domingo, 25 de maio de 2008

114 Buddha Peixe


114
Ambos da rede do pescador...”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre dois velhos Anciãos. Depois de passarem a estação das chuvas numa floresta no campo resolveram procurar o Mestre e juntaram provisões para jornada. Mas dia após dia adiavam a saída, até que escoou um mês. Eles então prepararam novo suprimento de provisões e procrastinaram mais um segundo mês e um terceiro. Quando a indolência e a preguiça deles já lhes fizera perder três meses, partiram e vieram a Jetavana. Largando de lado as tigelas e os mantos na sala comum, entraram à presença do Mestre. A Irmandade percebeu a demora no tempo desde a última vez que visitaram o Mestre e perguntaram a razão. Eles então contaram o que aconteceu e toda a Irmandade ficou sabendo da preguiça destes Irmãos indolentes.

Reunidos no Salão da Verdade a Irmandade falava deste assunto. E o Mestre entrou e escutou sobre o que discutiam. Ao serem questionados se eram realmente tão indolentes, aqueles Anciãos admitiram a falta. “Irmãos,” ele disse, “em tempos passados, não menos que agora, eles foram indolentes e relutantes em deixar seu domicílio.” Assim falando, ele contou esta história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), viviam no rio de Benares três peixes, chamados ‘Pensar demais’, ‘Pleno pensar’, e ‘Sem pensar’. E eles desceram a corrente do lugar selvagem para perto das moradas das pessoas. Aí ‘Pleno de pensar’ disse para os outros dois, “Esta vizinhança é arriscada e perigosa, aqui pescadores pegam peixe com redes, armadilhas e outros aparelhos. Vamos voltar para o lado selvagem do rio.” Mas eram tão preguiçosos os outros dois peixes, e tão gananciosos, que adiavam todo dia a partida até que inteiros três meses s’escaparam. Bem, pescadores jogaram suas redes no rio ; e ‘Pensar demais’ e ‘Sem pensar’ nadavam à frente em busca de comida quando loucos cegos entraram na rede. ‘Pleno pensar’ que estava atrás, viu a rede e o fado dos outros dois.

Devo salvar estes dois tolos preguiçosos da morte,” ele pensou. Então primeiro ele espreitou ao redor da rede e espalhou água à frente dela como um peixe que houvesse quebrado a rede a subir o rio ; e então depois voltando-se para trás, espalhou água ao redor das costas dela, como se um peixe houvesse quebrado a rede a descer o rio. Vendo isto, os pescadores pensaram que peixes romperam a rede e todos haviam escapado ; puxaram então um canto dela e os dois peixes escaparam da rede para água aberta de novo. Deste jeito deveram as vidas a ‘Pleno pensar’.

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Sua história contada, o Mestre, como Buddha, recitou esta estrofe:-

Ambos da rede do pescador foram tirados ;
A eles Pleno pensar salvou e libertou de novo.

Sua lição terminada, e as Quatro Verdades expostas ( no final das quais os Irmãos Anciãos ganharam fruição do Primeiro Caminho ), o Mestre identificou o Jātaka dizendo: “Estes dois Irmãos eram ‘Pensar demais’ e ‘Sem pensar’, e eu era ‘Pleno pensar’”




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