terça-feira, 19 de maio de 2009

293 Caído, batido...etc.


293
“Caído, batido com uma doença ...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um certo homem. Aprendemos que vivia em Savatthi um homem atormentado por uma icterícia, desacreditado pelos médicos como caso sem esperança. Sua esposa e filho cogitavam a quem encontrar que pudesse curá-lo. O homem pensou, “S'eu pelo menos pudesse me livrar desta doença, assumiria vida religiosa.” Bem, aconteceu que um dia após tomou algo que o fez sentir-se bem e são. Então foi à Jetavana e pediu admissão na Ordem. Ele recebeu as ordens menores e maiores do Mestre e não muito tempo depois atingiu santidade. Um dia depois disto os Irmãos falavam reunidos no Salão da Verdade : “Amigo, Tal-e-tal tinha icterícia e fez voto que se ficasse bom abraçaria a vida religiosa ; ele ficou e agora atingiu santidade.” O Mestre entrou e perguntou sobre o quê conversavam, ali, sentados, juntos. Eles disseram. Então ele disse : “Irmãos, este não é o único homem que fez isto. Muito tempo atrás sábios, recuperando-se de doenças, abraçaram a vida religiosa e asseguraram seu benefício.” E ele contou um conto(a) do mundo antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu em uma família Brahmin. Ele cresceu e começou a juntar riqueza : mas ficou doente de icterícia. Mesmos os médicos nada podiam fazer por ele e sua esposa e família, ficaram desesperados. Ele resolveu que se ficasse bom, abraçaria a vida religiosa ; e tendo tomado algo que o fez ficar bom, realmente melhorou e com isto foi para o Himalaia e tornou-se religioso. Ele cultivou as Faculdades e as Consecuções e vivia em felicidade enstática / extática. “Todo este tempo,” pensou ele, “estive sem esta grande felicidade !” e soprou esta frase, aspiração :-

Caído, batido com uma doença medonha, eu
Em absoluto tormento e aflição, jazia,
Meu corpo rapidamente secando, como uma flor
Deixada ao sol sobre a poeira para secar.

O nobre parece ignóbil e puro parece o impuro,
Aquele que é cego, considera toda beleza uma fossa de podridão.

Maldito corpo doentio, maldito, digo,
Nojento, impuro e cheio de podre decaimento !
Quando tolos são indolentes, falham em ganhar
Novo nascimento no céu, e desviam do caminho.

Assim o Grande ser descreveu de vários modos a natureza da impureza e da constante doença e estando desgostoso com o corpo e todas suas partes, cultivou toda sua vida as quatro excelentes condições de vida, até dirigir-se para o mundo de Brahma.
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Quando o Mestre terminou este discurso, ele proclamou as Verdades e identificou o Jataka – muitos foram aqueles que atingiram a fruição do Primeiro Caminho e assim por diante - “Naquele tempo eu mesmo era o asceta.”

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