terça-feira, 4 de agosto de 2009

332 Ferindo a outro...etc.



332
“Ferindo a outro ...etc.” - Esta história foi contada pelo Mestre quando em Jetavana, sobre o capelão do rei de Kosala, que, é dito, quando dirigia sua charrete para um vila do lugar defrontou-se com uma caravana estando ele numa rua estreita [engarrafamento budista], e gritava sem parar “Saiam do caminho!”, e foi ficando furioso do caminho não abrir-se a sua frente e atirou o chicote para acertar o motorista da frente. O chicote bateu no jugo da charrete e voltou na testa do brahmin irado e levantou um calo na sua cabeça. O sacerdote voltou e foi falar direto ao rei que tinha sido ferido por carroceiros. Estes foram chamados, e os juízes examinaram o caso e des-cobriram o padre como culpado apenas. Certo dia o assunto discutido no Salão da Verdade, em como o capelão real, que disse ter sido assaltado por carroceiros, indo a julgamento foi derrotado em seu processo. Foi quando o Mestre veio e perguntou o que os Irmãos discutiam sentados em conselho, e escutando o que era disse, “Não apenas agora mas antes também este indivíduo agiu da mesma maneira.” E ele então contou-lhes uma história dos velhos tempos.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares o Bodhisatva era seu juiz. O capelão real dirigia para a vila em que era chefe e agiu da mesma maneira como na história anterior mas nesta versão, quando o rei escuta a estória do sacerdote e junta os carroceiros, ele mesmo pronuncia o julgamento, sem examinar a matéria dizendo, “Vocês bateram no meu padre e levantaram um galo na testa dele,” e ordena que todas as propriedades deles fossem tomadas. Então o Bodhisatva diz ao rei, “Senhor, sem nem investigar a matéria você ordena que sejam multados de todos os bens; mas alguns homens depois de ferirem a si mesmos declaram que foram feridos por outros. Assim é errado àquele que leva a lei, agir sem investigar o caso. Ele não deve agir até escutar tudo.” E recitou estes versos:

Ferindo a outro, mostra o próprio ferimento,
ele mesmo golpeador, reclama do golpe.
Pessoas sábias, Ó rei, conscientes de visões parciais,
escutam primeiro ambos os lados, depois declaram juízo verdadeiro.
Detesto o leigo ocioso sensual,
o falso asceta farsante admitido.
Um mau rei decide um caso sem escutar,
Ira no sábio nunca justificar-se-á.
O príncipe guerreiro pronuncia um veredicto bem pesado,
vive a fama para sempre do juízo certeiro.

O rei escutando as palavras do Bodhisatva julgou com retidão e quando o caso foi verificado devidamente , a culpa foi encontrada apenas no brahmin.
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O Mestre, sua lição terminada, identificou o Jataka : “O Brahmin atua do mesmo modo nas duas histórias e eu mesmo era o sábio ministro daqueles dias.”

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