quarta-feira, 27 de agosto de 2008

176 Buddha Conselheiro




176
Um tolo macaco...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um rei de Kosala.

Numa estação chuvosa, desafeto estourou nas fronteiras dele. As tropas estacionaram lá, após duas ou três batalhas nas quais falharam em conquistar seus adversários, enviaram uma mensagem ao rei. A despeito da estação, a despeito das chuvas ele foi para batalha e acampou diante do Parque de Jetavana. Então passou a ponderar. “Esta é uma estação ruim para expedições ; toda greta e buraco está cheio d'água ; a estrada está pesada : vou visitar o Mestre. Com certeza ele perguntará 'onde vais' ; então eu direi a ele. Não apenas nas coisas da vida futura, nosso Mestre nos protege mas protege também nas coisas que vemos agora. Assim se minha viagem não for apropriada, ele dirá 'É má hora de ir, Senhor' ; mas se for próspera hora, nada dirá.” Então entrou na Parque e depois de cumprimentar o Mestre sentou em um dos lados.

Para onde vais, Ó Rei,” perguntou o Mestre, “nesta hora fora de estação ?” “Senhor,” ele respondeu, “Estou à caminho de fronteira para acalmar querelas ; e vim antes me despedir de ti.” A isto o Mestre falou, “Aconteceu o mesmo anteriormente, que poderosos monarcas, antes de sair para a guerra, tenham escutado a palavra do sábio e voltado de expedição inoportuna, fora de hora.” Então com o pedido do rei ele contou uma história antiga.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), ele tinha um Conselheiro que era seu braço-direito e dava a ele conselho nas coisas espirituais e temporais. Houve levante na fronteira, e as tropas estacionadas enviaram mensagem ao rei. O rei arruma a partida na estação das chuvas mesma, e forma um acampamento diante do seu parque, jardim. O Bodhisatva [que era o Conselheiro] estava de pé diante do rei. Naquele momento o Povo havia passado ervilhas no vapor e as lançavam no cocho para os cavalos. Um dos macacos que vivia no parque pulou para baixo vindo de uma árvore, encheu sua boca e mãos com ervilhas, e então subiu de novo e sentado em uma árvore começou a comer. Enquanto comia, uma ervilha caiu da mão dele no chão. Derramando de uma vez todas as ervilhas das mãos e da boca e descendo d'árvore, ele veio, para pegar a ervilha perdida. Mas aquela ervilha não encontrou ; então subiu para sua árvore novamente e sentou parado, muito deprimido, parecendo com alguém que perdeu hum mil num processo judicial. 

O rei observou como fizera o macaco e mostrou ao Bodhisatva. “Amigo, o quê pensas disto ?” ele perguntou. Ao o quê o Bodhisatva respondeu : “Rei, isto é o quê tolos de pouco entendimento têm praxe de fazer ; gastam um dinheiro para ganhar um centavo ;” e ele continua falando a primeira estrofe :

Um tolo macaco, vivendo nas árvores,
Ó rei, quando ambas as suas mãos estavam cheias de ervilhas,
Atirou fora todas direto para buscar uma :
Não há sabedoria, Senhor, em tais como estes.

Então o Bodhisatva aproximou-se do rei e falou com ele de novo, repetindo a segunda estrofe :

Tais somos nós, Ó poderoso monarca, tais todos aqueles que gananciosos são ;
Perdendo muito para ganhar pouco, como o macaco com a ervilha.

Escutando isto o rei girou e voltou direto para Benares. E os fora da lei escutando que o rei saíra da capital para fazer picadinho dos seus inimigos, fugiram das fronteiras.

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No tempo em que esta história foi contada, os fora da lei fugiram justo do mesmo modo. O rei, após escutar as falas do Mestre, levantou-se e pediu licença e voltou para Savatthi.O Mestre depois deste discurso terminado, identificou o Jataka : “Naqueles dias Ananda era o rei e o sábio conselheiro era eu mesmo.”

   [ Esopo buddhista o cão que levava a carne e que vendo o reflexo desta no rio que atravessava larga-a em busca dele, reflexo, reflexão, mente mente, e perde as duas carnes a real e a virtual ]. 




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