quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

59 Buddha Percussionista



59
Não vá muito longe...etc.”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana, sobre um certo Irmão rebelde. Perguntado pelo Mestre se o relato era verdadeiro de que ele era rebelde, o Irmão disse que era verdade. “Esta não é a primeira vez, Irmão,” disse o Mestre, “que você se mostra rebelde ; foste justamente o mesmo em tempos passados.” E assim falando, ele contou esta história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva veio a vida como percussionista, e morava numa vila. Escutando que haveria um festival em Benares, e esperando fazer dinheiro tocando seus tambores para as multidões que guardavam feriado, fez seu caminho para a cidade, com seu filho. E lá tocou e fez uma grande quantidade de dinheiro. No caminho para casa com os ganhos, tinha que passar através da floresta que estava infestada de ladrões ; e como o garoto continuava batendo seu tambor sem parar, o Bodhisatva tentava pará-lo dizendo, “ Não se comporte assim, bata só uma vez ou outra, - como se um grande senhor estivesse passando.”

Mas desafiando a ordem de seu pai, o garoto pensava que o melhor jeito de assustar os ladrões era manter a batida sem parar no tambor.

Às primeiras notas da bateria, os ladrões fugiram precipitadamente, pensando que algum grande senhor passava. Mas escutando o barulho se mantendo, perceberam o erro e voltaram e descobriram quem realmente era. Vendo só duas pessoas, neles bateram e a eles roubaram. “Ai!” gritou o Bodhisatva, “com seu bater desenfreado fizeste-nos perder todo nosso ganho tão difícil de conseguir!” E, assim falando, ele repetiu esta estrofe:-

Não vá muito longe, mas aprenda a evitar o excesso;
Pois por tocar demais perde-se o quê se ganhou tocando.

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Sua lição terminada, o Mestre mostrou a conexão e identificou o Jātaka dizendo, “Este Irmão rebelde era o filho daqueles dias, e eu mesmo o pai.”



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