domingo, 3 de fevereiro de 2008

47 "É conhecimento...". ( outro )




47
É o conhecimento...etc.” – Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre alguém que estragou as bebidas. Tradição diz que Anātha-pindika tinha um amigo que mantinha uma taberna.

 Este amigo preparou um suprimento de bebidas fortes que ele vendia por ouro e por prata (n. do tr. : aparentemente visto como um procedimento ‘judeu’, oposto a um escambo normal ), e sua taberna estava cheia. Ele deu ordens ao aprendiz que vendesse por dinheiro apenas, e saiu para tomar banho.

 Este aprendiz, enquanto servia o grogue aos fregueses, observou-os pegando sal e açúcar mascavo como aperitivo. Pensou consigo mesmo, “Não deve haver sal nenhum em nossa bebida; vou colocar algum.” E assim colocou um peso de sal na jarra de grogue, bebida, e serviu aos clientes. E eles assim que botaram na boca, cuspiram fora, dizendo, “O quê você esteve aprontando?” “Vi vocês comendo sal depois da bebida, então misturei um pouco de sal nela.” “E foi assim que estragaste nossa boa bebida, estúpido,” gritaram os clientes, e xingando foram levantando um após o outro e saíram da taberna. Quando chegou do banho em casa o dono do bar, e não viu nenhum cliente, ele perguntou para onde todos tinham ido. E o aprendiz contou tudo que aconteceu. Corrigindo-o da tolice, o homem saiu e contou a Anātha-pindika. E este último, pensando ser a história boa para se contar, foi à Jetavana, onde após a obediência devida, contou ao Mestre tudo.

“Esta não é a primeira vez, leigo,” disse o Mestre, “que este aprendiz estraga a bebida. Ele fez justo o mesmo uma vez antes.” Então ao pedido de Anātha-pindika, ele contou esta história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva era o Tesoureiro de Benares, e tinha um dono de bar que vivia sob a proteção dele. Este homem tinha preparado um suprimento de bebidas fortes, que deixou com o aprendiz ( n. do tr. : com um humor seco, o Pāli aplica ao publicano e seu aprendiz os termos normalmente aplicados a professor e pupilo religioso) para vender enquanto ele mesmo saía para tomar banho; durante sua ausência o aprendiz misturou sal com a bebida, e estragou ela toda justo do mesmo modo. Quando tendo voltado o guia e mestre do jovem toma conhecimento do que tinha sido feito, ele conta a história ao Tesoureiro.

‘Verdadeiramente,’ disse este último, ‘o ignorante e tolo, com todo o desejo de fazer o bem, apenas consegue fazer dano.’ E recitou esta estrofe:-

É conhecimento que coroa esforço com sucesso;
Pois tolos frustram-se em sua sua tolice,
- testemunhem a tigela de grogue salgada de Kondañña.

Nestas linhas o Bodhisatva ensinou a verdade.

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Disse o Mestre, “Leigo, este mesma pessoa estragou as bebidas no passado como agora.” Então ele mostrou a conexão e identificou o Jātaka dizendo, “Ele que estragou as bebidas agora, era o que estragou também em dias passados, e eu mesmo então era o Tesoureiro de Benares.”







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