quarta-feira, 27 de maio de 2009

299 Buddha brahmin Komaya



299
“Anteriormente usavas...etc.” - Esta história o Mestre contou em Pubbarama, sobre alguns Irmãos rudes e grossos nos modos. Estes Irmãos, que viviam no andar abaixo daquele onde o Mestre estava, falavam do que haviam visto e escutado, brigavam e abusavam. O Mestre chamou Mahamoggallana e pediu que os assustasse. O Ancião elevou-se nos ares e apenas tocou a fundação da casa com seu grande polegar. Até a mais distante orla do oceano, balançou ! Os Irmãos tremeram mortalmente, saíram e ficaram do lado de fora. O comportamento grosseiro deles tornou-se sabido entre os Irmãos. Um dia falavam sobre isto no Salão da Verdade. “Amigo, existem alguns Irmãos que se refugiaram nesta casa de salvação, que são rudes e grossos ; eles não percebem a impermanência, o sofrimento e a irrealidade do mundo, nem fazem suas obrigações.” O Mestre entrou e perguntou o quê eles conversavam ali sentados. Eles disseram. “Esta não é a primeira vez, Irmãos,” ele disse, “que eles são rudes e grossos. Eles foram justo o mesmo antes.” E contou a eles um conto(a) do mundo antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu como filho de brahmin em um vila. Eles o chamavam Komayaputra. Logo logo ele saiu e abraçou a vida religiosa na região do Himalaia. Haviam alguns ascetas frívolos que fizeram um eremitério na região e lá viviam. Mas não assumiam os meios para induzir o ênstase religioso. Catavam frutas na floresta para comer ; e então passavam o tempo rindo e brincando juntos. Possuíam um macaco, de modos grosseiros como os deles, que lhes proporcionava diversão sem fim com suas caretas e cambalhotas.
Muito tempo viveram neste lugar até que tiveram que partir para entre as pessoas novamente em busca de sal e condimentos. Depois que saíram, o Bodhisatva morou nesta residência deles. O macaco fazia suas brincadeiras para ele como fizera para os outros. O Bodhisatva estalava seus dedos para ele e lhe dava uma aula, dizendo, “Aquele que vive com ascetas bem treinados, deve se comportar apropriadamente, deve ser bem aconselhado em suas ações e devoto da meditação.” Após isto, o macaco estava sempre em virtude e bem comportado.
Depois o Bodhisatva foi embora. Os outros ascetas retornaram com seu sal e condimentos. Mas o macaco não mais fazia suas brincadeiras para eles. “O quê é isto, meu amigo ?” eles perguntaram. “Por quê não brincas mais, como costumavas a fazer ?” Um deles repetiu a primeira estrofe :-

Anteriormente usavas brincar
Quando nós eremitas nesta cabana estávamos.
Ó macaco ! faça como macaco ;
Quando você é comportado nós não te amamos.

Escutando isto, o Macaco repetiu a segunda estrofe :-

Toda a sabedoria perfeita pela palavra
Do sábio Komaya escutei.
Não me consideres como antes ;
Agora amo meditar.

Aí o anacoreta repetiu a terceira :-

Se plantas semente na rocha,
Apesar de chuva cair em cima, ela não crescerá.
Podes ter escutado perfeita sabedoria ;
Mas nunca meditarás.

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Quando o Mestre terminou este discurso, ele declarou as Verdades e identificou o Jataka : “Naquele tempo estes Irmãos eram os frívolos anchoritas, mas Komayaputra era eu mesmo.”

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