terça-feira, 19 de agosto de 2008

169 Buddha professor Araka



                   ( Pintura de Ajanta, Índia  )

169
O coração que piedade infinita sente...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre a Escritura da Amabilidade.

Em uma ocasião o Mestre assim se dirigiu à Irmandade : “Irmãos, caridade praticada com toda devoção de pensamento, meditada, cresce, torna-se veículo de progresso, torna-se objetivo único, prática, bem começada, pode esperar produzir Onze Bençãos ( n. do tr.: As Onze Bençãos são discutidas em Questões de Milinda, IV, 4, 16).

Quais são estas onze ? Feliz se dorme e feliz se levanta; não há pesadelos; o amor das pessoas; a guarda dos espíritos; fogo, veneno, e espada não se aproximam; rapidamente absorver-se em pensamento; olhar calmo; morte consciente; sem necessidade de mais sabedoria, vai ao céu de Brahma. Caridade, Irmãos, praticada com a renúncia aos desejos " - continuou - “pode-se esperar produzir estas Onze Bençãos. Louvando a Caridade sustenta nestas Onze Bençãos, Irmãos, um Irmão mostra amor por todas as criaturas, expresso o amor ou não, deve ser amável com os amáveis, e também com os não amáveis, amável com o indiferente : assim com todos sem distinção, estejam enlaçados ou não, deve mostrar Caridade : deve mostrar simpatia, na alegria e na tristeza, e praticar equanimidade ; a pessoa deve fazer seu trabalho por meio das Quatro Excelências. Fazendo isto, irá ao céu de Brahma mesmo sem Caminho e sem Fruto. Sábios antigos cultivando a caridade por sete anos, viveram no céu de Brahma por sete idades, cada uma com um período de crescente e outro de minguante" E contou a eles uma história do passado.

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Certa vez em uma idade antiga, o Bodhisatva nasceu em uma família brahmin. Quando ele cresceu, abandonou suas luxúrias e abraçou a vida religiosa, e atingiu as Quatro Excelências.

 Chamava-se Araka e tornou-se um Professor, e vivia na região do Himalaia com um bando grande de seguidores. Aconselhando este cenóbio de sábios, disse, “Um recluso deve mostrar Caridade, simpático deve ser na alegria e na tristeza e cheio de eqüanimidade ; pois este pensar em caridade, atingido com resolução, o prepara para o céu de Brahma.” E explicando a benção da caridade, repetiu estes versos:-

O coração que piedade infinita sente por todas as coisas que nascem
No céu acima, nos reinos de baixo, e nesta terra no meio,

Cheio de piedade infinita, caridade infinita,
Em tal coração, nada estreito ou confinado pode existir.

Assim o Bodhisatva discursava a seus pupilos sobre a prática da caridade e suas bençãos. E sem interromper por nenhum momento seu transe místico, ele nasceu no céu de Brahma, e por sete idades, cada uma com um período crescente e outro minguante, ele não mais veio a este mundo.

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Após terminar este discurso, o Mestre identificou o Jataka : “O cenóbio de sábios daquele tempo são agora os seguidores de Buddha ; e eu mesmo aquele Professor chamado Araka.”


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