terça-feira, 18 de março de 2008

76 Buddha Asceta



76Não me causa medo a cidade...etc.” – Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana, sobre um irmão-leigo que vivia em Sāvatthi.Tradição diz que este homem, que entrou nos Caminhos e crente diligente era, viajava junto, na companhia de uma caravana e de seu líder ; na jângal os carros foram desatrelados e um acampamento construído ; e o bom homem começou a andar para baixo e para cima aos pés de certa árvore perto do líder.

Bem, quinhentos ladrões, que esperavam a sua hora, haviam cercado o lugar, armados com arcos, porretes e outras armas, com o objetivo de saquear o acampamento. Constante e incessantemente aquele irmão-leigo andava para cá e para lá. “Certamente aquela é a sentinela,” disseram os ladrões quando o notaram; “esperaremos até que ele durma para então saqueá-los.” Assim, incapazes de surpreender o acampamento pararam onde estavam.

Constante aquele irmão-leigo continuou andando para cá e para lá,- durante a primeira vigília, durante toda a segunda vigília, e durante toda a última vigília da noite. Quando dia ‘aurorou’, os ladrões, que não tiveram a mínima chance, jogaram fora as pedras e porretes que trouxeram, e foram embora.

Seu negócio feito, aquele irmão-leigo voltou para Sāvatthi e aproximando-se do Mestre, perguntou-o esta pergunta, “As pessoas que se guardam, Senhor, provam-se guardiães das outras ?”
Sim, irmão-leigo. Em guardando a si-mesmo uma pessoa guarda outras; em guardando outras, ela guarda a si-mesma.”

Oh, como está bem dito, senhor, este pronunciamento do Abençoado ! Quando viajava com um líder de caravana, resolvi guardar a mim mesmo andando de um lado para outro ao redor de uma árvore, e fazendo isto guardei toda a caravana.”

Disse o Mestre, “Irmão-leigo, em dias idos também o sábio e bom guardou outros enquanto guardava a si-mesmo.” E, assim falando, ao pedido do irmão-leigo ele contou esta história do passado.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares (Varanasi ), o Bodhisatva veio à vida como brahmin. Chegando na idade da discrição, tornou-se cônscio dos males que brotam das Luxúrias, e abandonou o mundo para viver como recluso no país ao redor dos Himālaias. Necessidade de sal e vinagre o fez peregrinar por coleta de oferta através do país, viajando no curso de suas perambulações com uma caravana de mercadores.

 Quando a caravana parou num certo lugar na floresta, ele andava para cá e para lá aos pés de uma árvore, perto da caravana, gozando da benção do Insight.

Bem, depois da janta quinhentos ladrões cercaram o acampamento para roubá-lo; mas, notando o asceta, pararam dizendo, “Se ele nos ver, dará o alarme; esperemos até que ele caia para dormir, e então os assaltaremos.” Mas por toda a longa noite o asceta continuou a andar para cima e para baixo; e nenhuma chance tiveram os ladrões ! Assim eles jogaram fora os paus e pedras e gritaram para o povo da caravana;- “Ei aí ! vocês da caravana ! Se não fosse o asceta ficar andando ao redor da árvore teríamos roubado as riquezas de vocês. Lembrem e festejem ele na manhã!” E tendo assim falado, foram embora. Quando a noite deu lugar à luz, o povo viu os porretes e pedras que os ladrões jogaram fora, e vieram temendo e tremendo perguntar ao Bodhisatva com respeitosa saudação se havia visto os ladrões. “Oh, sim, vi, senhores,” ele respondeu. “E não ficaste assustado ou com medo vendo tantos ladrões?” “Não,” disse o Bodhisatva; “a vista de ladrões causa o quê chama-se de medo apenas nos ricos. Quanto a mim,- sou sem centavo; por quê temeria ? Esteja morando numa cidade ou numa floresta, nunca tenho medo ou pavor.” E com isto, para ensiná-los a Verdade, ele repetiu esta estrofe:-

Não me causa medo a cidade;
Nem floresta me desconsola.
Ganhei através do amor e da caridade
O caminho perfeito da Salvação.

Quando o Bodhisatva ensinou a Verdade nesta estrofe ao povo da caravana, paz preencheu os corações deles, e prestaram a ele honra e veneração. Por toda sua longa vida ele desenvolveu as Quatro Excelências,e então re-nasceu no Reino de Brahma.

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Sua lição terminada, o Mestre mostrou a conexão e identificou o Jātaka dizendo, “Os seguidores do Buddha eram o povo da caravana daqueles dias, e eu o asceta.”








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