terça-feira, 10 de junho de 2008

129 Buddha Rato ( II )



129
Foi cobiça...etc.”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre outro hipócrita.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva era o Rei dos Ratos e morava na floresta. Bem, um fogo pegou na floresta e um chacal que não podia fugir, encostou sua cabeça em uma árvore e deixou as chamas varrê-lo. O fogo chamuscou todo seu pêlo e o deixou totalmente pelado, exceto por um tufo como um nó d'escalpo ( n. do tr. : o 'Irmão' Buddhista tonsa seu cabelo exceto por um tufo no topo, que é análoga a tonsura dos padres Católicos Romanos.) onde a coroa da cabeça ficou pressionando contra àrvore. Bebendo certa vez num rochoso lago, viu este nó no topo refletido n'água. “Achei finalmente como ir ao mercado,” pensou ele. Chegando no curso de seus vagares / vagâncias, na floresta à cova dos ratos, ele disse à si mesmo, “Vou enganar estes ratos e devorá-los;” e com este intento ficou parado junto, justo como na história anterior.

No seu caminho saindo em busca de comida, o Bodhisatva observou o chacal e, dando crédito à besta, de bondade e virtude, aproximou-se e perguntou qual era o nome dele.
Bharadvaja ( n. do tr.: Bharadvaja era o nome de um clã de grandes Rishis, ou professores religiosos, a quem é atribuído o sexto livro do Rigveda ), Devoto (Votary) do Deus-Fogo.”
Por quê vieste aqui ?”
Para guardá-lo e aos seus.”
O quê farás para guardar-nos ?”
Sei como contar nos dedos e contarei o número de vocês de manhã e à tarde, de modo a ter certeza que os que voltam para casa à noite são os mesmos que saíram de manhã. Assim eu os guardarei.”

E conformemente, quando os ratos saíam de manhã ele ficou contando “Um dois, três;” e do mesmo modo quando voltavam de noite. E toda vez que os contava ele apanhava e comia o último. Tudo acontece como na história anterior, exceto que aqui o Rei dos Ratos virou-se e disse ao chacal, “Não é santidade Bharadvaja, Devoto do Deus-Fogo mas glutonia que adorna sua coroa com este nó no topo.” Assim dizendo, pronunciou esta estrofe:-

Foi cobiça, não virtude, que te concedeu esta crista.
Nosso número que míngua, falha em dar a conta certa ;
Já tivemos o suficiente de ti, devoto do Fogo.

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Sua lição terminada o Mestre identificou o Jataka dizendo, “Este Irmão era o chacal daqueles dias, e eu o rei dos Ratos.”


 (  Como com o Thirtankara Nathanputa, jaina, anteriormente,aqui brinca-se, com bom humor, com Bharadvaja, um grande rishi ) 



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