domingo, 24 de agosto de 2008

173 Buddha Eremita




173
Pai, veja ! Um pobre jovem companheiro...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto estava em Jetavana, sobre um tratante. - As circunstâncias serão dadas no Jataka 487. Aqui também o Mestre disse, “Irmãos, não foi nesta vez apenas que este sujeito tornou-se tratante ; em dias idos, quando ele era macaco, fazia truques para ter fogo.” E contou um conto de dias já há muito idos.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu em uma família brahmin na cidade de Kasi. Quando cresceu, recebeu sua educação em Takkasila ( Taxila ) e se estabeleceu na vida.

Sua esposa antes que fosse tarde deu a ele um filho ; e quando a criança já podia correr para cá e para lá, ela morreu. O marido realizou as exéquias dela e então disse, “O que é o lar para mim agora ? Eu e meu filho viveremos vida de eremitas.” Deixando em lágrimas seus amigos e parentes, leva o garoto para o Himalaia, torna-se um religioso anacoreta e vive de frutas e raízes produzidos pela floresta.

Em um dia durante a estação das chuvas, quando acabara de passar uma tempestade, ele acende alguns gravetos, e deita em um catre ( leito tosco e pobre ), aquecendo-se no fogo. E seu filho senta do lado esfregando os próprios pés.

Bem, um Macaco da selva, castigado pelo frio, espreitou o fogo na cabana de folha de nosso eremita. “Bem,” pensou ele, “supondo que eu entre : eles gritarão Macaco ! Macaco ! E com golpes me expulsarão : não terei chance de me esquentar. - Já sei !” ele gritou. “Arranjarei roupa de asceta e entrarei com este truque !” Então ele coloca a roupa de casca de árvore de um asceta morto, levanta a cesta e o cajado torto dele, e fica de pé diante da porta da cabana, onde ele se encolhe debaixo de uma palmeira. O rapaz o viu e grita para o pai (sem perceber que era um macaco) “Aqui está um velho eremita, com certeza, sofrendo com o frio, vindo para aquecer-se ao fogo.” Então ele se dirige para o pai nas palavras da primeira estrofe, pedindo a ele que deixasse o pobre companheiro aquecer-se :

Pai, veja ! Um pobre companheiro encolhido lá debaixo da palmeira !
Aqui temos uma cabana para viver ; vamos partilhar com uma pessoa.

Quando o Bodhisatva escutou isto, levantou-se e foi até a porta. Mas quando viu que a criatura era apenas um macaco, disse, “Meu filho, pessoas não têm tal face ; é um macaco e a ele não devemos pedir que entre.” Repetindo então a segunda estrofe :

Ele apenas estragaria nossa moradia se entrasse para dentro da casa ;
Tal face – é fácil de ver – nunca houve em um bom brahmin.

O Bodhisatva pega um tição gritando - “O quê queres aqui ?” - e atirando nele o afugenta. Sr. Macaco larga a roupa de casca de árvore, salta em uma próxima, e enterra-se na floresta.
O Bodhisatva então cultiva as Quatro Excelências até que vai para o céu de Brahma.

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Quando o Mestre terminou seu discurso, ele identifica o Jataka : “Este Irmão com truques era o Macaco daqueles dias ; Rahula era o filho do eremita e eu mesmo era o eremita.”




         A antiga Kishkindah, a cidade dos Macacos atual Vijayanagara perto de Goa na Índia às margens do rio Tungabadra em Pampa : vê-se o carro que voa, ponte aérea que pousava nas linhas de Nazca entre outros aeroportos. Os Macacos com roupa qual humanos falando claro com fogo etc. Gravura do séc XVII de Said Din reproduzida pela Bristish Library que mantém a coleção em Sussex, do Ramayana em quadrinhos quando o exército de Macacos ajudou Rama a derrotar o exército dos demônios. Milhares de anos atrás.   

      https://plus.google.com/u/0/collection/gZZ4XB

     link do Ramayana com a coleção quase completa. 


Um comentário:

ze disse...

Jatakas 173 até 177 falam da união macacos-humanos na cultura. o fogo também é do macaco. este sinal de cultura. ser humano é um disfarce de macaco. disfarce na face.