manteiga e outros requisitos medicinais e roupas e vestes e
carregando perfumes e guirlandas e outras ofertas nas mãos, suas
mentes inclinadas em direção ao Buddha, ao Dharma ( Doutrina ) e a
Sangha, inclinados em direção a eles, pendurados neles, eles
aproximaram-se do Mestre e o veneraram e presentearam com perfumes e
outras ofertas, sentando do lado. E tendo escutado sua pregação da
Doutrina e convidado-o para o dia seguinte, eles levantaram-se de
seus assentos e partiram. E dia seguinte, tendo preparado ofertas
para os pobres e tendo adornado a vila, eles foram para a estrada
pela qual Buddha viria, jogando terra nos lugares que estavam gastos
pela água e com isto nivelando o caminho e espalhando areia que
pareciam faixas prateadas. E polvilharam arroz frito e flores e
levantaram bandeiras e faixas de tecidos de cores várias e erigiram
arcos de bananeiras e colunas de jarros transbordantes. Então o
eremita Sumedha, elevando-se de seu eremitérios e procedendo através
dos ares até que estava acima das pessoas e vendo a multidão feliz
exclamou : “Qual será a razão ?” e pousando ficou de um dos
lados e questionou o Povo :”Diga-me, por quê estão adornando esta
estrada ?” Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">47.
Na região dos distritos da fronteira, tendo convidado o Buddha,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estavam
arrumando a estrada, alegres de coração, pela qual ele viria. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">48.
Naquele momento eu deixava meu eremitério,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Farfalhando
minha túnica de casca, parti pelos ares, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">49.
E vendo uma multidão excitada alegre e feliz,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Desci
dos ares e direto perguntei a eles, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">50.
O Povo está excitado, alegre e feliz,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Para
quem a estrada está sendo arrumada, o caminho, quem está vindo ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
as pessoas responderam : “Venerável Sumeddha, não sabes ?
Dipankara Buddha, tendo atingido o conhecimento supremo e rolado a
roda da gloriosa Doutrina, viajando de um lugar para outro, alcançou
nossa cidade e mora no grande mosteiro de Sudassana ; convidamos o
abençoado e estamos aprontando a estrada para o Buddha abençoado
pela qual ele vem.” E o eremita Sumedha pensou : “O barulho
mesmo da palavra Buddha é raro de se encontrar no mundo muito mais o
aparecimento real de um Buddha ; devo me juntar a estas pessoas que
estão arrumando a estrada.” Disse portanto aos homens : “Se
vocês estão arrumando esta estrada para o Buddha designem-me um
pedaço de chão, arrumarei a estrada junto com vocês.” Eles
consentiram, dizendo : “Está bem” ; e percebendo que o eremita
Sumedha era possuidor de poder sobrenatural, eles indicaram um pedaço
pantanoso de chão e o designaram par ele dizendo: “Você prepare
este chão.” Sumedha, com o coração cheio de alegria da qual o
Buddha era a causa, pensou consigo mesmo : “Sou capaz de preparar
este pedaço de chão com poder sobrenatural mas se for assim
preparado não me dará satisfação nenhuma ; este dia cabe a mim
realizar tarefas servis” ; e arranjando terra ele a colocava no
local. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
antes que o chão estivesse pronto por ele – com um cortejo de uma
centena de milhar de santos taumatúrgicos dotados com os seis
conhecimentos sobrenaturais, enquanto deuses / devas ofereciam
guirlandas e perfumes celestes, enquanto hinos celestiais soavam e
pessoas prestavam homenagens com perfumes terrestres e com flores e
outras ofertas, Dipankara dotado com as dez Forças, com </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">toda
a transcendente majestade de um Buddha, como um leão levantando-se
para buscar sua presa na planície Vermelha, surgiu na estrada, tudo
adornado e preparado para ele. Então o eremita Sumedha – quando o
Buddha com olhos firmes aproximou-se da estrada preparada para ele,
vendo aquela forma dotada com a perfeição da beleza, adornada com
as trinta e duas marcas de um homem superior e marcado com as oitenta
belezas menores, atendido por um halo de uma braça profundo, e
emitindo correntes de raios de seis cores de Buddha, juntos em pares
de diferentes cores e envolvido como as luzes várias que brilham na
calota celeste, salpicada de gemas – exclamou : “ Neste dia cabe
a mim sacrificar minha vida pelo Buddha : que o abençoado não pisa
na lama – não, que ele avance com seus quatrocentos mil santos
pisando em meu corpo como se andando numa ponte de pranchas
ajoialhadas, este gesto será por muito tempo por meu bem e minha
felicidade.” Assim dizendo, ele soltou o cabelo e espalhando na
lama suja seu manto de de pele, cabelo emaranhado, manto de casca, de
eremita, ele deitou na lama como uma ponte de pranchas joias.
Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">51.
Questionados por mim eles responderam : Um Buddha incomparável
nasceu no mundo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">O
Conquistador chamado Dipankara, senhor do universo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Para
ele a estrada é arrumada, o caminho, que ele está vindo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">52.
Quando escutei o nome de Buddha alegria brotou e espalhou-se dentro
de mim,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Repetindo,
um Buddha, um Buddha ! Expressei pronunciando minha alegria. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">53.
Em pé lá ponderei, alegre e excitado,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Aqui
semearei a semente, que o feliz momento não escape ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">54.
Se vocês arrumam a estrada para o Buddha, designem-me um lugar,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Também
arrumarei a estrada, o caminho, em que ele está vindo.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">55.
Então me deram um pedaço de chão para arrumar no caminho ;</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Então
repetindo comigo, um Buddha, um Buddha ! arrumei a estrada. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">56.
Mas antes da minha parte está pronta, Dipankara o grande sábio,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">O
Conquistador, apareceu no caminho com quatrocentos mil santos iguais
a ele, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Possuidor
dos seis conhecimentos superiores, puro de todo pecado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">57.
De todos os lados as pessoas se levantaram para recebê-lo, muitos
tambores tocaram, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Pessoas
e espíritos cheios de alegria aplaudiam. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">58.
Devas olhando por cima das pessoas, pessoas por cima de devas,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
ambos com as mãos juntas elevadas aproximavam-se “daquele que
assim vem.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">59.
Devas com música deva, pessoas com músicas terrenas,,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Ambos
emitindo seus versos aproximando-se “aquele que assim vem”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">60.
Devas flutuando no ar polvilhavam em todas as direções</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Flores
Erythrina do mundo deva,Lótus e flor coral. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">61.
Pessoas em pé no chão atiravam para cima em todas as direções</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Flores
Champac e Salala, Cadamba e a fragante Mesua, Punnaga e Ketaka.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">62.
Então soltei meu cabelo e espalhando na lama</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Manto
de pele e manto de casca, deitei pronado de bruços. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">63.
Que o Buddha avance com seus discípulos, pisando em mim ;</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Que
ele não pise na lama, me será uma benção. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
enquanto estava na lama, novamente olhando o majestoso Buddha
Dipankara com seu olhar firme, ele pensou como segue : “S’eu
quisesse poderia entrar na cidade de Ramma como noviço no
sacerdócio, após destruir todas as paixões humanas ; mas porque
deveria me disfarçar para atingir Nirvana após a destruição das
paixões humanas ? Antes, como Dipankara, tendo-me elevado até o
supremo conhecimento da Doutrina, habilite a humanidade a entrar no
Barco da Doutrina e assim atravessá-los pelo Oceano do Devir e após
isto feito atingir o Nirvana ; isto é exatamente o que devo fazer.”
Então tendo enumerado as oito condições ( necessárias para
atingir Buddhidade ) e tendo feito a resolução de tornar-se Buddha,
ele deitou-se no chão. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">64.
Enquanto jazia no chão este era meu pensamento de meu coração.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
desejasse isto poderia neste dia destruir dentro de mim todas as
paixões </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">humanas.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">65.
Mas por que deveria disfarçado chegar ao conhecimento da Verdade ?</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Atingirei
onisciência e me tornarei um Buddha e salvarei pessoas e devas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">66.
Por que atravessar o oceano resoluto mas sozinho ?</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Atingirei
onisciência e habilitarei pessoas e devas a atravessar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">67.
Por esta resolução minha, eu uma pessoa de resolução</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Atingirei
onisciência e salvarei muita gente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">68.
Cortando fora a corrente da transmigração, aniquilando as três
formas de renascer,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Embarcando
no barco da Norma, atravessarei comigo pessoas e devas.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
a abençoado Dipankara tendo alcançado o lugar permaneceu próximo à
cabeça do eremita Sumedha. E abrindo seus olhos possessos dos cinco
tipos de graça como alguém abre uma janela joia e contemplando o
eremita Sumedha deitado na lama, pensou consigo mesmo : “Este
eremita que jaz aqui formou a resolução de tornar-se um Buddha ;
seu desejo realizar-se-á ou não ?” E projetando seu olhar
presciente no futuro e considerando ele percebeu que quatro
asankheyas e cem mil ciclos depois ele tronar-se-ia um Buddha chamado
Gotama. E em pé lá no meio da assembleia ele soltou esta profecia,
“Vocês veem este asceta austero deitado na lama ?” “Sim,
senhor,” eles responderam. “Este homem deitado aí tendo tomado
a resolução de tornar-se um Buddha, seu desejo será atendido ; e
no final de quatro asankheyas e de cem mil ciclos a partir de agora
ele se tornará um Buddha chamado Gotama, e no seu nascimento a
cidade de Kapilavasthu será sua residência, rainha Maya será sua
mãe, rei Suddhodana seupai, seu discípulo chefe será o thera
Upatissa, seu segundo discípulo o thera Kolita, o ajudante do Buddha
será Ananda, sua discípula chefe será monja Khema, a segunda
discípula chefe será monja Uppalavanna. Quando atingir a idade do
conhecimento maduro, tendo-se retirado do mundo e feito um grande
esforço, tendo recebido ao pé d’árvore banian uma refeição de
mingau de arroz e a partilhado às margens do rio Neranjara, tendo
subido ao assento d’árvore bo, ele, ao pé da figueira, atingirá
Suprema Buddhidade. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">70.
Dipankara, conhecedor dos mundos, receptor de ofertas,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Em
pé próximo a minha cabeça, falou estas palavras : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">71.
Vocês veem este mesmo eremita austero com seu cabelo emaranhado,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Daqui
a idades incontáveis ele será um Buddha neste mundo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">72.
Vejam, “aquele que assim vem” deixando a agradável Kapila,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tendo
feito o grande esforço, realizado todo tipo de austeridades. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">73.
Tendo sentado ao pé da árvore Ajapala e lá comido mingau de arroz,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Se
aproximará do rio Neranjara. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">74.
Tendo recebido mingau de arroz às margens do Neranjara, o
Conquistador</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Deve
seguir pelo belo caminho preparado para ele ao pé d’árvore Bodhi.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">75.
Então, glorioso e incomparável, reverencialmente saudando o assento
Bodhi,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Ao
pé da figueira ele despertará ( bujjhissati ). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">76.
A mãe que o carregará se chamará Maya,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Seu
pai será Suddhodana, ele mesmo será Gotama. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">77.
Seus discípulos principais serão Upatissa e Kolita, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Homens
saudáveis e imunes, livres de paixões, de mente e intenção
calmas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">78.
O servidor Ananda ajudará o Conquistador,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Khema
e Uppalavanna serão sua mulheres chefas de discípulas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">79.
Mulheres sãs e imunes, livres de paixões, de mente e intenção
calmas.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Àrvore
Bodhi deste Buddha é conhecida como a Assattha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
eremita Sumedha, exclamando : “Meu desejo, parece, será
realizado”, se encheu de felicidade. As multidões, escutando as
palavras de Dipankara Buddha, ficaram felizes e deliciadas,
exclamando : “O eremita Sumedha, parece, é um broto de Buddha,
semente de Buddha !” Por isto eles pensaram : “Como uma pessoa
atravessando um rio, se ela é incapaz de atravessar para a margem
oposta a ela, atravessa numa passagem mais embaixo no rio, do mesmo
modo nós, se sob a dispensação do Dipankara Buddha falhamos em
atingir os Caminhos e sua fruição, ainda assim quando tu te
tornares Buddha devemos ser capazes em tua presença de tornar os
Caminhos e sua fruição também nossos.” - então eles recordaram
seus desejos ( para futura santificação ). E Dipankara Buddha tendo
também louvado o Bodhisatva e feito ofertas para ele de oito
mancheias de flores reverencialmente saudando-o partiu. E os
Arahants também, quatrocentos mil em número, tendo feito ofertas de
perfumes e guirlandas ao Bodhisatva reverencialmente o saudaram e
partiram. E os devas e as pessoas tendo feito as mesmas ofertas
cumprimentaram-no e seguiram seu caminho. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
o Bodhisatva, quando todos tinham se retirado, levantando-se do sua
cadeira e exclamando : “Estudarei as Perfeições”, sentou-se de
pernas cruzadas em um monte de flores. E enquanto o Bodhisatva estava
sentado assim, os devas em todos os dez mil mundos reuniram-se
aplaudindo gritando. “Venerável eremita Sumedha”, eles disseram,
“todos os preságios que se manifestaram quando Bodhisatvas
anteriores sentaram-se de pernas cruzadas, dizendo : ‘Estudaremos
as Perfeições’ - todos eles neste dia apareceram : certamente
tornar-te-ás Buddha. Disso sabemos : para quem estes preságios
aparecem, ele certamente tornar-se-á Buddha ; faças um esforço
vigoroso e empenhe-se.” Com estas palavras eles louvaram o
Bodhisatva com vários encômios. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">80.
Escutando estas palavras do incomparável Sábio,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Devas
e gentes deliciados exclamaram, Este é semente broto de Buddha ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">81.
Um grande clamor se levantou, pessoas e devas nos dez mil mundos</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Bateram
palmas e riram e prestaram obediência com as mãos juntas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">82.
“Se falharmos”, eles disseram, “nesta dispensação de Buddha</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Ainda
assim em tempos que virão estaremos diante dele. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">83.
Como pessoas que atravessando um rio, se falham em alcançar</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">a
margem oposta </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Descem
para uma passagem mais embaixo no rio, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">84.
Do mesmo modo nós todos, se perdemos este Buddha,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Em
tempos que virão estaremos diante dele.”</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">85.
O mundialmente conhecido Dipankara, recebedor de ofertas,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Tendo
celebrado minha ação, seguiu seu caminho.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">86.
Todos seus discípulos do Buddha que estavam presentes</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">saudaram-me
com reverência, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Pessoas,
Nagas e Gandharvas inclinaram-se para mim e partiram. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">87.
Quando o Senhor do mundo com seus seguidores saíram da minha vista,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Então
feliz, com coração repleto de alegria, levantei-me do meu assento. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">88.
Estou satisfeito de felicidade, contente com grande contentamento ;</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Inundado
de rapto então sentei de pernas cruzadas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">89.
E assim sentado pensei comigo mesmo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Sou
treinado em Jhana, sou mestre dos conhecimentos sobrenaturais. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">90.
Em mil mundos não há sábios que rivalizam comigo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Inigualável
em poderes taumatúrgicos, alcancei esta benção. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">91.
Quando então me viram sentado, os moradores dos dez mil mundos</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Deram
um grande grito : Verdadeiramente serás um Buddha ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">92.
Os preságios contemplados em idades anteriores quando Bodhisatvas</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">sentavam
de pernas cruzadas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Os
mesmos são vistos neste dia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">93.
Frio é afastado e calor cessa,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia estas coisas são vistas, - verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">94.
Mil mundos tranquilizam-se e silenciam.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Isto
se vê ho-je, - verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">95.
O vento poderoso não sopra, o rio para de correr,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estas
coisas são vistas ho-je, - verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">96.
Todas as flores se abrem na terra e no mar.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia elas todas abriram – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">97.
Todas as trepadeiras e árvores estão carregadas de frutos,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia todas carregaram de frutas – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">98.
Gemas brilham na terra e no céu,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia todas as gemas realmente brilham – verdadeiramente serás
Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">99.
Música terrena e música deva,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Ambas
ho-je emitem seus sons – verdadeiramente serás Buddha.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">100.
Flores de todas as cores choveram do céu, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia foram vistas – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">101.
O poderoso oceano inclina-se, dez mil mundos são sacudidos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia ambos enviaram seus rugidos – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">102.
No inferno os fogos de dez mil mundos apagaram, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia estes fogos são temperados – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">103.
Sol sem nuvens e todas as estrelas são vistas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estas
coisas são vistas ho-je – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">104.
Apesar de nenhuma chuva cair, água brota da terra, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia ela brotou da terra – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">105.
As constelações estão todas brilhando e as casas lunares na
abóbada celeste, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Visakha
está em conjunção com a lua – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">106.
Aquelas criaturas que moram em covas e buracos saíram todas das
tocas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia as tocas foram abandonadas – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">107.
Não há ninguém descontente entre os mortais mas estão cheios de
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">contentamento,
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia estão todos contentes – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">108.
Então as doenças foram dispersas e a fome cessou, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia estas coisas foram vistas – verdadeiramente serás Buddha.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">109.
Então Luxúria acabou-se, Aversão e Ignorância pereceram, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia todos estes foram dispersos – verdadeiramente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">110.
Nenhum perigo então se aproxima ; neste dia isto é visto, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Por
este sinal sabemos – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">111.
Nenhuma poeira nos ares ; neste dia isto é visto, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Por
este sinal sabemos, verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">112.
Todo odor fedorento afugentou-se, divina fragrância sopra ao redor,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tal
fragrância sopra neste dia – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">113.
Todos os devas se manifestaram, exceto o Sem Forma,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia foram todos vistos – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">114.
Todos os infernos tornaram-se visíveis, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia são todos vistos -verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">115.
Então paredes e portas e rochas não são impedimentos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia elas se derreteram no espaço – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">116.
Naquele momento morte e nascimento não aconteceram, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Neste
dia estas coisas foram vistas – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">117.
Tu esforças-te vigorosamente, não te detenhas, avance, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Isto
sabemos – verdadeiramente serás Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
o Bodhisatva, tendo escutado as palavras de Dipankara Buddha e dos
devas em dez mil mundos cheio de vigor abundante, pensou consigo
mesmo : “Os Buddhas são seres cuja palavra não falha ; não há
desvio da verdade em suas palavras. Pois como a queda de um torrão
de terra atirado para cima, como a morte do mortal, como o Sol se
levanta na aurora, como um leão rugindo quando sai do covil, como o
parto de uma mulher grávida, como todas estas coisas são certas e
seguras – do mesmo modo a palavra dos Buddhas é certa é não pode
falhar, verdadeiramente serei Buddha.” Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">118.
Tendo escutado as palavras de Buddha e dos devas dos dez mil
mundos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Feliz,
contente, deliciado, pensei então comigo mesmo ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">119.
Os Buddhas não falam palavras dúbias, os Conquistadores não falam
palavras vãs. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Não
há falsidade nos Buddhas – verdadeiramente serei Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">120.
Qual torrão jogado no ar que certamente cairá no chão, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo a palavra dos gloriosos Buddhas é certa e perene. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">121.
Qual a morte de todo os mortais que é certa e constante,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Igual
a palavra dos gloriosos Buddhas é certa e perene. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">122.
Qual o Sol que eleva-se certo quando a noite acaba, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Igual
a palavra dos gloriosos Buddhas é certa e perene. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">123.
Qual o rugido do leão que quando deixa seu covil é certo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Igual
a palavra dos gloriosos Buddhas é certa e perene. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">124.
Qual o parto das mulheres grávidas é certo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Igual
a palavra dos gloriosos Buddhas é certa e perene.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
tendo feito assim a resolução : “Tornar-me-ei certamente Budddha”
, tendo em vista a consideração das condições que constituem um
Buddha, exclamando : “Onde estão as condições que fazem um
Buddha, elas são encontradas acima ou abaixo, no princípio ou nas
direções menores ?” estudando sucessivamente os princípios de
todas as coisas e contemplando <b>a primeira Perfeição do Doar,</b>
praticada e seguida pelos Bodhisatvas anteriores, ele então
admoestou a si mesmo : “Sábio Sumedha, de agora em diante tu deves
consumar a perfeição do Doar ; pois como um jarro d’água virado
descarrega àgua de modo que nada sobra, e não se pode recobrá-la,
assim mesmo se tu, indiferente à riqueza e fama, e esposa e filhos,
e bens pequenos e grandes, doando tudo para quem venha e peça por
alguma coisa até que nada permaneça, tu te sentarás no pé
d’árvore Bodhi e tornar-te-ás um Buddha.” Com estas palavras
ele esforçou-se vigorosamente em atingir a primeira perfeição do
Doar. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">125.
Vamos, pesquisarei as condições que fazem um Buddha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">neste
lado e naquele, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Acima
e abaixo, em todas as dez direções, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">em
que os princípios das coisas se estende. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">126.
Então, enquanto fazia a pesquisa, contemplei a primeira perfeição
do Doar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">A
estrada elevada seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">127.
Tu vigorosamente tomando-a sobre ti mesmo avance </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Para
esta primeira perfeição : Doar, se tu queres atingir Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">128.
Qual jarro d’água transbordando, virado por alguém, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Despeja
inteiramente toda água, e não retem nenhuma dentro,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">129.
Igual, quando você vê alguém que pede, grande, pequeno e médio, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tu,
doe tudo em esmolas, como o jarro d’água virado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Considerando
em seguida : “Deve haver além desta, outras condições que fazem
um Buddha” e contemplando a <b>segunda Perfeição : Prática
Moral</b>, ele pensou assim : “Ó sábio Sumedha, de agora em
diante possas consumar a perfeição da Moralidade ; pois como o boi
yak, sem cuidar da própria vida, guarda sua basta cauda, do mesmo
modo serás Buddha se de agora em diante sem cuidar da vida tu
manténs os preceitos morais.” e ele vigorosamente resolveu atingir
a segunda perfeição, Prática Moral. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">130.
As condições de um Buddha não podem ser em verdade tão poucas, </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
as outras condições que tornam madura a Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">131.
Então estudando contemplei a segunda Perfeição da Moralidade</span></span></div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">132.
Esta segunda tu empreendes vigorosamente, </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcances a perfeição Moral Prática se queres atingir Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">133.
Qual o boi yak quando sua cauda embaraça-se completamente,</span></span></div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Lá
e então espera a morte sem querer machucá-la, </span></span>
</div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">134.
Igual faças tu, tendo consumado os preceitos morais nos quatro
estágios, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Sempre
guarde Sila como o yak guarda sua cauda. </span></span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha”, e contemplando a <b>terceira Perfeição da
Auto-Abnegação</b>, ele pensou assim : “Ó sábio Sumedha, possas
tu de agora em diante consumar a perfeição da Abnegação ; pois
como uma pessoa, longo tempo habitante de um prisão não sente
nenhum amor por ela mas está descontente e não deseja mais viver
lá, igual você, assemelhando todos os nascimentos a uma prisão,
descontente com todos os nascimentos e ansioso para livrar-se deles,
coloca seu rosto em direção à Abnegação, assim te tornarás
Buddha.” E ele vigorosamente tomou a resolução de atingir a
terceira Perfeição da Auto-Abnegação. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">135.
Pois as condições que fazem um Buddha não podem ser tão poucas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam maturidade à Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">136.
Estudando-as contemplei a terceira Perfeição, Abnegação </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">137.
Esta terceira tu empreendas esforçadamente,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcances a perfeição da abnegação, se queres atingir Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">138.
Como uma pessoa por longo tempo habitante da cadeia, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">oprimido
por sofrimento, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Não
sente prazer nela mas antes anela libertação,</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">139.
Do mesmo modo consideres todos nascimentos como prisões, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Coloque
tua face em direção a auto-abnegação, para obter </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">livramento
do devir. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Budddha” e contemplando <b>a quarta Perfeição da
Sabedoria</b>, ele pensou assim : “Ó sábio Sumedha, tu de agora
em diante consuma a Perfeição da Sabedoria, não evitando nenhum
assunto de conhecimento, grande, pequeno ou médio, tu te aproximes
de todos as pessoas sábias e pergunte-lhes questões ; pois como o
monge mendicante em suas coletas de ofertas, não evite nenhuma
família, grande e pequena, que ele frequenta e vagando em coleta de
ofertas de um lugar para outro, velozmente consegue comida para
sustentá-lo, igual tu, aproximando-se de todos os sábios e
perguntando questões, tornar-te-ás Buddha.” E ele vigorosamente
resolveu atingir a quarta Perfeição, Sabedoria. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">140.
Pois as condições que fazem um Buddha não podem ser tão poucas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam maturidade à Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">141.
Estudando-as contemplei a quarta Perfeição, Sabedoria </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">142.
Esta quarta tu empreendas esforçadamente,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcances a Perfeição da Sabedoria, se queres atingir Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">143.
Qual um monge em suas rondas de coleta não evita nenhuma famílias,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Seja
pequena, grande ou média e assim obtém subsistência, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">144.
Tu igual, constantemente questionando as pessoas sábias, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcançando a Perfeição da Sabedoria, atingirás Buddhidade
suprema. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a quinta Perfeição do
Esforço</b>, ele pensou assim : “Ó sábio Sumedha, esforce-se de
agora em diante para consumar a Perfeição do Esforço. Qual leão,
o rei das bestas, em todas as posturas, ações, esforça-se
vigorosamente, tu igual em todos os nascimentos e em todos teus atos
esforce-se vigorosamente, não qual lagarto, tornar-te-ás Buddha.”
E ele fez a firme resolução de atingir a quinta Perfeição do
Esforço. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">145.
Pois as condições que fazem um Buddha não podem ser tão poucas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam maturidade à Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">146.
Estudando-as contemplei a quinta Perfeição, Esforço </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">147.
Esta quinta tu empreendas esforçadamente,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcances a perfeição do Esforço, se queres atingir Buddhidade.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">148.
Qual leão, rei das bestas, sentado, em pé e andando </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Não
é nenhum lagarto mas sempre de coração resoluto,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">149.
Tu igual, em toda existência esforça-te vigorosamente, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcançando a Perfeição Esforço, atingirás a suprema Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a sexta Perfeição da
Paciência</b>, ele pensou consigo mesmo : “Ó sábio Sumedha, tu
de agora em diante consuma a Perfeição da Paciência ; sejas
paciente no louvor e na reprovação. Como quando as pessoas jogam
lixo na terra, a terra não sente nem desejo nem repulsão em relação
a elas mas as sofre, suporta, consente, do mesmo modo tu também se
fores paciente no louvor e na reprovação tornar-te-ás um Buddha.”
E ele resolveu vigorosamente atingir a sexta Perfeição, Paciência.
Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">150.
Pois as condições que fazem um Buddha não podem ser tão poucas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam maturidade à Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">151.
Estudando-as contemplei a sexta Perfeição, Paciência </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">152.
Esta sexta tu empreendas esforçadamente,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">E
alcances a perfeição da Paciência, se queres atingir Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">153.
Como a terra suporta tudo que é jogado nela</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Sejam
coisas puras ou impuras e não sentem nem raiva nem pena,</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">154.
Do mesmo modo suportando louvores e reprovações das pessoas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Indo
para a perfeita Paciência, atingirás suprema Buddhidade. </span>
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a sétima Perfeição da
Verdade</b>, ele pensou consigo mesmo : “ Ó sábio Sumedha, de
agora em diante consuma a perfeição da Verdade ; ainda que um raio
desça na tua cabeça, nunca sob a influência do desejo ou de outro
modo, pronuncies um mentira consciente, para conseguir bens ou
qualquer outra coisa. Como o planeta Vênus em todas as estações
segue seu próprio curso, não seguindo o curso de outros abandonando
o seu, assim mesmo, se não abandonares a verdade e não pronunciares
nenhuma mentira, tornar-te-ás Buddha.” E ele vigorosamente virou
sua mente para a sétima Perfeição, Verdade. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">155.
Pois estas não são todas as condições um Buddha, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">156.
Estudando-as contemplei a sétima Perfeição da Verdade </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por sábios anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">157.
Tendo esforçadamente tomado sobre si está sétima perfeição, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Então
livre-se da palavra dúbia e atingirás Buddhidade suprema. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">158.
Como o planeta Vênus, balança em seus tempos e estações, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">No
mundo das pessoas e dos devas, não sai do seu caminho, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">159.
Do mesmo modo tu não afaste-se do curso da verdade,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Avançando
para a perfeição da Verdade, atingirás suprema Buddhidade.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mais
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a oitava Perfeição da
Resolução</b>, ele pensou assim consigo mesmo : “Ó sábio
Sumedha, tu de agora em diante consuma aperfeição da Resolução ;
o que quer que resolvas sejas inabalável na resolução. Pois como
uma montanha, o vento batendo nela em todas as direções, não
treme, não move, mas permanece no seu lugar, do mesmo modo tu se não
te desviares da tua resolução tornar-te-ás Buddha.” E ele
resolveu vigorosamente atingir a oitava Perfeição, Resolução.
Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">160.
Pois estas não são todas as condições de um Buddha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">161.
Estudando-as contemplei a oitava Perfeição, Resolução </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por Buddhas anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">162.
Resolutamente tome sobre si esta oitava perfeição.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Então
tu sendo imóvel atingirás suprema Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">163.
Como a montanha rochosa, imóvel, de bases firmes, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Não
chacoalha com muitos ventos e permanece no seu lugar, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">164.
Do mesmo modo tu permaneças sempre imóvel na resolução, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Avançando
na perfeição da Resolução, atingirás suprema Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mais
considerando ainda : “Estas não podem ser s únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a nona Perfeição do Amor
Bondade</b> ele pensou consigo mesmo : “Ó sábio Sumedha, tu de
agora em diante consuma a perfeição do Amor Bondade, que tu possas
ser de mente una em relação a amigos e inimigos. E qual água que
preenche com seu frio refrescante a pessoas boas e más igualmente,
do mesmo modo, se tu for de mente una com sentimentos de amizade para
todos os mortais tornar-te-ás Buddha.” E ele vigorosamente
resolveu atingir a nona Perfeição do Amor Bondade. Portanto é dito
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">16</span><span style="font-size: small;">5</span><span style="font-size: small;">.
Pois estas não são todas as condições de um Buddha, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">166.
Estudando-as contemplei a nona Perfeição, Amor Bondade </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por Buddhas anteriores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">167.
Resolutamente tome sobre si esta nona perfeição.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Tornando-te
sem rival em gentileza,</span><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: small;">se queres tornar-te
</span><span style="font-size: small;">Buddh</span><span style="font-size: small;">a</span><span style="font-size: small;">.
</span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">168.
E qual àgua que enche com seu frio</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Pessoas
boas e más igualmente e leva toda impureza, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">169.
Igual tu, olhes com amizade igualmente o bom e o mau. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Avançando
na perfeição do amor Bondade, atingirás suprema Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
considerando ainda : “Estas não podem ser as únicas condições
que fazem um Buddha” e contemplando <b>a décima Perfeição</b><b>
: Equanimidade</b>, ele pensou consigo mesmo : “Ó sábio Sumedha,
a partir de agora consuma a perfeição da Equanimidade, estejas com
a mente igual na prosperidade e na adversidade. E como a terra é
indiferente quando coisas puras ou impuras são jogadas nela, do
mesmo modo, se fores indiferente na prosperidade e na adversidade,
tornar-te-ás Buddha.” E ele resolveu vigorosamente atingir a
décima Perfeição, Equanimidade. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">1</span><span style="font-size: small;">70</span><span style="font-size: small;">.
Pois estas não são todas as condições de um Buddha, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Estudarei
outras condições que tragam Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">171.
Estudando-as contemplei a décima Perfeição : Equanimidade </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Praticada
e seguida por Buddhas anteriores. </span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">172.
Se tomares resolutamente sobre ti esta décima perfeição, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tornando-te
bem equilibrado e firme, atingirás suprema Buddhidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">173.
Como a terra é indiferente às coisas puras e impuras que jogam
sobre ela, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Com
ambos semelhantemente e é livre de raiva e louvor, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">174.
Do mesmo modo tu sempre sejas bem equilibrado na alegria e na
tristeza,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Avançando
para a perfeição, Equanimidade, atingirás Buddhidade suprema. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Então
ele pensou : “Estas são as únicas condições neste mundo que
trazendo Buddhidade à perfeição e constituindo um Buddha, devem
ser consumadas pelos Bodhisatvas ; além das dez Perfeições não há
outras. E estas dez Perfeições não estão nem no céu acima nem na
terra abaixo, nem se encontram no leste ou nos outros pontos cardiais
mas reside no meu coração de carne.” Tendo então entendido que
as perfeições estavam estabelecidas no coração, tendo
vigorosamente resolvido mantê-las todas, pegando-as novamente e
repetidamente, ele as dominou da primeira até a última e vice versa
; tomando-as pela última seguiu para a primeira, pegando-as pela
primeira colocou-as como última, pegando pelo meio segui-as para as
duas extremidades, pegando-as pela extremidade, segui-as até o meio.
Repetindo : “As Perfeições são o sacrifício dos membros, as
Perfeições Menores são o sacrifício da propriedade, as perfeições
Ilimitadas são o sacrifício da vida” ele dominou-as como as
Perfeições, as Perfeições Menores e a Perfeições Ilimitadas –
como alguém que converte dois tipos de óleos em um único, ou como
alguém que, usando Monte Meru como pilão batesse o grande oceano
Chakkavala ( como almofariz ). E enquanto ele compreendia novamente e
de novo as dez Perfeiçoes, pelo brilho de sua piedade ( dharma ),
esta terra, oitocentas mil léguas de largura, como uma moita de
caniços pisada por um elefante, ou um moinho de cana de açúcar em
movimento, proferindo um poderoso rugido, tremeu, chacoalhou e
trepidou e girou ao redor como a roda do leiro ou a roda do moinho de
óleo. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">1<span style="font-size: small;">75.
Estas são todas as condições no mundo que levam Buddhidade à
perfeição ; </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Além
destas não há outras, nelas persevere. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">176.
Enquanto ele compreendia estas condições naturais e intrínsecas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Pelo
poder da sua piedade a terra de dez mil mundos estremeceu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">177.
