segunda-feira, 25 de maio de 2009

298 Buddha Espírito-d'árvore


298
“Maduros estão os figos...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um certo Irmão que fez um eremitério para viver em uma certa cidade na fronteira. Esta moradia aprazível estava sobre um rocha plana ; um lugar pequeno mas aberto, com água suficiente para torná-lo agradável, uma vila próxima para ir em coleta de ofertas e povo amigável que oferece comida. Um Irmão em suas viagens chegou neste local. O Ancião que nele vivia fez os deveres de hospitalidade para com o que chegava e no dia seguinte o levou junto em suas rondas. O povo deu a ele comida e o convidou para visitá-los dia seguinte. Após o recém-chegado ter se alimentado uns dias, ele meditava através de que meios poderia desalojar òutro e ficar com o eremitério. Uma vez que viera para ajudar o Ancião, perguntou, “Já visitaste o Buddha, amigo ?” “Não, Senhor ; não há ninguém aqui que tome conta de minha cabana, pois senão já teria ido antes.” “Ah, eu cuidarei dela enquanto estiveres fora visitando o Buddhha,” disse o recém-chegado ; e assim o proprietário foi, após deixar instruções com os da vila para tomarem conta do Irmão santo até o seu retorno. O recém-chegado passou a caluniar aquele que o hospedava, insinuando aos da vila todo tipo de pecados nele. Òutro visitou seu Mestre e retornou ; mas o recém-chegado recusou-lhe abrigo. Ele encontrou um lugar para ficar e dia seguinte saiu em coleta de ofertas na cidade. Mas os cidadãos não cumpriram seus deveres para com ele. Ele ficou muito desanimado e voltou para Jetavana, onde contou aos Irmãos tudo que aconteceu. Eles passaram a discutir o problema no Salão da Verdade : “Amigo, Irmão Tal-e-tal tirou Irmão Tal-e-tal para fora do eremitério dele e ficou com ele para si mesmo !” O Mestre entrou e quis saber o quê conversavam lá sentados. Eles disseram a ele. Ele falou, “Irmãos, esta não é a primeira vez que este homem põe para fora òutro de sua própria morada ;” e contou a eles um conto do mundo antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva tornou-se um espírito-d'árvore na floresta. Naqueles dias durante a estação das chuvas costumava chover sete dias seguidos. Um certo Macaco pequeno de face-vermelha vivia em uma gruta nas montanhas abrigado das chuvas. Um dia ele estava sentado na entrada, seco e feliz. Enquanto estava sentado lá um Macaco grande de face-negra, todo molhado, morrendo de frio, o viu. “Como posso colocar este sujeito para fora e viver nesta caverna ?” ele cogitava. Inflando a barriga e fazendo como se tivesse comido uma boa refeição, parou em frente ao outro e repetiu a primeira estrofe :-

Maduros estão os figos, boa a banana,
E prontas para Macaco comer.
Venha comigo e comamos !
Por que angustiar-se com comida ?

O cara vermelha acreditou em tudo isto e desejou ter todo este fruto para comer. Assim saiu, caçou para cá, caçou para lá mas não encontrou nenhum fruto. Então voltou ; e lá estava Face-negra sentado dentro da caverna ! Ele determinou-se a enganá-lo ; então parado em frente dele repetiu a segunda :-

Feliz aquele que prestar honra
A seus anciãos cheios de dias ;
Felicidade igual sinto agora
Após todo aquele fruto, o voto !

O macaco grande escutou e repetiu a terceira :-

Quando grego encontra grego, começa o cabo de guerra ;
Um macaco percebe um truque de macaco de longe.
Mais jovens são vigaristas pelo meio ;
Mas pássaros velhos não são pegos com palha.

Òutro saiu fora.
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Quando o Mestre terminou este discurso, ele resumiu o Jataka : “Naquele tempo o proprietário da cabana era o pequeno macaco e o intruso era o macaco preto grande, mas o Espírito-d'árvore era eu mesmo.”



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