segunda-feira, 8 de setembro de 2008

184 Buddha Conselheiro


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                              ( Veluvana, Índia )

184
Graças ao cavalariço...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto no Parque, Jardim de Veluvana, sobre manter má companhia. As circunstâncias já foram contadas no Jataka  26. Novamente, como sempre antes, o Mestre disse : “Em dias idos este Irmão manteve má companhia justo como faz agora.” Então ele contou uma história antiga.

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Certa vez havia um rei chamado Sama, o Negro, reinando em Benares ( Varanasi ). Naqueles dias o Bodhisatva era uma pessoa de uma família da corte e ele cresceu tornando-se conselheiro do rei nas coisas temporais e espirituais. Bem, o rei tem um cavalo de estado chamado Pandava e seu tratador chamava-se Giridanta, um homem manco. O cavalo acostumado a olhá-lo enquanto mancava indo à frente, marcou a parada ; e sabendo ser ele seu treinador, imitava-o e claudicava também.

Alguém conta ao rei como claudica o cavalo. O rei chama veterinários. Eles examinam o cavalo mas o encontram muito bem ; e conformemente fizeram o relatório. O rei então manda chamar o Bodhisatva. “Vá,amigo,” disse ele, “e descubra do que se trata.” Ele logo descobre que o cavalo manca porque segue um tratador que claudica. Ele conta ao rei o quê era. “É um caso de má companhia,” disse ele e continuou repetindo a primeira estrofe :-

Graças ao cavalariço, pobre Pandava, está em lamentável estado :
Não se apresenta mais do jeito antigo pois necessariamente deve imitar.

Bem, e agora, meu amigo,” disse o rei, “o quê faremos ?” “Arranje um cavalariço bom,” respondeu o Bodhisatva, “e o cavalo ficará tão bom quanto sempre foi.” E falou a segunda estrofe:-

Apenas encontre um cavalariço adequado e próprio, em quem possas confiar,
Para o arrear e exercitar, o cavalo logo se emendará ;
O estado lamentável dele será corrigido ; ele imita seu amigo.

O rei fez isto. O cavalo ficou bom como antes. O rei mostra agradecimento ao Bodhisatva, ficando agraciado de ver como ele sabia mesmo os caminhos dos bichos.

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O Mestre quando este discurso terminou, identificou o Jataka : - “Devadatra era Giridanta naqueles dias ; o Irmão que mantinha má companhia era o cavalo ; o sábio conselheiro era eu mesmo.”




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