quinta-feira, 6 de março de 2008

69 Sariputra Cobra



69Humilhada ficaria...etc.”- Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre Sāriputra, o Capitão da Fé. Tradição diz que naqueles dias quando O Ancião usava comer bolos, veio um povo e trouxe uma quantidade destes bolos para a Irmandade. Após todos os Irmãos estarem saciados, ainda sobrou muito ; e os que ofereciam disseram, “Senhores, peguem alguns também para os que estão fora na cidade.”

Junto então um jovem que era co-residente do Ancião, estava fora na cidade. Para ele foi pega uma porção ; mas, como ele não voltava, e acontecia de passar a hora ( n. do tr.: isto é, aproxima-se o meio-dia, após o qual comida não era permitida ), esta porção foi dada ao Ancião. Quando esta já tinha sido comida pelo Ancião, chega o jovem. Conformemente o Ancião explica o caso a ele, dizendo, “Senhor, comi os bolos separados para você.” “Ah !” foi a resposta, “todos nós adoçamos a boca.” O Grande Ancião ficou envergonhado.

De agora em diante,” ele exclamou, “voto nunca mais comer bolos novamente.” E a partir daquele dia, diz a tradição, o Ancião Sāriputra nunca mais nem tocou em bolo ! Este voto se tornou sabido na Irmandade, e os Irmãos sentavam falando dele no Salão da Verdade. Disse o Mestre, “De que falais, Irmãos, aí sentados?” Quando disseram a ele, ele disse, “Irmãos, quando Sāriputra desiste de uma coisa, nunca volta a ela novamente, mesmo que sua vida esteja em jogo.” E assim falando, ele contou esta história do passado.

-----------------------

Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu numa família de médicos hábeis em curar mordidas de cobras, e quando ele cresceu, praticava isto como meio de vida.

Bem, aconteceu de um camponês ser mordido por uma cobra ; e sem demora seus parentes mandaram buscar o doutor. Disse o Bodhisatva, “Devo extrair o veneno com os antídotos usuais ou pegar a cobra e mandá-la sugar seu próprio veneno para fora da ferida ?” “Pegar a cobra e mandá-la sugar seu próprio veneno para fora.” Então ele fez com que se pegassem a cobra e perguntou a criatura, dizendo “Você mordeu este homem ?” “Sim, mordi,” foi a resposta. “Bem então, sugue seu veneno de volta da ferida novamente.” “O quê ? Tomar de volta o veneno que verti ?” gritou a cobra ; “nunca fiz e nunca vou fazer.” Então o doutor mandou acender um fogo com lenha, e disse à cobra, “Ou sugue de volta para fora o veneno ou vai para dentro do fogo.”

Mesmo que as chamas sejam meu fado, não tomarei de volta o veneno que já verti,” disse a cobra, e repetiu esta estrofe:-

Humilhada ficaria, se um veneno que soltei
para salvar minha vida, engolisse de volta !
Melhor acolheria a morte do que a vida ganha numa fraqueza.

Com estas palavras, a cobra direcionou-se para o fogo ! Mas o doutor barrou o caminho dela, e retirou o veneno com amostras e encantos, de modo que o indivíduo ficou bom de novo. Depois ele apresentou os Mandamentos para a cobra, e a libertou, dizendo, “De agora em diante não machuque mais ninguém.”

------------------

E o Mestre continuou dizendo, - “Irmãos, quando Sāriputra separa-se de alguma coisa, ele nunca a toma de volta, mesmo com a vida em risco.” Sua lição terminada, ele mostrou a conexão e identificou o Jātaka dizendo, “Sāriputra era a cobra daqueles dias e eu mesmo o médico.”









Nenhum comentário: