terça-feira, 12 de maio de 2009

288 A espírita-do-Ganges



288
“Quem poderia acreditar ...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um mercador desonesto. As circunstâncias foram contadas acima.
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Certa vez quando Brahmadatra era rei de Benares, o Bodhisatva nasceu em uma família de um proprietário de terras.
Quando ele cresceu, se tornou um homem rico. Ele tinha um irmão mais jovem. Depois o pai deles morreu. Deciddiram cuidar de alguns negócios do pai. Isto os levou a um cidade, onde receberam mil peças de dinheiro. No seu caminho de volta, enquanto esperavam nas margens do rio por um barco, alimentaram-se com uma comida de um pote-cesta. O Bodhisatva atirou o quê sobrou no Ganges para os peixes, oferecendo o mérito para o espírito do rio. O espírito aceitou gratificado, o quê aumentou o divino poder dela (espírito feminino), e meditando neste aumento de seu poder, tornou-se consciente do que aconteceu. O Bodhisatva estendeu sua veste de cima n'areia e lá deitou para dormir.
Bem, o jovem irmão era de uma natureza mais ladra. Ele queria surrupiar o dinheiro do Bodhisatva e guardá-lo para si ; então empacotou uma porção de cascalho para assemelhar-se a uma porção de dinheiro e separou-os.
Quando já estavam a bordo e chegavam no meio do rio, o mais jovem tombou contra um dos lados do barco e deixou cair para fora do barco a porção de cascalho, pensava ele, mas na realidade a de dinheiro.
“Irmão, o dinheiro caiu n'água !” ele gritou. “Que faremos ?”
“Que podemos fazer ? O quê está perdido, está perdido. Não se preocupe com isto,” respondeu òutro.
Mas o espírito do rio (espírita) pensou como estava agradecida com o mérito que recebera e como seu poder divino crescera que resolveu cuidar da propriedade dele. Então através do poder dela fez com que um peixe de boca grande engulisse o pacote e ela mesma cuidou dele.
Quando o ladrão chegou em casa, regozijou-se com o truqueque usou contra seu irmão e desempacotou a porção que ficou. Nada havia a não ser cascalho ! Seu coração secou ; caiu na cama e agarrou-se ao estrado.
Bem, alguns pescadores, justo então, jogavam suas redes na correnteza. Através do poder da espírita do rio, o peixe caiu na rede. Os pescadores o pegaram para vender na cidade. O povo perguntou qual era o preço.
“Mil dinheiros e sete anás,” disseram os pescadores.
Todos riram deles. “Vimos um peixe sendo oferecido por mil dinheiros !” eles riam.
Os pescadores trouxeram seu peixe à porta do Bodhisatva e pediram a ele que o comprasse.
“Quanto custa ?” ele perguntou.
“Você o terá por sete anás,” eles disseram.
“Quanto vocês pediram por ele para o resto do povo ?”
“Para o resto do povo pedimos mil rúpias e sete anás ; mas você pode tê-lo por sete anás,” eles disseram.
Ele pagou sete anás por ele e enviou-o para sua esposa. Ela o abriu cortando e lá estava o pacote de dinheiro ! Ela chama o Bodhisatva. Ele olha e reconhecendo sua marca, identifica como sendo seu mesmo. Ele pensa, “Estes pescadores pediram para as outras pessoas o preço de mil rúpias e sete anás mas porque as mil rúpias me pertenciam , eles me deixaram obtê-lo por sete anás apenas ! Se uma pessoa não entender o significado disto, nada jamais a fará acreditar :” e então ele repetiu a primeira estrofe :-

Quem poderia acreditar nesta história, onde se contasse
Que peixes seriam vendidos por mil dinheiros ?
Para mim custaram sete centavos : como desejaria
Comprar uma fieira inteira desse tipo de peixe !

Quando disse isto, conjecturava como aconteceu dele recuperar seu dinheiro. Naquele momento a espírita-do-rio plainava invisível nos ares e declarou -
“Eu sou o Espírito do Ganges. Tu deste os restos de tua comida para os peixes e deixou-me ficar com os méritos. Portanto tomei conta de tua propriedade ;” e ela repetiu a estrofe :-

Você alimentou o peixe e deu-me um presente.
Lembro-me disto e de tua piedade.

Então a espírita contou sobre o truque maldoso que o jovem irmão tentou. Adicionando, “Lá ele jaz com o coração seco dentro de si. Não há prosperidade para o traiçoeiro. Mas trouxe para ti o que é teu e te aconselho a não perder. Não dê para teu jovem irmão ladrão mas guarde para ti mesmo.” Então ela repetiu a terceira estrofe :-

Não há boa fortuna para o coração mau,
E respeito dos espíritos ele não tem nenhum ;
Aquele que lesa o irmão da riqueza paternal
E obra más ações com arte e trapaça.

Assim falou a espírita não desejando que o ladrão traiçoeiro recebesse o dinheiro. Mas o Bodhisatva disse, “Isto é impossível,” e mesmo assim enviou ao irmão quinhentos dinheiros.
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Após este discurso, o Mestre declarou as Verdades :- na conclusão das quais o mercador entrou na fruição do primeiro caminho :- e identificou o Jataka :- “Naquele tempo o irmão mais jovem era o mercador desonesto mas o mais velho era eu mesmo.”

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