segunda-feira, 22 de setembro de 2008

195 Buddha Conselheiro


-->



                                            (Sañchi, India )


195
Um lago feliz...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto morava em Jetavana, sobre o rei de Kosala.

Como nos é dito um certo cortesão fez intriga no harém real. O rei inquiriu a matéria e quando descobriu tudo rigorosamente decidiu contar ao Mestre. Assim veio à Jetavana e saudou o Mestre ; contou a ele como um cortesão fez intriga e perguntou o quê ele faria. O Mestre perguntou se ele achava o cortesão útil e se amava a esposa. “Sim,” foi a resposta, “o homem é muito útil ; ele é o esteio da minha corte ; e eu realmente amo a mulher.” “Senhor,” respondeu o Mestre, “quando servos são úteis e mulheres queridas, não há neles dano. Em dias antigos também reis escutaram as palavras do sábio e ficaram indiferentes a tais coisas.” E ele contou um conto do mundo antigo.

-----------------------------

Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu numa família cortesã, da corte. Quando cresceu em idade tornou-se conselheiro do rei em coisas temporais e espirituais.

Bem, um dos da corte do rei fez intriga no harém e o rei descobriu tudo a respeito. “Ele é o empregado mais útil,”  pensou, “e a mulher é querida por mim. Não posso destruir estes dois. Colocarei uma pergunta àlguns sábios sujeitos da minha corte ; e se tiver que recolocar as coisas no lugar, recolocarei ; se não, então não.”

Ele chama o Bodhisatva e pede a ele que se sente. “Sábio senhor,” disse ele, “tenho uma questão para te perguntar.”

Pergunte-a, Ó rei ! Responderei,” respondeu o outro. Então o rei perguntou sua questão nas palavras da primeira estrofe:-

Um lago feliz descansa protegido no sopé de amável montanha,
Mas um chacal usa-o, ainda sabendo que um leão vigia.

Certamente,” pensou o Bodhisatva, “um de seus cortesãos deve ter feito intriga no harém” ; e recitou a segunda estrofe:-

Fora do poderoso rio, todas as criaturas bebem a vontade :
S' ela é querida, tenha paciência – o rio ainda é o rio.

Assim de fato o Grande Ser aconselhou o rei.
E o rei aceitou o conselho e perdoou ambos, mandando que não pecassem mais. E a partir dali pararam. E o rei fez ofertas, e fez bem, até que no fim da vida foi preencher as hostes celestes.

--------------------------

E o rei de Kosala também, após escutar este discurso, perdoou as duas pessoas e ficou indiferente. Quando o Mestre terminou seu discurso, ele identificou o Jataka: - “Naqueles dias Ānanda era o rei e eu mesmo o sábio conselheiro.”





Nenhum comentário: