terça-feira, 14 de outubro de 2008

209 Buddha espírito d'árvore


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209
Árvores muitas já vi ...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto em Jetavana sobre um Irmão que era um dos discípulos do Ancião Sāriputra, Capitão da Fé.

Este discípulo, como escutamos, era criterioso no cuidado com sua pessoa. Não comia comida muito quente nem muito fria temendo que fizesse mal. Não saía com medo de ser atacado pelo calor ou pelo frio ; e não comia arroz, nem em papa, nem duro.

A Irmandade soube do quanto ele cuidava de si mesmo. No Salão da Verdade todos discutiam sobre isto. “Amigo, como Irmão Tal-e-tal é inteligente em saber o que é bom para si !” O Mestre entrou e perguntou sobre o quê falavam enquanto conversavam sentados.

 Eles disseram. Emendou ele então, “Não apenas agora é cuidadoso nosso amigo no seu conforto pessoal. Ele foi justo o mesmo em dias antigos.” Então ele contou a eles um conto do mundo antigo.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva tornou-se um Espírito d'Árvore em clareira na floresta. Certo caçador, com um pássaro de chamariz, laço, e vara, entrou na floresta em busca de pássaros. Ele passa a seguir um velho pássaro que voa para dentro da mata, tentando escapar. O pássaro não dava chance de cair em armadilha mas elevava-se para o alto, subindo e pousando. Assim o caçador cobriu-se com galhos e ramas, e armou laço e vara novamente. Mas o pássaro, querendo envergonhá-lo diante dele mesmo, soltou voz humana, e falou a primeira estrofe:-

Árvores muitas já vi
Crescendo em verdes florestas :
Mas, Ó Árvore, elas não podem fazer
Coisas estranhas como você !

Assim falando o pássaro voou e saiu pra outro lado. Quando já tinha ido, o caçador repetiu o segundo verso:-

Este velho pássaro que conhece armadilha
Voou para longe nos ares ;
Saiu, quebrando sua cela,
E com voz humana falou !

Tal pronunciou o caçador ; e tendo caçado pela mata, pegou o quê pode e voltou pra casa de novo.

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Quando o Mestre terminou este discurso,ele identificou o Jataka:- “Devadatra era o caçador então, o jovem dandy era o pássaro e o espírito d'árvore que viu a coisa toda era eu mesmo.”






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