segunda-feira, 29 de setembro de 2008

199 Buddha Dono de casa


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199
Não gosto nada disso...etc.” - Esta história o Mestre contou, também sobre um Irmão relapso, durante estadia em Jetavana e no curso da fala disse, “Mulheres não podem ser mantidas em retidão ; de um jeito ou de outro elas vão trair o marido e pecar.” E então ele contou a seguinte história.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu no reino de Kāsi como filho de um dono de casa : e tornando-se adulto, casou e estabeleceu-se. Bem, a esposa dele era fraca e fazia intriga com o chefe da vila. O Bodhisatva tomou conhecimento disto e considerou consigo mesmo como podia testá-la.

Naqueles dias todos os grãos foram carregados, levados pela enxurrada, chuva, e havia fome. Era o tempo em que o milho acabava de brotar ; e todos os habitantes da vila, juntaram-se e procuraram o chefe da aldeia, dizendo, “Dois meses a partir de agora, quando já estivermos colhendo o grão, pagaremos a você em espécie” ; e assim conseguiram uma vaca velha dele, e a comeram.

Um dia, o chefe d'aldeia viu sua chance e quando o Bodhisatva havia partido para longe ele visitou a casa. Justo quando os dois estavam felizes juntos, o Bodhisatva surge no portão da vila e direciona o olhar para sua casa. A mulher olhava para o portão da vila e o viu. “Pois, quem é este ?” conjecturou ela, olhando para ele enquanto estava na entrada. “É ele !” Ela viu que era ele e contou ao chefe d'aldeia. Este tremeu aterrorizado. “Não fiques com medo,” disse a mulher, “Tenho um plano. Você sabe que ganhamos carne de ti para comer : faça como se você estivesse buscando o preço da carne ; subirei até o celeiro e parado na porta gritarei, 'Não há arroz aqui!' enquanto você fica no meio do quarto, gritando insistentemente, várias vezes, 'Tenho crianças em casa ; me pague o preço da carne !”

Assim falando, ela subiu até o celeiro e sentou na porta. O outro ficou no meio da casa e gritava, “Me pague o preço da carne !” enquanto ela respondia, sentada na porta do celeiro, “Não há arroz no celeiro ; eu pagarei quando a colheita estiver em casa ; agora me deixe !”
O bom homem entrou na casa e os viu onde estavam. “Isto deve ser um plano da mulher fraca,” ele pensou e chamou o chefe d'aldeia.

Senhor chefe d'aldeia, quando conseguimos um pouco da sua velha vaca para comer, prometemos pagar em arroz daqui a dois meses. Nem meio mês ainda passou ; então por quê tentas que paguemos agora ? Esta não é a razão porque estais aqui : viestes por outra razão. Não gosto do seu jeito. Aquela mulher lá, fraca e pecadora, sabe que não há arroz no celeiro mas lá subiu e lá assenta-se gritando 'Não há arroz aqui !' e você grita 'Pague!' Não gosto do jeito de nenhum de vocês dois !” e para se fazer entender claramente, pronunciou estas linhas:-

Não gosto nada disso, nem daquilo; não gosto dela, digo,
Que se assenta ao lado do celeiro e grita 'Não posso pagar!'
Nem de você, Senhor! Escutem agora: - meus recursos são parcos;
Você me deu certa vez uma vaca magra e dois meses de prazo também ;
Hoje, longe o dia, queres que eu pague! Não gosto nada disto.

Assim falando, ele segurou o chefe d'aldeia pelo coque do cabelo no topo da cabeça e o arrastou para fora para o jardim, atirou-o no chão e enquanto ele gritava, “Sou o chefe d'aldeia !” zombava dele assim - "Castigo, mereces, pela injúria feita a bens móveis sob guarda e vigilância de outro homem!" enquanto batia no homem até que ele desmaiasse. Então o pegou pelo pescoço e o atirou para fora da casa. A mulher fraca também ele pegou pelo cabelo da cabeça, puxou ela do celeiro, e a ameaçou - “Se fizeres este tipo de coisa novamente, vou te fazer lembrar disto !”

Daquele dia em diante o chefe d'aldeia não ousou nem olhar a casa e a mulher não ousou transgredir nem mais em pensamento.

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Quando este discurso estava terminado, o Mestre declarou as Verdades às conclusões o Irmão relapso alcançou o Fruto do Primeiro Caminho:- “O bom homem que puniu o chefe d'aldeia era eu mesmo.”




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