quarta-feira, 27 de agosto de 2008

177 Sakra Senaka




177
Ao redor de nós todos em pé veja...etc.” - Esta é uma história contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre conhecimento perfeito. Como no Mahabodhi Jataka número 528 e no Ummaga Jataka número 538, escutando seu conhecimento ser louvado, ele ressalta, “Não apenas desta vez tem sido sábio o Buddha mas sábio foi antes e fértil em recurso;” e contou a seguinte história antiga.

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Certa certa quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu como um Macaco e com uma tropa de oitenta mil macacos vivia no Himalaia. Não distante havia uma vila, as vêzes habitada as vêzes vazia. E no meio desta cidade estava uma árvore tinduka (Diospyros Embryopteris ), com fruto doce, coberta de brotos e ramos. Quando o lugar estava vazio, todos os macacos usavam ir lá e comer o fruto.

Uma vez, na época do fruto, a cidade estava cheia de gente, uma paliçada de bambu foi levantada, e portões guardados. E esta árvore estava com todos seus galhos pendidos com o peso dos frutos. Os macacos começaram a imaginar : “Há tal e tal cidade, onde usamos pegar fruta para comer. Conjecturo se aquela árvore carrega frutos ou não ; estão as pessoas lá ou não ?” Por fim enviaram um macaco explorador para espreitar. Ele descobre que há frutos n' árvore e que a cidade está abarrotada, apinhada, de gente. Quando os macacos entendem que há frutos n' árvore, determinam que comerão o doce fruto ; e crescendo em coragem, um grupo deles vai e conta ao chefe. O chefe pergunta se a cidade está cheia ou vazia ; cheia, disseram. “Então não deveis ir,” disse ele, “porque as pessoas falam muito.” “Mas, Senhor, iremos à meia-noite, quando todos estão presos ao sono e aí comeremos !”

 Assim esta grande companhia obteve permissão do seu chefe, e desceu da montanha e esperou em uma grande rocha vizinha até que o Povo se retirasse para descanso; na vigília do meio, quando o Povo dormia, eles subiram n'árvore e passaram a comer o fruto.

Um homem precisou levantar à noite com um propósito qualquer ; ele saiu para a cidade e lá viu os macacos. Logo deu o alarme ; saíram as pessoas para fora, armadas com arcos e aljavas ou segurando qualquer outro tipo de arma, porretes, pedras, e cercaram àrvore ; “quando vier aurora,” pensaram eles, “os pegaremos !”

Os oitenta mil macacos viram este Povo e ficaram aterrorizados de medo. Eles pensaram, “Nenhuma ajuda temos a não ser a do nosso Chefe apenas ;” então até ele foram e recitaram a primeira estrofe:

Ao redor de nós todos em pé veja, guerreiros armados com arco e aljava,
Ao redor de nós, espada na mão : quem é que aqui, poderá nos livrar ?

Com isto o macaco Chefe respondeu : “Não tema ; seres humanos têm muitas coisas para fazer . Ainda é a vigília meridiana agora ; eles estão pensando - 'Nós vamos matá-los !' mas nós descobriremos algum outro negócio para atrapalhar este negócio deles.” E para consolar os Macacos repetiu a segunda estrofe:

As pessoas têm muitas coisas para fazer ; algo dispersará o encontro;
Vejam o quê sobrou ; comam, enquanto o fruto está no ponto.

O Grande Ser acalmou a tropa de macacos. Se eles não tivessem tido esta migalha de conforto, consolo, teriam explodido os corações e perecido. Quando o Grande Ser já tinha assim confortado os macacos, gritou, “Reúnam todos os macacos !” Contudo ao reuní-los, havia um a quem não acharam, seu sobrinho, um macaco chamado Senaka. Então disseram a ele que Senaka não estava entre a tropa. “Se Senaka não está aqui,” disse ele, “nada temam ; ele dará um jeito de nos salvar.”

Bem, na hora que a tropa saíra, Senaka dormia. Depois ele acordou e não viu ninguém do lado. Então seguiu a trilha deles e logo viu a multidão incitada. “Tropa em perigo,” ele pensou. Justo então espiou, em uma cabana nas bordas da cidade, uma velha, pregada no sono, diante de uma fogueira acesa. E fazendo-se como se fosse um garoto da cidade que foi aos campos, Senaka pega uma tocha e à barlavento, a favor do vento, incendiou a cidade. Todos os homens então largaram os macacos e correram para apagar o fogo. Deste modo os macacos saíram fora rápido e cada um deu um fruto para Senaka.

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Quando este discurso chegou ao fim, o Mestre identificou o Jataka : “Mahanama Sakra era o sobrinho Senaka daqueles dias ; os seguidores do Buddha eram a tropa de macacos ; e eu mesmo o Chefe deles.”


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    Ramayana o épico em que o exército dos Macacos derrota o exército dos demônios e salva a humanidade. 




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