A terra balançou e rugiu como um moinho de açúcar trabalhando, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Como
uma roda de moinho de óleo assim chacoalhou a terra.</span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
enquanto a terra estava tremendo o Povo de Ramma, incapaz de
suportá-lo, qual as grandes árvores Sal, reviradas pelo vento que
sopra no fim de um ciclo, cae desfalecido cá e lá, enquanto jarros
e outros vasos, revolvendo como um jarro na roda de oleiro, batem um
contra o outro e quebram no chão em pedaços. A multidão temendo e
tremendo aproximando do Mestre ( Dipankara ) disse : “Diga-nos,
Abençoado, esta agitação é causada pelos Nagas, ou por outros
demônios, ou ogros, ou por devas ? - pois isto não sabemos mas
verdadeiramente esta multidão toda está tristemente aflita. Prega
este portento bem ou mal ao mundo ? Diga-nos a causa dele.” O
Mestre escutando as palavras deles disse : “Não temam nem se
preocupem, não advém nenhum perigo para vocês disso. O sábio
Sumedha, relativo a quem predisse neste dia : ‘No futuro ele será
um Buddha chamado Gotama’, está agora entendendo as Perfeições e
enquanto ele as entende e as gira ao redor pelo poder de sua piedade
todo os dez mil mundos concordemente troveja e estremece.”
Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">178.
Toda a multidão que estava lá atendendo o Buddha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tremendo,
caíam desfalecidas lá no chão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">179.
Milhares de jarros d’água e muitas centenas de potes </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Foram
quebrados e esmagados lá batendo uns contra os outros. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">180.
Excitados, temerosos, aterrorizados, confusos, seus sentidos
desordenados, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">As
multidões reunidas, se aproximaram do Buddha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">181.
Dia, será bom ou mal para o mundo ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Todos
estão aflitos, evite este perigo, tu Vidente ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">182.
Então o grande Sábio Dipankara dirigiu-se a eles, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Tenham
confiança, não fiquem com medo deste terremoto : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">183.
Aquele de quem previ neste dia, que será um Buddha neste mundo,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">A
lei do passado é a mesma seguida pelos Conquistadores. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">184.
Portanto enquanto ele está ponderando inteiramente a norma, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">o
trabalho básico de um Buddha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Esta
terra </span><span style="font-size: small;">décupla de
pessoas e de devas é sacudida.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Povo escutando as palavras de Buddha, feliz e deliciado, tomando
consigo guirlandas, perfumes e unguentos, deixou a cidade de Ramma e
foi até o Bodhisatva. E tendo oferecido suas flores e outros
presentes, e inclinado-se diante dele e respeitosamente saudá-lo,
eles retornaram para a cidade de Ramma. E o Bodhisatva, tendo feito
um esforço de resolução vigoroso, levantou-se do assento em que
sentava. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">185.
Tendo escutado a palavra do Buddha, suas mentes acalmaram direto, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">Todas
as pessoas aproximaram-se novamente de mim e prestaram suas </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">homenagens.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">186.
Tendo tomado sobre mim as Perfeições de um Buddha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: small;">tendo
feito firme minha resolução,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Tendo
inclinado para Dipankara, levanto-me do meu assento</span>. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
enquanto o Bodhisatva levantava-se de seu assento, os devas em todos
os dez mil mundos tendo-se reunidos, ofereceram-lhe guirlandas e
perfumes, pronunciaram estas e outras palavras de louvor e benção :
“Venerável eremita Sumedha, neste dia tu fizeste uma poderosa
resolução aos pés de Dipankara Buddha, possas tu consumá-la sem
estorvo nem obstáculo : nada tema e não desfaleça, que nem a menor
doença visite tua construção, rapidamente exercite as Perfeições
e atinja suprema Buddhidade. Como as flores e as árvores frutíferas
fazem brotar flores e frutos nas estações, do mesmo modo tu também,
sem deixar a estação certa passar, rapidamente atinja a suprema
iluminação,” e assim falando, eles retornaram cada um para sua
casa-deva. Então o Bodhisatva, tendo recebido a homenagem dos devas,
fez um esforço de resolução vigoroso, dizendo : “Tendo consumado
as dez Perfeições, no fim de quatro asamkheyas e cem mil ciclos
serei Buddha.” E elevando-se nos ares ele retornou para o
Himavanta. Portanto é dito : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">187.
Quando ele levantava-se do assento ambos devas e pessoas </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Aspergiram-no
com flores divinas e terrenas. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">188.
Ambos devas e pessoas pronunciaram sua benção : </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Uma
grande coisa desejaste, possas tu obtê-la de acordo com teu desejo. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">189.
Possam todos os perigos ser evitados, possam todas as doenças
sumirem, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Possas
tu não ter obstáculos – rapidamente alcance a suprema iluminação.
</span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">190.
Como quando a estação chegando brotam flores das árvores, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo tu, Ó poderoso, brote com o conhecimento de um Buddha. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">191.
Como todos os Buddhas consumaram as dez Perfeições, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo tu, Ó poderoso, consuma as dez Perfeições. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">192.
Como todos os Buddhas despertam no assento da iluminação, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Assim
seja com você, Ó poderoso, desperto na sabedoria do conquistador. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">193.
Como todos os Buddhas giraram a roda da Norma ( Lei, Dharma ), </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Assim
seja com você, Ó poderoso, faça-a girar. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">194.
Como a lua no dia do meio do mês brilha em sua pureza, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Assim
seja com você, com a mente cheia, brilhe nos dez mil mundos. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">195.
Como o Sol, liberto de Rahu, brilha fervente em seu calor, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo, tendo libertado a humanidade, brilhes tu em toda a tua
majestade. </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">196.
Como todos os rios encontram seu caminho para o grand</span><span style="font-size: small;">e</span><span style="font-size: small;">
oceano,</span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Do
mesmo modo possam os mundos de pessoas e devas tomar refúgio em ti !
</span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">197.
</span><span style="font-size: small;">O Bodhisatva exaltado
com estes louvores, tomando para si as dez condições, </span></span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Começando
a consumar estas condições, entrou na floresta então. </span><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: small;"> </span> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">[
n. do tr. : Lembra o sermão da montanha de IHS : amai os inimigos,
construir a casa sobre a rocha, não vos preocupeis com o dia de
amanhã, as bem aventuranças. Neste sentido podemos entender os
prodígios naturais que aparecem aqui e os semelhantes do discurso
escatológico quando da vinda do Filho do Homem : a aproximação com
o jatakas 86, 330 e 290 quando se lembra a frase ‘onde está a
carne aí estão os pássaros’ permite relacionar os dois textos.
A Ressurreição = Iluminação, o Filho do Homem = Buddha. Tudo,
como dito em ambos, dentro do coração. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"> Cf. <a href="http://www.jstor.org/stable/2717956">http://www.jstor.org/stable/2717956</a> ] </span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-64601083860001642112017-09-20T10:53:00.001-07:002019-12-17T04:42:10.328-08:00[ n. do tr.: Nícias = Shiva ] <div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s1600/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
Plutarco Védico <br />
( isbn 978-85-906438-0-7 ; à venda no Kindle )<br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Nícias
= Shiva </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Nícias
fez a Paz ; a paz de Nícias ficou famosa para sempre, paz política
em sentido amplo posto que sua ‘Vida de Nícias’ de Plutarco
espanta-se no começo e no fim com o fato de ter morrido na guerra (
a maior guerra que já houve de gregos contra gregos ) a qual foi
contra todo tempo mas eleito pelo Povo para chefiá-la não o/a
desobedece, às ordens da polis, república e acaba sacrificado. A
imagem é a mesma do sacrifício de Daksha que exclui Shiva e acaba
não realizando-se, destruindo-se por completo antes de acontecer. Os
paralelos entre Plutarco e os Puranas são vários. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Vejamos
o capítulo V da Vida de Nícias de Plutarco : “Vivendo sempre com
temor dos caluniadores não jantava, ceiava, com nenhum dos cidadãos,
nem tratava com eles, nem assistia suas ordinárias recreações ; em
uma palavra : não gostava de semelhantes passatempos, antes, quando
era arconte, permanecia no consistório até a noite e do Senado era
o último a sair, sendo o primeiro a entrar ; e quando não tinha
negócio público algum, não recebia ninguém nem saía para ser
visto, sempre quieto e fechado em casa. Seus amigos recebiam aos que
vinham para falar-lhe, lhes pediam desculpas porque estava ocupado em
negócios públicos de grande urgência e importância. Aquele que
principalmente representava esta farsa e mostrava grande interesse em
conciliar-lhe autoridade e opinião, era Hierón que havia se
exercitado na música e nas letras. Era filho de Dionísio, a quem
apelidaram Calco e de quem se conservam ainda algumas poesias e que
enviado comandante de uma colonia na Itália fundou a cidade de
Turios ( atual Torre Brodognato ). Este pois tratava com os
agoureiros da parte de Nícias na interpretação de prodígios e dos
arcanos e fazia correr pelo Povo a voz que Nícias levava, apenas
pelo bem da cidade / polis / república, uma vida infeliz e
trabalhosa, pois nem no banho nem na mesa deixava de ocorrer-lhe
assuntos graves, tendo abandonado os interesses próprios para cuidar
dos do Povo ; tanto que nunca deitava senão quando os demais já
tinham dormido o primeiro sono. De onde provinha estar sua saúde
quebrantada e não ter gosto nem humor para conversar com seus
amigos, tendo chegado a perdê-los pelos negócios públicos, junto
com sua renda ; enquanto os demais, ganhando amigos e enriquecendo
com as magistraturas, passam muito bem e se divertem no governo. E em
realidade, de verdade, tal vinha a ser a vida de Nícias, pelo que
ele mesmo se aplicou aquele epifonema de Agamemnon : ‘A majestade
preside nossa vida ; mas da multidão somos escravos’.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Há
algo semelhante no Shiva Purana ? Há. Quando Kama, o desejo, a
diversão, o cupido, dispara flechas para atingir o grande Yoguin em
meditação ( Shiva é o pai da Yoga ) ( pg. 544 ) : seu terceiro
olho abre-se e transforma Kama em cinzas com um fogo que depois
dirige-se para o mar : daí o ritual de beber água do oceano. O
terceiro olho prescrutando, intuindo, a realidade espiritual única
do momento presente relaciona-se então com o entendimento dos
‘prodígios e arcanos’.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Por
outro lado no Shiva Purana ( pg. 395 ) é dito “Sati e Shiva estão
unidos juntos como palavras e seu significado. Apenas se desejarem
pode sua separação </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">ser
mesmo imaginada.” Sati é a oblação, a doação e devota de Shiva
; mas seu pai, Daksha, a seção sacrifical, exclui seu esposo da
cerimônia, o quê causa a </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">destruição
completa do sacrifício posto que Sati vai, mesmo sem ser convidada e
diante da ignorância do pai, senta concentrada em meditação e auto
imola-se, por força própria, sua energia mesma concentrada na
respiração, coloca fogo em si mesma, incendeia-se em auto
combustão, para renascer em outro ventre em seguida, ventre de Mena,
deixando, largando, aquele corpo e seu pai. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: medium;">Haveria
uma tal separação da palavra e seu significado em Nícias ? Haveria
no cap. VII e VIII que trata de Cleón, inimigo de Nícias que quer a
guerra para mortificá-lo, diminuí-lo, ele que quer a paz. “Em
verdade se fez notável dano a cidade deixando que adquirisse Cleón
tanto crédito e poder, com o quê, tomando novo arrojo e ousadia
insuportável, entre outros males que acarretou a república, ele fez
destruir o decoro da tribuna, sendo o primeiro que nos discursos,
arengas, gritou descompassadamente, se deixou aberto o manto, se
golpeou as coxas e introduziu dar corridas estando falando ; no que
engendrou nos que depois dele manejaram os negócios um absoluto
esquecimento e desprezo de toda a dignidade ; causa principalíssima
do transtorno e confusão que dali a pouco sobreveio à</span> <span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: 14pt;">República.”</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Haveria
também no cap. XI onde se disserta sobre o fim do ostracismo :
“Estavam Nícias e Alcebíades no mais forte de sua discórdia
quando houve que tratar-se de desterrar pelo ostracismo segundo
costume recebido de que em certo tempo devia o Povo mudar de país
por dez anos a um dos que fossem suspeitos, ou por que causavam
inveja por seu grande crédito ou por sua riqueza. Estavam ambos em
grande agitação e perigo posto que não podia deixar de ser um dos
dois a receber o desterro. Porque em Alcebíades vituperavam seu
abandono de conduta e temiam sua ousadia e em Nícias, além de vê-lo
com inveja por causa de sua riqueza, culpavam o ar pouco afável e
popular, ou então intratável e oligárquico que o fazia parecer de
outra espécie ; e como rejeitava muitas vezes os desejos do Povo,
contradizendo seu modo de pensar, violentando-o de certa maneira,
fazia o que acreditava conveniente, mas tornou-se para ele odioso. Em
uma palavra : a contenda era dos jovens e amigos da guerra contra os
anciãos e amantes da paz, querendo uns que a concha [ a célula
eleitoral grega era uma concha ] caísse sobre este e os outros
sobre aquele. ‘Mas se dois se altercam por uma honra, não é
novidade que recaia sobre um terceiro.’ Também nesta ocasião
dividido o Povo entre os dois, deu motivo a que se apresentasse na
palestra homens sem vergonha e corrompidos, entre os quais Hipérbolo
Peritoide, homem a quem não foi o poder que deu atrevimento mas por
ser atrevido passou a ter poder, e de ter adquirido fama na cidade
por sua afronta e infâmia. Este pois considerando-se muito distante
do castigo das conchas quando o que verdadeiramente o que lhe cabia
era um potro, esperava que caindo em qualquer daqueles, ele seria o
rival do que ficasse ; assim se via bem as claras que se alegrava com
a divisão e abertamente acalorava o Povo contra ambos. Inteirados
Nícias e Alcibíades desta maldade, se puseram secretamente de
acordo e juntando em um os dois partidos, conseguiram que o
ostracismo não caísse em nenhum deles mas sobre Hipérbolo. No
começo foi esta mudança matéria de diversão e riso para o Povo ;
porém depois sentiram parecendo-lhes que aquele recurso se tinha
desonrado, usando-o com um homem indigno pois tinha o ostracismo por
uma pena que honrava e acreditavam que, se era castigo para
Tucídides, Arístides e semelhantes, para Hipérbolo era uma honra e
motivo de jactância que fosse tratado por sua maldade como haviam
sido os varões mais excelentes ; segundo o que já disse Platón, o
cômico, falando dele nestes versos : ‘Por sua maldade mereceu esta
pena ; mas por sua qualidade, dela era indigno : porque não se
inventou seguramente o ostracismo para um canalha tão ruim.’ Assim
é que depois de Hipérbolo ninguém mais sofreu esta forma de
desterro mas ele foi o último, tendo sido o primeiro Hiparco
Colargueo, parente do tirano.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Shiva
Purana ( pg 380s ) há um discurso de Shiva sobre a piedade, devoção
e desapego como princípios do conhecimento, em um diálogo com Sati,
sua esposa : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">12.
Ó deusa Sati, escute, devo explicar o grande princípio em que
criaturas com remorso tornam-se almas liberadas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">13.
Ó grande deusa, saiba que o conhecimento perfeito é o grande
princípio – a consciência que ‘sou Brahman’ no intelecto
perfeito em que nada mais é lembrado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">14.
Esta consciência é bem rara nos três mundos. Ó amada, sou
Brahman, o maior dos maiores, e muito poucos são aqueles que
conhecem minha real natureza.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">15.
Piedade, devoção é considerada doadora de prazeres e salvação. É
alcançável pela graça. Ela é de nove tipos : escutar, elogiar,
lembrar, servir, entregar-se, venerar, saudar, amizade e dedicação.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">16.
Não há diferença entre devoção e conhecimento perfeito. A pessoa
que está absorvida em piedade goza felicidade perpétua.
Conhecimento perfeito nunca desce numa pessoa viciada avessa à
piedade.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">17.
Atraído pela devoção e como resultado de sua influência, Ó
Deusa, vou mesmo nas casas dos outcasts e dos castas baixas. Não há
nenhuma dúvida sobre isto. ...</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">36.
Ó amada, assim a piedade com seus vários membros e auxiliares
contribui para a salvação já que produz Desapego ( Vairagya ) e
Conhecimento ( Jñana ) perfeitos. É o caminho mais excelente.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">37.
Uma piedade verdadeira é tão cara para mim quanto para você. Ela é
produtora de frutos de todos os ritos para sempre. Aquele que tem
isto em mente é um grande amigo meu.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">38.
Não há outro caminho tão fácil e agradável como a piedade, nos
três mundos, Ó deusa dos devas, em todos os quatro Yugas de modo
geral e no kaliyuga em particular.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">39.
Conhecimento ( Jñana ) e Desapego ( Vairagya ) ficaram velhos e
perderam seu brilho no kali yuga. Decaíram e gastaram, passaram, já
que as pessoas que os consegue perceber são raras.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
capítulo III e IV da ‘Vida de Nícias’ de Plutarco disserta
sobre sua piedade, devoção e desapego : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Enquanto
Péricles administrou a cidade, estando dotado de uma virtude
verdadeira e de uma poderosa eloquência, não teve necessidade de
manhas ou de prestígio ; porém Nícias, que não tinha aqueles
dons, abundando em bens da fortuna, com eles ganhava popularidade ;
faltando-lhe disposição para rivalizar com a flexibilidade e as
lisonjas de Cleón, conseguiu atrair com os coros, os espetáculos e
com outros meios desta espécie, o favor do Povo, avantajando-se em
magnificência e gosto a todos os de seu tempo e ainda a quantos o
haviam precedido. Subsistem ainda das oferendas que fez, o Paládio
da acrópole, tendo perdido o dourado, e o templete que se conserva
no Templo de Baco entre os trípodes oferecidos em ocasiões iguais ;
porque conduzindo coros venceu muitas vezes e em nenhuma foi vencido.
Diz-se que em um destes coros apareceu representando no adorno a
Baco,um escravo seu de bela disposição e figura, ainda imberbe, e
que, tendo-se agradado os atenienses com a presença dele, aplaudindo
e festejando por longo tempo, levantando-se Nícias, disse que tinha
por sacrilégio estivesse na escravidão um corpo celebrado pela
semelhança com o deus e deu liberdade para aquele moço. Também se
conservam na memória, como brilhantes e dignos de tão alto
objetivo, finalidade, os festejos que fez em Delos. Era comum que os
coros enviados às cidades para cantar os louvores de Apolo, durante
a navegação, fossem com o quê cada um recolhia e que vindo muita
gente na chegada da nave, cantavam sem nenhuma ordem, saltando em
terra em confusão e tomando as coroas e os trajes da mesma maneira ;
mas ele, quando conduziu a Teoria, aportou em Renea com o coro, as
vítimas e todo o prescrito e trazendo de Atenas uma ponte,
construída com as dimensões convenientes e adornando magnificamente
com dourados, cores, coroas e tapetes, durante a noite os arranjou no
espaço intermediário entre Renea e Delos, que não é grande [ n.
do tr. Sanz Romanillos : Para a melhor compreensão desta passagem,
advertimos que Renea é uma ilha montanhosa ( chamada Megalo-Dilos ou
Grande Delos ) e Delos, outra ( denominada Mikro Dilos ou Pequena
Delos ), ambas pertencentes as Cíclades, no Mar Egeo. Delos estava
consagrada a Apolo. A distância entre as duas é pouco mais de meio
quilômetro. <i>Teoria</i> ou <i>Teórida</i> era o nome dado a nave
que conduzia o cortejo religioso.]. No dia seguinte ao amanhecer
conduziu a procissão que se fazia ao deus e o coro adornado
primorosamente e cantando os atravessou pela ponte. Depois do
sacrifício, do combate e do festim, apresentou ao deus em oferenda,
uma palma de bronze e tendo comprado um terreno por dez mil dracmas,
o consagrou, destinando de suas rendas que os de Delos tomassem o
necessário para sacrificar e dar um banquete, rogando aos deuses a
prosperidade de Nícias. Pois isto fez se escrever numa coluna que
deixou em Delos como monumento desta dádiva e a palma, quebrada
pelos ventos, veio a cair sobre a estátua grande dos de Naxos (
outra das ilhas cíclades )e a fez em pedaços. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">IV.
Nestas coisas costuma haver muito de ostentação e de vanglória,
como se sabe ; porém observando o caráter e os costumes de Nícias
para todo o resto, pode-se, não sem violência, inferir que aquele
esmero e toda aquela pompa era consequência de sua religiosidade,
porque lhe fazia demasiada impressão, o impressionava, as coisas
superiores e era dado a superstição, segundo nos deixou escrito
Tucídides. Assim se diz em um certo diálogo de Pasifonte, que todos
os dias oferecia sacrifícios aos deuses e que tendo em casa um
agoureiro, fingia consultar-lhe sobre as coisas públicas quando
regularmente era sobre as suas próprias, especialmente sobre suas
minas de prata, porque possuía minas deste metal em Laurio ( monte
situado no extremo meridional d’Ática ) que lhe era muito útil
ainda que o trabalho não era isento de perigo. Mantinha lá grande
número de escravos e nisto consistia a maior parte de sua renda,
pela qual tinha sempre ao redor de si muitos que pediam e a quem
socorria, pois não era menos dadivoso com os que podiam fazer mal
que com os que eram dignos de suas liberalidades ; em uma palavra :
com ele era uma renda para os maus, seu medo e para os bons, sua
beneficência. Dão disto testemunho os poetas cômicos.”</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
imagem da palma caindo, por incrível que pareça, aparece no Shiva
Purana justo quando da resolução do conflito entre Brahma e Vishnu
( Aciuta ) ( pg 55s ) em pleno campo de batalha em que os dois deuses
jogam armas um no outro, e enfrentam-se com dois exércitos e Shiva
aparece na forma de uma coluna de fogo que absorve as armas de ambos
– na realidade eles vão até Kailasa e pedem para ele aparecer
pois são devotos. Vishnu ( Aciuta ) na forma de Javali cava fundo
para ver a raiz da coluna mas não acha, enquanto Brahma na forma de
cisne voa para o alto em busca da outra extremidade : é quando
encontra uma folha/ flor que cai, que lhe diz que está caindo há
muito tempo e que caiu do meio, logo não há fim na altura da coluna
e Brahma volta. Shiva acaba pacificando as duas deidades ( as duas
tendências ascendente e descendente do universo, yin / yang ), não
sem arrependimento inclusive com choro de Vishnu, e ressuscita os
guerreiros mortos na guerra ( pg. 62 ). A coluna de fogo é a imagem
do Shiva linga que representa a coluna vertebral ereta em meditação
e concentração realizando o ideal da Yoga de Livramento,
Libertação, bastante semelhante ao Buddhista ; enquanto phalo a
coluna de fogo representa seu poder criador, da Yoga mesma e de seus
membros : yama, nyama, pranayana, pratiahara, dharana, dhyana,
samadhi. Na pg 71 do Shiva Purana fala-se do Gayatri Mantra, Savitri
Mantra, em que a coluna de fogo é vista como o Sol, princípio / fim
da Vida : ‘nós meditamos na excelente luz do Sol : que ela nos
inspire !’ - Gayatri Mantra : deve-se repetir sempre, em devoção,
piedade, de manhã ao nascer do Sol, para o Sol ( Cf. Jatakas Buddha
Pavão ).</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Vejamos
o capítulo IX da ‘Vida de Nícias’ de Plutarco, que fala da Paz
de Nícias : “ Começava já então a mostrar-se em Atenas
Alcibíades ( educado por Péricles e favorecido por Sócrates ),
outro orador nãotão decomposto ( quanto Cleón ) porém de quem
dizia-se ser como a terra do Egito ; pois como esta, por sua grande
fertilidade, produz ‘muitas plantas úteis e a seu lado outras
tantas nocivas e funestas’, da mesma maneira a índole de
Alcibíades, propensa igualmente ao bem como ao mal, deu ocasião a
grandes inovações. Porquanto, ainda que Nícias chegou a ver-se
desembaraçado de Cleón, não teve tempo de acalmar e firmar de todo
a República, antes, tendo conseguido levá-la por um bom caminho, a
afastou dele, a violência e fogosidade de Alcibíades, impelindo-a
outra vez à guerra, o que sucedeu desta forma : Os que
principalmente se opunham a paz da Grécia eram Cleón e Brasidas,
aquele porque na guerra no se mostrava tanto sua maldade e este
porque nela resplendia mais sua virtude ; como que a um dava ocasião
a grandes injustiças e a outro para gloriosos triunfos. Mas como
ambos morreram na mesma batalha, que foi a de Amphípolis ( ocorreu
no ano 422<sup> </sup>a.C. ), encontrando Nícias aos espartanos
desejosos muito de antemão da paz e aos atenienses com pouca
confiança de tirar partido da guerra, e a um e outro fatigados e com
disposição de depor com o maior gosto as armas, trabalhou para ver
como conciliar amizade entre as cidades, e aliviar e dar repouso aos
demais gregos dos males que sofria, fazendo daí em diante seguro e
estável o saboroso nome de felicidade. Os anciãos, os ricos, as
pessoas do campo, desde logo estavam com com disposições pacíficas
; enquanto aos demais falando com cada um em particular e procurando
convencê-los, conseguiu também retraí-los à guerra : e quando
assim foi executado, dando já esperanças aos espartanos, os excitou
e moveu para que se apresentassem pedindo a paz. Creram nele, seja
por sua conhecida probidade, seja porque aos cativos e rendidos de
Pilos, cuidando e visitando-lhes com humanidade, lhes fez mais leve a
desgraça. Havia já antes ajustado tréguas por um ano, durante as
quais,reunindo-se uns com os outros, e gostando do sossego e
descanso, e do trato com os estrangeiros e os próximos, lhes havia
acendido um vivo desejo [ a coluna de fogo ] daquela vida isenta de
inquietudes e de riscos ; assim, ouviam com gosto aos coros quando
cantavam : ‘Fica, ó lança, qual despojo ( resto ) inútil, onde
enredem as aranhas suas teias.’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Era-lhes
também saboroso trazer à memória aquele gracioso dito de que aos
que em paz dormem não os despertam as trombetas mas os galos.
Abominando, pois, e maldizendo aos que supunham ser destino certo
aquela guerra se prolongar por três vezes nove anos, trataram e
conferenciaram entre si e fizeram a paz. Formou-se então geralmente
a ideia de que aquela reconciliação era estável e todos tinham
sempre a Nícias nos lábios, dizendo que era um homem amado dos
deuses, a quem seu bom gênio havia concedido, por sua piedade, que
do maior e mais apreciável bem entre todos tivesse tomado o nome ;
porque, realmente, criam sua obra a paz, como de Péricles a guerra ;
parecendo-lhes que este, por muitos pequenos motivos, tinha jogado os
gregos em grandes calamidades e que aquele os fez esquecer as ofensas
mútuas, voltando a ser amigos. Por tanto esta paz, até o dia de
ho-je, se chama de Nícias.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Já
sabemos o final da história o partido da guerra eventualmente acaba
vencendo, com o lado ruim de Alcibíades, e acontece a maior guerra
que já houve entre gregos e gregos : atenienses contra sicilianos &
espartanos. Nícias sempre foi contra a guerra mas os atenienses o
elegem general dela : essa imagem igual aquela do sacrifício de
Daksha que ao afastar Shiva, não convidá-lo, desfaz-se, deixa de
existir. O capítulo XIII da ‘Vida de Nícias’ de Plutarco faz um
inventário, relata uma lista, elenca uma série, de preságios da
ruína da expedição, de acontecimentos contra sua continuação.
Corresponde no Shiva Purana pg 395 o ‘estranhamento entre Daksha e
Shiva’, com as maldições, não maldições, correspondentes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: medium;">Gilipo,
o espartano que chega só em Siracusa em um pequeno barco e apenas
com sua capa e báculo como sinal distintivo da dignidade de Esparta
conquista a todos, equivale a Virabhadra, que destrói o sacrifício
todo na briga dos deuses contra Shiva. A derrota em si, de Nícias
acontece quando à noite fica muito escura e ninguém vendo nada,
acabam se matando entre si. Um eclipse da lua também leva Nícias a
introspectar-se em sacrifícios somados a uma doença que também o
castiga leva tudo a acabar-se antes de começar. No capítulo XXIX de
Plutarco</span> <span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: 14pt;">fala-se
dos versos de Eurípedes que por todos conhecidos eram por todos
recitados a guisa de salvação na desgraça que se segue.</span></div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-15712853448685032392017-09-05T10:00:00.000-07:002019-12-17T04:40:01.497-08:00 [ n. do tr. : Demétrio = Prthu ] <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s1600/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div>
<span style="font-size: medium;"><br /></span>
<span style="font-size: medium;"> Plutarco Védico</span><br />
<span style="font-size: medium;"> ( isbn 978-85-906438-0-7 ; à venda no Kindle )</span><br />
<span style="font-size: medium;">Demétrio
= Prthu</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Em
1943 Georges Dumézil lançou um pequeno grande livro em Paris,
dedicado aos professores e estudantes presos então, chamado ‘Servius
et la Fortune. Essai sur la fonction sociale de Louange et de Blâme
et sur les éléments indo-européens du <i>cens</i> romain.’ Ele
compara as histórias do rei Prthu da Índia e do rei Servius Tullius
na Roma antiga e mostra a conexão, paralelo, contato, entre as duas.
O Louvor e a Crítica estariam presentes nas duas fazendo o autor uma
larga e preciosa análise etimológica das palavras relacionadas :
censo em latim e sams- em sânscrito, em que aparecem as ideias de
ordem, ordenação, apresentação de todos, feira livre ( sim feira
livre que junta a todos os diferentes, cada um com sua mercadoria
específica ), proclamação, louvor & crítica, ‘vox populi
vox dei’, potlach ( a antiga forma econômico-política tratada por
Levi-Strauss e Malinowski em que o rei apropria-se de tudo e depois
distribui tudo por todos ), etc : este elogio edificante ( que desde
o princípio pode ser também crítico ), qualificante, gera uma
produção, distribuição das riquezas todas como diz o autor,
realiza o personagem, o rei, fazendo-o crescer e apresentar-se,
mostrar-se enquanto rei, igual a Indra estando escondido debaixo
d’água, purgando os pecados, é encontrado por Agni, o fogo, que
tem que se molhar e descer lá embaixo para, elogiando-o, relembrando
seus nomes, o fazer crescer e se apresentar, mostrar ( pg 68) : esta
apresentação está na imagem mesma da Roda da Fortuna, na Terra
gerando e produzindo as riquezas todas : guardamos a imagem dela
apenas como vertical mas é também claramente horizontal, com o
conjunto de todas as ordens, classes, castas, mostrando-se com seus
produtos específicos. Adiantando então o sentido vertical àproxima
da Lua que de cheia fica vazia, nova, e depois volta a encher : assim
Demétrio perde tudo várias vezes mas consegue voltar a brilhar :
como Prthu não consegue realizar seu sacrifício, frustra-se, falha
e depois chora arrependido diante de Vishnu : existe o sentido
vertical da Roda da Fortuna de ter tudo e de não ter nada, estar no
alto da roda e estar embaixo, desapegado das coisas todas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Dumézil
neste grande pequeno livro mostra que a origem etimológica do nome
Fortuna é o nome Prthu que teria aspirado em Phrthu e daí Fortuna :
a equação Demétrio = Prthu confirma esta etimologia e não há
razão alguma para descartá-la, desprezá-la, posto que na ‘Vida
de Demétrio’ de Plutarco o autor insiste em aproximar a imagem da
Fortuna da imagem deste rei ( caps. I, XXXV, XLV, XLVIII) confirmando
o sinônimo posto que Prthu gerou Prthivi, a Terra, igual a De-Meter,
Demetrio. A Roda das Riquezas todas em Prthu é realizada
ordenhando-se a Vaca da Abundância, ser mítico que nasceu do
batimento do mar de leite : a espuma branca do mar batido imagem do
comércio marítimo. Todos os alimentos, leites, são gerados de
acordo com cada parte da Natureza : segue o texto de Bhagavat Purana
IV, 18, 12s : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Aceitando
a agradável e saudável palavras de conselho da deusa da terra, o
rei fez Svayambhuva Manu como bezerro e ordenhou todas as ervas e
plantas tais como cereais etc com sua própria mão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Similarmente
outros sábios também extraíram essência de tudo em toda a parte.
Então outros quinze sábios tiraram seus objetos de desejos da vaca
terra domesticada por Prthu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Oh
muito correto Vidura ! Então os sábios fizeram Brhaspati bezerro e
retiraram da deusa terra leite na forma de sagrados Vedas, em seus
próprios órgãos dos sentidos i.e. ouvidos, fala, mente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
deuses fizeram Indra de bezerro e extraíram em um vaso de ouro sumo
de Soma e leite néctar doador de vigor mental, esplendor, energia e
força física. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">As
tribos demônicas Daityas e Danavas fizeram Prahlada o maior detodos
os Asuras como bezerro e ordenharam seu vinho e cocções licores
fortes em um vaso de ferro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
artistas celestiais Gandharvas músicos celestes e Apsaras ninfas
celestes fizeram Vishvavasu de bezerro e extraíram o leite em um
copo de flor de lótus e tornou-se o mel Gandharva especial doador de
beleza e doçura de voz. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
manes veneráveis Pitrs, as deidades que presidem a cerimônia
Sraddha realizada em memória às almas que partiram, fizeram Aryaman
o chefe dos Pitrs como bezerro e reverentemente ordenharam leite em
um vaso de barro não cozido e ele tornou-se Kavya alimento para os
manes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
Siddhas seres semi divinos fizeram Kapila bezerro e extraíram novaso
do céu os oito superpoderes humanos ( Siddhis ) exequíveis por mera
vontade. Os Vidyadharas tribo de semideuses ordenharam o leite na
forma da arte de mover-se pelos ares no mesmo vaso com Kapila
bezerro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Outros
tais como os Kimpurusas, tribo semidivina conhecida por seu poder de
conjurar truques ( <i>máyacos</i> ) fizeram Maya bezerra e tiraram
dela poderes mágicos que possuem seres maravilhosos que podem se
tornar invisíveis à vontade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
Yakshas e Rakshasas demônios, Bhutas e Pisacas, fantasmas e
espíritos maus que alimentam-se de carne crua fizeram o senhor dos
fantasmas Rudra bezerro e extraíram num crânio o vinho sangue. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Do
mesmo jeito, répteis, escorpiões, serpentes fizeram Takshaka o
chefe das Nagas bezerro e retiraram veneno como leite em suas bocas
como vasos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bestas
herbívoras fizeram o touro de Rudra, Nandi, bezerro e retiraram
grama como leite no vaso na forma da floresta. As bestas carnívoras
com seus grandes dentes e alimentando-se de carne crua com o leão de
bezerro o rei das bestas retiraram no vaso na forma de seus corpos
seus leites. Os pássaros que usaram Garuda o chefe dos pássaros
como bezerro, tiveram móveis como vermes e insectos e imóveis como
frutos por leite. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Com
árvore Banian de bezerro, as árvores extraíram seus próprios
respectivos sucos como leite. Montanhas tiveram a mais alta delas
Himalaia por bezerro e ordenharam vários minerais como leite nos
vasos na forma de seus cumes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Todas
as espécies de seres usaram seus próprios chefes como bezerro e
extraíram largamente em seus próprios vasos o leite especificamente
útil como alimento para suas próprias espécies, da terra que
produz todos os objetos desejados quando ela foi domesticada por
Prthu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Oh
Vidura filho da família Kuru ! Deste jeito Prthu e outros existiram
de alimento obtido da terra diferentes tipos de leite na forma de seu
alimento específico, usando diferentes tipos de bezerro e de vasos
de leite. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Com
isto Prthu, o senhor da terra ficou altamente agraciado com a deusa
terra que produziu todos os objetos de desejo e afeito como era por
filhas, ele a viu como sua filha, com afeição paternal. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Há
algo semelhante na ‘Vida de Demétrio’ de Plutarco ? Há. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
cap I fala-se da musicista Ismenias de Tebas que pedia que tocassem
bem de um lado e mal de outro para se conhecer os dois lados do som
exemplo que Plutarco usa para todas as artes e para a vida mesma que
for dada a extremos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
IX do encontro com Estilpon, mestre de Zenon e discípulo de
Diógenes, que questionado sob se perdera algo diz que não há como
se perder a ciência que sendo algo interior é portanto inalienável.
