terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

53 Buddha Tesoureiro ( outro )


53
O quê? Deixar sem provar...etc.” – Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana, sobre bebida com drogas.

Certa vez os ébrios de Sāvatthi encontraram-se para conversar, e disseram, “Não temos dinheiro para bebida; como conseguiremos?”
“Animem-se!” disse um dos rufiões; “tenho um plano.”
“Qual será este?” gritaram os outros.

“É costume de Anātha-pindika,” disse o indivíduo, “vestir seus anéis e roupas caras, quando vai esperar diante do rei. Vamos adicionar ( to doctor ) alguma droga alienante à bebida e montar uma barraca de drinques, em que todos nós estaremos sentados quando Anātha-pindika passar. ‘Venha e junte-se a nós, Senhor Alto Tesoureiro, gritaremos, e o cumularemos com nossa bebida até que ele perca os sentidos. Então pegaremos seus anéis e roupas, e teremos dinheiro para bebidas.”

Seu plano agradou grandemente os outros tratantes, e foi devidamente executado. Quando Anātha-pindika estava voltando, eles saíram para encontrá-lo e o convidaram para acompanhá-los; pois tinha conseguido uma bebida rara, e ele devia prová-la antes deles.

“O quê?” pensou ele, “deve um crente, que encontrou Salvação, tocar bebida forte? Entretanto, apesar de não ter desejo disto, vou expor estes tratantes.” E foi para a barraca deles, onde o procedimento que tomaram logo mostrou que haviam drogado a bebida ; e ele resolveu fazer os tratantes fugirem correndo. Então sem rodeios acusou-os de terem manipulado a bebida com o intuito de drogarem estranhos primeiro e depois roubarem seus pertences. “Vocês sentam na barraca que abrem, e louvam a bebida,” ele disse; “mas ninguém se aventura a bebê-la. Se está realmente sem aditivos, bebam vocês.” Esta exposição sumária fez a gang sair correndo, e Anātha-pindika foi para casa. Pensando que devia contar o incidente para o Buddha, foi para Jetavana e relatou a história.

“Desta vez, leigo,” disse o Mestre, “é a você que estes rufiões tentam enganar; também no passado tentaram enganar o bom e sábio daqueles dias.” Assim dizendo, ao pedido do que escutava, ele contou uma história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva era Tesoureiro daquela cidade. E então também a mesma gang de beberrões, conspirando da mesma maneira, drogou bebida, e saiu para encontrar com ele justo da mesma maneira e fizeram as mesmas preliminares. O Tesoureiro não queria beber, mas de todo modo foi com eles, apenas para expô-los. Notando o procedimento deles e detectando o esquema, estava ansioso para assustá-los e disse que seria grossura ele beber antes de ir ao palácio do rei. “Sentem aqui,” ele disse, “até que eu tenha visto o rei e tenha voltado; então pensarei a respeito.”

Na sua volta, os tratantes o chamaram, mas o Tesoureiro, colocando os olhos nas tigelas drogadas, os confundiu dizendo, “Não gosto do jeito de vocês. Aqui estão as tigelas tão cheias quanto quando deixei vocês; apesar de louvarem a bebida a altos brados, ainda assim nem uma gota delas passou pelos lábios de vocês. Pois se fosse bebida boa, teriam bebido sua parte já. Esta bebida está drogada !” E repetiu esta estrofe:-

O quê ? Deixar sem provar uma bebida que alardeiam tão rara?
Não, isto é prova de que não há aí bebida honesta.

Depois de uma vida em obras boas, o Bodhisatva passou sendo tratado de acordo com seus méritos.

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Sua lição terminada, o Mestre identificou o Jātaka dizendo, “Os tratantes de ho-je eram também os rufiões daqueles dias; e eu mesmo era então o Tesoureiro de Benares.”





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