quarta-feira, 4 de junho de 2008

124 Buddha Brahmin


124
Trabalhe, irmão,...etc.”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre um bom brahmin pertencente à nobre família de Savatthi que entregou seu coração à Verdade, e, juntando-se à Irmandade, tornou-se constante em todos os deveres. Sem falhas no serviço aos professores ; escrupuloso em matéria de comidas e bebidas ; zeloso na realização das tarefas do cabido (grêmio), banheiro, e assim por diante ; de pontualidade perfeita na observância das quatorze disciplinas maiores e nas oitenta menores ; costumava varrer o mosteiro, as celas, os claustros, e o caminho que levava ao mosteiro, e dava água ao povo sedento. E devido a sua grande bondade o povo dava regularmente quinhentas refeições por dia aos Irmãos ; e grande ganho e honra foi acrescida ao mosteiro, muitos prosperando devido à virtude de um. E um dia no Salão da Verdade os Irmãos caíram na conversa sobre como a bondade daquele Irmão trouxe para eles ganho e honra, e preencheu de alegria muitas vidas. Entrando no Salão, o Mestre perguntou, e escutou qual era o tema da conversa. “Esta não é a primeira vez, Irmãos,” ele disse, “que este Irmão foi correto no preenchimento das tarefas. Em dias idos quinhentos eremitas que saíram para catar frutas foram servidos por frutos que a bondade dele providenciou.” Assim falando ele contou esta história do passado. Cf. Jatakas 52 e 539. 

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu brahmin do Norte, e, crescendo, desistiu do mundo e morava comandando quinhentos eremitas no sopé das montanhas. Naqueles dias houve uma grande seca nos Himalaias e em todo lugar àgua secara e triste stress abateu-se em todas as bestas. Vendo as pobres criaturas sofrendo de sede, um dos eremitas cortou abaixo uma árvore a qual escavou como uma manjedoura ; e esta manjedoura ele encheu com toda água que encontrou. Deste modo deu de beber aos animais. E eles vieram em hordas e beberam e beberam até que o eremita ficou sem tempo de ir catar frutos para ele mesmo. Sem atentar para sua própria fome, ele trabalhou para mitigar a sede dos animais. Pensaram eles consigo mesmos, “Estava tão envolvido este eremita em servir as nossas vontades que não deixou tempo para si mesmo ir catar frutos. Ele deve estar faminto. Em con-córdia que cada um de nós que veio aqui beber traga tantos frutos quanto possa para o eremita.” Isto eles concordaram em fazer, cada animal que veio trouxe mangas e jambos ou fruta pão e semelhantes, até que a oferta deles teria enchido duzentos e cinqüenta carretos ; e houve lá comida para todos os quinhentos eremitas com abundância e com sobra. Vendo isto, o Bodhisatva exclamou, “Assim a bondade de um homem foi o meio de suprimento de comida para todos estes eremitas. Verdadeiramente, devemos ser sempre constantes em agir com retidão.” Assim falando pronunciou esta estrofe:-

Trabalhe, irmão; constante na esperança permaneça;
Não deixe tua coragem murchar ou esvaziar ;
Não esqueça aquele, que em jejum intenso
Colheu frutos para além do que seu coração desejava.

Tal foi o ensino do Grande Ser para o grupo de eremitas.

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Sua lição terminada, o Mestre identificou o Jataka dizendo, “Este Irmão era o bom eremita daqueles dias, e eu o mestre dos eremitas.”




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