A questão da <i>autarkeia</i>, bastar-se a si próprio, ser
autossuficiente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
III, IV, XIX, XXVIII, XXIX, XL, fala da relação pai e filho,
excepcional no caso posto que amava seu pai e vice versa sendo o
normal a briga, disputa : no último capítulo indaga-se : ‘Darás
seu pagamento aos mortos ?’ indicando que em Plutarco podemos ver
um sraddha, a oferta dos Pitrs, pais, antepassados que trata
justamente disso da oferta aos mortos, os antepassados conforme vimos
no Purana acima. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XX das máquinas e naves construídas por Demétrio e da sua
excelência na mecânica ciência que buscava fazer coisas
grandiosas, dignas de rei, como sua ‘helepolis’ a torre
desmontável de ataque a fortalezas. Nomeia os reis e suas atividades
: Eropo de Macedonia se entretinha quando fazia mesas e lamparinas ;
Atalo chamado Filometor cultivava ervas venenosas não só o beleño
e o eléboro mas também a cicuta, o acônito e o doriemo semeando-os
e plantando-os em jardins reais e tendo cuidado de conhecer seus
sucos e frutos e colhê-los no tempo. Com o suco do último da lista
muito venenoso impregnava-se as pontas das flechas ( não lembra o
leite das cobras, serpentes, do Purana acima ? ) ; os reis dos
partos eram vaidosos da sua destreza em afiar a ponta dos dardos,
flechas, lanças. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XXII da pintura de Protógenes de Caunio em Rodes, pintura dos filhos
do Sol, sobre a qual depois Plínio dissertará, famosa que foi.
Substitui o pelo, retrato, rasgado na acrópole pela borrasca,
substitui enquanto símbolo na história toda deste rei. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XXV recenseia-se o império : Demétrio rei, Seleuco chefe dos
elefantes, Ptolomeu general da armada, Lisímaco tesoureiro, o
siciliano Agatocles governador das ilhas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XXVII de Lamia, a velha, anciã, que encantou Demétrio e se tornou
sua principal amante : dita a Ogra enquanto Demétrio seria o conto,
a história : a referência aos Jatakas de Esopo Buddhista aqui é
clara : vemos em várias histórias a Ogra justamente como Lamia
seduzindo o rei : o leite da história. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XXXIII e XXXIV libertando e trazendo comida para Atenas que passava
fome na época de Epicuro e Crates. Entregando comida com as próprias
mãos para Epicuro seria a imagem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XXXVIII fala do grande médico-filósofo Erasístrato, natural de
Queos, e de Seleuco médico curando seu filho : este estava
apaixonado por uma das esposas do pai paixão fulminante que matava o
jovem e Seleuco soube curar o filho. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XLIII fala-se novamente da excelência da armada, das naves, de
Demétrio, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">exemplo
artístico no tempo que Euclides vivia e ensinava e Arquimedes era
criança. Se pensarmos que a descoberta do peso específico dos
metais é a origem da tabela periódica temos aqui toda a química.
Arquimedes correndo nu no meio da rua dizendo ‘eureka’ lembra o
desapego de Diógenes, o grande cão largado no meio da rua e a todos
indagando como Sócrates o primeiro da grande escola que é a
Philosophia e desde já a doutrina mesma do cinismo de desapego do
mundo e das coisas materiais conforme veremos mais a frente com
Crates. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XL – XLIV fala de Pirro e do caráter teatral de Demétrio : a cena
em Plutarco é hilária : os soldados simplesmente passam do lado do
segundo para o lado do verdadeiro rei o primeiro : define-se o
caráter do rei por elogio & crítica, teatral mesmo, de
Demétrio, que veremos a frente </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XLVI do encontro com Crates o filósofo, o quarto na linha de
sucessão da Philosophia : Sócrates, Antístenes, Diógenes, Crates,
Zenon. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Cada
um destes grandes personagens que aparecem na ‘Vida de Demétrio’
é um dos bezerros atado à vaca das riquezas produzindo o leite de
cada espécie, de cada arte, de cada parte da sociedade, cidade,
leite bebido em diferentes copos, taças, vasos, como são diferentes
as artes e ciências : e Plutarco fala das diferentes artes e
ciências no cap. I ! , sobre o meio termo em cada uma delas entre o
excesso e a falta, paralelo na ética eudemiana as potências d’alma.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
fala de Crates, o médico das almas, é Padre André Festugière,
este grande historiador, tradutor, do séc. XX, cf. bibliografia pg
141 : “Chamavam-no pois em todas as casas e ele entrava em todo
lado como se fosse sua casa : “Crates o philósopho que entrava em
todas as casas e que era recebido honrada e amigavelmente, era
chamado ‘o que abre as portas’.” ( Plut., <i>qu. Conv.</i>, II,
1, 6, o mesmo termo também em Diog. Laer., VI, 86 ). E Apuleio é
mais explícito em um capítulo de suas ‘Floridas’ ( XXII ) que é
inteiramente dedicado a Crates : “O célebre Crates, discípulo de
Diógenes, foi honrado como um tipo de gênio doméstico ( <i>ut lar
familiaris</i> ) pelos Atenienses de seu tempo. Jamais alguma porta
lhe estava fechada ; nenhum pai de família tinha assunto tão
secreto, tão íntimo, que a intervenção de Crates nele parecesse
intempestiva ; em todos os processos, todas as disputas entre
próximos, ele fazia o ofício de mediador e de árbitro “( tr.
Vallette ). O método de Crates parecia ser de se mostrar sempre
feliz, alegre : “Ainda que apenas possuísse seu saco ( alforje ) e
seu manto curto, Crates, como em uma festa, passava seu tempo a se
divertir e a rir.” Vemos se mostrar aqui um personagem bem mais
simpático que o cínico que se debate sem cessar contra as pessoas ;
é o cínico que ao contrário tem piedade delas e se coloca a seu
socorro, delas, pessoas, como o fez Hércules. A comparação é
clássica, a encontramos na passagem citada acima das ‘Floridas’:
“É que o quê Hércules outrora, no dizer dos poetas, foi para os
monstros malignos, humanos ou bestas, que ele domou pela força e dos
quais purgou a superfície da terra, Crates o foi para a cólera, a
inveja, a avareza, o deboche ; contra todos os monstros e todas as
doenças da alma humana, este philósopho foi o Hércules ; ele
caçava dos corações as pestes, purgava as famílias, domava os
maus instintos. Semi nu ele também e reconhecido por seu porrete
pesado, ele era de Thebas, como Hércules.” ( tr. Vallette, salvo
ligeiras variantes ). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Talvez
este cuidado de Crates pelos seres humanos venha de que ele mesmo
tenha sofrido muito. Nascido em 365 ele viu em 334, na idade de 31
anos sua cidade ser completamente destruída por Alexandre. Quando
algumas décadas mais tarde, Cassandro, restaurando Thebas lhe propôs
de viver lá de novo, ele recusou : “Para que ? Um outro Alexandre
a destruirá de novo.” E ele não tinha mais pátria de verdade e
podia dizer ( Trag. Gr. Fr., Crates, 1 ) : “Não possuo que uma só
fortaleza como pátria, não tenho que um só teto : é em todo lugar
da terra </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">cidade
e casa que me são preparadas para que eu viva.” Não é o
cosmopolitismo moderno para quem todas as partes do mundo formam uma
unidade. É antes o sentimento que o verdadeiro sábio, na medida que
é <i>autarkès</i>, onde é autossuficiente, pode viver em todo
lugar. Ele leva para todo lado suas misérias : não importa qual
polis todas tem para ele o mesmo valor : “há apenas uma só
fortaleza ( <i>purgos</i> )”, ou antes sua verdadeira fortaleza é
ele mesmo, as outras não são que muros que a Fortuna pode fazer
desmoronar. (…) O poema de Crates mais célebre foi aquele do Saco
/ Alforje ( <i>Pèra</i> ). Ele é citado por Diógenes Laércio,
Démétrius <i>de elocutione</i>, Clemente de Alexandria <i>Paidagogos</i>,
Apuleio <i>de magia. </i><span style="font-style: normal;">Aqui a
tradução a partir do livro citado acima de H. Diels, </span><i>Poetarum
philosophicorum fragmenta</i><span style="font-style: normal;"> ( 1901
) ( fr. 4-5 ) : </span> “Há uma cidade, o Saco ( <i>Pèra</i> ),
no centro da vã glória ( <i>typhô</i> ) cor de vinho ; ela é bela
e fecunda e não possui nada do que escorre a seu redor. Nela não
entra nada de parasita doido nem de debochado que faz de nádegas
prostituídas sua delícia mas ela carrega tomilho, alho, figos e
pães. De onde resulta que nela não se briga por estas coisas
pobres, os homens não tomam armas por uma pequena moeda nem pela
glória … Seus habitantes são livres da escravidão do prazer e
sem dobrar o pescoço eles buscam a realeza imortal e a liberdade (
<i>Athanaton basileian</i>. A realeza é aquela do homem que possui
autossuficiência, <i>autarkeia</i>, ele é por todo lado rei, como o
sábio dos estóicos e livre posto que não tem necessidade de nada
).” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
o ser humano é de agora em diante livre, e de agora em diante seu
rei, se se contenta com seu saco e seus alimentos que ele contêm,
que em verdade são suficientes para alimentar um ser humano :
tomilho, alho, figos e pães, este era durante muito tempo a ração
daquele que partia em campanha. Por exemplo, Lamachos que reclama “do
sal misturado com tomilho e cebolas” ( Aristoph., <i>Ach.</i>, 1099
). Somos sempre reconduzidos a mesma conclusão : Crates ‘humanizou’
o caminho de vida instituído pelo Kuôn [ Cão, Diógenes ], ele a
tornou possível e por isto mesmo a tornou eficaz. Um outro [ IHS XTO
] dirá mais tarde : “Não leveis nem ouro nem prata nem guardeis
moedas nos cintos, nem saco para a estrada, nem duas túnicas, nem
sapatos, nem cajado : pois o operário merece seu alimento.” A
expressão mudou um pouco porque a ideia não é mais complemente a
mesma. O predicador do Evangelho está em princípio certo de
conseguir seu alimento em qualquer casa onde ele passe. O mendicante
cínico não está certo de todo de ser satisfeito, atendido, daí
que carregue consigo o pouco que lhe é necessário. Mas com a
reserva desta ligeira diferença, o princípio de vida é o mesmo :
<i>tornei-vos livres</i>. Livres, nos Apóstolos, de pregar o
Evangelho sem misturar nenhuma outra preocupação. Livres, entre o
Cínico, de passar sem se preocupar de uma parada a outra,
indiferente aos golpes da Fortuna.” É justamente esta a lição
da ‘Vida de Demétrio’ de Plutarco. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Passemos
para a parte relativa a Louvor & Crítica que caracteriza o
personagem. Cap. X – XIII e XXIII – XXVI expõe a oposição
Estratocles orador demagogo e Filípedes comediógrafo do palco,
inimigos que eram, em dois momentos diferentes da ‘Vida de
Demétrio’ : são estes dois lados de louvor & crítica, leite
com seus respectivos bezerros em vasos, potes, diferentes. “E tendo
sido Demétrio um benfeitor grande & magnífico o fizeram molesto
& odioso com as desmedidas honras que lhe decretaram. …
Estratocles o que mais inventou estas coisas a ele atribui-se tão
excessivos e singulares modos de adular. Era todo insolente este
Estratocles tendo vida dissipada e imitando em despudor e imprudência
a falta de respeito pelo Povo do antigo Cléon.” Em dois momentos
a adulação insana, louca mesmo, é confrontada em versos pela
comédia. Num primeiro momento o peplo, retrato dos deuses foram
pintados com o rosto de Demétrio e Antígono mas uma tempestade
rasgou o retrato em plena exposição daí o verso de Filípides
sobre Estratocles ‘por quem as vinhas foram abrasadas pela
borrasca, e por cuja impiedade se rasgou o peplo, dados a homens os
divinos cultos : isto, não a comédia, arruína o Povo.’ Sábias
palavras que mostra a comédia do lado da crítica. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
segundo momento os versos de Filípides sobre Estratocles são dois
também, falando de dois acontecimentos diferentes. O primeiro : ‘O
que a um mês só, há reduzido um ano’ : Demétrio quer se iniciar
nos mistérios maiores e menores em Atenas mas o intervalo entre eles
é de um ano : precisando da força do elogio / louvor o ano é
reduzido a um mês e Demétrio recebe o grau de inspeção dos
maiores tendo iniciado-se apenas um mês antes nos menores. O segundo
: ‘O que por albergue teve a fortaleza, e da virgem o sagrado
templo, introduziu as torpes cortesãs.’ : tendo Demétrio
libertado novamente a cidade deixaram ele residir num prédio às
costas do Partenon de Atena para honrar-lhe e obsequiar-lhe e o ato
mostrou-se loucura insana posto que introduziu Lamia e suas amigas no
templo da virgem. Há a morte de Damocles que não quer se entregar,
quer ser virgem e há o exílio de Damocares que ao escutar que
Estratocles devia estar louco diz : ‘estaria se não o estivesse’
“porque realmente Estratocles serviu muito a cidade com estas
adulações”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
ano 301 a.C. Antígono e Demétrio perdem a batalha de Ipsos, Frígia
na planície da atual Eskikara-Hisar e começa o rei a se tornar uma
pessoa comum, humilde, sem posses, “dando nisto o mais relevante
testemunho da sentença de Platão que exorta ao que quer ser
verdadeiramente rico a que em lugar de aumentar a riqueza diminua o
desejo insaciável de ter, possuir, pois o que não sabe aplacar a
avareza jamais se verá livre da pobreza e da miséria.” Neste
momento que liberta Atenas da tirania e alimenta Epicuro, o grande
philósopho : “o Povo com a alegria prorrompia em diferentes
aclamações tratando de sobrepujar os elogios que os demagogos
pronunciavam desde a tribuna ...”. Reuniu um resto de forças e foi
tomar Esparta : “Quase nada faltava para fazer-se dono dela, não
tendo nunca sido tomada até então ; porém a Fortuna parece que não
usou jamais com rei nenhum de tão grandes e súbitas mudanças, nem
com ninguém foi tantas vezes pequena e grande, humilde de exaltada,
e poderosa outra vez de pobre e abatida ; assim se diz que o mesmo
Demétrio em uma das mais notáveis destas vicissitudes, empregou,
exclamando contra a Fortuna, este verso de Ésquilo : ‘tu me
alentaste e tu queres perder-me’. Porque então indo prosperamente
seus negócios [ conseguiu se restabelecer da derrota ] em relação
ao império e ao poder, o avisaram primeiro que Lisímaco tomara as
cidades d’Ásia ; e em seguida que Ptolomeu apoderara-se de toda
Chipre, exceção da cidade de Salamina e esta estava sitiada estando
dentro seus filhos e sua mãe. Mas ao mesmo tempo a Fortuna que como
aquela mulher dos versos de Arquíloco, ‘Enganosa e falaz em uma
mão, levava água e na outra fogo’, tendo-se apartado da
Lacedemônia com tão desagradáveis e terríveis novidades se
apresentou outras esperanças de novos e grandes sucessos com a
ocasião seguinte.” Segue o relato, cap. XXXVI, da morte de
Casandro e depois de seu filho Alexandro, relato estranho de uma
morte na porta, Demétrio passa por uma porta e diz quando passa que
matem o que lhe está seguindo ‘acabem com o que me segue’. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
relato de Prthu no Purana, Bhagavat Purana, talvez explique a cena do
filme que é Plutarco : sim Plutarco em todas suas ‘vidas’ de
grandes personagens vê uma imagem, transmite uma cena : ponto. Dois
pontos : há uma tradição de imagem. Voltando ao relato, Prthu não
consegue realizar seu sacrifício, perde, frustra-se, chora. Igual
Demétrio. Levanta-se realiza a iniciação com Vishnu e aprende de
Sanatkumara : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
seu apego e prazer em Brahman torna-se firmemente estabelecido, uma
pessoa procura um preceptor espiritual. Justo como fogo ligado em
<i>arani</i> um pedaço de madeira de árvore Sami usada para acender
fogo por fricção consume sua própria fonte o pedaço de madeira do
qual surge, o ser humano, por força de seu conhecimento e desapego
queima seu corpo sutil que consiste de cinco elementos sutis [
<i>Pañcatmakam</i> : (i) Consiste dos cinco <i>kilesas</i> i.e.
<i>avidya</i> ( ignorância ), <i>ahamkara</i> ( ego ), <i>raga</i> (
apego ), <i>dvesa</i> ( aversão ) e <i>abhinivesa</i> ( apego
instintivo à vida mundana e gozo corporal e o medo de ser privado
disto – ASD. 39) ; ( ii ) Consistindo dos cinco <i>Kosas</i> (
envelopes ) que descansando um dentro de outro faz do corpo relicário
da Alma. Eles são : (1) <i>annamaya</i>,(2) <i>manomaya</i>, (3)
<i>Pranamaya</i>, (4) <i>Vijñanamaya</i> e (5) <i>anandamaya</i>. ]
que envolve sua Alma, de tal modo a torná-lo não vivo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
a tela ou envólucro do corpo sutil que envolve Alma, até então
intervindo entre Alma superior ( <i>Paramatman</i> ) e a Alma, é
destruído, a pessoa torna-se livre de todos os atributos ( como amor
aversão que merecem ser entornados, expulsados ( <i>heya-gunah</i> )
pertencendo ao corpo sutil que foi queimado. Daí em diante ele não
percebe seus estados subjetivos de prazer, dor, etc. Que estão
dentro dele ( culpas internas ), nem objetos ( p. ex. Um pote, um
pedaço de roupa ) que são externos a ele, justo como uma pessoa
acordada de um sonho não vê os objetos percebidos no sonho. É
neste estado de vigília e sonho enquanto este <i>upadhi</i> (
condição ) da mente continua, que o ser humano pode perceber a si
mesmo o vidente, objetos dos sentidos e o que está além deles – o
que vê e o visto e não de outro modo quando dormindo.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Uma
vez que Demétrio acabara de ser iniciado em Atenas, a morte de
Alexandro na porta ( ‘acabem com o que me segue’ ) parece ser a
morte, queima, deste corpo sutil de que fala Sanatkumara no Purana.
Ele está diminuindo e tornando-se si-mesmo. Em 287 a.C. quando os
soldados passam para o lado de Pirro e Demétrio reduz-se ainda mais
diz Plutarco : “Demétrio com o desígnio de recolher os restos
daquele naufrágio navegou para a Grécia e reuniu os generais e
amigos que ali tinha. A comparação que Menelao de Sófocles faz com
sua fortuna quando diz : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
fado meu na inconstante roda, da Fortuna volta continuamente,
trocando sempre seu presente estado ; com seu aspecto de lua vária,
que duas noites não fica igual, mas ho-je de escura nova sai,
embelecendo e redondando o rosto, e quando maior brilho e luz
ostenta, outra vez cai e toda desaparece.’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">parece
que enquadraria melhor com as coisas de Demétrio com seus crescentes
e seus minguantes, seus brilhantismos e suas obscuridades ; pois
parecendo que então desfalecia e se apagava de todo, voltou outra
vez a resplandecer seu poder e juntou ainda alguma forças com as
quais recobrou algum tanto de esperança. Foi então que pela
primeira vez andou recorrendo as cidades como simples particular,
despojado das insígnias reais ; e vendo-o um dos de Thebas nesta
situação lhe aplicou não sem graça estes versos de Eurípedes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">de
Deus mudada a esplendente forma, na de homem mortal a nossa vista,
junto ao cristal de Dirce se apresenta, e do Ismeno na aprazível
margem.’” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
capítulo LII da Vida de Demétrio de Plutarco sobre o sossegar da
alma do personagem ao fim da vida, parece confirmar a hipótese,
confirmar seu sucesso na busca do viver livremente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bhagavat
Purana III, 22, 52 também confirma a tese com relação a Prthu :
“Justo como o Sol permanece intocável e imaculado pelos objetos em
que brilha, o rei, apesar de levar vida de dono de casa e dotado com
majestade imperial e esplendor, permanece livre do egoísmo (
<i>ahamkara</i> ) e daí desapegado dos objetos dos sentidos.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Georges
Dumézil em 1956 lançou pela Latomus de Bruxelas o livro ‘Déesses
latines et mythes védiques’ em que um capítulo fala de Fortuna
Primigênita e outro de Lua Mater. No primeiro discute-se o fato de
Fortuna ser mãe e filha de Dius-pater como Atena é filha de
Ju-piter e o salva qual mãe na luta contra os gigantes, os titãs,
etc. A mesma coisa acontece na história de Demétrio em que sua
filha Estratônica casando com o filho de Seleuco acaba por salvá-lo.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bibliografia
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Demetrio ( tr. de Antonio Ranz Romanillos ), Aguillar,
Madrid, 1973. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A.-J.
Festugière, La vie spirituelle em Grèce à l’époque
hellénistique, Picard, Paris, 1977. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Georges
Dumézil, Servius et la Fortune, Gallimard, Paris, 1943. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">The
Bhagavat Purana ( tr. G.V. Tagare ), Motilal Barnasidass, Delhi,
India, 2002. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-16181232185339053162017-08-11T13:30:00.001-07:002019-12-17T04:37:59.613-08:00[ n. do tr. : Pirro = Varuna ] <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/9DieWYRS7hE3EB3tJAVFk_p6PnOL7k1ywCLcBGAs/s1600/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/9DieWYRS7hE3EB3tJAVFk_p6PnOL7k1ywCLcBGAs/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"> Plutarco Védico </span></span><br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"> ( isbn 978-85-906438-0-7 ; à venda no Kindle ) </span></span><br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Pirro
= Varuna </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Esta
equação resolve os vários problemas da expressão simbólica na
‘Vida de Pirro’ de Plutarco : Pirro = Varuna : temos o ‘rajanya’
de Pirro mesmo, sua aspersão a rei dos macedônios, com a
conseguinte perda de toda a energia em sua expedição a Itália que
Plutarco ressalta por várias vezes ; o irmão, parente próximo,
Neoptólemo que quase fica com o título ; o ‘sautramani’,
sacrifício dos três bichos quando da aspersão que refere-se a
purificação e ao restabelecimento da energia, força perdida; os
laços que tenta impor a Fabrício romano, a riqueza, o elefante e o
médico por fim, mas que são desfeitos ; a fala, a palavra enquanto
aço afiado, a lei mesma do Eácida filho de Zeus irmão de Minos o
legislador por excelência ; a relação pai-filho no princípio e
fim na travessia do rio e na morte pela telha ; a questão do dedão
do pé que curava as pessoas doentes do baço e que teria, ele o
dedão, sobrevivido incólume nas cinzas do corpo incinerado do herói
– é o próprio Pequeno Polegar ; enfim comecemos pelos textos
sobre Varuna que temos : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-weight: normal;">Satapatha
Brahmana</span></span> V, 4, 3, 1-2 : “1. Norte do ahavaniya ele
coloca cem ou mais de cem, vacas daquele parente dele. A razão
porque faz isto é esta : 2. Quando Varuna foi consagrado ( rei ),
sua energia, seu vigor, saiu dele. Provavelmente a essência ( seiva
da vida ) das águas coletada com as quais o aspergiram, tirou fora
sua energia, seu vigor. Ele o encontra no gado e porque o encontra
nele, o gado torna-se objeto de respeito. E tendo-o encontrado no
gado, novamente toma para si mesmo sua energia, seu vigor. E de modo
semelhante este um – esta energia não saiu dele mas faz isto
pensando, ‘Este Rajasûya é a consagração de Varuna e Varuna fez
isto’. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">V,
4, 3, 11 : “Agora por quê para no meio das vacas do seu parente, -
o quê quer que seja retirado do homem, seja fama, ou qualquer coisa,
isto passa para seu parente mais importante ; - esta energia, ou
vigor, ele agora toma de volta do seu parente para si mesmo : isto é
porque ele para no meio das vacas do seu parente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">V,
4, 5, 1 : “Bem, quando Varuna foi consagrado, seu brilho saiu dele
– brilho significado vigor : este Vishnu, o Sacrifício, foi ele
que saiu dele, - provavelmente aquela essência das águas coletada
com as quais ele foi ungido naquela ocasião, retirou seu brilho.”
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">V,
5, 4, 1 : o Sautramani os três animais sacrificados um cabrito
marrom para os Asvins pois os Asvins são marrons. Uma ovelha com
tetas pendentes para Sarasvati e um touro toma-se para Indra Sutraman
( bom protetor)( segue a história do filho de Tvasthtri, Vishvarupa
( Todas- formas ), cujas três cabeças Indra cortou pois não
gostava delas, e que como com Varuna resultou que perdesse sua
energia,vigor, sendo então curado pelos Asvins, como já relato,
antes, daí o sacrifício Sautramani e no texto seguinte se repete
com Vritra). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">V,
5, 5 1. Ele prepara um bolo em doze potes para Indra e Vishnu. Bem
por quê esta oferta. Antigamente tudo aqui estava dentro de Vritra,
para entender, o Rig, o Yagus e o Sâman. Indra desejava jogar o raio
nele. 2. ele disse para Vishnu, ‘Jogarei o raio em Vritra e fiques
do meu lado !’ -”Assim seja!’ disse Vishnu, ‘Permanecerei do
teu lado : jogue-o !’ Indra mirou o raio nele. Vritra ficou com
medo do raio levantado. 3. Ele disse, ‘Há aqui uma fonte de força
: darei-a a ti ; mas não me bata !’ e deu a ele as fórmulas
Yagus. Ele Indra mirou-o uma segunda vez. 4. Ele disse, ‘Há aqui
uma fonte de força : darei-a a ti mas não me bata !’ e deu a ele
os Rig-versos. Ele o mirou uma terceira vez. 5. ‘Há aqui uma fonte
de força : darei-a a ti mas não me bata !’ e deu-lhe os hinos
Sâman. Por isto espalham o sacrifício do mesmo jeito ainda ho-je
com estes três Vedas, primeiro com as fórmulas Yagus depois com os
Rig-versos e então com os hinos Sâman ; pois assim ele Vritra
deu-os a ele. 6. E aquilo que foi o assento de Vritra, seu retiro,
que ele esmigalha, pegando-o e despedaçando-o [ paralelo em III, 2,
1, 25-28 Yagña ( o sacrifício ) desejava Vâk ( a fala ) pensando,
‘Possa casar com ela !’ Ele uniu-se a ela. 26. Indra então
pensou consigo mesmo, ‘Certamente um grande monstro brotará desta
união de Yagña e Vâk : devo me cuidar senão podem me vencer’.
Indra ele mesmo tornou-se um embrião e entrou dentro daquela união.
27. Bem quando ele nasceu após o tempo de um ano, pensou consigo
mesmo, ‘Verdadeiramente tem grande vigor este útero em que
estivesse contido : devo me cuidar que nenhum grande monstro nasça
dele depois de mim e me vença. !’ 28. Tendo-o pegado e apertado
forte, ele o despedaçou e colocou na cabeça do Yagña ( sacrifício
); - pois o antílope preto é o sacrifício : a pele preta do cervo
é o mesmo que o sacrifício e o chifre preto do cervo é o mesmo que
aquele útero. E porque foi apertando-o todo e pressionando que Indra
despedaçou o útero por isto o chifre é amarrado apertado na
extremidade da roupa; e como Indra tornou-se um embrião, broto
daquela união assim é ele o sacrificante, após se tornar um
embrião nascido daquela união de pele e chifre.’ ] : aquilo
tornou-se esta oferta. E porque a ciência dos Vedas que descansava
naquele retiro era, por assim dizer, tripla ( tridhatu ), por isto
esta é chamada Traidhatavi. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="text-decoration: none;">Plutarco,
Vida de Pirro</span>, VII segue a descrição da souvetaurilia,
sautraman, “Não deixou de voltar com Lisímaco mas sim fizeram as
pazes e se reuniram para, sobre as entranhas das vítimas, confirmar
os tratados com juramento. Trouxera-se um cabrito, um touro e um
carneiro e como este morreu por si mesmo a todos causou riso o que
sucedeu ; porém o agoureiro Teodoro proibiu a Pirro que jurasse,
dizendo que aquele prodígio anunciava a morte de um dos três reis;
assim Pirro se afastou da paz por esta causa. … agregava-se a
natural enfermidade dos poderosos, que é a ambição desmedida pela
qual veio a ser entre eles a vizinhança receosa e desconfiada …”.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
capítulo VIII fala-se de como era tido por ser o melhor capitão por
sua perícia na tática e na habilidade assim como na estratégia e
enquanto outros reis imitavam Alexandre na púrpura, nas guardas, no
torcer o pescoço e no falar alto, ele, Pirro, o representava nas
armas e no esforço seguindo então a descrição de Pirro bondoso
permitindo as injúrias e críticas a si mesmo, próximas, antes de
longe, em lugares distantes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
IX fala-se de seus casamentos e no X o comparam a uma águia que é a
metáfora do exército mesmo, como ele mesmo diz - “Por vocês –
lhes disse – sou águia ; como não serei elevado no alto, como com
asas, por vossas armas ?”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XI é eleito rei dos macedônios após o reconhecerem com o
casco-égide ( de aegis (gr.) cabra) de Apolo, Athena : “Tumultuou-se
a maior parte do exército e faziam diligência para ver Pirro.
Justamente quando quando isto sucedeu tinha tirado o casco, capacete
; porém percebendo o quê acontecia o pôs e foi conhecido pelo
penacho que sobressaía e a cimeira que eram uns chifres de bode com
o que houve macedônios que correram até ele pedindo a contrassenha
e alguns se coroaram com ramas de carvalho porque assim tinham sido
visto coroados os que se achavam com Pirro.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
XII a perda deste mesmo reino e do XIII – XXI a grande expedição
à Itália em que sucessivamente vemos a perda do vigor, energia,
sendo repetida por Plutarco seja em XV na travessia do mar ou na
guerra mesma :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XV
“Começou pois por enviar em auxílio aos tarentinos a Cíneas que
levou consigo três mil soldados; depois, trazidos de Tarento muitos
transportes para cavalos, naves armadas e toda espécie de barco,
embarcou vinte elefantes, três mil cavalos, vinte mil infantes, dois
mil arqueiros e quinhentos com fundas, fundeiros. Quando tudo estava
pronto se fez vela e estando já no meio da mar Jônio foi arrebatada
violentamente a esquadra por um vento norte que se levantou e o que
era dele mesmo pode, não sem dificuldade e trabalho, ser levado para
a margem e chegado a terra pela indústria e cuidado dos pilotos e
marinheiros ; porém a esquadra se dispersou e se separou. Umas naves
desviadas da Itália correram pelos mares Líbico e Siciliano e a
outras que não puderam dobrar o promontório Yapígio as surpreendeu
a noite e jogando-as a maré para praias desconhecidas e
inacessíveis, se destruíram todas com exceção da do rei. Esta
apesar de apenas batida no costado pelas ondas pode suster-se e
resistir por seu porte e firmeza aos embates do mar; mas quando
começou a soprar e rodeá-la o vento de terra, dano-lhe pela proa,
correu grande risco de abrir-se e despedaçar-se. Assim, o mais
terrível dos males que se tinha presente era entregar-se de novo a
um mar irritado e a um vento que variava e contudo, levantando
âncoras Pirro se lançou mar adentro sendo grande o trabalho e o
empenho de seus amigos e guardas em estar a seu lado. Mas a noite e
as ondas, com forte bramido e violento torvelinho atrapalhava que se
socorressem ; de maneira que com dificuldade no dia seguinte,
aplacado já o vento pode saltar em terra, alquebrado e sem poder se
valer de seu corpo ; porém contrastando pela energia e força de sua
alma com tamanho contratempo. Então os mesapios ( Lecce atual ) em
cuja terra aportou se apressaram com a maior boa vontade a dar-lhe os
auxílios que podiam, procurando recolher as poucas naves que e
haviam salvado, nas quais estavam apenas uns poucos homens dos de à
cavalo, menos de dois mil de infantaria e dois elefantes.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XVI
perde seu cavalo ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XVII
empresta seu manto e suas armas para um chamado Megacles e que acaba
vencido ; mas Pirro aparece com rosto descoberto e continua a luta em
que perde seus principais homens ( em 281 a.C. ) : “Eram estes que
perdeu nesta guerra os mais avantajados entre seus amigos e caudilhos
e quem Pirro mais confiava e considerava.” Vemos claramente o
sentido da expressão vitória de Pirro pois venceu os romanos mas
perdeu sua força principal. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XXI
antes de começar a guerra, Pirro consulta a sacerdotisa de Delphos
que diz que ele pode vencer os romanos. Mas ao final Pirro fala : “Se
vencemos os romanos numa só batalha, contudo perecemos sem
recursos.” E com isto retira-se da Itália. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
parte do parente, irmão, vemos no capítulo V quando da morte de
Neoptólemo o tirano seu homônimo que querendo matar a Pirro e pegar
seu título acaba morto, tudo acontecendo dentro de casa, no Epiro.
Pirro = Neoptólemo o filho de Aquiles, neto de Eáco, filho de Zeus.
