domingo, 8 de junho de 2008

128 Buddha Rato



                 
   ( imagem em pedra deste jataka em Mamalapuram / Mahabalipuram, India ) 


128
Onde santidade...etc.”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana, sobre um hipócrita. Quando a hipocrisia do Irmão foi relatada a ele, o Mestre disse, “Esta não é a primeira vez que ele se mostra como hipócrita ; ele era justo o mesmo em tempos passados.” Então assim falando ele contou esta história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ) o Bodhisatva nasceu um rato , perfeito em sabedoria e tão grande quanto um javali jovem. Ele morava na floresta e muitas centenas de outros ratos deviam a ele seu poder.

Bem, havia um chacal perambulante que espiava esta tropa de ratos e caiu pensativo planejando como enganar e comer estes ratos. E tomou lugar ficando em pé perto da casa deles com face para o sol, cheirando o vento, e permanecendo em uma perna. Vendo isto quando fora na estrada em busca de comida, o Bodhisatva pensou ser o chacal um ser santo, e subiu até ele e perguntou seu nome.

'Divinamente' é meu nome,” disse o chacal. “Por quê estais só em uma perna ?” “Porque se eu ficar nas quatro de uma vez só, a terra não suportaria meu peso. Daí porque fico em uma perna só.” “E por quê mantens a boca aberta ?” “Para tomar ar. Vivo de ar ; ele é meu único alimento.” “E por quê olhas para o sol ?” “Para venerá-lo.” “Que retidão !” pensou o Bodhisatva, e daí em diante assumiu compromisso de ir, ajudado pelos outros ratos, prestar respeito de dia e de tarde ao santo chacal. E quando os ratos estavam indo embora, o chacal apanhava e devorava o último deles, lambia os beiços, e olhava como se nada houvesse acontecido. Em conseqüência disto os ratos iam diminuindo, até que eles notaram as falhas nas filas, nos ranks, e cogitaram porque seria, perguntando ao Bodhisatva a razão. Ele não sabia porque mas suspeitando do chacal resolveu colocá-lo em teste. Então no dia seguinte ele deixou os outros ratos irem na frente e ficou ele mesmo para trás. O chacal pulou em cima do Bodhisatva que, vendo-o vir, o encarou e gritou, “Então esta é nossa santidade, tratante hipócrita !” E repetiu a estrofe seguinte:-

Onde santidade não é que cogula
Para lesar povo inocente
E encobrir traição bandida
-- A natureza do gato, vemos aí.

[ apesar da história falar de um chacal, a estrofe diz de um gato, como o Mahabharata na sua versão desta história. ]

Assim falando, o rei dos ratos pulou na garganta do chacal e mordeu sua traquéia rapidamente justo em cima da mandíbula, de modo que ele morreu. Voltaram os outros ratos em tropa e devoraram o corpo do chacal fazendo 'crunch, crunch, crunch' ;- quer dizer, os da frente o fizeram, pois falam, não sobrou nada para os de trás. E os ratos viveram felizes para sempre em paz e quietude.

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Sua lição terminada, o Mestre fez a conexão dizendo, “Este Irmão hipócrita era o chacal daqueles dias, e eu o rei dos ratos.”

 ( o encontro da imagem com seu texto ; ela, imagem, do gato & rato em desenho animado ; os jatakas em desenho animado ) 







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