O filho de Aquiles vinga o pai e mata Páris com o arco de Héracles
guardado por Filoctetes em Lesbos, história contada na tragédia
homônima de Sófocles e que segundo Vernant e Vidal-Naquet ( cf
bibliografia ) é um relato das iniciaçõe efébicas ou crípticas,
por iniciar o jovem cidadão na fase adulta da vida : Pirro /
Neoptólemo teria inventado a pírrica quando na noite em que saíram,
os gregos, do cavalo e mataram os troianos em suas casas : a
referência é Eurípedes, Andrômaca, 1135; Luciano, De saltatione,
9; Ateneu, XV, 630. “Uma dupla denominação é uma lembrança de
provações de adolescente, onde o iniciado recebe um novo apelido,
nome, como símbolo da ruptura com a infância e de acesso a uma vida
superior. Valores análogos se ligam ao nome que tomam os religiosos
pronunciando seus votos.” ( Marie Delcourt, pg 34 cf. bibliografia
). Segue a mesma autora : “No sexto Pean de Píndaro, que data
provavelmente de 490, Apolo decide recusar uma velhice feliz ao homem
que matou o velho Príamo refugiado no altar de fogo. E como
Neoptólemo se desentende com os serviçais do templo em relação a
partilha das vítimas, o deus o mata – entendemos que o faz ou
deixa fazer – em seu santuário, Delphos, próximo do largo umbigo
da Terra. … O carrasco se chama Machaireus e seu pai Daitas : Porta
machado filho de Festim. Todos os dois aparecem na literatura
satírica e anticlerical que ralha com os Délficos ávidos de
banquetes … deve-se somar que a delphique makaira, o machado
ritual, era um símbolo da rapacidade clerical e mesmo da avareza em
geral … enfim, não é curioso encontrar a lenda de um Pirros morto
por um Machaireus quando um conselho pitagórico recomenda ‘mè tò
pỹr tè makaira mokleuein’, não atiçar o fogo com um machado,
espada ; símbolo sexual. Estrabão e Pausânias dizem que Pirro foi
saquear Delphus daí a morte. Píndaro silencia sobre isto.” ( pgs
37-40 ). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
túmulo de Neoptólemo / Pirro em Delphos é descrito por Pausânias
em seu ‘Guia da Grécia’ ( cf. bibliografia ) que conta esta
história toda e faz referência a um ditado sobre sua morte : “o
quê uma pessoa faz volta para ela”. A pedra que Rhéa deu a Cronos
para engolir substituindo Zeus bebê está próxima daí falar-se
de umbigo do mundo, o ômphalus de Delphos, onde Apolo sentado
pronunciava seus oráculos imagem que vai se tornar sinônimo de
palavra oracular em grego ‘omphé’, verbo que tem este sentido,
definição. O ômphalus é uma pedra-túmulo : abaixo dele estaria
enterrada a serpente Python morta por Apollo, ela todo ano recebe
óleo em festividades que rememoram o acontecido e constitui a
liturgia da iniciação dos adolescentes ( meninos e meninas ) da
Amphictionia grega ( da união dos povos gregos que derrotou Tróia
povos cujos nomes estavam escritos em coluna no templo mesmo de
Delphos ). O ritual chama Stepterion e é descrito por Plutarco em De
musica, XIV, p. 1136; Quest. Grec. XII; Def. Orac., XV; por Estrabão,
VIII, p.422; e Elien,Hist. Var.., III, 1 : “Uma cabana de madeira é
levantada lá no pátio, de nove em nove anos, não é apenas um
buraco como uma toca de serpente mas é a imitação da morada de um
tirano ou rei e o ataque é feito em silêncio sobre ela durante o
quê é chamado Doloneia ... Com tochas acesas acompanham um garoto
cujos pais ainda vivem e quando já colocaram fogo na cabana e virado
a mesa, eles fogem sem olhar para trás pelas portas do santuário.
Finalmente as vagâncias e a servidão do garoto e as purificações
que acontecem em Tempé faz-se suspeitar que houve uma grande
poluição e algum ato ousado. Eles vão até Tempé entregando-se a
purificações e voltam a Delphos pela rota Pythias, coroados de
louros sagrados. Seu ‘architheore’, provavelmente o ‘amphithales’
da primeira noite, leva um ramo de oliveira. Os antigos interpretavam
o Stepterion como uma comemoração do combate de Apollo contra
Python, cuja morte o deus expiou se exilando e servindo Admeto
durante um ano.” Ou seja Apollo desce do céu para expiar,
purificar, seus pecados ao matar a serpente e a mesma expiação,
purificação repete-se ritual e liturgicamente. Este exílio
iniciático é um noviciado com provas que são o exílio ( phygé
), corridas vagabundas ( plánai ), a servidão ( latréia ),
escondimentos ( krýpseis ). Tanto Henri Jeanmaire ( p. 394 ) quanto
Marie Delcourt ( p. 109 ) ( cf. bibliografia ) mostram que o mesmo
ritual de liturgia purificadora, por incrível que pareça, repete-se
em Atenas com a história de Teseu em Creta conquistando a liberdade
e a democracia. Jeanmaire lembra a ‘Confessio de S. Cypriani’ (
AA. SS. Set VII p. 222 ) que estabelece uma relação entre a
iniciação dos jovens infantes e a representação do combate contra
Python : Cipriano foi dedicado a Apollo quando criança. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
Doloneia, Dolonia, é um episódio noturno da Ilíada que
reproduziria a iniciação de Neoptólemo por Ulisses relata na peça
de Sófocles, ‘Filoctetes’.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Pausânias
descreve a pintura de Polygnoto ( pg 474 ) : “Polygnotos fez
Neoptólemo o único grego ainda massacrando troianos porque toda a
pintura foi encomendada para ficar acima do túmulo de Neoptólemo.
Homero dá ao filho de Aquiles o nome Neoptólemo em toda sua poesia
mas a Cipria diz que ele era chamado Pirro ( vivaz, enérgico, ruivo
) por Licomedes e Neoptolemos ( jovem soldado ) por Phoinix porque
Aquiles era ainda bem jovem quando Neoptolemos começou a batalhar.
Há um altar na pintura com um menino pequeno assustado segurando
nele ; uma couraça de bronze descansa no altar. Este tipo de couraça
era raro no meu tempo mas a usavam na antiguidade. Há duas peças de
bronze, uma encaixando no tórax e nos músculos do estômago e a
outra protegendo as costas ; eram chamadas ‘buracos’, ‘côncavos’
: uma entrando na frente a outra atrás e você as junta com as
fivelas.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Esta
pintura existia na época de nosso Pirro do séc.III a.C. e por isto
podemos entender o capítulo III de Plutarco em sua Vida de Pirro :
“Tendo-se salvado e evitado a perseguição desta maneira [ o
capítulo II fala da passagem de Pirro bebê pelas águas, plena de
significados simbólicos também ] se dirigiram para a Iliria para a
casa do rei Glaucias e estando ele sentado com sua esposa, puseram a
criança no solo no meio deles. Começou o rei a sentir temor de
Casandro [ rei da Macedônia ( 357-297 a.C. ) filho de Antípatro.
Foi ferrenho inimigo de Alexandre Magno e inclusive se suspeita que o
envenenou ( ano 323 a.C. ) ] que era inimigo dos Eácidas e ficou
bastante tempo em silêncio consultando a si mesmo. Com isto Pirro,
indo engatinhando até ele por impulso próprio lhe pegou o manto com
as mãos e levantou-se ficando de pé nos joelhos mesmo de Glaucias,
primeiro se pôs a rir e depois ficou com o semblante triste, como de
quem roga e está em aflição, prorrompendo em choro. Alguns dizem
que não se colocou aos pés de Glaucias mas que levantou-se na ara
dos deuses e que se colocou de pé segurando nela com as mãos, o que
Glaucias teve como um grande prodígio [ não é a imagem da pintura
?! ]. Fez pois a entrega de Pirro a sua esposa encarregando-a de
criá-lo com seus filhos ; e reclamando-lhe daí a pouco os inimigos,
não o entregou, ainda que Casandro o oferecesse duzentos talentos, e
quando já tinha doze anos o acompanhou ao Epiro com tropas e o fez
ser reconhecido rei. [ mas e a couraça ? Vemos em Satapatha Brahmana
V, 3, 5, 25 que a roupa de iniciação pertence a Varuna e é disto
que se trata pois a couraça é a roupa de iniciação do soldado que
não veste mais seus membros sua roupa natural mas a roupa de Varuna.
] Resplende no semblante de Pirro a dignidade régia, sobressaindo
mais, contudo, o temível que o majestoso. Não tinha o número de
dentes que os outros mas acima tinha um osso apenas unificado, no
que, como linhas retas, estavam aqueles desenhados. Diz-se que tinha
a a virtude para curar aos que padeciam do baço, sacrificando um
galo branco e apertando suavemente como pé direito o doente que
devia estar deitado ; e ninguém era tão pobre ou desvalido que não
participara desta graça se se apresentava a pedi-la. Tomava como
prêmio um galo depois da sacrifício e o estimava muito. Diz-se
também que o dedão do pé, o polegar, tinha igualmente uma virtude
divina, de modo que queimado o corpo depois da morte, o dedo se
encontrou ileso e intacto do fogo. Mas disto falaremos depois.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Pirro
= Pequeno Polegar : não vimos os Vedas no útero de Vritra ? Indra
mesmo dentro do útero igual ao Pequeno Polegar tradicional ? Henri
Jeanmaire em seu livro ( cf. bibliografia ) está com toda a razão :
a criança iniciando-se na vida adulta com provas e purificações é
o Pequeno Polegar em seus sucessivos úteros. Gaston Paris, ‘O
Pequeno Polegar e a Ursa Maior’ em que ele precisa conduzir o carro
da constelação do polo norte, imagem que o aproxima de Phaeton
conduzindo e caindo com o carro do sol : de Phaeton fala o capítulo
I da Vida de Pirro de Plutarco que foi o primeiro a reinar no Épiro
vindo com os Pelasgos. Depois vieram Deucalião e Pirra que
sobreviveram ao Dilúvio numa arca. Marie Delcourt ( cf bibliografia
) disserta largamente sobre estas duas purificações pelo fogo e
pela água que teriam sido contemporâneas sendo que Phaeton teria
caído na Etiópia depois foi para o Épiro. Lembra a doutrina
estóica dos cataclismos pelos elementos, tipo de Sodoma e Gomorra ;
a doutrina de Heráclito do fogo imortal que julgará e condenará
todas as coisas. Enfim que a purificação pelos elementos aparece
quando “Anchises fala a Enéas de uma alma ígnea que deve ser
purificada pelos três elementos, ar, água, fogo. Os mistérios
procuravam simbolicamente esta regeneração que serviria de prelúdio
a uma imortalidade feliz” ( p. 88 ). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">René
Guénon em ‘O simbolismo da cruz’ fala sobre a serpente ( cf.
bibliografia ) ; “Tomando o simbolismo da serpente enrolada ao
redor d’árvore constatamos que esta figura é exatamente a da
hélice traçada ao redor do cilindro vertical da representação
geométrica que estudamos. Àrvore simbolizando o ‘eixo do mundo’,
como dissemos, a serpente figurará pois o conjunto dos ciclos da
manifestação universal ( daí a imagem do yin/yang ); e, com
efeito, efetivamente o percurso dos diferentes estados é
representado, em certas tradições,como uma migração do ser dentro
do corpo desta serpente ( daí a figura do ouroboros a serpente
mordendo a própria cauda : ‘quem quiser ser o primeiro seja o
último e o servo de todos’, etc. ). Como este percurso pode ser
visto seguindo dois sentidos contrários, seja no sentido ascendente,
para os estados superiores, seja no sentido descendente, para os
estados inferiores, os dois aspectos opostos do simbolismo da
serpente, um benéfico e outro maléfico, se explicam por eles mesmos
( daí a imagem do caduceu de Hermes que é também hindu ). (…)
Podemos ver um aspecto em que a serpente figura o encadeamento do ser
à série indefinida dos ciclos de manifestação – é o samsâra
buddhista, a rotação indefinida da ‘roda da vida’ da qual o ser
deve se libertar para atingir o Nirvana. O apego à multiplicidade é
também, em certo sentido, a ‘tentação’ bíblica, que afasta o
ser da Unidade central original e impede de atingir o fruto da
‘árvore da vida’ ; e é bem por ela, efetivamente, que o ser
está submetido á alternância das mutações cíclicas, isto é, ao
nascimento e morte. Este aspecto corresponde exatamente ao papel da
serpente ( ou do dragão que lhe é então equivalente ) como
guardião de certos símbolos de imortalidade do qual defende a
aproximação : é assim que vemos enrolada na árvore dos pomos de
ouro do jardim das Hespérides ou da castanheira da floresta da
Cólquida na qual está suspensa a ‘pele do carneiro de ouro’ ; é
evidente que estas árvores não são outra coisa que formas da
‘árvore da vida’ e que consequentemente representam ainda o
‘eixo da mundo’”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
mesmo autor em ‘O rei do mundo’ diz o seguinte : “Voltemos ao
termo hebraico Luz e às suas múltiplas significações : comumente
significa ‘amêndoa’ ( e também designa ‘amendoeira’
designando por extensão àrvore e o fruto ) ou ‘núcleo’ [ a
‘mandorla’ ‘amêndoa’ da tradição iconográfica cristã ],
como se sabe, o núcleo é o que existe de mais interior, de mais
oculto, de mais fechado, donde a ideia de ‘inviolabilidade’.
Dá-se também este nome a uma partícula corpórea indestrutível,
representada simbolicamente como um osso muito duro, ao qual a alma
permanece unida depois da morte até a ressurreição.Tal como o
núcleo contém o germe e o osso a medula , Luz contém em si os
elementos virtuais necessários à restauração do ser ; … sendo
imperecível ( em sânscrito o termo akshara significa ‘indissolúvel’
e por consequência ‘imperecível’ ou ‘indestrutível’;
designa a sílaba elemento primeiro e germe da linguagem e aplica-se
por excelência ao monossílabo ‘Om’ que é dito conter, em si a
essência do triplo Veda ) Luz é no ser humano o ‘núcleo da
imortalidade’, tal como o lugar designado pelo mesmo nome é a
‘morada da imortalidade’. … Luz é situada na extremidade
inferior da coluna vertebral, o que podendo parecer imediatamente
estranho, se compreende melhor se estabelecermos uma comparação com
o quê a tradição hindu diz da força chamada kundalini ( kundalini
significa enrolado em forma de anel ou espiral ; este enrolamento
simboliza o estado embrionário e ‘não desenvolvido’.) que é
uma forma da shakti considerada como imanente ao ser humano. Esta
força é representada sob a forma de uma serpente enrolada sobre si
mesma, numa região do organismo sutil que corresponde precisamente a
extremidade inferior da coluna vertebral; pelo menos assim acontece
no ser humano normal, mas, pelo efeito de determinadas práticas,
tais como a da hatha yoga, ela acorda, desenvolve-se e eleva-se
através das ‘rodas’ ( chakras ) ou ‘lótus’ ( kamalas )
correspondentes aos diversos plexus, até atingir a região
correspondente ao ‘terceiro olho’, o olho frontal de Shiva. Este
estágio representa a restituição ao ‘estado primordial’ em que
o ser humano recupera o ‘sentido da eternidade’ e através do
qual alcança aquilo a que já chamamos imortalidade virtual. Até
lá, continuamos ainda num estado humano ; numa fase posterior, a
kundalini atinge finalmente a coroa da cabeça ( brahmarandhra ) - é
está última fase que corresponde a conquista efetiva dos estados
superiores do ser. Pode-se pois concluir desta comparação que a
localização de Luz na parte inferior do organismo se refere
unicamente à condição de ‘homem pecador’...” . </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Não
só o dedão do pé / Pequeno Polegar explica-se como também
explica-se a morte de Pirro pela telha relata em Plutarco, Vida de
Pirro, XXXIV, o último capítulo – sim, a morte pela telha que uma
velha anciã jogou do telhado em Argos ( ele ia bater no filho dela )
pegando-o sem a coroa e matando-o, é esta passagem pelo
brahmarandhra, pela coroa da cabeça, e sim, as outras etapas da vida
do Eácida são as diferentes fases da vida humana descritas por R.
Guénon até que finalmente ele se liberta. O terceiro olho seria seu
cavalo atingido e morto de frente em Esparta quando atacava a cidade
anteriormente, morto por uma saeta, flecha, de Creta. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Citemos,
cotejemos, Ananda Coomaraswamy, sobre o tema em ‘Atmayajña’, pg
401 : “Vimos que a conquista de Ahi-Vritra, a morte e o
alimentar-se do Dragão, não é que o domínio do si-mesmo pelo
Si-mesmo ; e que a oferta-ao-fogo é símbolo e deve ser o fato desta
conquista. ‘Aquele que faz a oferta-de-fogo ( agnihotram )
despedaça a armadilha da cobiça, corta fora ilusão e desfaz a
raiva’ ( MU VI. 38 ).” ( // ‘Nirvana é destruir luxúrias,
destruir raivas, destruir ilusões.” ) e pg 399 : “E
verdadeiramente os que compreenderam isto anteriormente se abstêm de
fazer uma real oferta de fogo ( agnihotram na juhuvam cakrub ). Deste
mesmo ponto de vista que o Buddha ( S. II, 106 etc ; M. I, 77 ) …
pronuncia ‘Não empilho lenha para altar de fogo ; acendo uma chama
dentro de mim ( ajjhatam = adhyatmikam ), o coração lareira ( the
heart the hearth ), a flama nele o si-mesmo dominado ( atta sudanta,
S.I. 169; i.e. saccena danto, S.I. 168 = satyana dantah ).” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
dragão, serpente, então é a alma sensível que é destruída.
Vimos no começo a destruição da casa de Vritra, que se repete no
ritual iniciático de Delphos / Atenas de destruir a cabana de
madeira e virar a mesa. A caverna, o ‘ventre’ de Vrtra, é a
‘matriz de Brahma’ a partir da qual todas as coisas são
produzidas em princípio, i.e., todo começo : “… o Pai e o
Filho, o Dragão e o Herói Solar, ainda que aparentemente em
oposição são secretamente unidos, são um e consubstanciais” (
A. Coomaraswamy, Angels and Titans, pg 74 ). “A tentação de
Naciketas por Mrtyu, Yama, em nosso texto [ Katha Upanishad onde é
relata a história de Naciketas que desce ao reino do mortos e é
tentado pela Morte, história que se repete com Varuna e seu filho
Bhrigu em Satapatha Brahmana XI, 6, 1 e com Sunasepa junto de Varuna,
em história relata ritualmente no rajasuya mesmo ] corresponde a
tentação de Mara em J. I, 63 ( oferta da soberania universal ) e J.
I, 78 (filhas de Mara ) e a Mateus IV, 8, 9 ‘te darei todas estas
coisas, se...’ e a tentação da ‘serpente’ no Gênesis. O
Tentador ( seja Amor ou Morte, Satan ou Serpente ) é sempre um e o
mesmo Pai Titã de quem procede Agni que dá adeus em rV X, 12, 3-4 e
o Tentado sempre o ‘Ser Humano’ solar (…) O caráter
virtualmente idêntico das três tentações,aquelas do Buddha, do
Cristo e de Naciketas empresta, dá apoio adicional à visão que
Katha Upanishad é a história não tanto especificamente de um
‘sacrifício humano’ mas dos acordos do Ser Humano Universal com
a Morte ; ou se desejarmos evitar esta conclusão, é manifesto pelo
menos que a transação de Naciketas com a Morte é um ‘tipo’ de
conquista da Morte pelo Ser Humano Universal, no mesmo sentido que o
sacrifício de Abraão é ‘tipo’ do sacrifício do Filho do
Homem.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
aqui podemos voltar para Plutarco, Vida de Pirro, II sobre a
travessia do rio que Pirro bebê precisou enfrentar. O historiador
francês Jean Gagé escreveu quatro artigos intitulados ‘Pyrrhus e
a influência religiosa de Dodona na Itália primitiva’ ( cf.
bibliografia ) : lendo estes artigos entendemos porque comparar Pirro
= Varuna justamente porque Tarento, Crotona, o sul da Itália em
geral e a Sicília são Magna Grécia ainda nesta época depois
tornam-se latinas, Crotona é destruída : Pitágoras de Crotona é
exilado e sua ordem perseguida ou transferida para Roma mesmo.
Euclides e Arquimedes podemos dizer são contemporâneos de Pirro : é
o apogeu da cultura da Magna Grécia ( é o lado Mitra do Varuna
Pirro ) : além destes três houve Alcmeon de Crotona, Filolau de
Crotona, Arquitas de Tarento, Lisis de Tarento, etc. Arquimedes ao
descobrir o peso específico dos metais está descobrindo a tabela
periódica dos elementos. A geometria de Euclides ainda está em
todas as salas de aula apesar de toda álgebra moderna. Pitágoras
mesmo ‘fala como da Pítia’ é fundador desta ordem religiosa
científica e que como já vimos é tradicional semelhante as do
oriente contemporâneas, unidas a elas, tese que explicitamente
defendemos. J. Gagé não fecha os olhos para Numa estudando em
Crotona pitagórica, muito pelo contrário mostra a semelhança de
doutrina do segundo rei de Roma ( que construiu legislativamente a
cidade ) com Pitágoras e o oriente de modo geral seja no
vegetarianismo, seja no silêncio, seja na transmigração d’alma,
seja no estar plenamente atento ( a plena atenção ), seja na
unidade com a natureza para produzir o conhecer, o céu, as aves, o
rio, as árvores, o vento, etc : a pedra que é o centro do mundo, o
rio, fonte, que sai dela, a árvore da vida, os pássaros do céu. É
assim que J. Gagé interpreta o capítulo II da Vida de Pirro como um
acontecimento simbólico : o bebê perseguido chega a margem do rio
fugindo, as águas estão turbulentas, os que o carregam precisam
falar com os que estão na outra margem, escrevem numa cortiça
explicando tudo, lançam-na amarrada em uma pedra para dar impulso ao
tiro da flecha, quando os do outro lado entendem cortam troncos e
fazem uma ponte “… e fez a causalidade que o primeiro que passou
para o outro lado e pegou o menino chamava-se Aquiles.” Ou seja
pai de Pirro, Aquiles; ponte entre pai e filho. J. Gagé vê na
cortiça que boia, flutua, e ao mesmo tempo livro, lugar de escrever,
um ente simbólico presente no nome de Crotona, cortona, e em
‘cortumio’ de Varro, L.L. VII, 9, cor + tueri : intuir de
coração. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Vejamos
A. Coomaraswamy, ‘Some Pali Words’, Samudda ( como ‘adhivacanam’
de ‘nibbana’ ). No buddhismo como no brahmanismo, o ‘caminho’
do Peregrino considerado como uma viagem ( ‘yana’ neste sentido )
pode se relacionar a três caminhos diferentes no fluir do rio da
vida e da morte. A jornada é ou subindo a corrente para a fonte
d’água ; ou através das águas para a outra margem ; ou descendo
a corrente para o mar … Mais familiar é o simbolismo da ‘outra
margem’ a ser alcançada de várias maneiras seja com balsa, um
barco, ponte ou passagem, em conexão com o qual encontramos uma
grande variedade de termos tais como tara, tarana, tiram, tirtha,
tratr, etc derivando de ‘tr-’, ‘atravessar’ ( nota : ‘tirtha’
é ‘lugar de travessia’ ; ‘tirthankara’ virtualmente sinônimo
de ‘pontifex’, pontífice, que faz ponte. Tara é salvadora e
também ‘estrela’, cf. a Virgem como Stella Maris. Tratr é
barqueiro ou salvador. Tarana é ‘travessia’ ; daí ‘avatarana’,
‘cruzando de volta’, i.e. a ‘descida’ de um Salvador. Tiram é
‘travessia’ em S. 5, 24 onde temos ‘Poucos são os mortais que
alcançaram a outra margem.” Nosso termo latino ‘terminus’ é
cognato. Neste caso as Águas a serem atravessadas são
especificamente o Rio da Morte ( M. 1, 225-7 ; DhA 2, 275, etc) ou
como mais completamtne explicado em S. 4, 174-5 o Grande Dilúvio de
Água ( maha udakammavo ) é o dilúvio da vontade, nascimento,
opinião e ignorância ( kama, bhava, ditthi, avijja ), a Margem de
Cá representa ‘encorporamento, encorporação’ (sakkaya ), a
Margem de Lá ‘nibbana’ e o “Brahman que atravessou e alcançou
o outro lado e permanece em solo firme” ( tinno paramgato thale
tithati brahmano ) é o Arahat. A fórmula de atravessar para a
margem outra segura ocorre repetidamente no contexto buddhista e
brahmanista igualmente, de modo que exemplos mais não precisa. A
metáfora de um ‘barco’ salvador ( Pali e Skr. Nava )está
preservada em nossa ‘nave’ ( de uma igreja ). ( … ) Este valor
de ‘samudda’ ( mar ) em S. 5, 39-40 encontramos “como rios
tendem, inclinam e gravitam para o mar” ( samudda-ninna, -pona,
-pabhara ) igualmente o Oferente que cultiva o Nobre Caminho Óctoplo
“… inclina, tende, gravita para Nibbana” ; similarmente S. 5,
134 // S. 4, 179-180. As palavras -ninna, -pona, -pabbhara ou seus
equivalentes ‘mutatis mutandi’ ocorrem em outros lugares
notavelmente na bem conhecida metáfora dos caibros que convergem em
direção e descansam no telhado do domo e á assim que os poderes
d’alma convergem em direção e descansam em samadhi ( M. 1,
322-323, Mil. 38, etc ).” Ou seja explicação da morte pela telha
à qual soma-se outros três relatos de arhats elevando-se nos ares e
fazendo a saída da casa quebrando através da ‘kannika’, do
telhado : Jataka 424, Jataka 31, Jataka 418 e principalmente Jataka
396 onde o Bodhisatva explica em uma parábola : a ‘kannika’ e os
caibros são como o rei e os seus ministros e amigos. Se não houver
‘kannika’, os caibros não permanecerão, se não houver caibros,
não há nada para suportar a ‘kannika’ ; se os caibros quebram a
‘kannika’ cai ; justo o mesmo no caso de um rei e seus ministros
( pg 236, O simbolismo do Domo, A. Coomaraswamy ; na pg 205 o eixo do
mundo no chão da lareira onde foi pregada a cabeça da serpente e
subindo até o alto da chaminé : a morte de Neoptólemo em Delphos
). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Há
mais ocorrências orientais na ‘Vida de Pirro’ de Plutarco : a
famosa conversa entre Pirro e Cinéas o sofista seu porta-voz em que
lhe questiona sobre até quando conquistar, guerrear, depois de Roma
e a Itália, a Sicília, Cartago e África, etc se não era melhor
sentar e ficar dentro do próprio reino. Plutarco mesmo já falara da
doença que é a cobiça como vimos. E o tema repete-se neste
capítulo XIV : o XV já mostramos é a travessia fatídica. Esta
conversa acontece nos Jatakas 467 e 228 e neste último as cidades
das conquistas são a do Mahabharata, que como mostra G. Dumèzil é
o imaginário da ‘Vida de Publícola’ de Plutarco, o fim da
monarquia e a instalação da república com os heróis do
Mahabharata, p. ex. no cap. XIV, Horácio Cocles, o caolho na ponte,
seria Dhrtarastra / Odin – a mesma figura aparece na Vida de Pirro
cap. XIX, a do velho cego que entra no Senado e lembra aos romanos
sua valentia : Cinéas diria então que o Senado parecia uma reunião
de reis. Deste ‘samraja’ fala Bharata no Ramayana para não fazer
o ‘rajasuya’, sarga LXXXIII já no final do épico : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
esta ordem de Rama, aquele que o karma que não desmerecia, o
guardião chamou aos dois jovens príncipes e voltou a informar disto
seu Amo. Este vendo perto de si Bharata e Lakshmana, abraçou as dois
e logo lhes disse : “Cumpri lealmente a missão sem igual do
Duas-vezes-nascido. Agora quero, também, rodear a lei de sua defesa,
oh! Filhos de Raghú !A lei é indestrutível e imutável de tal modo
sua barreira é formidável, a meu juízo, e proclamar a lei é
destruir todos os males. Acompanhado de vocês, que sois outro eu
mesmo, desjo proceder ao importantíssimo sacrifício da consagração
real pois isto é um dever imprescritível. Foi através da oferta do
rajasuya, que Mitra, açoite de seus inimigos, por meio desta rica
oferenda, deste belo sacrifício, chegou a qualidade de Varuna. E
Soma, tendo oferecido também o rajasuya, segundo a lei, que conhecia
a fundo, conseguiu nos três mundos um renome e um posto duradouros.
Neste dia, o que convém mais, pensem nisto comigo; o quê agora é
útil e vantajoso para o porvir, dí-me-lo, sinceramente.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
falou Raghava, Bharata, orador hábil, fazendo o anjali, lhe dirigiu
esta resposta : “Em ti reside o dever supremo, irmão, querido ; é
em ti que toda a Terra encontra apoio ; em ti aninha a glória, herói
dos grandes braços, de valentia sem medida. Os soberanos do Mundo,
tais os Imortais Prajapati, te consideram todos assim como nós, o
protetor poderoso do Universo. Os filhos te olham como a um pai, Ó
valoroso príncipe ! Hás chegado a ser a salvação da Terra e
também dos seres vivos, Raghava. Como poderias tu, Senhor, cumprir
um sacrifício deste gênero, em que aparece a exterminação em este
mundo das raças principescas ? Estes guerreiros, Oh rei !, que
chegam a ser heróis na Terra, seria sua destruição total e isto
causa a universal reprovação. Oh tigre os guerreiros ! Oh tu que
por causa de tuas virtudes não tens igual em quanto ao poder, não
destruas o Mundo, que te está submetido inteiramente !”</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
ouviu a Bharata falar deste modo, suave como o amrita, Rama, herói
leal, sentiu uma alegria sem igual. E deu esta resposta àquele que
aumentava a felicidade de Kaikeyi : “estou contente, estou
encantado com o quê acabas de dizer, Ó herói irreprovável !
Estas palavras firmes, conforme o dever, que proferistes, Ó tigre
dos heróis!, são a salvaguarda da Terra. O propósito que eu tinha
de proceder ao grandíssimo sacrifício do rajasuya, a ele renuncio
graças a teu excelente conselho, Ó virtuoso Bharata ! Um ato
prejudicial ao Mundo, os sábios não devem realizá-lo ; por outro
lado, uma boa palavra ainda que vinda de uma criança, sabe-se
acolhê-la, Ó irmão maior de Lakshmana ! Por conseguinte, sigo teu
conselho, que é bom, que é judicioso Ó valoroso príncipe.” O
épico então conta a história de Vrtra e do sacrifício do cavalo,
o ‘aswamedha’ que então realizam no lugar do ‘rajasuya’.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
principal contudo é a atualidade do tema no Evangelho de s. João
2-3, onde o evangelista fala da primeira Páscoa de IHS em Jerusalém,
fala de IHS virando a mesa, quebrando a casa toda, da purificação
pela água e pelo fogo, do nascer de novo uma segunda vez, do filho
do homem que desceu do céu, da serpente regeneradora, etc : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Estando
próxima a Páscoa dos judeus, IHS subiu a Jerusalém, no templo
encontrou os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os
cambistas sentados. Tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos
do Templo com as ovelhas e com os bois ; lançou ao chão o dinheiro
dos cambistas e derrubou as mesas e disse aos que vendiam pombas :
“Tirai isto daqui ; não façais da casa do meu pai uma casa de
comércio.” Recordaram-se seus discípulos do que está escrito :
‘O zelo por tua casa me devorará’ [ Elias perseguido cf. Livro
dos Reis ].</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
judeus interpelaram-no dizendo : “Que sinal nos mostras para agires
assim ?” Respondeu-lhes IHS : “Destruí este templo e em três
dias euo levantarei.” Disseram-lhe os judeus : “Quarenta e seis
anos foram precisos para construir este templo e tu o levantarás em
três dias ?” ele porém falava do templo do seu corpo. Assim
quando ele ressuscitou dos mortos seus discípulos lembraram de que
dissera isto e creram na Escritura e na palavra dita por IHS. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Nicodemos
vai à noite até IHS e este lhe diz : “Se após a primeiras
angústias de um segundo nascimento o homem mortal não é engendrado
uma segunda vez ele não pode ver o reino eterno da corte celeste.”
Nicodemos manifestou sua surpresa ; “Como após a velhice com
cabelo branco um homem pode sofrer a provação de um novo nascimento
?” IHS para ensiná-lo respondeu :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Se
o homem purificando seu corpo por banhos regeneradores não recebe do
Espírito divino e da água uma segunda e nova origem, imagem
espiritual do nascimento que tem da mulher, este homem não pode
conhecer a celeste recompensa preparada na eternidade sem fim. Pois
tudo aquilo que possui entranhas humanas sobre a terra, criado por
uma carne mortal, é carne humana ; mas aquele que é divino,
purificado pela água do banho no Espírito nascido de si-mesmo (
autogonoio ), é espírito vivificante e por uma lei fora da geração,
torna-se germe espontâneo [ o núcleo da imortalidade ] de um novo
nascimento. Não vos espanteis deste mito inspirado por Deus, quando
vos digo que é necessário recomeçar a carreira da vida pela
renovação da Água. O Espírito que se agita sob um esforço
invisível, sabe soprar onde ele quer e vós escutais de perto o
barulho de sua voz, a quem Deus faz atravessar os ares para chegar a
suas orelhas ; mas seus olhos não percebem nem de onde ela vem, nem
para onde ela vai. Tal é a imagem de todo homem que o Espírito há
engendrado por uma <b>chama líquida</b> e não por um grão de
poeira.” Ele disse e Nicodemos respondeu : “ Como tudo isso ode
ser ?” E XTO replicou com seu oráculo divino ( theskelon omphén )
: Sois mestre em Israel e ignoras isto ?! O sentido vos escapa e vós
não sabeis mais o que quero dizer. Em verdade, em verdade ( amén,
amén ) recebeis ainda este sólido testemunho : aquilo que sabemos
ser a verdade cheia de divinos oráculos ( omphés ) falamos alto e
semeamos de nossos lábios verídicos nos ouvidos rebeldes dos seres
humanos ( ouata dysmaka photon [ photo, luz, serve em grego para
designar o ser humano, como um fogo uma casa nos tempos coloniais ;
ouata é igual a ouvido ]). Ora tudo aquilo que meus olhos viram no
meu Pai, o mestre dos céus, nós ensinamos por uma palavra que tem
ciência e é digna de fé. Mas o espírito intratável dos mortais
indóceis não recém meu testemunho fiel ; e se, quando disser
qualquer coisa das vãs obras terrenas seus ouvidos permanecem
totalmente incrédulos, vosso espírito inexperiente acreditará
quando escutar falar dos elementos celestes e invisíveis, se contar
do exército que voa e das obras do céu ? Jamais mortal pisou com
seus pés aéreos os inacessíveis contornos dos céus, senão o
divino filho único do homem, que desceu do alto, sua morada, para
encadear sua forma imortal à carne, ele que reside no palácio
estrelado de seu Pai e habita o firmamento eterno ( aiônios ethéra
). E como na beira do caminho sobre uma rocha deserta Moisés elevou
a serpente maléfica aos humanos ( óphin delémona photôn [
novamente photo igual a ser humano ; ophin, ofídio ] ) que o havia
mordido e a colocou em uma forma fictícia em anéis de bronze, assim
o filho do homem é o mortal, a serpente, exaltado deve aparecer a
face humana, para acalmar os sofrimentos maus que os consomem, afim
de que aquele que o recebe na condição de uma fé sincera, goze da
paz da vida que será a glória humana no curso da eternidade
indestrutível ( ou longas barbas enroladas na eternidade inabalável
). </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Pois
o rei dos céus amou este mundo inconstante e diverso ao ponto de dar
ao universo inteiro o Verbo seu filho único, benfeitor dos mortais,
afim de que aquele que o receber, renunciando a mobilidade da sua
crença e curvando voluntariamente sua cabeça sob uma inabalável
fé, entre no coro eterno da vida celeste e habite uma casa
imperecível na floresta do paraíso. Não, Deus não deu ao mundo o
verbo filho do pai para julgar o mundo antes do tempo mas para
ressuscitar ( anastéseie ) a raça humana toda inteira que sucumbia.
Assim pois aquele que o apazigua pela submissão de um coração
constante e que jogando aos ventos dos ares sua incredulidade cega,
se fortalece na fé, não é julgado ; mas aquele que tendendo (
titaínon ) para a carne humana um olhar de razão esfacelada, ousa
abrir a boca para se opor a Deus, este é julgado, porque não
admitiu a fé em sua alma rebelde a persuasão e que não há mudado
de pensamento, nem crido no nome do rei bem amado, filho altíssimo
de deus pai. Tal é a sentença que mereceu já antes este mundo
inato. Pois a luz ( phéggos cf. pháos, phaíno ) veio do céu para
a terra e a geração volúvel dos homens preferiu a obscuridade a
seu brilho ; esta raça desejou menos a luz que as trevas porquê
suas obras são equívocas. Todo homem, em efeito, que comete
iniquidades dignas da noite, odeia voluntariamente a luz e não anda
nunca para ou ao seu lado, temendo que sua luminosidade revele as
obras que realizou, dissimulando-as sob um misterioso silêncio.
Aquele ao contrário que se consagra todo inteiro e sinceramente à
verdade avança por si mesmo para manifestar os atos que executa pela
vontade de Deus.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bibliografia
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Paraphrase
do evangelho de s. João por Nonnos de Panopolis, ( primeira edição
1861 ) reimpressão 2016, facsimile publishers, Delhi, Índia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Delcourt,
Marie, Pyrrhos et Pyrrha, recherches sur les valeurs du feu dans les
légendes helleniques, 1965, Paris, Les Belles Lettres. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Ananda
Coomaraswamy, “Angel and Titan”, “The dark side of the dawn”,
“Sir Gawain and the green knight : Indra and Namuci”, em ‘La
Doctrine du Sacrifice’ ( trad. Gerard Leconte ), Éditions Dervy,
Paris, 1997. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
–<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">-------------,
“Atmayajña : self-sacrifice”, “Svayamatrnna : Janua Coeli”,
“The symbolism of the Dome” em ‘The door in the sky’,
Princeton University Press, 1997, N. Jersey. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
–<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">---------------,
“Notes on the Katha Upanishad” em ‘Perception of the Vedas’,
Manohar, Delhi, India, 2000. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">-----------------,
Some Pali Words, Harvard Journal of Asiatics Studies. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Sófocles,
Filoctetes, Aguilar, Madrid, 1978.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">J.-P.
Vernant e P. Vidal-Naquet, O Filoctetes de Sófocles e a efebia em
‘Mito e Tragédia na Grécia Antiga’, Livraria Duas Cidades, SP,
1977. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Gagé,
Jean, Pyrrhus et l’influence religieuse de Dodona dans l’Italie
primitive ( 4 artigos), Revue de Histoire des Religions / RHR, 1954,
1955, Paris. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Pausanias,
Guide to Greece, ( trad. Peter Levi ), Penguin Books, 1971, England.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Harrisson,
Jane Ellen, ‘Themis’, Meridian Book, 1969 ( pr. ed. 1912 ), New
York. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Jeanmaire,
Henri, ‘Couroi et Courètes’, Bibl. Universitaire, Lille, 1939.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">René
Guénon, Le symbolisme de la croix, Les éditions Vega, Paris, 1957. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
–<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">--------------,
O rei do mundo, Edições 70, Lisboa. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Pirro, em Biografos Griegos, Aguilar, Madrid. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Satapatha
Brahmana, SBE ( Sacred Books of the East ) vols 12, 26, 41, 43 e 44,
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Atlantic
Publishers, New Delhi, 1990. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-44311902874963330762017-06-23T09:44:00.000-07:002017-06-23T09:44:05.567-07:00503 Buddha Papagaio Pupphaka<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-AnrqDkDDE7E/WU1FO152rqI/AAAAAAAAFQw/0TbatRfkh7UfdXFqEZhG-NixyNnPEkLPQCLcBGAs/s1600/papagaio-verdadeiromp4snapshot004920160530155100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://2.bp.blogspot.com/-AnrqDkDDE7E/WU1FO152rqI/AAAAAAAAFQw/0TbatRfkh7UfdXFqEZhG-NixyNnPEkLPQCLcBGAs/s320/papagaio-verdadeiromp4snapshot004920160530155100.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">503</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
grande hoste...etc.”- Esta história o Mestre contou quando
alojava-se no bosque do cervo Maddakucchi, sobre Devadatra. Quando
Devadatra jogou uma pedra e um fragmento dela cortou o pé do
Abençoado, houve grande dor nisto. Numerosos Irmãos reuniram-se
para ver o Tathagata. Quando o Abençoado viu o Povo reunido, disse a
eles, “Irmãos, este lugar está cheio : haverá uma grande
aglomeração. Vamos agora, carreguem-me numa liteira para
Maddakucchi.” Assim então os Irmãos fizeram. Jivaka curou o pé
do Tathagata. Os Irmãos sentados diante do Mestre falavam sobre isto
: “Senhores, Devadatra é pecador e pecadores são todos do seu
povo ; o pecador acompanha o pecado.” O Mestre perguntou, “O quê
estão conversando Irmãos ?” Eles disseram. Ele disse, “Foi
assim antes e esta não é a primeira vez que Devadatra o pecador
acompanha o pecado.” Então contou-lhes uma história do passado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Certa
vez, um rei chamado Pañcala reinava na cidade de Uttara-Pañcala. O
Grande Ser nasceu como o filho do rei dos Papagaios, em um bosque de
paineiras que crescia no alto planalto no coração da floresta :
eram dois irmãos. Subindo esta montanha havia uma vila de ladrões,
onde habitavam quinhentos ladrões : ao seu sopé estava um
eremitério com quinhentos sábios. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Na
estação em que os papagaios estavam trocando as penas um remoinho
de vento carregou um dos papagaios e ele caiu na vila de ladrões
nomeio das armas dos ladrões : e porque caiu lá, eles o chamaram
Sattigumba ou Lança assobiante. O outro papagaio caiu no eremitério
entre as flores que cresciam num lugar arenoso devido ao que o
chamaram Pupphaka, Pássaro flor. Sattigumba cresceu entre os
ladrões, Pupphaka com os sábios. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
dia o rei em bravos arreios, à cabeça de uma grande companhia,
dirigiu sua carruagem esplêndida para caçar o cervo. Não distante
da cidade, ele entrou em um bosque bonito com uma rica colheita de
flores e frutos. E disse, “Se alguém deixar o passar a seu lado,
responderá por isto !” Então ele desceu da carruagem e se
cobriu, de pé, arco nas mãos na cabana designada para ele. Os
batedores bateram os arbustos para começar o jogo. Um antílope
levantou-se e procurou uma saída ; ele viu um vazio ao lado do rei,
passou por ele e escapou. Todos perguntaram quem deixou o antílope
passar. Foi o rei ! Escutando isto ele foram e fizeram piada dele.
O rei em sua auto estima não tinha estômago para a brincadeira.
“Agora pegarei o cervo !” gritou ele e subiu na carruagem. “Toda
velocidade !” ele disse para o auriga e saiu perseguindo o cervo.
Tão rápido foi o rei que os outros não conseguiram acompanhá-lo :
rei e auriga, estes dois sozinhos, continuaram até o meio-dia mas
não encontraram o cervo. O rei então retornou ; e vendo próximo à
vila dos ladrões uma clareira aprazível, desmontou, banhou-se e
bebeu e saiu do rio. Então o auriga trouxe um tapete da carruagem
e o abriu debaixo da sombra de uma árvore ; o rei deitou nele, o
auriga sentou a seus pés, esfregando-os : o rei cochilava e
acordava. O Povo da vila dos ladrões, todos ladrões mesmo, tinham
saído para a floresta para presenciar o rei : assim na vila não
ficou ninguém a não ser Sattigumba e o cozinheiro, um homem chamado
Patikolamba. Naquele momento Sattigumba saindo da vila e vendo o rei
pensou, “E se matássemos aquele sujeito lá que dorme e tomássemos
seus ornamentos !?”</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
ele retornou para Patikolamba e contou-lhe tudo a respeito. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">________________________</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Para
explicar isto o Mestre recitou cinco estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
uma grande hoste o rei de Pañcala saiu para caçar o cervo ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fundo
na floresta extraviou-se o monarca e próximo ninguém havia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Olhem,
dentro da floresta ele vê um abrigo que ladrões fizeram,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sai
um Papagaio e em seguida esta cruéis palavras pronuncia :- </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
jovem dirigindo um carro, com joias muitas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
em seu cenho uma coroa dourada brilha vermelha como o Sol ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ambos
rei e auriga dormem lá em pleno meio-dia :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Venha
vamos espoliá-los de seus bens e levá-la rápido embora ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Está
quieto como na profunda meia-noite : ambos rei e auriga dormem :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seus
bens e joias peguemos e guardemos, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Matemo-los
e empilhemos galhos em cima numa pilha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_____________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
falou, o homem saiu e olhou e vendo que era o rei amedrontou-se e
recitou esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
quê Sattigumba, estás louco ? Que palavras são estas que escuto ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Reis
são como fogueiras em chamas e muito perigosos de se aproximar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
pássaro respondeu em outra estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fala
de tolo, Patikolamba, esta ; e tu és doido, não eu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Minha
mãe nua ; por quê desprezar a vocação de que vivemos ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">[
a glosa, escoliasta, lembra aqui que a mãe nua significa que está
vestida apenas com roupas de ramos d’árvore conforme hábito de lá
e então ] </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Acorda
o rei agora e escutando conversarem na linguagem humana percebendo o
perigo recita a seguinte estrofe para acordar seu auriga : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Levante-se
rápido amigo auriga e atrele a carruagem : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Busquemos
outro abrigo já que não gosto deste papagaio. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
levantou-se rápido e colocou a parelha, junta, e então recitou uma
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
carro está atrelado, Ó poderoso rei, atrelado e pronto ali : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ponha
o pé dentro, Ó Rei ! E vamos buscar abrigo em outro lugar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Logo
que estava dentro, voaram fora rápidos como o vento os puro-sangues.
Quando Sattigumba viu a carruagem partindo, tomado de excitação
repetiu duas estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Onde
foram todos os companheiros que assombram este lugar ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pañcala
foge embora, saindo porque não o viram. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sairá
à vontade com vida ? Peguem lança, arco. Azagaia : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Olhem,
Pañcala foge ! Ó não deixem ele fugir ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
ele esbravejava, agitando-se para cá e para lá : enquanto isto no
devido curso o rei chegou no eremitério dos sábios. Naquela hora os
sábios tinham todos ido catar raízes e frutos e somente o Papagaio
Puppha [ sic ] foi deixado no eremitério. Quando viu o rei, foi
encontrá-lo e dirigiu-se com cortesia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">______________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Mestre recitou quatro estrofes para explicar : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
papagaio com seu bico vermelho cortes e corretamente disse,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem-vindo,
Ó Rei ! <i>Bonne chance</i> te dirige direto para cá ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">És
poderoso e glorioso : que errância te traz aqui, prego ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Folhas
de ‘tindook’ e de ‘pyal’ e doce ‘kasumari’,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de pequenas e poucas, pegue o melhor que temos, Ó Rei, e coma. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">[
Glosa: <i>Diospyros embryopteris</i> e <i>Buchanania latifolia</i>
são nomeados.]</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
esta água fria de uma cova alta escondida na montanha, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
poderoso monarca, tome dela, beba, se for tua vontade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estão
todos catando na floresta aqueles que querem viver aqui : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Levante-se,
Ó Rei, e pegue : não tenho mãos para oferecer. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei agraciado com as corteses palavras, respondeu com um par de
estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Nunca
houve um papagaio engaiolado tão bom ; um pássaro bastante correto
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
o outro papagaio de lá falou muitas palavras cruéis. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó,
não deixem-no ir embora vivo, Ó venham e matem ou amarrem !’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
gritava : busco este eremitério e segurança aqui encontro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
respondeu o rei, Puphaka pronunciou duas estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Somos
irmãos, Ó poderoso Rei, alimentados por uma mesma mãe, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Criados
ambos juntos na mesma árvore, alimentados em pastos diferentes. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pois
Sattigumba foi para os ladrões, eu vim para os sábios ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aqueles
ruins, estes bons e daí que nossos modos não são os mesmos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
então explicou as diferenças em detalhes, repetindo um par de
estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
feridas e laços, traição, engano e mesquinharia giram,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assaltos
e atos de violência : tal o ensino que aprendeu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aqui
auto-controle, sobriedade, gentileza, o reto e o verdadeiro, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Abrigo
e bebida para os estranhos : estavam ao meu redor enquanto cresci. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
seguida declarou a Lei para o rei nas seguintes estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
quem quer que, bom ou mau, uma pessoa preste honras,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Viciado
ou virtuoso, esta pessoa o segura abaixo de suas tendências. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
um camarada que alguém admira, como um amigo escolhido, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tal
se tornará a pessoa que mantém a seu lado, no fim. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Amizade
faz o semelhante, e toque infecta toque, descobrirás isto verdadeiro
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Envenene
a flecha e não muito depois a aljava estará envenenada também. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
sábio evita má companhia, por temer o toque infectado : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Envolva
peixe estragado em gordura e logo a gordura federá tanto quanto. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
aquele que mantém companhia do tolo, tal se tornará logo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Doce
incenso envolvido com folha, a folha vai cheirar doce igual. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Igualmente
logo crescerão sábios aqueles que sentam aos pés dos sábios. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
esta similitude o sábio deve conhecer seu próprio benefício, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
ele evite má companhia e com os retos caminhe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Céu
espera o reto mas o ruim está destinado ao ínfero abaixo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei ficou agraciado com esta exposição. Então os sábios
retornaram também. O rei saudou-os dizendo, “Sejam gentis senhores
e venham e tomem residência nos meus terrenos, e persuadiu-os a
aceitarem o convite. Quando ele chegou em casa novamente, proclamou
imunidade a todos os papagaios. Os sábios foram lá também e o
visitaram. E o rei lhes deu seu parque para que vivessem e cuidou
deles enquanto viveu. Quando ele foi preencher as hostes celestes,
seu filho teve o parassol real aberto sobre si e ele também cuidou
dos sábios e e assim seguiu por sete gerações de reis todos
bondosos em ofertas. E o Grande Ser morou na floresta até que passou
de acordo com seus atos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
esta lição estava terminada, o Mestre disse, “Assim Irmãos vocês
vejam que Devadatra manteve má companhia antes como mantém agora.”
Então ele identificou o Jataka : “Naquele tempo Devadatra era
Sattigumba, seus seguidores eram os ladrões, Ananda era o rei, os
seguidores do Buddha eram os sábios e eu mesmo era o Papagaio
Pupphaka. </span></span>
</div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-10533162711353694762017-05-15T10:12:00.003-07:002017-05-15T10:12:48.934-07:00502 Buddha Ganso Dourado<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-I66vuzDYUfo/WRngiSHIX2I/AAAAAAAAFNg/Ldeejg_t1lEEuh3TkJDYZzoY26ds9BhMwCLcB/s1600/ajanta%2BXVII%252C11.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-I66vuzDYUfo/WRngiSHIX2I/AAAAAAAAFNg/Ldeejg_t1lEEuh3TkJDYZzoY26ds9BhMwCLcB/s320/ajanta%2BXVII%252C11.png" width="243" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-lvmWDDxawZI/WRngqutA3-I/AAAAAAAAFNk/QXMu5U7-JvAIcYmRJ6j4wr-9N4VE1H4mwCLcB/s1600/hamsa2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://4.bp.blogspot.com/-lvmWDDxawZI/WRngqutA3-I/AAAAAAAAFNk/QXMu5U7-JvAIcYmRJ6j4wr-9N4VE1H4mwCLcB/s320/hamsa2.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
( Pintura de Ajanta com a reprodução em desenho de Monika Zin ; note-se no canto o caçador carregando os dois pássaros na vara de levar coisas ; clique na imagem para vê-la ampliada )<br />
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">502
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
vão os pássaros...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto
residia no Bosque de Bambu sobre a renúncia à vida por Ancião
Ananda. Então os Irmãos também estavam conversando no Salão da
Verdade sobre as boas qualidades do Ancião, quando o Mestre entrou
e perguntou-lhes o quê falavam lá sentados. Ele disse, “Esta não
é a primeira vez, Irmãos, que Ananda renunciou sua vida por mim mas
ele fez o mesmo antes.” E então ele contou-lhes uma história do
passado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Liberation Serif", serif; font-size: 14pt;">__________________________</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Liberation Serif", serif; font-size: 14pt;">Certa
vez reinava em Benares um rei chamado Bahuputtaka, ou Pai de muitos
filhos e sua Rainha Principal era Khema. Naquele tempo o Grande Ser
morava no Monte Cittakuta e era o chefe de noventa mil gansos
selvagens, tendo vindo à vida como um ganso dourado. Naquele tempo,
como já foi dito, a rainha teve um sonho, e contou ao rei que
concebeu o desejo feminino de ouvir o discurso do Ganso Dourado
sobre a Lei. Quando o rei questionou se haviam tais criaturas como
gansos dourados, lhe foi dito que sim, havia no Monte Cittakuta.
Então ele construiu um lago que chamou de Khema e fez com que se
plantasse todo tipo de milho e diariamente nos quatro cantos se
proclamava imunidade e enviou um caçador para pegar gansos. Como
esta pessoa foi enviada, sua observação dos pássaros, como
novidades foram contadas ao rei quando os gansos dourados chegaram, a
maneira como a armadilha foi montada e o Grande Ser pego nela, como
Sumukha capitão chefe dos gansos não o viu nas três divisões de
gansos e retornou, tudo isto será estabelecido no Jataka 534 ( onde
o nome de Dhatarattha também é dado ao Grande Ser ). Bem, como
então o Grande Ser foi pego no laço e na armadilha e quando estava
mesmo pendurado no laço na extremidade da armadilha , ele esticou o
pescoço olhando o caminho que os gansos tomaram e percebendo
Sumukha enquanto ele vinha, pensou, “Quando ele chegar vou
colocá-lo em teste.” Então quando ele chegou, o Grande Ser
repetiu as três estrofes :</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
vão os pássaros, os gansos vermelhos, todos tomados de medo : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
dourado Sumukha, parta ! Que queres aqui ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Meus
amigos e parentes me largaram, todos voaram para longe,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sem
pensar voaram embora : por quê só você ficou ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Voe,
nobre pássaro ! Com prisioneiros não pode haver amizade : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Voe,
Sumukha ! Não perca a chance enquanto ainda podes ser livre. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ao
o quê Sumukha respondeu, pousando na lama - </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não,
não te deixarei, Ganso Real, quando problema se aproxima : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
permanecerei e a seu lado viverei ou morrerei. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
falou Sumukha, em tom leonino ; e Dhatarattha respondeu com esta
estrofe: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
coração nobre, bravas palavras são estas, Sumukha, que dizes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Foi
apenas para te testar que te mandei voar de volta. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Enquanto
estavam assim conversando juntos, sobe o caçador cajado nas mãos
para o topo a toda velocidade. Sumukha encoraja Dhatarattha e voa
para encontrar o homem, respeitosamente declarando as virtudes do
pássaro real. Imediatamente o coração do caçador amoleceu ; o
quê, percebendo Sumukha, o faz voltar e permanecer encorajando o rei
dos gansos. E o caçador aproximando-se do rei dos gansos, recitou a
sexta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pisam
nele por caminhos que não se pisa, pássaros voando no céu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
você, Ó nobre Ganso, não espreitou de longe a armadilha ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
Grande Ser disse : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
a vida está chegando ao fim e a hora da morte se aproxima, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de você estar em cima, nem armadilha nem laço você vê. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">(
este gatha, verso, aparece nos Jatakas 164 e 399 ) </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
caçador, feliz com a colocação do pássaro, então falou três
estrofes para Sumukha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Lá
vão os pássaros, os gansos vermelhos, todos tomados de medo : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
você, Ó ave dourada, ainda está parada esperando aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Eles
comem e bebem, os gansos vermelhos : despreocupados eles voaram ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Dispararam
através dos ares e você foi deixado só. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
quê é esta ave, que enquanto o resto deixando-o voou</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de livre, você se junta ao prisioneiro – por quê ficaste só ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sumukha
respondeu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
é meu camarada, amigo e rei, querido como minha vida ele é : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Abandoná-lo
– não, nunca o farei, até a morte me chamar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escutando
isto o caçador ficou muito agraciado e pensou consigo mesmo - “Se
eu machucar criaturas virtuosas como estas, a terra abriria e me
engoliria. Que me importa o prêmio do rei ? Os colocarei em
liberdade.” E ele repetiu uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vendo
agora que pelo bem da amizade estás preparado para morrer, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Liberto
teu rei e camarada, para te seguir em voo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Isto
dito, ele jogou para baixo Dhatarattha da armadilha e soltou o laço
e o levou para a margem e piedosamente lavou seu sangue e recolocou
os músculos e tendões deslocados. E em razão da gentileza de seu
coração e pelo poder das Perfeições do Grande Ser, no mesmo
instante sua pata ficou curada e nem marca ficou no lugar que foi
pego. Sumukha contemplou o Grande Ser com alegria e agradeceu com
estas palavras : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
todos seus parentes e amigos, Ó caçador, seja feliz, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
estou feliz vendo o Rei dos pássaros livre. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o caçador escutou isto, ele disse, “Agora você deve partir
amigo.” Então o Grande Ser disse a ele, “Você me capturou para
fins próprios, meu bom senhor, ou devido a ordens de outro ?” Ele
contou-lhes os fatos. O outro ponderou se era melhor retornar para
Cittakuta ou ir até a cidade. “Se eu for até a cidade,” ele
pensou, “o caçador será premiado, o desejo da rainha será
realizado, a amizade de Sumukha será conhecida, e também pela
virtude de minha sabedoria receberei o lago Khema, como presente. É
melhor portanto ir até a cidade.” Isto estabelecido, ele disse,
“Caçador, leve-nos na sua vara de levar coisas até ao rei e ele
me libertará se quiser.” - “Meu senhor, reis são duros ; sigam
seus caminhos.” - “O quê ? Apaziguei um caçador como você e e
não encontraria favor em um rei ? Deixe isto comigo ; sua parte,
amigo, é transportar-nos até ele.” O homem fez isto. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o rei colocou seus olhos nos gansos ele ficou deliciado. Colocou
ambos num poleiro dourado, deu-lhes mel e grãos fritos para comer e
água adocicada para beber e com as mãos postas em súplica
pediu-lhes que falassem da Lei. O rei dos gansos vendo quão ansioso
ele estava para escutar, primeiro dirigiu-se a ele em palavras
agradáveis. Estas são as estrofes expressando a conversa do rei e
do ganso um com o outro. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tem
sua excelência, saúde e riqueza e o reino cheio</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">De
bem-estar e prosperidade e justamente legislado ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
aqui temos saúde e riqueza, Ó Ganso, e aqui reino cheio</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">De
bem-estar e prosperidade e justa e retamente legislado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
há mancha à vista no meio da tua corte e estão teus inimigos</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Distantes,
como a sombra no sul, que nunca cresce ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
há mancha à vista no meio dos meus cortesãos e meus inimigos</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Distantes
como a sombra no sul, que nunca cresce. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
tua rainha de linhagem igual, obediente, melíflua,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fértil,
bonita, famosa, acompanha seus desejos, realizando cada um ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
sim, minha rainha de linhagem igual, obediente, melíflua,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Fértil,
bonita, famosa, acompanha meus desejos, realizando cada um. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
legislador criador ! Tens filhos muitos, nobremente criados,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Espertos,
homens fáceis de agradar em qualquer coisa que sejam enviados ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
Dhatarattha ! Filhos tenho de fama, cinco e mais um : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Diga-lhes
seus deveres : não deixaram seu bom conselho desfeito. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escutando
isto, o Grande Ser deu-lhes conselhos em cinco estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aquele
que adia até muito tarde o esforço de fazer o bem, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Apesar
de nobremente criado, com virtude dotado, ainda assim afunda debaixo
da correnteza. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seu
conhecimento murcha, grande perda a sua ; como a cegueira noturna</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vê
todas as coisas cheias duplamente em seu tamanho com a visão
imperfeita. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quem
vê a verdade em falsidade não ganha sabedoria nenhuma, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
em um caminho montanhoso escarpado o cervo frequentemente cairá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Se
um homem corajoso qualquer ama virtude, segue o correto, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
mesmo um casta baixa, ele queima como fogueira na noite. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Usando
esta similitude explique todas as verdades da sabedoria, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cuidando
de seus filhos até crescerem sábios, como árvore nova na chuva. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
o Grande Ser discursou para o rei toda a noite. O desjo da rainha foi
apaziguado. Àurora ele o estabeleceu nas virtudes dos reis e o
exortou a ser vigilante, então com Sumukha voou para fora pela
janela norte a caminho do Cittakuta. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_______________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Após
este discurso, o Mestre disse, “Assim, Irmãos, este homem ofereceu
sua vida por mim antes,” e então ele identificou o Jataka :
“Naquele tempo Channa era o caçador, Sariputra o rei, uma irmã
era a Raninha Khema, a tribo Sakiya era o bando de gansos, Ananda era
Sumukha e eu mesmo o Rei Ganso.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-83610698055793901172017-03-18T08:46:00.001-07:002017-03-18T08:46:16.372-07:00501 Buddha Cervo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-wMFGvud408w/WM1WAn07ggI/AAAAAAAAFNI/qMyLZZYBzw8qDBAasJuDT1p-qfB84LSxgCLcB/s1600/ajanta%2BXVII%252C34.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-wMFGvud408w/WM1WAn07ggI/AAAAAAAAFNI/qMyLZZYBzw8qDBAasJuDT1p-qfB84LSxgCLcB/s320/ajanta%2BXVII%252C34.bmp" width="227" /></a></div>
<br />
( Pintura de Ajanta, vihara buddhista, Índia )<br />
<br />
<span style="font-family: "Liberation Serif", serif; font-size: 14pt;">501</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“ <span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
medo da morte ...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto
residia no Bosque de Bambu sobre o reverendo Ananda, que fez a
renúncia de sua própria vida. Esta renúncia será descrita no
Jataka 533, o Amansar de Dhanapala. Quando este reverendo senhor
renunciou sua vida pelo Mestre, fofocaram sobre isto no Salão da
Verdade : “Senhores, o reverendo Ananda, tendo se mantido no
conhecimento detalhado do curso de treinamento religioso, renunciou
sua vida pelo Dasabala.” O Mestre entrou e perguntou o que falavam
lá sentados. Eles disseram. Ele disse, “Irmãos, esta não é a
primeira vez que ele entrega sua vida por mim ; ele o fez antes.”
Então ele lhes contou uma história do passado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">______________________________</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Certa
vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), sua esposa
principal se chamava Khema. Naquele tempo o Bodhisatva nasceu na
região do Himalaia, como um cervo : dourado ele era e belo, e seu
irmão mais novo chamava-se Citta-miga, ou Malhado cervo, também
era da cor do ouro e também sua irmã mais nova Sutana. Bem o nome
do Grande Ser era Rohanta e ele era rei dos cervos. Atravessando
duas cadeias de montanhas, na terceira ele vivia ao lado de um lago
chamado Lago Rohanta e cercado por sua horda de oitenta mil cervos.
Ele tinha o costume de amparar os pais, que eram velhos e cegos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
um caçador, que vivia numa vila de caçadores próxima a Benares,
veio aos Himalaias e viu o Grande Ser. Ele retornou para sua cidade
e em seu leito de morte disse a seu filho, “Meu garoto, em tal
lugar de nosso chão de caça há um cervo dourado ; se o rei
perguntar você deve contar para ele.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
dia Rainha Khema, aurora, teve um sonho e este era ele. Um cervo
dourado sentado em um assento dourado e ele discursava para a rainha
sobre a Lei com voz melíflua, como o som de um sino dourado
tinindo. Ela escutou com grande prazer a este discurso mas antes
que o discurso estivesse terminado o cervo levantou-se e saiu ; e ela
acordou, gritando - “Peguem o cervo !”. As empregadas, escutando
seu grito, caíram na gargalhada. “A casa está fechada, portas e
janelas ; nem mesmo uma lufada de vento pode entrar e ainda assim a
senhora grita para apanhar o cervo para ela !” Neste momento ela
entendeu que era um sonho. Mas disse para si mesma, “Se eu falar, é
um sonho, o rei não vai dar importância ; mas se eu disser que é
desejo de mulher o rei vai dar com toda atenção. Escutarei o
discurso do cervo dourado !” Então ela deitou se fazendo de
doente. O rei veio : “O quê há de errado com minha rainha ?”
ele disse. “Oh meu senhor, apenas um desejo natural.” - “O quê
você deseja ?” - “Desejo escutar o discurso do justo cervo
dourado.” - “Por quê, minha senhora, o quê anelas não existe :
não há tal coisa como um cervo dourado.” Ela disse, “Se eu não
conseguir isto, morro aqui mesmo.” Ela virou as costas para o rei e
permaneceu deitada. “Se houver algum, será pego,” disse o rei.
Então ele questionou seus cortesãos e brahmins, justo como no
Jataka do Pavão, 129, se havia tal coisa como um cervo dourado.
Descobrindo que havia, ele reúne seus caçadores e pergunta, “Quem
de vocês já escutou ou viu tal criatura ?” O filho do caçador
que falamos contou a história como ele escutou. “Meu amigo,”
disse o rei, “quando você trouxer este cervo para mim, te
recompensarei ricamente ; vá e traga-o aqui.” Ele deu dinheiro
para as despesas e o despediu. O sujeito disse, “Nada tema : se não
puder trazer o cervo trarei sua pele ; se não puder conseguir esta ,
trarei os pelos.” Então o homem retornou para sua casa e deu o
dinheiro do rei para sua família. Então ele saiu e viu o cervo
real. “Onde devo deixar minha armadilha ,” ele pensou, “de modo
a pegá-lo ?” Percebeu que tinha chance no lugar de beber água.
Trançou uma corda forte com tiras de couro e a colocou com uma vara
no lugar que o Grande Ser descia para beber água. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Dia
seguinte, o Grande Ser com oitenta mil cervos durante sua busca por
comida, lá chegou para beber água na passagem de costume. Justo
quando descia foi pego no laço. Então ele pensou, “Se eu gritar o
grito de captura, toda a tropa fugirá aterrorizada sem beber água.”
Apesar de estar amarrado na extremidade da vara, ele permaneceu
fingindo beber, como se estivera livre. Quando os oitenta mil cervos
já tinham bebido, ele por três vezes puxou o laço para rompê-lo
se possível. A primeira vez ele cortou sua pele, a segunda cortou
sua carne e a terceira ele atingiu um tendão, de modo que a
armadilha atingiu o osso. Então, incapaz de quebrá-la, ele
pronunciou o grito de captura : toda a horda dos cervos fugiu
aterrorizada em três tropas. Cervo Malhado, Citta, não viu o Grande
Ser em nenhuma das tropas : “Este perigo,” ele pensou, “que
caiu sobre nós, atingiu meu irmão.” Então retornando, ele o viu
lá preso amarrado. O Grande Ser também o viu e gritou, “Não
fique aí, irmão, há perigo aqui !” Então, urgindo-o a que
fugisse, ele repetiu a primeira estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
medo da morte, Ó Cittaka, as hordas de criaturas fogem : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vá
com elas e não se retarde pois devem viver contigo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">As
três estrofes que seguem são ditas pelos dois alternativamente : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não,
não, Rohanta, não irei ; meu coração me aproxima ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estou
pronto para entregar minha vida, não te deixarei aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
cegos, com ninguém para cuidar deles, nossos pais ambos devem morrer
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
vá e deixe-os viverem contigo : Ó não se retarde mais ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não,
não, Rohanta, não irei ; meu coração me aproxima ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estou
pronto para entregar minha vida, não te deixarei aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
lá ficou amparando o Bodhisatva no lado direito e o animando. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sutana
também, a jovem cerva, corria entre os cervos mas não encontrava
seus irmãos em lugar nenhum. “Este perigo,” ela pensou, “deve
ter caído sobre meus irmãos.” Ela voltou-se e foi até eles ; e o
Grande Ser, vendo ela vir, repetiu a quinta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vá,
cerva tímida, fuja ; uma armadilha de ferro me prende : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Vá
com os outros, não se retarde, eles viveram contigo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">As
três estrofes próximas são ditas alternativamente como antes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não,
não, Rohanta, não irei ; meu coração me aproxima ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estou
pronta para entregar minha vida, não te deixarei aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
cegos, com ninguém para cuidar deles, nossos pais ambos devem morrer
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
vá e deixe-os viverem contigo : Ó não se retarde mais ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não,
não, Rohanta, não irei ; meu coração me aproxima ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Perderei
minha vida, mas não te deixarei amarrado e capturado aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
ela também se recusou a obedecer ; e permaneceu a sua esquerda
consolando-o. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
o caçador viu os cervos escapando fora e escutou o grito de captura.
“Deve ser o rei da horda que foi pego !” ele disse ; e segurando
o cinto pegou a lança para matá-lo, e correu rapidamente para cima.
O Grande Ser repetiu a nona estrofe vendo-o vir : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
caçador furioso, armas nas mãos, vejam ele se aproximando ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
ele nos matará aqui ho-je com flecha ou lança. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Citta
não fugiu, apesar de ver o homem. Mas Sutana, não sendo forte o
suficiente par ficar parada, correu um pouco com medo da morte. Então
com o pensamento - “Para onde fugirei se abandonar meus dois
irmãos?” ela retornou, renunciando sua própria vida, com morte no
rosto e permaneceu do lado esquerdo do seu irmão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">____________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Para
explicar isto, o Mestre recitou a décima estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
tenra cerva em pânico de medo fugiu um pouco, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
fez a coisa mais difícil de se fazer pois retornou para morrer. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">_______________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o caçador chegou em cima, viu estas três criaturas em pé juntas.
Um pensamento de piedade surgiu em seu coração, quando cogitava que
eram irmãos e irmã nascidos do mesmo útero. “Só o rei da
horda,” ele pensou, “esta preso na armadilha ; os outros dois
estão presos com os laços da honra. Que parentesco terão com ele
?” questão que perguntou assim : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
que são estes cervos que esperam junto ao prisioneiro, apesar de
livres</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
nem para salvar a própria vida o deixam aqui e fogem ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Bodhisatva respondeu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Meu
irmão e minha irmã estes, nascidos de uma mesma mãe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Nem
para salvar a própria vida me deixariam abandonado aqui. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estas
palavras fizeram seu coração amolecer ainda mais. Citta, o cervo
real, percebendo que seu coração amolecia, disse, “Amigo caçador,
não imagine que esta criatura é um cervo e nada mais. Ele é o rei
de oitenta mil cervos, de vida virtuosa, amável com todas as
criaturas, de grande sabedoria ; ele ampara pai e mãe, agora cegos e
velhos. Se matares um ser correto como este, estarás matando pai e
mãe, minha irmã e eu , todos os cinco ; mas se deres a meu irmão
sua vida, concederás a vida a nós cinco.” Então ele repetiu a
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tornados
cegos, com ninguém para cuidar deles, ambos perecerão :</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ó
concedas tu vida a todos os cinco e deixes meu irmão ir ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o caçador escutou este pio discurso, ficou agraciado de coração.
“Nada tema, meu senhor,” ele disse e repetiu a próxima estrofe
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Assim
seja : vejam liberto agora o cervo que cuida dos progenitores : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seus
pais quando o encontrarem a salvo brincarão alegremente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
disse isto ele pensou : “O que tenho a ver com o rei e suas
honrarias ? Se machucar este cervo real, ou a terra se abrirá e me
engolirá ou um raio cairá e me atingirá. O deixarei ir.” Então
aproximando-se do Grande Ser, ele desarmou a vara e cortou a tira de
couro ; então abraçou o cervo e o levou para próximo do rio e
gentilmente o soltou do laço, juntou as extremidades do tendão e os
lábios de carne aberta e as pontas das peles, lavou fora o sangue
com água, piedosamente esfregando-o repetidamente. Pelo poder de seu
amor e da perfeição do Grande Ser tudo se juntou novamente,
tendões, carne e pele : couro e pelos cobriram a pata : ninguém
cogitaria onde teria sido ferido. O Grande Ser ficou lá, cheio de
felicidade. Citta olhava para ele e rejubilava-se e agradeceu ao
caçador com esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Caçador,
sejas feliz agora e possam seus familiares serem felizes, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
estou feliz vendo o poderoso cervo ser liberto. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Agora
o Grande Ser pensou, “Foi ideia do próprio caçador me prender ou
foi ordem de outro ?” e ele questionou a causa de sua captura. O
caçador disse : “Meu senhor, não tenho nada contra ti ; mas a
esposa do rei, Khema, deseja escutar teu discurso sobre retidão ;
por isto te prendi obedecendo as ordens do rei.” - “Sendo assim,
meu bom amigo, tivestes coragem em me libertar. Vamos, leve-me ao rei
e discursarei diante da rainha.” - “Na realidade, meu senhor,
reis são cruéis. Quem sabe o que advirá disto ? Não ligo para
honraria qualquer que o rei possa me agraciar : vás onde desejas.”
Mas novamente o Grande Ser pensou que foi um gesto de coragem
libertá-lo ; ele deve dá-lo a chance de ganhar a honraria
prometida. Então disse, “Amigo, esfregue minhas costas com sua
mão.” Ele fez isto ; sua mão tornou-se coberta com pelos
dourados. “O quê devo fazer com estes pelos, meu senhor ?” -
“Pegue-os, meu amigo, apresente-os ao rei e a rainha, diga-lhes que
são os pelos do cervo dourado ; tome meu lugar e discurse para eles
nas palavras destes versos que repetirei : quando ela escutar você,
apenas isto será suficiente para satisfazer o desejo dela.”
“Recite a Lei, Ó rei !” disse o homem ; e o outro ensinou-o dez
estrofes de vida santa e descreveu as Cinco Virtudes e o despediu com
um aviso para ser vigilante. O caçador tratou o Grande Ser como
alguém trataria um professor : três vezes andou ao redor dele no
sentido horário, fez as quatro obediências e embrulhando os pelos
numa folha de lótus foi embora. Os três animais acompanharam-no
um pouco então, após beber e comer, retornaram para seus pais. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pai
e mãe questionaram-no : “Rohanta, meu filho, escutamos que fora
pego, e como estás livres ?” Colocaram a questão em uma estrofe
: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
ganhaste liberdade quando avida estava quase acabada : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
o caçador te libertou da armadilha traiçoeira, meu filho ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
resposta ao o quê o Bodhisatva repetiu três estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Cittaka
me ganhou a liberdade com palavras que encantam o ouvido, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
tocam o coração, penetram o coração, palavras ditas clara e
docemente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Sutana
me ganhou a liberdade com palavras que encantam o ouvido,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
tocam o coração, penetram o coração, palavras ditas clara e
docemente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
caçador me deu a liberdade, escutando estas palavras encantadas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Que
tocam o coração, penetram o coração, palavras ditas clara e
docemente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seus
pais expressaram gratidão, dizendo : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ele
com sua esposa e família, Ó feliz eles sejam, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
somos felizes contemplando Rohanta agora livre ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
o caçador saiu da floresta e foi até o rei ; então saudando-o
ficou em um dos lados. O rei quando o viu disse : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Venha,
diga-me, caçador, : dizes ‘Vejam a pele do cervo trago’ : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ou
não tens couro de cervo para mostrar devido a qualquer coisa ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
caçador respondeu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Nas
minhas mãos a criatura veio, na minha armadilha escondida, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
foi pega presa : mas outros, livres, ficaram do lado dele lá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
piedade fez minha carne estremecer, uma piedade estranha e nova. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Se
matasse este cervo ( pensava ) então perecerei também. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
eram estes cervos, Ó caçador, qual a natureza deles e maneiras,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Suas
cores, qualidades, para merecerem tão alto louvor ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei colocou esta questão várias vezes seguidas, como alguém
bastante atônito. O caçador respondeu nesta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
chifres prateados e forma graciosa, couro e pelos muito brilhantes</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Focinho
vermelho e olhos brilhantes, tudo amável a vista. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Enquanto
ele repetia esta estrofe, o caçador colocou nas mãos do rei os
pelos dourados do Grande Ser e em outro verso adicionou a descrição
da aparência destes cervos : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tais
são sua natureza e maneiras , meu senhor, e tais estes cervos : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Costumam
buscar comida para os pais : não podia trazê-los para cá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
estas palavras ele descreveu as qualidades do Grande Ser e do cervo
Citta e da cerva Sutana ; adicionando isto, “O cervo real, Ó rei,
apresentou-me seus pelos ordenando-me que tomasse seu lugar e
declarasse a Lei diante da rainha em dez estrofes sobre a vida santa.
( A recensão Burmesa, de Myanmar, Burma, Birmânia, lê : Então o
rei o sentou em seu trono real incrustado com os sete tipos de gemas
; e sentando ele mesmo com sua rainha em um assento mais baixo,
colocado do lado, com obediência reverente, pediu-lhe que falasse. O
caçador falou assim, declarando a Lei : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
teus pais, rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
esposa e filho, Ó rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
amigos e cortesãos, rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Na
guerra e em viagem, rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Nas
vilas e nas cidades, rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Em
toda terra e domínio, Ó rei, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
brahmins e ascetas todos, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
bestas e pássaros, Ó rei guerreiro, aja retamente ; e assim </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aja
retamente, Ó rei guerreiro ; disto fluirão todas as bençãos : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Seguindo
vida reta para o céu o rei irá. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Com
vigilância atenta, Ó rei, vá pelas trilhas da bondade : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Os
brahmins, Indra e os deuses ganharam suas divindades assim. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Estas
são as máximas contadas desde antigamente : e seguindo os caminhos
da sabedoria </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
deusa de toda a felicidade ela mesma para o céu se eleva. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Desta
maneira o caçador declarou a Lei, como o Grande Ser a mostrou a ele,
com habilidade de Buddha, como se estivesse trazendo para baixo para
a terra o celeste Ganges. A multidão com milhares de vozes gritou
aprovando. O desejo da rainha foi satisfeito quando ela escutou o
discurso.) O rei foi agraciado e repeti estas estrofes, enquanto
recompensava o caçador com grande honra: </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Te
dou um brinco em joias, cem moedas de ouro, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
belo trono como flor de linho, com almofadas quadradas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Duas
esposas de rank e valor iguais, um touro e cinco vacas, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Meu
benfeitor ! E legislarei com justiça para sempre. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Comércio,
agricultura, coleta, usura, qualquer que seja teu chamado , </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Veja
que não peques mas com isto ampare sua família. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
ele escutou estas palavras do rei, ele respondeu, “Nenhuma casa ou
lar para mim ; conceda, meu senhor, que me torne asceta.” Dado o
consentimento do rei, entregou os ricos presentes do rei para sua
esposa e família e seguiu para o Himalaia, onde abraçou a vida
ascética, e cultivou as Oito Consecuções e tornou-se destinado ao
mundo de Brahma. E o rei manteve-se fiel ao ensino do Grande Ser e
foi preencher as hostes celestes. O ensinamento durou por mil anos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">__________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Este
discurso terminado, o Mestre disse, “Assim, Irmãos, muito tempo
atrás, como agora, Ananda renunciou sua vida por mim.” Então ele
identificou o Jataka : “Naquele tempo, Channa era o caçador e
Sariputra o rei, uma monja era rainha Khema ; alguns da família do
rei eram o pai e a mãe, Uppalavanna era Sutana, Ananda era Citta, o
clã Sakiya eram os oitenta mil cervos e eu mesmo era o cervo real
Rohanta. </span></span>
</div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-15440814810363003602017-01-25T08:31:00.001-08:002017-01-25T10:28:42.947-08:00[ n. do tr : Buddha e os devas ]<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-4WoEvgH2AXo/WIjuKNVEAFI/AAAAAAAAFL4/5c6MakCURO85R_WSslLPYCjp26kcsmC-ACLcB/s1600/danca%2Bde%2Bshiva.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://1.bp.blogspot.com/-4WoEvgH2AXo/WIjuKNVEAFI/AAAAAAAAFL4/5c6MakCURO85R_WSslLPYCjp26kcsmC-ACLcB/s320/danca%2Bde%2Bshiva.bmp" width="320" /></a></div>
<br />
“ <span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: 14pt;">A
dança crepuscular de Shiva. Shiva dançando no chão dourado de
Kailasa, acima dos picos dos Himalaias circundantes para um coro de
Devas e Gandharvas ou Kinnaras e diante de Devi entronizada como
Raj-rajesvari. Entre os Devas para a esquerda reconhecemos Brahma,
Vishnu, Sarasvati, Lakshmi, Karttikeya, Surya, Candra, Ganeshae
também Narada e outros rishis e reis ; Agni de três cabeças será
visto à direita do grupo de músicos Kinnaras à direita da imagem.
Devi é de tez vermelha, quatro braços, e segura o laço ( <i>pasa </i>)
e o chicote d’elefante ( <i>ankusa </i>).</span></span><br />
<div style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">A
descrição seguinte é dada no </span><i>Shiva Pradosa Stotra </i><span style="font-style: normal;">:
</span></span></span>
</div>
<div style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
‘<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Tendo
a Mãe dos Três Mundos em um trono dourado crivado de gemas
preciosas, Salapani dança nas alturas do Kailas e todos os deuses
reúnem-se a seu redor.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;"><br /></span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">Sarasvati
toca a </span><i>vina </i><span style="font-style: normal;">, Indra a
flauta, Brahma segura os címbalos marcando o tempo, Lakshmi começa
uma canção, Vishnu toca o tambor e todos os </span><i>devas</i><span style="font-style: normal;">
estão em pé ao redor. </span></span></span>
</div>
<div style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Gandharvas,
Yakshas, Patagas, Uragas, Siddhas, Saddhyas, Vidyadharas, Amaras,
Apsarasas, e todos os seres habitantes dos Três Mundos reuniram-se
lá testemunhando a dança celestial e escutando a música do coro
divino na hora do crepúsculo.’ </span></span>
</div>
<div style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: 14pt;">A
imagem é Pahari ( Kangra ) fim do séc. XVIII. Tamanho original.
Coleção de Babu Gagonendranath Tagore. Vol. I, p. 56.” Prancha
LXVII de ‘Rajput Painting’
de Ananda Coomaraswamy, BR Publishing, Delhi, Índia, 2003 ( primeira
edição 1916 ) com a explicação do grande mestre. Clique na imagem para vê-la ampliada.</span></span></div>
<br />
<br />
Mahanama Sutta (AN VI.10) - Mahanama ( trad. de Michael Beisert )<br />
<br />
Em certa ocasião o Abençoado estava com os Sakyas em Kapilavatthu no Parque da<br />
Figueira-de-bengala. Então o Sakya Mahanama foi até o Abençoado e depois de<br />
cumprimentá-lo, sentou a um lado e disse:<br />
"Venerável senhor, como permanece com frequência um nobre discípulo que tenha<br />
obtido o fruto e compreendido os ensinamentos?"<br />
"Mahanama, um nobre discípulo que tenha obtido o fruto e compreendido os<br />
ensinamentos permanece com frequência desta forma:<br />
<br />
(1) "Aqui, Mahanama, um nobre discípulo se recorda do Tathagata assim: 'O<br />
Abençoado é um arahant, Perfeitamente Iluminado, consumado no verdadeiro<br />
conhecimento e conduta, bem-aventurado, conhecedor dos mundos, um líder<br />
insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas, mestre de devas e<br />
humanos, desperto, sublime.' Quando um nobre discípulo se recorda do Tathagata,<br />
nessa ocasião a sua mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa<br />
ocasião a sua mente seguirá firme, baseada no Tathagata. Um nobre discípulo cuja<br />
mente segue firme obtém inspiração do significado, obtém inspiração do Dhamma,<br />
obtém satisfação do Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele; naquele que<br />
está em êxtase, o corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo, sente felicidade;<br />
naquele que sente felicidade, a mente fica concentrada. Ele é chamado um nobre<br />
discípulo que permanece equilibrado em meio a uma população desequilibrada, que<br />
permanece sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele que entrou na<br />
correnteza do Dhamma desenvolve a recordação do Buda.<br />
<br />
(2) Novamente, Mahanama, um nobre discípulo se recorda do Dhamma assim: 'O<br />
Dhamma é bem proclamado pelo Abençoado, visível no aqui e agora, com efeito<br />
imediato, que convida ao exame, que conduz para adiante, para ser experimentado<br />
pelos sábios por eles mesmos.' Quando um nobre discípulo se recorda do Dhamma,<br />
nessa ocasião a sua mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa<br />
ocasião a sua mente seguirá firme, baseada no Dhamma. Um nobre discípulo cuja<br />
mente segue firme obtém inspiração do significado, obtém inspiração do Dhamma,<br />
obtém satisfação do Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele; naquele que<br />
está em êxtase, o corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo, sente felicidade;<br />
naquele que sente felicidade, a mente fica concentrada. Ele é chamado um nobre<br />
discípulo que permanece equilibrado em meio a uma população desequilibrada, que<br />
permanece sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele que entrou na<br />
correnteza do Dhamma desenvolve a recordação do Dhamma.<br />
<br />
(3) Novamente, Mahanama, um nobre discípulo se recorda da Sangha assim: 'A<br />
Sangha dos discípulos do Abençoado pratica o bom caminho, pratica o caminho reto,<br />
pratica o caminho verdadeiro, pratica o caminho adequado, isto é, os quatro pares<br />
de pessoas, os oito tipos de indivíduos; esta Sangha dos discípulos do Abençoado é<br />
merecedora de dádivas, merecedora de hospitalidade, merecedora de oferendas,<br />
merecedora de saudações com reverência, um campo inigualável de mérito para o<br />
mundo.' Quando um nobre discípulo se recorda da Sangha, nessa ocasião a sua<br />
mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa ocasião a sua mente<br />
seguirá firme, baseada na Sangha. Um nobre discípulo cuja mente segue firme obtém<br />
inspiração do significado, obtém inspiração do Dhamma, obtém satisfação do<br />
Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele; naquele que está em êxtase, o<br />
corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo, sente felicidade; naquele que sente<br />
felicidade, a mente fica concentrada. Ele é chamado um nobre discípulo que<br />
permanece equilibrado em meio a uma população desequilibrada, que permanece<br />
sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele que entrou na correnteza do<br />
Dhamma desenvolve a recordação da Sangha.<br />
<br />
(4) Novamente, Mahanama, um nobre discípulo se recorda do seu próprio<br />
comportamento virtuoso como intacto, não-lacerado, imaculado, não-matizado,<br />
libertador, elogiado pelos sábios, desapegado, que conduz à concentração. Quando<br />
um nobre discípulo se recorda do seu próprio comportamento virtuoso, nessa<br />
ocasião a sua mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa ocasião<br />
a sua mente seguirá firme, baseada no comportamento virtuoso. Um nobre discípulo<br />
cuja mente segue firme obtém inspiração do significado, obtém inspiração do<br />
Dhamma, obtém satisfação do Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele;<br />
naquele que está em êxtase, o corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo,<br />
sente felicidade; naquele que sente felicidade, a mente fica concentrada. Ele é<br />
chamado um nobre discípulo que permanece equilibrado em meio a uma população<br />
desequilibrada, que permanece sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele<br />
que entrou na correnteza do Dhamma desenvolve a recordação do seu próprio<br />
comportamento virtuoso.<br />
<br />
(5) Novamente, Mahanama, um nobre discípulo se recorda da sua própria<br />
generosidade assim: 'É deveras um ganho, um grande ganho que numa população<br />
obcecada com a mácula da avareza, eu permaneça em casa com uma mente<br />
desprovida da mácula da avareza, espontaneamente generoso, mão aberta,<br />
deliciando-me com a renúncia, devotado à caridade, deliciando-me em dar e<br />
compartir.' Quando um nobre discípulo se recorda da sua própria generosidade,<br />
nessa ocasião a sua mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa<br />
ocasião a sua mente seguirá firme, baseada no comportamento virtuoso. Um nobre<br />
discípulo cuja mente segue firme obtém inspiração do significado, obtém inspiração<br />
do Dhamma, obtém satisfação do Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele;<br />
naquele que está em êxtase, o corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo,<br />
sente felicidade; naquele que sente felicidade, a mente fica concentrada. Ele é<br />
chamado um nobre discípulo que permanece equilibrado em meio a uma população<br />
desequilibrada, que permanece sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele<br />
que entrou na correnteza do Dhamma desenvolve a recordação da sua própria<br />
generosidade.<br />
<br />
(6) Novamente, Mahanama, um nobre discípulo se recorda dos devas assim: 'Há os<br />
devas dos Quatro Grandes Reis, os devas do Trinta e três, os devas de Yama, os devas<br />
de Tusita, os devas que se deliciam com a criação, os devas que possuem poderes<br />
sobre a criação dos outros, os devas do cortejo de Brahma, os devas que estão mais<br />
além. Seja qual for a convicção com a qual eles estiveram dotados pela qual - ao<br />
falecer desta vida - eles ressurgiram lá, o mesmo tipo de convicção está presente em<br />
mim também. Seja qual for a virtude com a qual eles estiveram dotados pela qual -<br />
ao falecer desta vida - eles ressurgiram lá, o mesmo tipo de virtude está presente em<br />
mim também. Seja qual for o aprendizado com o qual eles estiveram dotados pelo<br />
qual - ao falecer desta vida - eles ressurgiram lá, o mesmo tipo de aprendizado está<br />
presente em mim também. Seja qual for a generosidade com a qual eles estiveram<br />
dotados pela qual - ao falecer desta vida - eles ressurgiram lá, o mesmo tipo de<br />
generosidade está presente em mim também. Seja qual for a sabedoria com a qual<br />
eles estiveram dotados pela qual - ao falecer desta vida - eles ressurgiram lá, o<br />
mesmo tipo de sabedoria está presente em mim também.' Em todos os momentos<br />
em que um nobre discípulo estiver se recordando da convicção, virtude,<br />
aprendizado, generosidade e sabedoria encontrado tanto nele como nos devas,<br />
nessa ocasião a sua mente não está obcecada pela cobiça, raiva, ou delusão; nessa<br />
ocasião a sua mente seguirá firme, baseada nos devas. Um nobre discípulo cuja<br />
mente segue firme obtém inspiração do significado, obtém inspiração do Dhamma,<br />
obtém satisfação do Dhamma. Estando satisfeito, o êxtase surge nele; naquele que<br />
está em êxtase, o corpo fica calmo; naquele, cujo corpo está calmo, sente felicidade;<br />
naquele que sente felicidade, a mente fica concentrada. Ele é chamado um nobre<br />
discípulo que permanece equilibrado em meio a uma população desequilibrada, que<br />
permanece sem aflição em meio a uma população aflita. Aquele que entrou na<br />
correnteza do Dhamma desenvolve a recordação dos devas.<br />
<br />
"Mahanama, um nobre discípulo que tenha obtido o fruto e compreendido os<br />
ensinamentos permanece com frequência desta forma."<br />
<br />
<br />zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-68459843635582722042016-10-28T08:37:00.001-07:002019-11-13T07:43:11.312-08:00[ n. do tr.: Simão = Vishnu ]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s1600/plutarco2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1572" data-original-width="1180" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-sMgD8ndoCqY/WlMxO4dvH2I/AAAAAAAAFXg/pVJO_BRhTl4f1-3J9i2CqzZLFZOAy98GwCEwYBhgL/s320/plutarco2.png" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"> Plutarco Védico isbn 978-85-906438-0-7</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Simão
= Vishnu </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco
em suas Vidas Paralelas é largamente citado pelos historiadores
mostrando o paralelismo indoeuropeu, de imagens, acontecimentos,
fatos, que são ocidentais e orientais, com o ritual do campo de
Kurukshetra repetindo-se vedicamente por todo o mundo. Segue o
paralelismo entre Vishnu e Simão primeiro na excelência e depois na
morte e numa terceira citação em seguida. </span></span><span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: 14pt;">Por
fim os famosos três passos de Vishnu, o som primordial mesmo com
suas três letras, AUM, OM, tem seu equivalente na vida de Simão.
Os três passos lembram que há um caminho, estrada, via. </span><br />
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
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</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Satapatha
Brahmana XIV, 1,1 </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">1.
“Os deuses Agni, Indra, Soma, Makha, Vishnu e Todos os Deuses,
exceto os dois Asvins, realizam uma sessão sacrifical.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">2.
O lugar deles para veneração divina era Kurukshetra. Daí o Povo
dizer que Kurukshetra é o lugar dos deuses, de veneração divina :
daí onde quer que em Kurukshetra alguém se estabeleça, pensa,
‘Este é um lugar de veneração divina’; pois foi o lugar dos
deuses para veneração divina.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">3.
Eles estavam sentados pensando, ‘Possamos atingir excelência !
Possamos tornar-nos gloriosos ! Possamos tornar-nos comedores de
comida !’ E do mesmo modo as pessoas atualmente sentam pensando, ‘
‘Possamos atingir excelência ! Possamos tornar-nos gloriosos !
Possamos tornar-nos comedores de comida !’</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">4.
Eles falaram, ‘Quem quer de nós que, através da austeridade,
fervor, fé, sacrifício e oblações, circundar o fim do sacrifício,
será o mais excelente de nós e estará no meio de todos nós.’
‘Assim seja,’ eles disseram.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">5.
Vishnu primeiro o atingiu e tornou-se a mais excelente dos deuses ;
daí as pessoas dizerem, ‘Vishnu é o mais excelente dos deuses.’</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">6.
Agora aquele que é este Vishnu é o sacrifício : e aquele que é
este sacrifício é aditya distante ( o Sol ). Mais, realmente,
Vishnu foi incapaz de controlar aquela glória dele ; e mesmo agora
nem todos controlam sua glória.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">7.
Pegando seu arco, junto com três flechas, deu um passo. Permaneceu,
descansando sua cabeça na extremidade do arco. Sem ousarem atacá-lo,
os deuses sentaram ao redor dele.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">8.
Então as formigas disseram – estas formigas sem dúvida eram do
tipo upadika ( n. do tr. : isto é, uma certa espécie de formiga que
supõe-se encontra água onde quer que cave. ) - ‘O que daremos
àquele que roer a corda do arco ?’ -’Daremos prazer do alimento
e ele encontraria água mesmo no deserto : assim daremos todo prazer
do alimento.’ - ‘Assim seja,’ elas disseram.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">9.
Tendo ido bem para debaixo dele, elas roeram sua corda de arco.
Quando cortou, a extremidade saltando separada, cortou fora a cabeça
de Vishnu.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">10.
Ela caiu com ( o som ) ‘ghrin’ ; e caindo tornou-se o Sol
distante. E o resto ( do corpo ) estirado deitado com a parte de cima
para o leste. E porquanto caía com ( o som ) ‘ghrin’, Gharma (
foi chamado ) ; e porque ficou estirado ( pra-vrig ) daí Pravargya (
toma seu nome ) ( n. do tr. : isto é, o gole, copo, de leite quente
)”.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Simão ( Cimón ) </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">VIII.
“… pareceu excessiva a honra que se prestou ao nome de Simão,
por que nem Temístocles nem Milcíades alcançaram tanto … por que
então estimavam tanto as façanhas de Simão : não seria por acaso
porque os outros dois caudilhos só trataram de rechaçar os inimigos
para não ser por eles subjugados e debaixo do mando deste puderam
ofendê-los e fazendo-lhes a guerra em seu próprio país adquiriram
possessões e estabeleceram colônias … estabeleceram-se também em
Sciro tomando-a Simão … Sabedor que ali o antigo Teseu, filho de
Egeu, fugindo de Atenas, havia sido traidoramente morto pelo rei
Licomedes, fez diligência para descobrir seu sepulcro, porque tinham
os atenienses um oráculo que mandava se trouxessem para a cidade os
restos de Teseu e o venerassem devidamente como a um herói ; porém
ignoravam onde jazia porque os scirenses não mostravam e não
deixavam averiguar. Encontrando pois então a cova, a força da mais
extraordinária diligência, pôs Simão os ossos em sua nave e,
adornando-lhes com esmero, os conduziu para a cidade depois de uns
oitocentos anos, com o quê lhe estimou ainda mais o Povo. Em memória
deste sucesso se celebrou uma contenda de trágicos que se fez
célebre porque tendo apresentado Sófocles, que ainda era jovem, seu
primeiro ensaio, como o arconte Apsefión, devido a brigas e e
altercações entre os espectadores, não tinha sorteado os juízes
da contenda, quando Simão se apresentou com seus colegas no teatro
para fazer ao deus as libações prescritas pela lei, não os deixou
sair mas tomando-lhes juramento os fez sentar e julgar sendo dez o
número um de cada tribo ; assim esta contenda se fez muito mais
importante pelo dignidade mesma dos juízes. Venceu Sófocles e se
diz que Ésquilo sentiu tanto e o levou com pouco comedimento que
não foi mais muito o tempo que viveu em Atenas, tendo-se mudado, por
aquele desgosto, para a Sicília onde morreu e foi enterrado nas
imediações de Gela”.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XVIII
“… Quando tudo estava arrumado e as tropas já embarcadas, teve
Simão um sonho. Apareceu uma cadela muito furiosa que ladrava para
ele e do ladrido saía uma mistura de voz humana que dizia : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Aproxima-te,
porque hás de ser amigo</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">meu
e destes meus ternos cachorrinhos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Sendo
difícil e obscura esta visão, Astífilo de Posidonia, que era
adivinho e muito conhecido de Simão, disse que aquilo significava
sua morte, explicando-lhe desta maneira : O cachorro é o inimigo
daquele a quem ladra e de um inimigo nunca se faz um melhor amigo que
na morte ; a mistura da voz designa um inimigo medo ( da Média ),
porque o exército dos medos se compõe de gregos e bárbaros. Depois
deste sonho, estando ele mesmo sacrificando a Baco, dividiu o
sacerdote a vítima e o sangue coagulado foram levando pouco a pouco
umas formigas e colocando junto ao dedão do pé de Simão, sem que
ele percebesse por algum tempo ; porém, exatamente quando viu, veio
o sacerdote mostrando-lhe o fígado sem cabeça. Contudo não podendo
cancelar a expedição seguiu adiante e enviando sessenta naves ao
Egito navegou com todas as demais. Venceu a armada do rei …
Preparados assim por Simão os princípios de grandes combates e
mantendo-se com sua esquadra nas mediações de Chipre,enviou
mensageiros ao templo de Amon, a inquirir do deus certo oráculo
obscuro ; pois ninguém sabe ao certo para que foram enviados. Nem
tampouco o deus lhes deu oráculo algum mas no momento de
aproximarem-se mandou que regressassem os da consulta pois tinha já
consigo a Simão. Escutando isto os mensageiros baixaram ao mar e
quando chegaram ao campo dos gregos, que estava no Egito, souberam
que Simão estava morto e contando os dias que passaram próximo ao
oráculo reconheceram ter acontecido a morte do caudilho com o dizer
que já estava com os deuses.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Segue
a comparação : os Asvins são os Gêmeos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Satapatha
Brahmana XIV, I, 18 s </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">18.
“Bem, Dadhyañk Atharvana conhecia esta pura essência, este
Sacrifício, - como esta cabeça do Sacrifício é colocada
novamente, como este Sacrifício torna-se completo.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">19.
Ele então escutou de Indra, ‘Se você ensinar este ( mistério
sacrifical ) para alguém, cortarei fora tua cabeça.’</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">20.
Bem, os Asvins escutaram isto, -’Verdadeiramente Dadhyañk
Atharvana conhece esta pura essência, este Sacrifício, - como esta
cabeça do Sacrifício é colocada de novo, como este Sacrifício
torna-se completo.’ </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">21.
Eles foram até ele e disseram, ‘Nós dois vamos nos tornar teus
pupilos.’ -’O que vocês desejam aprender ?’ ele perguntou. -
‘Esta essência pura, este Sacrifício, - como esta cabeça da
Sacrifício é colocada novamente, como este Sacrifício torna-se
completo,’ eles responderam.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">22.
Ele disse, ‘Indra me falou dizendo, ‘Se você ensinar isto para
alguém, cortarei fora tua cabeça;’ portanto temo que ele
realmente corte fora minha cabeça : não posso aceitar vocês de
pupilos.’. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">23.
Eles disseram, ‘Nós protegemos você dele.’ - ‘Como vocês me
protegeriam ?’ ele respondeu. - Eles disseram, ‘Quando você nos
tiver recebido como pupilos, ós cortaremos fora tua cabeça e
guardamos em algum lugar ; então buscamos uma cabeça de cavalo e a
colocamos em você : como esta você nos ensinará ; e quando você
tiver nos ensinado, então Indra cortará fora aquela cabeça tua ; e
nós buscaremos tua própria cabeça e a colocaremos em você
novamente.’ - ‘Assim seja,’ ele respondeu.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">24.
Ele então os recebeu (como seus pupilos ); e quando ele os tinha
recebido, eles cortaram fora a cabeça dele e a guardaram em um lugar
; e buscando a cabeça do cavalo, eles a colocaram nele : com esta
ele os ensinou ; e quando ele os tinha ensinado, Indra cortou fora
aquela cabeça dele ; e tendo buscado sua própria cabeça, eles a
colocaram nele novamente.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">25.
Portanto é relativo a isto que o Rishi disse ( Rig V, I, 116,12 ),
‘aquele Dadhyañk Atharvana, com uma cabeça de cavalo, de qualquer
modo transmitiu para vocês dois a doce doutrina :’ -
‘Irrestritamente ele transmitiu isto,’ é o quê isto significa.”</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Simão </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XVI.
“Foi desde o princípio partidário de Lacedemônia e de dois
filhos gêmeos que teve de Clítor, segundo diz Estesímbroto, a um
pôs o nome de Lacedemônio e a outro Eleo, pelo que Péricles muitas
vez lhe jogou na cara sua origem materna ; … Contribuíram muito
com seus adiantamentos os lacedemônios, que já então estavam em
contradição com Péricles e queriam este jovem com mais poder e
autoridade em Atenas. Isto viram ao princípio com gosto os
atenienses, não tirando pouco partido da benevolência dos
lacedemônios para com ele ; porque no começo do seu crescimento e
quando começavam a tomar parte nos assuntos dos outros povos aliados
uns dos outros, não lhes viam mal as honras e obséquios feitos a
Simão, posto que entre os gregos tudo se manejava a seu arbítrio,
sendo afável com os aliados e muito aceito pelos lacedemônios. Mas
depois quando já se fizeram os mais poderosos viram com maus olhos
que Simão permanecesse contudo, não ligeiramente apaixonado pelos
lacedemônios ; porque ele mesmo também celebrando para tudo os
lacedemônios antes dos atenienses, especialmente quando tinha que
repreendera estes ou exitá-los para alguma coisa, tomou o costume,
segundo se refere Estesímbroto, de dizer-lhes : “Poucos são assim
os lacedemônios !” Com o quê granjeou certo ciúme e desprezo de
parte de seus concidadãos. Porém de todas a calúnia mais poderosa
contra ele teve esta origem : No ano quarto do reinado de Arquidamo,
filho de Zeuxidamo, em Esparta, devido a um terremoto maior que todos
aqueles de que antes havia memória, em todo o território dos
lacedemônios se abriram muitas brechas e estremeceu o Taigeto,
alguns de seus montes se aplanaram. A cidade mesma tremeu toda e fora
cinco casas, todas as demais derrubou o terremoto. No pórtico, na
ocasião estava cheio, exercitando-se nele um tempo os moços e
jovens, se diz que pouco antes do tremor apareceu uma lebre e que os
jovens, ungidos como estavam pela moçada, se puseram a correr atrás
dela e a persegui-la e enquanto isso caiu o ginásio sobre os moços
que haviam ficado, morrendo ali todos ; a seu sepulcro ainda se dá
atualmente o nome de Sismatia, devido ao terremoto. Previu logo
Arquidamo o que ia acontecer e vendo que os cidadãos se dedicavam a
recolher de suas casas o mais precioso, mandou que a trombeta fizesse
sinal de que vinham inimigos para que a toda pressa acudissem armados
a sua presença. Isto só foi então o quê salvou Esparta porque de
todos os campos vieram correndo os ilotas para acabar com os que se
salvaram dos espartanos ; porém estando em ordem de batalha se
retiraram para seus povoamentos sendo contudo bem claro que iam
fazer-lhes guerra por terem atraído não poucos vizinhos e vir já
também contra Esparta os messênios. Enviam pois os lacedemônios
para Atenas de embaixador, para pedir auxílio, a Periclidas, de quem
disse comicamente Aristófanes que “sentado diante dos altares,
todo pálido, com uma roupa púrpura, pedia por compaixão um
exército.” Opunha-se Efialtes e com o maior empenho rogava que
se negasse socorro e não se restabelecesse uma cidade rival de
Atenas mas que se a deixasse no solo para ser pisado seu orgulho ;
porém disse Crítias que Simão, antepondo o bem dos lacedemônios
ao crescimento de sua pátria convenceu ao Povo e saiu para
auxiliá-los com muita infantaria. Ion nos conta que a principal
razão com que moveu os atenienses, foi exortá-los a que não
deixassem cocha a Grécia nem que a cidade ficasse sem parelha”.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Antes
de tudo se Simão = Vishnu, Péricles = Indra e Aristides = Agni</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Péricles </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">VIII
“… ainda que se diga quedos primores com que adornou a cidade e
outros que de sua autoridade no governo e nos exércitos, lhe veio
que o chamassem Olímpio : bem que nada de estranho havia que todas
estas coisas houvessem contribuído naquele homem insigne a gloriosa
denominação. Mas as comédias contemporâneas lançaram então
muitas vozes sérias ou ridículas contra ele ; de seu modo de falar
mostram haver originado principalmente o tal apelido porque diziam
dele que trovejava, que lançava centelhas e que levava na língua um
raio tremendo quando falava em público”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco,
Vida de Aristides </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">XX.
“Depois destes sucessos não concordavam os atenienses em conceder
a honra de valor aos lacedemônios, nem lhes permitiam levantar
troféus, estando por muito pouco que de repente se arruinasse toda
aquela felicidade dos gregos, estando como estavam sobre as armas,
não fora Aristides, exortando e persuadindo a seus colegas,
especialmente Leócrates e Mirônides, alcançou e obteve deles que
se deixasse a decisão para os outros gregos ( da Anfictionia
delphica cujas pernas , irmãos gêmeos, são as duas cidades maiores
). Deliberando pois estes propôs Teógiton de Megara que a honra de
valor deveria se dar a outra cidade se não se queria que incendiasse
uma guerra civil e como com esta proposta se pôs de pé Cleócrito
de Corinto, logo fez crer que ia pedir o prêmio para os coríntios
porque depois de Esparta e Atenas era Corinto uma da cidades de mais
fama ; mas fez a favor de Platea uma admirável proposta que agrado a
todos porque aconselhou para acabar com a disputa se desse a honra de
valor para os plateenses com cuja preferência ninguém se
incomodaria ; assim foi que prontamente outorgou Aristides para os
atenienses e em seguida Pausanias para os lacedemônios.
Reconciliados deste modo, separaram do botim oitenta talentos para os
de Platea com os quais reedificaram o templo de Minerva, lavraram sua
estátua e adornaram o templo com pinturas que ainda no dia de hoje
se conservam frescas. Levantaram troféus separadamente : de uma
parte os lacedemônios e de outra os atenienses ; porém quanto a
sacrifícios, havendo consultado Apolo Pítio lhes deu em resposta
que construíssem a ara de Júpiter ( Diu-pater ) Libertador e que se
abstivessem de sacrificar até que, apagado o fogo de todo o país,
como contaminado pelos bárbaros, o acendessem puro no altar comum de
Delphos ( a anfictionia delphica propriamente com o nome das 31
cidades escritos na coluna da trípode ). Os magistrados pois dos
gregos enviaram de Povo em Povo, para que todas as casas apagassem os
fogos e em Platea tendo se oferecido Euquidas para ir com toda a
diligência pegar e trazer o fogo de Deus, marchou para Delphos. Lá
lavou o corpo, fez aspersões, corou-se de louros e tomando da ara o
fogo foi correndo para Platea e chegou antes do pôr do Sol, tendo
andado naquele dia mil estádios. Saudou a seus concidadãos e
imediatamente caiu ao solo e daí há pouco expirou. Recolheram os de
Platea seu cadáver e o sepultaram no Templo de Diana Euclia pondo
por inscrição este tetrâmetro</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">De
Sol a Sol Euquidas correndo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Foi
e veio de Delphos em um mesmo dia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">E
o sobrenome de Euclia dão a Diana porém alguns dizem que Euclia foi
filha de Hércules e Mirtis, filha de Menécio e irmã de Pátroclo
que tendo morrido donzela é tida em veneração pelos beócios e os
larcos porque sua ara e sua estátua se vêm colocadas em todas as
praças e fazem sacrifícios as noivas e noivos”. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
ritual em Kurukshetra repete-se então. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
cabeça da Lebre e a cabeça do Cavalo pode se comparar ?
Primeiramente o artigo de Ananda Coomaraswamy, Sobre lebres e sonhos
in ‘What’s civilization ?’, Ed. Golgonooza, Ipswich, 1989,
confirma a hipótese : olhando o Jataka 316 em que a Lebre lança-se
ao fogo do sacrifício em oferta e a frase de Arato, Phainomena,
epígrafe do artigo, que lembra o movimento astronômico das
constelações da Lebre e do Cão : ‘a Lebre a quem o Cão
persegue, numa corrida sem fim’ : ela entra no jardim do hortelão
para pegar a comida da vida mas o cão a vê e corre atrás dela e a
corrida tem seu desfecho na porta estreita em que a lebre perde o
rabo mas escapa em novo nascimento com o alimento sagrado: o mesmo
que no galinheiro a raposa gorda fica presa depois de comer três
dias : ‘estreita é a porta, apertado o caminho.’ Segue um
trecho deste artigo em que Coomaraswamy comenta o livro do dr.
Layard, The lady of the hare, Faber & Faber, London, 1945 : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">“
Tivesse Dr. Layard conhecid</span><span style="color: black;">o</span><span style="color: black;">
o importante trabalho de Karl von Spiess, no </span><span style="color: black;"><i>´Die
Hasenjagd´ </i></span><span style="color: black;"> publicado em
</span><span style="color: black;"><i>´Marksteine des Volkskunt, i.e. o
Jahrbuch fur historiche Volkskunde, V, VI, Bd. 1937, pp 243 - 267,
</i></span><span style="color: black;">ele poderia ter penetrado ainda mais
profundamente o significado da Lebre. Mais especialmente em conexão
com os contrários, os pares de opostos, os quais ele discute nas
páginas 46 a 69 e alude em algum outro lugar. Porque o simbolismo da
Lebre está muito estreitamente relacionado com o das Simplegades</span><sup><span style="color: black;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=29147354209326590#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></span></sup><span style="color: black;">,
um motivo arquetípico que se distribui por todo mundo notadamente
Americano, Céltico e Hindu assim como Grego. Já a muito se
reconhece que as Simplegades, ou as `Rochas que batem´, são os
batentes da </span><span style="color: black;"><i>Janua Caeli</i></span><span style="color: black;">
a Porta do Sol e porta do Mundo do </span><span style="color: black;"><i>Chandogya
(VIII.6,5,6)</i></span><span style="color: black;"> e </span><span style="color: black;"><i>Maitri</i></span><span style="color: black;">
(</span><span style="color: black;"><i>VI.30</i></span><span style="color: black;">)
</span><span style="color: black;"><i>Up.</i></span><span style="color: black;">
onde estes portões são uma entrada para o sábio mas uma barreira
para o tolo. Nas palavras de Karl von Spiess, “Além das ´Pedras
que batem´ no Outro mundo está a Maravilha da Beleza, a Planta e a
Água da Vida”, e naquelas de Whitman ‘tudo espera, não sonhado
naquela região, aquela terra inacessível’ uma terra da qual ´não
há retorno´ por qualquer necessidade ou operação de causas
mediatas (</span><span style="color: black;"><i>ananke, karma</i></span><span style="color: black;">)
mas somente como ‘Os que se movem na vontade’ (</span><span style="color: black;"><i>kamacarin</i></span><span style="color: black;">)
.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
Os batentes da porta, que também é a auto-operada,
automática Mandíbula da Morte, são os pares de opostos, ou
contrários (</span><span style="color: black;"><i>enantia, dvandvau</i></span><span style="color: black;">)
aos quais nossos gostos nos atrai e dos quais nossos desgostos nos
repele e da tirania de quem o peregrino busca escapar (</span><span style="color: black;"><i>dvandvair
vimuktah sukhaduhkhair-sanjñai gaccanti padam avyayam, Bhagavad
Gita</i></span><span style="color: black;">, XV. 5 ). É destes
contrários, como Nicolas de Cusa disse, que a </span><span style="color: black;"><i>parede</i></span><span style="color: black;">
do Paraíso é construída; quem quer que entre deve passar pelos
batentes do altíssimo espírito da razão (‘Eu sou a porta das
ovelhas; por mim ...’), quer dizer entre as Rochas que Batem, pois
nas palavras dos Upanishads, ‘não há entrada lateral aqui no
mundo’. Daí porque também tantos ritos são realizados ‘dawn
and dusk’ no amanhecer ou no entardecer ‘quando não é nem noite
nem dia’, e por meios que são não descritivos, por exemplo ‘nem
úmido nem seco’. É de fato, deste ponto de vista apenas, que pode
ser entendido porque a palavra Indiana para theosis, deificação
(</span><span style="color: black;"><i>brahma-bhuti</i></span><span style="color: black;">,
literalmente ‘tornando-se Brahma’; no Budismo, sinônimo do
atingir o estado de Buda, o estado de ‘amplamente desperto’) é
também denotação de crepúsculo (</span><span style="color: black;"><i>samadhi</i></span><span style="color: black;">,
literalmente ´síntese´, ou estado de estar ‘em </span><span style="color: black;"><i>samadhi</i></span><span style="color: black;">’</span><span style="color: black;">).
O perigo de ser esmagado pelos contrários, novamente, é a razão
de carregar-se a noiva pela soleira da nova casa, o Noivo
correspondendo ao Psicopompo que leva a alma através da soleira do
outro mundo onde ambos irão ´viver felizes para sempre´. O caminho
é ´estreito´ realmente justo porque os contrários ´batem´,
fazendo contato imediato e incessante. Por exemplo, se nós
considerarmos os contrários passado e futuro , o caminho repousa
evidentemente através do eterno agora sem duração, um momento do
qual a experiência empírica é impossível e ela ‘não dá tempo’
no qual percebê-la; ou usando símbolos espaciais, o caminho repousa
através do ponto não dimensional que separa todo aqui de lá, e
´não nos deixa lugar´ através do qual passar; ou se os termos são
éticos, então o caminho é um que demanda espontaneidade e
inocência transcendendo o ´conhecimento do bem e mal´ e que não
pode ser definido em termos de valores de virtude e vício que se
aplica a todo comportamento humano. Assim ele somente está
qualificado a passar através do meio do Sol que virtualmente já
passou; logicamente e humanamente falando o caminho é um impasse; e
não é nenhuma maravilha que todas as tradições falem de um deus
Guia, deus Porta e Psicopompo que leva ao caminho e abre as portas
para aqueles que querem voluntariamente seguir. </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"> Em
todas as histórias daquelas, do termo folclórico ´Porta ativa´
seja Esquimó, Céltica ou Grega, encontramos aquela parte, a parte
´de trás´ , ou ´apêndice´ , da pessoa ou veículo, nave ou
cavalo no qual a jornada é feita, é cortado fora é deixado para
trás. Assim, no caso dos heróis Irlandeses, a portícula do Castelo
Doutro mundo , cai tão rapidamente que corta as roupas e as esporas
das costas do cavaleiro e derruba e divide seu cavalo do qual a parte
de trás é perdida e já que o caminho para dentro é ambos o que é
Imortal e Desconhecido , é claro que o que é cortado fora é a
parte mortal do entrante, a pessoa conhecida ou personalidade que
nunca foi, por que sempre foi trocando e nunca conheceu um agora ou
escapado da teia lógica de alternativas polares.” </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
</span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Henri
Jeanmaire, “Couroi et </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">C</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">our</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">è</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">tes,
e</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">ssai
sur l’education spartiate et sur les rites d’adolescence dans
l’antiquité hellénique”, Lille, France, 1934, </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">também
confirma a tese pois mostra porque o resgate dos ossos de Teseu é a
realização de todo sacrifício e como por toda a Grécia há uma
iniciação em que o mistagogo, o iniciador, tem cara de bicho posto
que situado na Mãe Natureza, no deserto, na floresta, o lugar fora
do mundo das pessoas, para-oikia ( paróquia, do lado-casa ) para
onde são levados meninos e meninas, por quarenta dias, ou quinze, em
penitência e arrependimento, antes de voltarem e se tornarem
cidadãos plenos, iniciados. </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">No
ritual deste afastamento para o mundo selvagem repete-se uma disputa
como a de IHS no deserto por 40 dias durante a Quaresma : ‘os
demônios O espicaçavam e os anjos O protegiam’ onde </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">a</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">parece
inclusive as três tentações da serpente do paraíso que desta vez
não tem sucesso. As crianças, jovens, adolescentes, que vão se
tornar adultos iniciados passam ritualmente por esta prova, literal,
entre dois partidos, dois lados, duas forças. A comparação com a
luta entre deuses e titãs se estabelece posto que argila, gesso,
fuligem, cobre o rosto dos titãs que comungaram da carne de Dionisos
salvo o coração : são fulminados pelo raio de </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Zeus</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
e de suas cinzas são feitos os seres humanos. </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
esta luta original somos remetidos, transportados.</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Francis
Vian mostra em sua obra esta luta entre deuses & titãs na arte
gre</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">co-</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">romana,
tema amplamente difundido.</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Os
espartanos armados em pleno terremoto esperando o inimigo,
aproxima-se, enquanto cena, de Pausanias querendo iniciar a guerra em
Platea </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">com
um sacrifício mas os lídios arrebatam a oferta, </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">acontecimento
descrito</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
em Plutarco, Vida de Aristides, XVII “… estando Pausanias
sacrificando e fazendo orações a pouca distância da formação,
chegaram de repente alguns lídios com o objetivo de arrebatar as
ofertas e não tendo armas Pausanias e os que o ajudavam, os
afastaram com varas e chicotes e que agora em imitação daquela
investida, se repetem todo ano os golpes e açoites que se dão nos
jovens sobre a ara e a pompa da procissão dos lídios.” </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Cf
também Plutarco, Vida de Simão, I, em que aparece </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">pessoas</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
com o rosto </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">coberto
de fuligem</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">assaltando
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Queronea,
sua cidade</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
: o autor</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">se
remete a </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">e</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">st</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">e</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">,
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">velho
homem feito de argila e que disputa, assalta, luta, na existência,
vida</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
. No Satapatha Brahmana, que vemos está próximo em seu conteúdo,
aparece muitas vezes este confronto original : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">II,
2, 2, 8 s : “Bem os deuses e os Asuras, ambos brotaram de
Prajapati, estavam brigando uns com os outros. Ambos eram desalmados
pois eram mortais e o quê é mortal é desalmado. Entre estas duas
classes de seres que eram mortais,Agni apenas era imortal ; e foi
através d</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">e</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">le,
o imortal, que ambos viviam. Bem quem quer dos deuses que eles os
asuras matassem, era realmente morto. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">9.
Com isto os deuses foram diminuindo. Eles seguiram rezando e
praticando austeridades, esperando que pudessem ser capazes de vencer
seus inimigos, os mortais asuras. Eles contemplavam este Agnyadheya (
fogo consagrado ) imortal.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">10.
Eles disseram, ‘Vamos, coloquemos este el</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">e</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">mento
imortal em nossa mais íntima alma ! Quando tivermos colocado o
elemento imortal em nossa alma mais íntima e nos tornado imortais e
invencíveis, venceremos nossos inimigos mortais’”.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">I,
1, 2, 3 : “Pois os deuses quando estavam realizando o sacrifício,
temiam perturbação da parte dos Asuras e Rakshas : daí por este
meio ele os expele de lá, na abertura mesma do sacrifício, ao</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">s</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
maus espíritos, os Rakshas.” Cf I, 1, 4, 16. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">I,
8, 1, 16 : “Naquele tempo Manu tornou-se apreensivo pensando,
‘Esta parte do meu sacrifício – isto é, este idâ representando
a oferta doméstica – é certamente a mais fraca : os Rakshas não
devem danificar meu sacrifício neste lugar’. </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">De
acordo com isto ( a manteiga retirada do idâ e esfregada nos lábios
) ele a promoveu ( a idâ para um lugar seguro pensando ), ‘antes
que os Rakshas venham ! Antes que os Rakshas venham !’” .
Repete-se em seguida o refrão desta corrida. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">III,
2, 1, 18 : “Bem, os deuses e os asuras ambos brotaram de Prajapati,
entraram ambos na herança de seu pai Prajapati : os deuses receberam
a Mente e os asuras a Fala. Com isto os deuses entraram no
sacrifício e os asuras na fala ; os deuses </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">l</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">á
( no céu ) e os asuras aqui ( na terra ).” </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Como
a Palavra é mulher os devas acabam por seduzi-la e levá-la para o
sacrifício. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">V,
1, 1, 1 : “Certa vez os deuses e os asuras ambos brotaram de
Prajapati, brigavam entre si. E os asuras, arrogantes, pensavam, ‘Em
quem devemos fazer ofertas ?’ continuaram ofertando para as
próprias bocas. Eles nada alcançaram por causa da arrogância mesma
: daí que ninguém seja arrogante pois arrogância é causa de
ruína. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">2.
Mas os deuses continuaram fazendo ofertas uns para os outros.
Prajapati ofertou ele mesmo para eles : assim o sacrifício tornou-se
deles e realmente o sacrifício é a comida dos deuses.” </span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Cf.
V, 2, 4, 7 ; VI, 3, 1, 29 ; VI, 3, 3, 24s.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">IX,
2, 3, 2 : “Naquele tempo, como os deuses estavam se aprontando para
realizar este sacrifício, os asuras, inimigos traidores, tentaram
atingi-los do sul, dizendo, ‘Vocês não sacrificarão ! Vocês não
realizarão o sacrifício !’ … 8 : “Os deuses e os asuras ambos
brotaram de Prajapati e estavam disputando as regiões e os deuses
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">arrancaram
as regiões dos asuras e no mesmo modo o sacrificante agora arranca
estas regiões do seu rival odioso.” Paralelos ( // ) em 13 e 23
repetindo como um refrão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">IX,
5, 1, 12 : “Os deuses e os asuras, ambos brotaram de Prajapati
receberam a herança de intelecto, fala – verdadeira e mentirosa,
ambos verdade e mentira : ambos falavam a verdade e ambos falavam a
inverdade ; e realmente, falando igual, eram iguais. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">13.
Os deuses abandonaram a inverdade e seguraram firme a verdade e os
asuras abandonaram a verdade e seguraram firme a inverdade. …</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">19.
Eles prepararam a oferta de iniciação. Mas os asuras tomaram
conhecimento disto e disseram, ‘Tendo preparado o sacrifício, os
deuses agora espalham a verdade : vamos pegar lá o quê é nosso !’
… Os deuses espiando os asuras retiraram o sacrifício e começaram
a fazer outra coisa. Eles ( os asuras ) saíram fora pensando, ‘Eles
estão fazendo outra coisa.’” Paralelos em 20, 21, 22, 23 como um
refrão sendo que no última estrofe o sacrifício acontece e os
asuras saltam para baixo, pulam para baixo : o tema do salto aparece
largamente no livro Henri Jeanmaire posto que relato a estes rituais
e especialmente a Egeu e Teseu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">IX,
5, 9, 3 : “Bem, os deuses e os asuras, ambos brotaram de Prajapati,
estavam brigando – era pelo sacrifício mesmo, por Prajapati, que
estavam brigando, dizendo, ‘Nosso ele será ! Nosso ele será !”
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">IX,
5, 5, 1 : “Bem quando os deuses estavam passando para cima para o
mundo celeste, os Asuras envolveram-los em escuridão. Eles falaram,
‘Verdadeiramente por nada a não ser uma sessão sacrifical pode se
dispersar esta escuridão : bem então realizemos uma sessão
sacrifical !’” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">III,
6, 3, 8 : “Então ofereceu a segunda oblação para o Ligeiro (
Pequeno Polegar ) com,’ Possa o Ligeiro graciosamente aceitar a
manteiga, salve ! Pois ele falou naquele tempo, ‘Verdadeiramente,
temo os rakshas : façam-me ser muito pequeno para seu dardo mortal,
de modo que os maus espíritos não me machuquem no caminho ; e
atravessando-me na forma de uma gota, pois a gota é ligeira.’ E
concordemente, tendo-o feito muito pequeno para o dardo mortal , o
levaram em segurança na forma de gota, por medo dos rakshas pois
gota é ligeira : por isto ele oferece a segunda oblação para o (
Pequeno Polegar ) o Ligeiro.” Henri Jeanmaire em seu livro também
fala largamente do Pequeno Polegar seja de Perrault, seja dos Grimm e
aqui temos novamente uma referência que ajuda a entender e comprovar
que ele estava certo ao relacionar o antigo ritual grego com esta
história tradicional. O estar no útero, ou na barriga, é imagem
também largamente presente no Satapatha Brahmana sendo que a antiga
pele negra de antílope, no lugar de um tapete, é este principal
lugar em que o ser humano é gerado, cresce e nasce : o lugar do
sacrifício mesmo e do altar. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">VI,3,
1, 29 : “Eles estavam no lado sul ; pois os deuses naquele tempo
temiam que os rakshas os inimigos pudessem atingir o sacrifício no
sul. Eles viram o raio, Sol longíquo ; pois esta cavalo é realmente
o Sol distante ; e através do raio eles afastaram os rakshas, os
inimigos do sul e espalharam este sacrifício em um lugar livre de
perigo e maldade. …”. Enfim o raio. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">A
comparação pode continuar com os parágrafos de Plutarco referentes
ao tempo de Saturno, Cronos, próprio da época de Simão e
Aristides. O fato de Simão morar com a irmã Elpinice. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Enfim,
quando IHS diz para a mulher siro fenícia “Mulher, grande é tua
fé !” uma vez que a fé em questão fala de cachorrinhos que
comem migalhas da mesa de seus senhores no caso Abrãao, Isaac e Jacó
e os profetas não seriam os mesmos cachorrinhos do sonho de Simão ?
</span></span>
<br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
</span></span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: 14pt;">Charles
Renel, L’évolution d’un mythe : Asvins et Dioscures, Lyon, 1896,
encerra o assunto dando todas as respostas a respeito deste
restabelecimento da cabeça do sacrifício pelos Asvins : a expressão
litúrgica que Paul Regnaud, Les Premieres formes de la religion et
de la tradition dans l’Inde et la Grece, Paris, 1894, tão bem
explicitou e que Renel segue, foi, sabe-se lá por que cargas d’água,
esquecida pela historiografia contemporânea. A contrariedade
original mostra-se então com água fogo, libação chama, e claro
prenúncio do carne sangue, pão vinho. </span></span>
<br />
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: 14pt;"><br /></span></span>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Não
poderiam faltar os famosos três passos de Vishnu referente a
história de Vamana, Vishnu, criança, pequeno, humilde, mendicante,
pedindo três passos de terra para Bali que na soberba da riqueza do
seu sacrifício concede : com um passo toma a terra, com outro o céu
e faltando espaço Bali não consegue cumprir o que prometera e
Vishnu retoma a posse do céu entregando de volta a Indra sendo Bali
expulso. Os Upanishads dissertam largamente sobre estes três passos
aos quais o Satapatha Brahmana também se refere. Eles são o som
original as três letras AUM, OM, representando os três mundos,
terra, céu e a atmosfera no meio, e também aos três estados,
vigília, sonho e sono profundo : corpo, psique, espírito. É
próximo da shemah, ‘ouve...’, : ‘amarás o senhor teu deus de
todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito’ : a
manifestação, o estado sutil e o não manifesto, o indiferenciado,
o espírito. Mas claramente indicam uma vez que passos são que há
um caminho, via, estrada. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Segue
o parágrafo de Plutarco, Vida de Simão, XII e XIII em que alude a
estes três passos e fala realmente que Simão seguia passo a passo
ao grande rei, os persas, expulsando-os, os ‘bárbaros’, da
grande Grécia n’Ásia. É nesta vitória sobre os persas em 470
a.C. que estes últimos, com a derrota, resolveram não se aproximar
do mar e de barcos, da costa, a distância de uma corrida de cavalo :
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Simão
que como destro atleta em um dia em que havia saído vencedor em dois
combates, não obstante ter excedido com a batalha campal o triunfo
de Salamina e com a naval o de Platea ainda somou outro troféu a
estas vitórias ; pois sabendo que as oitenta galeras fenícias, que
não tiveram parte no combate, tinha aportado a Hidro, se dirigiu
para lá sem detenção ; e como seus comandantes não tivessem
notícia positiva das forças principais, mas estando em dúvida e na
incerteza, sendo por isto maior a surpresa, perderam todas as naves e
a maior parte do soldados pereceram. De tal modo abateram estes
sucessos estes sucessos o ânimo do rei ( dos persas ), que combinou
aquela paz tão afamada de não aproximar-se jamais do mar da Grécia
a uma distância de uma corrida de cavalo e de não navegar dentro
das ilhas Cianeas e Quelidônias com nave grande e de proa de bronze,
ainda que Calístenes sustente que o bárbaro não fez tal tratado ;
mas nas obras manteve o que se disse, devido ao medo daquela derrota,
ficando a tanta distância da Grécia que Péricles com cinquenta
galeras e Efialtes com apenas trinta, navegaram por aquela região
das Quelidônias sem que os bárbaros oferecessem a vista nem sequer
um barco. Cratero porém, em sua coleção de decretos, inseriu o
tratado como tendo acontecido realmente e ainda se diz que os
atenienses erigiram por motivo dele a ara da paz e que a Calias,que
havia sido o embaixador, encheram de distinções. Vendidos os
despojos que então se tomaram, teve o Povo fundos para muitas coisas
e edificou o muro da cidadela que mira o Sul, tendo o Povo
enriquecido com estas expedições. Soma-se a isto que as largas
muralhas chamadas Pernas, ainda que foram terminadas depois,
começaram então e que a fundação com houvesse encontrado terreno
pantanoso e mole , foi firmada com toda a segurança por Simão que
fez secar os pântanos com muita argila </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">e
pedras muito pesadas, dando e aprontando para isto os bens
necessários. Foi o primeiro a embelezar a cidade com estes lugares
de recreio e entretenimento, pelos quais houve tanta paixão depois,
porque plantou árvores na praça e na Academia que antes carecia de
água e era um lugar inteiramente seco, deu-lhe um rego, rio,
convertendo-a em um bosque e a adornou com corredores espaçosos e
desembaraçados, e com passeios em que se gozava de sombra,
sombreados.” </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Plutarco
em sua Vida de Teseu, XXXII, explica que Academo que dá nome a
Academia posto que dono do terreno fora das muralhas, foi quem
restituiu Helena, a filha de Dzeus, aos Dióscuros, seus irmãos
gêmeos, como Clitemnestra mesma era gêmea dela ( nasceram de dois
ovos de Cisne ), quando Teseu a raptou ainda criança. Ela ficou com
Aetra a mãe de Teseu que a acompanhou, a ela Helena, até Tróia. A
Academia, lugar da religião da philosophia, do amor, da sabedoria,
que fez ressoar para a eternidade as falas de Sócrates, nos escritos
de Platão, é apropriadamente a terceira conquista deste terceiro
passo, espiritual e indiferenciado. Atendo ao lugar mesmo pensemos no
‘Fedro’ de Platão, no jardim do lado de fora da muralha da
cidade de Atenas em que Fedro e Sócrates descalços ( lembra-se
então que Sócrates sempre estava descalço ) como em solo sagrado
conversam e discutem sobre a Palinodia (palin-ode, ao contrário /
inverso/ para trás / arrependido – canto, ode ) de Helena, o
perdão de Stesícoro e sua cura : este poeta cantara a deusa que
nascera do Cisne, má, ruim e por isto ficou cego, sem vista e
arrependido, convertido, em metanoia, canta-a boa e virtuosa e com
isto recupera a visão, vista : Sócrates no diálogo purifica-se
também dizendo que cantou errado e se corrige cantando certo : fala
d’asas d’alma, do ser alado que é àlma elevada aos coros das
Musas todas, do céu do Olimpo, alma qual carro puxado por cavalos,
um branco outro preto, um de tendência ascendente e outro de
tendência descendente, um corporal, sensível, carne e outro
espiritual, penitente, sangue – a carne cortada, arrancada, tirada.
Rédeas da mente entregue ao Auriga ( buddhi, discernimento, vijnana
) conduzem o carro adequadamente, impedem a guerra entre os cavalos
de tendências diferentes do conjunto que é o carro / alma. Alma
cae na terra e esquece que veio do céu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Contudo,
conforme a doutrina apresentada nos Upanishads os três passos
existem enquanto um quarto estado, enquanto o conjunto único dos
três elementos, três letras, três estados, três mundos : a
unidade mesma é um quarto. Então a esta referência de Plutarco aos
três passos deve corresponder os três parágrafos anteriores aos
respectivos três aspectos, estados, etc. E isto acontece : o
primeiro passo no parágrafo VIII quando da descoberta do corpo de
Teseu que já reproduzimos aqui, o segundo no parágrafo seguinte o
IX e o terceiro no X e XI em seguida. Vejamos o IX : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Escreve
Ion que sendo ele ainda moço, fez uma refeição com Simão quando
ele veio de Atenas desde Quio com Laomedonte e que tendo sido pedido
que Simão cantasse, como não o houvesse feito sem graça, os
presentes o louvaram como mais urbano que Temístocles, por este ter
respondido em caso semelhante que não tinha a prendido a cantar nem
nem tocar e o que ele sabia era fazer uma cidade grande e rica. Daí
como era natural caiu a conversa sobre as façanhas de Simão e como
se fizessem memória das mais significativas, disse que se passou a a
referir ao mais conhecido dos seus estratagemas ; porque tendo tomado
os aliados muitos cativos dos bárbaros em Sesto e em Bizâncio,
encarregaram ao mesmo Simão o repartimento ; e ele tinha colocado
de um lado os cativos e de outro os objetos e adornos que tinham, do
que os aliados tinham se queixado, tendo por desigual esta divisão.
Disse-lhes então que das duas partes escolhessem a que gostassem
mais porque os atenienses com que deixassem se dariam por contentes.
Aconselhando-lhes pois Herófito de Samos que elegessem antes os
arreios dos persas que os persas mesmos, tomaram os adornos destes,
deixando para os atenienses os cativos ; e então riram de Simão
como de um mal repartidor porque os aliados carregaram colares,
presilhas, braceletes de ouro e com vestidos e roupas ricas de
púrpura, não ficando para os atenienses nada além de corpos mal
cobertos para destinar ao trabalho ; porém logo baixaram da Frígia
e da Lídia os amigos e devedores dos cativos e redimiram,
libertaram, cada um deles por muito dinheiro ; de modo que Simão
proviu de víveres as naves para quatro meses e ainda sobrou do
resgate muito dinheiro para levar para Atenas.” A ideia é que a
riqueza não é do corpo mas este separado a riqueza é da alma mesma
: é clara a separação entre corpo grosseiro e corpo sutil que
caracteriza o segundo passo. E aqui nesta história de Simão este
segundo passo aparece visualmente enquanto uma conversão do olho, da
visão, da vista, da forma de olhar o mundo, um olho interior e não
mais exterior posto que é disto que se trata de olhar para dentro,
para si mesmo : ‘gnoti s’autou’ conhece a ti mesmo, estava
então escrito na porta de Delphus. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
terceiro passo nos parágrafos X e XI trazem versos antigos que
lembram, como em um som primordial ecoando, a indiferença com a
riqueza, própria de Simão, sua bondade, mão aberta, distribuindo
os bens com todas as pessoas : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“ <span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Rico
já Simão, os viáticos da guerra, que fez os inimigos pagarem, os
gastava melhor com seus cidadãos, porque retirou as cercas de suas
possessões para que os forasteiros e os cidadãos necessitados
pudessem tomar livremente de seus frutos o que gostassem. Em sua casa
havia mesa, frugal sim, porém podia bastar para muitos todo dia ; e
dos pobres podia entrar nela aquele que quisesse, encontrando comida
sem ter que ganhá-la com seu trabalho, para atender apenas aos
negócios públicos. ( seguem os versos lembrando sua bondade ) …
porém o uso que fazia de sua opulência Simão excedia a antiga
hospitalidade e humanidade dos atenienses ; porque aqueles com quem
a cidade justamente se mostra ufana, deram aos gregos as sementes dos
alimentos e os ensinaram o uso das águas das fontes e o modo de
acender o fogo para o serviço das pessoas e este, Simão, erigindo
sua casa como um pritaneo comum para os cidadãos dando gratuitamente
as primícias dos frutos colhidos e tudo quanto de bom produz as
estações do país, para que os forasteiros tomassem e desfrutassem,
reproduziu de certa maneira aquela fabulosa comunhão de bens do
tempo de Saturno / Cronos.” No parágrafo XI vemos os gregos
vivendo em paz sem precisar fazer guerra exatamente como se
estivessem na idade dourada a que se refere o parágrafo anterior que
condiz com o lugar do terceiro passo, lugar da comunhão, da unidade,
da indiferenciação, em que patrão e empregado se encontram qual
iguais, servo e senhor indiferenciados. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Tudo
isto nos permite aproximar para bem perto o diálogo Fedro de Platão,
o Katha Upanishad e o Sermão da Montanha de IHS XTO : o primeiro e o
segundo falam do mesmo carro d’alma sendo que este segundo disserta
sobre os três passos, sobre alcançar esta meta espiritual, Brahman,
Atma, trilhando o caminho e pergunta : pode um cego guiar outro cego
? A mesma pergunta que aparece no terceiro, no sermão da montanha de
Jesus, que traz também a frase : ‘entrai pela porta estreita
porque largo e espaçoso é o caminho que conduz á perdição ;
estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida e são
poucos que o encontram.’ Esta mesma estreiteza, apertado de
caminho aparece no segundo com a imagem da ponte da espada, a
travessia do rio do mundo em cima de uma lâmina afiada. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">O
Katha Upanishad é o diálogo entre Naciketas e Yama, deus da morte,
sendo Naciketas um sacerdote iniciante de dezesseis anos que está
batendo na porta da casa da Morte por três dias sem comer nem beber
: Mors Janua Vitae morte porta da vida. A penitência, a cruz, a
morte, na religião. Yama depois de três dias chega e concede três
dons, presentes, a Naciketas que é um mendicante pedindo oferta,
esmola. Os três dons são os três passos sendo o último dom,
passo, Brahman mesmo, a meta, poste, limite, último a ser alcançado.
Vemos também aqui o olho invertido de que falamos a respeito de
Simão, sobre voltar o olhar para si mesmo, para dentro. ‘O cego
que guia outro cego’ seria não entregar as rédeas para buddhi, o
discernimento, vijnana. E as pessoas seriam como árvores com raízes
celestes : justamente como no sermão da montanha onde se discute o
figo e as uvas, o cardo e o espinheiro. AUM = Pai Nosso que é
proclamado no sermão da montanha. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Bibligrafia
além dos livros citados : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Biografos
Griegos, Aguillar, Madrid, 1973</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Date,
V. H., Upanishads Retold, 2 vols, MMPublishers, 1999, New Delhi,
Índia. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Guénon,
René, L’Homme et sont devenir selon le Vêdânta, Éditions
Traditionnelles, Paris, 1984. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: medium;">Coomaraswamy,
Ananda, ‘Notes on the Katha Upanishad’ in Perceptions of the
Vedas, MMPublishers, New Delhi Índia, 2000. </span></span>
</div>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: 14pt;">
<style type="text/css">
@page { margin: 2cm }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
</style>
</span></span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: 14pt;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="font-size: 14pt;">Cf <a href="http://vidasdebuddha.blogspot.com.br/2008/06/133-vejam-em-tua-fortaleza.html">http://vidasdebuddha.blogspot.com.br/2008/06/133-vejam-em-tua-fortaleza.html</a></span></span><br />
<br /></div>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<style type="text/css">
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p.sdfootnote { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt; line-height: 100% }
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120% }
a.sdfootnoteanc { font-size: 57% }
</style>
<br />
<div id="sdfootnote1">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=29147354209326590#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a>
a nave Argo atravessando as ´Rochas que batem´ soltam antes uma
pomba para passar no contratempo: a pomba perde o rabo. Apolonio de
Rodes.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
</div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-43027309802450495002016-06-23T13:49:00.003-07:002016-06-23T13:49:59.026-07:00500 Buddha Mah'Osadha ( cont. )<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-47Vb89KzRwg/UD49wXaMkjI/AAAAAAAAALQ/IjF5royPo2sEXrQkVk-2MFyncqa6rro_wCKgB/s1600/boro%2Be%2Bajanta%2B001.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-47Vb89KzRwg/UD49wXaMkjI/AAAAAAAAALQ/IjF5royPo2sEXrQkVk-2MFyncqa6rro_wCKgB/s320/boro%2Be%2Bajanta%2B001.bmp" width="265" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
( Os cinco sábios em pintura de Ajanta, Índia. Mah'Osadha à direita )<br />
<br />
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">500</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pleno
de sabedoria… etc.” - Continuação com a Questão do Pobre e do
Rico do Jataka 546, o penúltimo, história de Mah’Osadha e Amara
que se reproduz em partes nos Jatakas 110, 111, 112, 170, 192, 364,
350, 387, 402, 452, 471, 500, 508, 515, 517, 518. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mas
Rainha Udumbara sabia que os outros conseguiram o conhecimento da
questão através do sábio ; e ela pensou, “O rei deu o mesmo
prêmio para todos os cinco, como uma pessoa que não vê diferença
entre ervilhas e feijões. Com certeza meu irmão deveria ter tido um
prêmio especial.” Então ela foi e perguntou ao rei,” Quem
descobriu o enigma para ti, senhor ?” “Os cinco sábios,
senhora.” “Mas meu senhor, através de quem os quatro tomaram
conhecimento ?” “Não sei, senhora.” “Senhor, o quê aqueles
senhores sabem ! Foi o sábio – que não desejava que estes tolos
se arruinassem por causa dele e os ensinou a solução. E depois você
deu o mesmo prêmio para todos os cinco. Isto não é justo ; deves
fazer uma distinção ao sábio.” O rei ficou feliz que o sábio
não revelou que tiveram conhecimento através dele e desejoso de dar
a ele um prêmio ainda maior, ele pensou, “Deixa estar : vou
perguntar a meu afilhado outra questão e quando ele responder lhe
darei um grande prêmio.” Pensando nisto ele acertou a Questão do
Pobre e do Rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Um
dia quando os cinco sábios vieram até ele e quando estavam sentados
confortavelmente, o rei disse, “Senaka, perguntarei uma pergunta.”
“Pergunte, senhor.” Então ele recitou a primeira estrofe da
Questão do Pobre e do Rico : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Pleno
de sabedoria e despojado de riqueza, ou rico e sem sabedoria –
pergunto a vocês esta questão, Senaka : qual destes dois, pessoas
inteligentes consideram a melhor ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
esta questão foi transmitida de geração em geração na família
de Senaka e então ele respondeu prontamente : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Verdadeiramente,
Ó rei, sábios e tolos, pessoas educadas e não educadas, prestam
serviço ao rico, sejam bem nascidos ou de casta baixa. Olhando isto
digo : O sábio é medíocre e o rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
rei escutou esta resposta ; e então sem questionar os outros três,
ele disse ao sábio Mah’Osadha sentado ao lado : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">A
ti também questiono, elevado em sabedoria, Mah’Osadha, que conhece
toda a Lei : um tolo com riqueza ou um sábio com poucas provisões,
qual dos dois, pessoas inteligentes consideram a melhor ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
o Grande Ser respondeu, “Escute, Ó rei : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
tolo comete atos pecaminosos, pensando ‘Neste mundo sou o melhor’
; ele olha para este mundo e não para o próximo e pega o pior de
ambos. Olhando isto digo : O sábio é melhor que o tolo rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Isto
dito, o rei olhou para Senaka : “Bem, você vê Mah’Osadha dizer
que o sábio é melhor.” Senaka, disse, “Sua majestade,
Mah’Osadha é uma criança ; mesmo agora sua boca cheira a leite. O
quê ele pode saber ?” e recitou uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Ciência
não produz riqueza, nem família ou beleza pessoal. Olhe aquele
idiota do Gorimanda grandiosamente próspero porque a Fortuna
favoreceu o tratante. Olhando isto digo : O sábio é medíocre, o
rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escutando
isto o rei disse, “E agora, Mah’Osadha meu filho ?” Ele
respondeu, “Meu senhor, o quê Senaka sabe ? Ele é qual corvo
onde se espalhou arroz, qual cachorro tentando lamber leite : olha a
si mesmo mas não vê a vara que esta pronta a cair sobre sua cabeça.
Escute meu senhor,” e ele recitou esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Aquele
que é de pouco entendimento, quando consegue riqueza, está
intoxicado : atingido pelo infortúnio fica estupidificado : atingido
por má ou boa fortuna segundo seja a sorte, ele retorce-se como
peixe em Sol quente. Olhando isto digo : O sábio é melhor que o
tolo rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Agora
então, Mestre !” disse o rei escutando isto. Senaka disse, “Meu
senhor, o quê ele sabe ? Sem falar de pessoas, é a boa árvore
cheia de frutos para a qual os pássaros vão,” e ele recitou esta
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
na floresta, os pássaros reúnem-se de todos os cantos n’árvore
que tem frutos doces, assim ao homem rico que tem tesouros e riquezas
aglomeram-se bandos juntos para seu benefício. Olhando isto digo :
O sábio é medíocre, o rico é o melhor.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
meu filho, é agora ?” o rei perguntou. O sábio respondeu, “O
quê aquele barriga de balde sabe ? Escute meu senhor,” e recitou
esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
tolo poderoso não faz bem em ganhar riqueza pela violência ;
rugindo alto como gosta, eles ( nirayapala, guardiões dos ínferos )
carregam o simplório para os ínferos. Olhando isto digo : O sábio
é melhor que o tolo rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Novamente
o rei disse, “Bem, Senaka ?” ao que Senaka respondeu : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Qualquer
corrente que se derrame no Ganges, todas estas perdem seus nome e
espécie. O Ganges derramando-se no mar, não mais se distingue.
Assim o mundo é dedicado à riqueza. Olhando isto digo : O sábio é
medíocre, o rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Novamente
o rei disse, “Bem, sábio ?” e ele respondeu, “Escute, Ó rei
!” com um par de estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Este
poderoso oceano do qual ele fala, dentro do qual fluem rios
inumeráveis, este mar batendo incessantemente nas praias não podem
nunca ultrapassá-las apesar de ser poderoso oceano. Assim é com o
palavrório do tolo : sua prosperidade não pode ultrapassar a do
sábio. Olhando isto digo : O sábio é o melhor que o próspero
tolo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
Senaka ?” disse o rei. “Escute, Ó rei !” disse ele e recitou
esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Uma
pessoa rica em alta posição pode não ter autocontrole mas se fala
algo para os outros, sua palavra tem peso no meio do seu Povo ; mas
sabedoria não tem este efeito para a pessoa sem riqueza. Olhando
isto digo : O sábio é medíocre, o rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Bem,
meu filho ?” disse o rei novamente. “Escute senhor ! O quê o
estúpido do Senaka sabe ?” e recitou esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Para
o benefício de outro ou seu próprio, o tolo e de pouco entendimento
fala falsamente ; ele é envergonhado no meio da companhia e com isto
entra em miséria. Olhando isto digo : O sábio é melhor que o rico
tolo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Depois
Senaka recitou uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Mesmo
que alguém seja de grande sabedoria mas sem arroz ou grãos e
carente, diga alguma coisa, sua palavra não tem peso no meio de seu
Povo, e prosperidade não vem para pessoa devido a seu conhecimento.
Olhado isto digo : O sábio é medíocre, o rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Novamente
o rei disse, “O que diz você a isto, meu filho ?” E o sábio
respondeu, “O quê Senaka sabe ? Ele olha este mundo não o
próximo,” e recitou esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
para seu bem nem para de outrem, fala uma mentira a pessoa de grande
sabedoria ; ele é honrado no meio da assembleia e na vida futura
seguirá feliz. Olhando isto digo : O sábio é melhor que o tolo
rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Então
Senaka recitou uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Elefantes,
gado, cavalos, brincos em joias, mulheres, encontram-se em famílias
ricas ; isto tudo é para o gozo da pessoa rica sem poderes
sobrenaturais. Olhando isto digo : O sábio é medíocre, o rico é
melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
sábio disse, “O quê ele sabe ?” e continuando a explicar o
assunto recitou esta estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
tolo que obra atos sem pensar e fala palavras tolas, o não sábio, é
jogado fora pela Fortuna como a serpente joga fora a pele velha.
Olhando isto digo : O sábio é melhor que o tolo rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">E
agora ?” perguntou o rei então ; e Senaka disse, “Meu senhor, o
quê pode este pequeno garoto saber ? Escute !” e ele recitou esta
estrofe, pensando que silenciaria o sábio : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Somos
cinco sábios, venerável senhor, todos te servindo com gestos de
respeito ; e tu és nosso senhor e mestre, qual Sakra, senhor das
criaturas, rei dos deuses. Olhando isto digo : O sábio é medíocre,
o rico é melhor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Quando
o rei escutou isto ele pensou, “Isto foi bem colocado por Senaka ;
cogito se meu filho será capaz de refutar isto e dizer algo mais.”
Então perguntou-lhe, “Bem, sábio senhor, e agora ?” mas este
argumento de Senaka não havia ninguém capaz de refutá-lo exceto o
Bodhisatva ; então o Grande Ser refutou-o dizendo “Senhor, o quê
este tolo sabe ? Ele olha apenas para si mesmo e não conhece a
excelência da sabedoria. Escute, senhor,” e ele recitou esta
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
tolo rico é apenas escravo da pessoa sábia quando questões deste
tipo surgem ; quando o sábio resolve-a inteligentemente, então o
tolo cai em confusão. Olhando isto digo : O sábio é melhor que o
tolo rico. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Como
se espalhasse areia dourada no sopé do Sineru, como se levasse a lua
cheia alto no céu, assim ele estabeleceu este argumento, assim o
Grande Ser mostrou sua sabedoria. Então o rei disse a Senaka, “Bem,
Senaka, cubra esta se podes !” Mas como alguém que usou todo o
milho do celeiro, ele sentou sem resposta, perturbado, lamentando-se.
Se pudesse produzir outro argumento, mesmo mil estrofes não
terminaríamos este Jataka. Mas quando ele permaneceu sem resposta, o
Grande Ser continuou com esta estrofe em louvor à sabedoria, como se
derramasse águas torrenciais : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Verdadeiramente
sabedoria é estimada pelos bons ; riqueza é amada porque as pessoas
são devotas do prazer. O conhecimento dos Buddhas é incomparável e
riqueza nunca suplantará sabedoria. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">Escutando
isto o rei ficou tão agraciado com a solução da questão pelo
Grande Ser que ele o presenteou com uma chuva de riquezas e recitou
uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">O
que quer que pergunte ele me responde, Mah’Osadha o único pregador
da Lei. Mil vacas, um touro e um elefante e dez carruagens puxadas
por puro sangue e dezesseis excelentes cidades, aqui te dou,
agradecido com tua resposta à questão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: medium;">(
Aqui termina a Questão do Rico e do Pobre ) </span></span>
</div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
zehttp://www.blogger.com/profile/12878862176565413131noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-29147354209326590.post-24829179414355963602016-05-24T04:42:00.002-07:002016-06-07T11:12:27.992-07:00499 Buddha Rei Sivi <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-izYa1Sm8nfQ/V0Q9pPVcd9I/AAAAAAAAEs8/quIdg4lTxbgbTKgYLmuUSv72GULgvXGxACLcB/s1600/ajanta%2BXVII%252C29%25282%2529.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-izYa1Sm8nfQ/V0Q9pPVcd9I/AAAAAAAAEs8/quIdg4lTxbgbTKgYLmuUSv72GULgvXGxACLcB/s320/ajanta%2BXVII%252C29%25282%2529.bmp" width="270" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-8iT3WY4HFJI/V0Q9v4OIxLI/AAAAAAAAEtA/gv0GK1CiU7wW0-8D10rL13gp3-vwQv7-gCLcB/s1600/ajanta%2BXVII%252C28.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-8iT3WY4HFJI/V0Q9v4OIxLI/AAAAAAAAEtA/gv0GK1CiU7wW0-8D10rL13gp3-vwQv7-gCLcB/s320/ajanta%2BXVII%252C28.bmp" width="227" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-KbBxANVuujc/V1cOZFonQLI/AAAAAAAAEzM/DsPu2kmvYPkhmf93eUM9OpBNGnWqX4e6ACLcB/s1600/mais%2Bajanta%2B4.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-KbBxANVuujc/V1cOZFonQLI/AAAAAAAAEzM/DsPu2kmvYPkhmf93eUM9OpBNGnWqX4e6ACLcB/s320/mais%2Bajanta%2B4.bmp" width="259" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(Acima o Rei Sivi sem os olhos e abaixo a distribuição de ofertas com versão à cores ; pinturas de Ajanta )<br />
<br />
<span style="font-family: "liberation serif" , serif; line-height: 150%;">499</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Se houver algum ...etc.”
- Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana sobre o
presente, oferta, incomparável. A circunstância foi amplamente
contada no Jataka 424. Mas aqui, o rei, no sétimo dia, ofertou todos
os requisitos e pediu agradecimentos ; mas o Mestre saiu sem
agradecê-lo. Após o lanche o rei foi ao mosteiro e disse, “Por
quê não agradeceste, Senhor ?” O Mestre disse, “O povo estava
impuro, sua majestade.” Ele continuou declarando a Lei, recitando a
estrofe que começa “Para o céu o avarento não irá ( Dhammapada,
177 )”. O rei, agradecido de coração, fez reverência ao
Tathagata presenteando-o com um manto da país Sivi ( Sibi ) válido
mil peças de dinheiro ; depois ele voltou para a cidade. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dia seguinte falavam
disto no Salão da Verdade : “Senhores, o rei de Kosala deu o
presente incomparável : e não contente com isto, quando o Dasabala
discursou para ele, o rei deu-lhe um roupa de Sivi válida de mil
peças ! Como o rei é insaciável em ofertar, com certeza !” O
Mestre entrou e questionou o quê conversavam lá sentados : eles lhe
disseram. Ele falou, “Irmãos, coisas materiais, exteriores, são
aceitáveis, verdadeiras : mas sábios antigos, que deram presentes
até toda a Índia soar novamente com a fama deles, cada dia
distribuindo aproximadamente seiscentas mil peças de dinheiro,
estavam insatisfeitos com presentes exteriores ; e lembrando o
provérbio, ‘Dê o quê te é caro e o amor surgirá’, eles,
mesmo aos olhos arrancaram e deram àqueles que pediram.” Com estas
palavras, ele contou uma história do passado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">_______________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Certa vez, quando o
poderoso Rei Sivi reinava na cidade de Aritthapura no reino de Sivi,
o Grande Ser nasceu como seu filho. Eles o chamaram de Príncipe
Sivi. Quando ele cresceu, ele foi para Takkasila ( Taxila ) e estudou
lá; voltando ele mostrou seu conhecimento a seu pai o rei e por
ele foi feito vice-rei. Com a morte de seu pai tornou rei ele mesmo
e, abandonando os caminhos do mal, ele guardou as Dez Virtudes Reais
e legislou com retidão. Ele fez com que se construísse seis salões
de ofertas, nos quatro portões, no meio da cidade, e na sua própria
porta. Ele foi munificente em distribuir cada dia seiscentas mil
peças de dinheiro. No oitavo, décimo quarto e décimo quinto dias
ele nunca faltava de visitar os salões de ofertas para ver a
distribuição ser feita. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Uma vez no dia da lua
cheia, o parassol de estado foi levantado cedo de manhã e ele sentou
no trono real pensando sobre os presentes que dera. Pensou ele
consigo mesmo, “De todas as coisas exteriores não há nenhuma que
não dei ; mas este tipo de oferta não me contenta. Quero doar algo
que seja parte de mim mesmo. Bem, neste dia indo para o salão de
ofertas, faço o voto de que se alguém me pedir algo não fora de
mim mesmo mas nomear algo que seja parte de mim mesmo, - mesmo se
mencionar meu coração, cortarei meu peito com uma lança e como se
estivesse carregando um lírio d’água, caule e tudo, de um lago
tranquilo, arrancarei meu coração pingando de sangue e darei a ele
: se mencionar a carne do meu corpo, cortarei fora a carne do corpo e
a darei, como se estivesse gravando com um instrumento de gravação
: que se mencione meu sangue, darei meu sangue pingando em sua boca
ou enchendo uma tigela : ou se alguém disser, não consigo que façam
meu serviço doméstico, venha e me faça a parte do empregado em
casa, então largarei minha veste real e ficando fora, proclamarei a
mim mesmo empregado e farei trabalho de empregado : se alguém pedir
meus olhos, arrancarei para fora meus olhos e os darei, como alguém
que arranca o âmago de uma palmeira.” Assim ele pensou consigo
mesmo : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Se
houver algum presente humano que nunca ofertei, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Seja
meus olhos, darei agora, inteiramente firme e sem medo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Então ele se banhou com
dezesseis cântaros de água perfumada e adornou-se em toda
magnificência e após refeição de comida fina ele montou no
elefante ricamente ajaezado e foi para o salão de oferta. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sakra percebendo sua
resolução pensou, “Rei Sivi está determinado a doar seus olhos a
qualquer um que vier os pedir. Será ele capaz de fazer isto ou não
?” Determinou testá-lo ; e, na forma de um brahmin velho e cego,
postou-se em um lugar alto e quando o rei veio para seu salão de
ofertas ele esticou sua mão e ficou gritando, “Vida longa ao rei
!” Então o rei dirigiu o elefante até ele e disse, “O quê
disseste brahmin ?” Sakra disse a ele, “Ó grande rei ! Em todo
o mundo habitado não há nenhum lugar onde a fama de seu coração
munificente não tenha soado. Sou cego e você tem dois olhos.”
Então ele repetiu a primeira estrofe, pedindo por um olho : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Para pedir um
olho o velho vem de longe pois não tenho nenhum : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó, me dê um
dos teus, prego, então teremos cada um um. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Quando o Grande Ser
escutou isto, ele pensou, “Pois isto é justo o quê estava
pensando em meu palácio antes de vir ! Que chance boa ! O desejo
de meu coração será preenchido ho-je ; darei um presente que
ninguém nunca deu.” E ele recitou a segunda estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">( As estrofes
seguintes devem ser lidas duas a duas, como facilmente pode ser
visto. ) </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sujampati entre
os deuses, o mesmo</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Aqui entre as
pessoas chamado Maghava de nome, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ele me
ensinou a seguir nesta direção meu caminho,</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Pedir e por um
olho clamar, insistir. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O maior de
todos os presentes que peço.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Me dê um olho
! Ó, não me diga não ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dê-me um
olho, o presente entre os presentes, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Tão difícil
para as pessoas desfazer-se, como dizem ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O desejo que te traz aqui,
o desejo que surgiu </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dentro de ti, seja este
desejo realizado. Aqui, brahmin, tome meus olhos. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Um olho tu me pedes : veja,
te dou dois ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Vá com boa visão, à
vista de todo o Povo ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Seja teu desejo cumprido e
agora realizado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Tal disse o rei. Mas pensando
que não era adequado que ele arrancasse os olhos e os concedesse lá
então, ele trouxe o brahmin para dentro com ele e sentando no trono
real, mandou chamar um cirurgião de nome Sivaka. “Retire meus
olhos,” ele disse então. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
</span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Bem, toda a cidade soava com a
novidade de que o rei desejava arrancar os olhos e dá-los a um
brahmin. Então o comandante-em-chefe e todos os outros oficiais, e
aqueles amados pelo rei, reuniram-se da cidade e do harém e
recitaram três estrofes, em que eles tentavam afastar o rei desta
intenção : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó, não dê teus
olhos, meu senhor ; não nos abandone, Ó rei ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dê dinheiro,
pérolas e coral e coisas muitas preciosas : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dê corcéis
ajaezados, rodem as carruagens para fora, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó rei, dirija os
elefantes todos elegantes com roupas douradas : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Dê isto, Ó rei !
Para que possamos te preservar são e salvo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Teu Povo fiel, com
nossos carros e carruagens alinhados ao redor. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Com isto o rei recitou três
estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">A alma que, tendo jurado
doar, é depois encontrada sem fé, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Coloca seu próprio
pescoço dentro de uma armadilha escondida embaixo no chão. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">A alma que, tendo jurado
doar, é depois encontrada sem fé, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">É mais pecadora que o
pecado e ele à casa de Yama está atado. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sem ser pedido nada dê ;
nem dê a coisa não pedida, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Isto portanto que o
brahmin pede, dou imediatamente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Então os cortesãos
perguntaram, “O quê desejas doando os olhos ?” repetiram a
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Vida, beleza, alegria ou
força – qual é o prêmio, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó rei, qual motivo teu
gesto produz ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Por quê deveria o
rei da terra Sivi, supremo </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Pelo bem da vida futura,
doar seus olhos ? </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O rei respondeu-lhes em uma
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Em doar assim, glória
não é meu objetivo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Nem filhos, nem
riqueza, ou reinos controlar : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Este é o bom
antigo caminho das pessoas santas ; </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Minha alma ama fazer
ofertas. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Às palavras do Grande Ser os
cortesãos nada responderam ; então o Grande Ser dirigiu-se a Sivaka
o cirurgião em uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Um amigo e camarada,
Sivaka, tu és : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Faço como te peço –
tens habilidade suficiente - </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Retire meus
olhos, pois este é meu desejo, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">E nas mãos do
mendicante entregue-os agora. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Mas
Sivaka disse, “Pense, meu senhor, dar os olhos não é coisa à
toa.” - “Sivaka, já pensei ; não demore, nem fale muito na
minha presença.” Então ele pensou, “Não é apropriado que um
cirurgião habilidoso como eu deva cortar os olhos do rei com o
bisturi,” então ele pesou algumas substâncias, esfregou o pó
numa lótus azul e escovou com isto o olho direito : o olho rolou e
houve grande dor. “Reflita, meu rei, posso acertar tudo.” -
“Continue, meu amigo, não retarde, por favor.” Novamente ele
esfregou o pó e escovou sobre o olho : o olho saltou da órbita, a
dor foi pior que antes. “Reflita, meu rei, ainda posso
restaurá-lo.” - “Seja rápido com o serviço !” Uma terceira
vez ele esfregou o pó ácido aplicando-o : pelo poder da droga o
olho rolou, saindo fora da órbita pendurando-se na extremidade do
tendão. “Reflita, meu rei, ainda posso restaurá-lo novamente.”
-”Seja rápido.” A dor foi extrema, sangue pingava, as roupas do
rei estava manchadas de sangue. As mulheres do rei e os cortesãos
caíram aos pés dele, gritando, “Meu senhor, não sacrifique teus
olhos !” alto chorando e lamentando. O rei resistiu à dor e disse,
“Meu amigo, seja rápido.” “Muito bem, meu senhor,” disse o
médico ; e com sua mão esquerda segurando o globo ocular pegou uma
faca com a direita e cortando o tendão colocou o olho na mão do
Grande Ser. Ele, olhando com seu olho esquerdo para o direito e
aguentando a dor, disse, “Brahmin, venha aqui.” Quando o brahmin
aproximou-se, ele continuou - “O olho da onisciência é mais caro
que este olho cem vezes, não, mil vezes : aí está a razão para
minha ação,” e o deu para o brahmin, que o levantou e colocou em
sua própria órbita ocular. Lá permaneceu fixo através de seu
poder como uma lótus azul aberta. Quando o Grande Ser com seu olho
esquerdo viu aquele olho na cabeça do outro, ele gritou - “Ah,
como é bom este meu presente de um olho !” e todo arrepiado com a
alegria que surgiu dentro dele, deu também o outro olho. Sakra
colocou este também no lugar de seu próprio olho e partiu do
palácio do rei, depois da cidade, com o olhar da multidão sobre ele
e foi para o mundo dos deuses. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O Mestre,
explicando isto, repetiu uma estrofe e meia : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Assim Sivi incitou Sivaka
e cumpriu o que tinha em mente.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ele tirou os olhos do rei
fora e os entregou para o brahmin : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">E agora o brahmin tinha os
olhos e o rei estava cego. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">__________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Em pouco tempo os
olhos do rei começaram a crescer ; enquanto cresciam e antes de
alcançarem o topo dos orifícios, uma massa de carne surgiu dentro
como uma bola de lã, preenchendo a cavidade ; eles eram como olhos
de boneca mas a dor cessou. O Grande Ser ficou no palácio alguns
dias. Então ele pensou, “O quê um cego tem a ver com legislar ?
Transmitirei o reino para os cortesãos, irei para o parque e me
tornarei asceta vivendo como homem santo.” Ele reuniu seus
cortesãos e contou a eles sua intenção. “Uma pessoa,” ele
disse, “deve ficar comigo, para lavar meu rosto e assim por diante
fazendo o que é devido e vocês devem amarrar uma corda para me
guiar para os lugares de descanso.” Chamando então seu auriga,
ordenou-o que preparasse a carruagem. Mas os cortesãos não
permitiriam que fosse de carruagem ; eles o levaram para fora numa
liteira dourada e o colocaram às margens do lago, e então,
guardando-o ao redor, retornaram. O rei sentou na liteira pensando
sobre seu presente. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Naquele momento o trono
de Sakra ficou quente ; e ele ponderando percebeu a razão.
“Oferecerei um dom ao rei,” pensou ele, “e farei seu olho ficar
são novamente.” Então para aquele lugar ele veio ; e não
distante do Grande Ser, ele andava para cima e para baixo, para cima
e para baixo. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">_______________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Para explicar isto o
Mestre recitou estas estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Poucos dias
passaram ; os olhos começaram a se curar e aparecer : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O rei da terra
Sivi então chama seu auriga. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
‘<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Prepare a
carruagem, auriga ; faça-me saber : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Vou para o
parque, lago, floresta com lírios que crescem’. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ele o sentou
numa liteira às margens do lago e aí </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sujampati , o
rei dos deuses, grande Sakra, apareceu. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">__________________________
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
“<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Quem está aí ?” gritou
o Grande Ser, quando escutou o som do passos. Sakra repetiu uma
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sakra, o rei
dos deuses, eu sou ; vim visitar você : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Escolha um
dom, Ó sábio real ! O quê quer que teu desejo possa nomear. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">O rei respondeu com outra
estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Riqueza, força,
e tesouros sem fim, estes deixei para trás : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó Sakra, morte
e nada mais desejo : pois sou cego. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Então Sakra disse, “Você
pede a morte, Rei Sivi, porque desejas morrer ou porque estás cego
?” - “Porque estou cego, meu senhor.” - “O presente não é
tudo em si mesmo, sua majestade, ele é dado com um olho no futuro.
Contudo há um motivo relacionado a este mundo visível. Bem, te
pediram um olho e deste dois ; faça um Ato de Verdade sobre isto.”
Então ele começou uma estrofe : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó guerreiro,
senhor dos bípedes, declare o quê é a verdade : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Se declarares a
verdade, teu olho será restaurado para ti. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Escutando isto, o Grande Ser
respondeu, “Se você deseja me dar um olho, Sakra, não tente
outros meios mas deixe meu olho ser restaurado como consequência da
minha oferta.” Sakra disse, “Apesar de me chamarem de Sakra, rei
dos deuses, sua majestade, ainda assim não posso dar um olho para
ninguém ; mas pelo fruto da oferta por ti feita, e por nada mais,
teu olho pode ser restaurado para ti.” Então o outro repetiu uma
estrofe, mantendo que sua oferta foi bem oferecida : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Qualquer espécie,
qualquer tipo de requerente que se aproxime, </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Quem quer que venha
me pedir algo, este ao meu coração é caro : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Se estas minhas
palavras solenes são verdadeiras, que meu olho apareça agora ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Enquanto ele pronunciava as
palavras, um dos seus olhos cresceu na órbita. Então ele repetiu um
par de estrofes para restaurar o outro : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Um brahmin veio me
visitar, um dos meus olhos rogava : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Para aquele brahmin
mendicante dei o par deles. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Uma grande alegria
mais satisfação aquela ação propiciou. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Se estas palavras
solenes são verdadeiras, restaure-se o outro olho ! </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Imediatamente apareceu seu
segundo olho. Mas estes olhos dele não eram nem naturais nem
divinos. Um olho dado por Sakra qual brahmin, não pode ser natural,
sabemos ; por outro lado, um olho divino não pode ser produzido em
nada que esteja machucado. Mas estes olhos são chamados os olhos da
Verdade Absoluta e Perfeita. Naquele tempo quando veio à
existência, todo o cortejo real foi reunido pelo poder de Sakra ; e
Sakra de pé no meio do ajuntamento, pronunciou louvor em um par de
estrofes : </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Ó filho da terra Rei
de Sivi, estes hinos santos teus </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Te fez ganhar como
fruto da graça este par de olhos</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Através da rocha e parede,
acima do monte e no vale, qualquer barreira que seja.
</span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Cem léguas para todo
lado estes teus olhos veem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm; page-break-before: auto;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Tendo pronunciado estas estrofes
pousado no ar diante da multidão, com um último conselho para o
Grande Ser de que ele devia ser vigilante, Sakra retornou para o
mundo dos deuses. E o Grande Ser, cercado por seu cortejo, voltou em
grande pompa para a cidade e entrou no palácio chamado Candaka, Olho
do Pavão. As novidades de que ele conseguiu seus olhos novamente
espalhou-se por todo o Reino de Sivi. Todas as pessoas reuniram-se
para vê-lo com presentes em suas mãos. “Agora que toda esta
multidão está reunida,” pensou o Grande Ser, “devo louvar a
oferta que fiz.” Fez com que se colocasse um grande pavilhão no
portão do palácio, onde se sentou no trono real, com o parassol
branco aberto sobre ele. Então o tambor foi enviado pela cidade a
bater, para coletar de todas as guildas de comércio. Então ele
disse, “Ó Povo de Sivi ! Agora que vocês viram estes divinos
olhos, nunca comam comida sem ofertar um pouco !” e ele repetiu
quatro estrofes, declarando a Lei : </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Quem, questionado a
doar, responderia não, </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Mesmo sendo seu
dom melhor e mais caro ? </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Povo de Sivi reunido
em concurso ! </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Venham aqui, vejam
o dom de Deus, meus olhos ! </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;"><span style="color: black;">Através
da rocha e parede, acima do monte e no vale, qualquer barreira que
seja. </span><span style="color: black;"> </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.5cm;">
<span style="color: black;"> <span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Cem
léguas para todo lado estes meus olhos veem. </span></span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Auto
sacrifício em todas as pessoas mortais viventes, </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">De
todas as coisas é a mais preciosa : </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sacrifiquei um olho mortal ; e
doando </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Recebi
um olho divino. </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Veja,
Povo ! Veja, doe antes de comer, deixeis outros ter uma parte.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Isto
feito com tua melhor vontade e cuidado, </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Sem
culpa para o céu afluireis. </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Nestes
quatro versos ele declarou a Lei ; e após isto, toda quinzena, no
dia santo, ele declarava a Lei com estes mesmos versos sem cessar
para um grande aglomerado do Povo. Escutando isto, o Povo fazia
ofertas e obras boas e foi preencher as hostes celestes. </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">____________________________
</span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "liberation" serif , serif;">Quando
o Mestre terminou este discurso, ele disse, “Assim Irmãos, sábios
antigos doavam a quem viesse, quem não estava contente com presentes
exteriores, mesmo seus próprios olhos arrancavam da cabeça.”
Então ele identificou o Jataka : “Naquele tempo ananda era Sivaka
o médico, Anurudha era Sakra, os seguidores do Buddha eram o Povo e
eu mesmo era Rei Sivi.” </span>
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
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