terça-feira, 28 de abril de 2009

280 Sem dúvida o rei...etc.


280
“Sem dúvida o rei ... etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um que destruía potes, cestas. Em Savatthi, nos é dito, um certo cortesão convidou o Buddha e sua companhia e os fez sentar em seu parque. Enquanto ele distribuía (as coisas) entre eles, durante a refeição, disse, “Que aqueles que desejarem andar pelo parque, façam isto.” Os Irmãos andavam pelo parque. Naquele momento o jardineiro havia subido numa árvore com folhas e dizia, apanhando algumas folhas largas, “Esta servirá para flores, e esta para frutos,” fazendo com elas cestas, potes, os quais atirava aos pés d'árvore. Seu filho pequeno destruía-os assim que caíam. Os Irmãos contaram isto para o Mestre. “Irmãos,” disse o Mestre, “esta não é a primeira vez que este rapaz destrói as cestas : ele fez isto antes.” E contou a eles um conto do mundo antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu em uma certa família de Benares. Quando ele cresceu e vivia no mundo como dono de casa, aconteceu de por alguma razão ir ao parque, onde viviam numerosos macacos. O jardineiro atirava suas cestas como descrevemos e o chefe dos macacos as destruía assim que caíam. O Bodhisatva, dirigindo-se a ele, disse, “Enquanto o jardineiro joga suas cestas, o macaco pensando que ele tenta agradá-lo, as rasgam todas,” e repetiu a primeira estrofe :-

Sem dúvida o rei das bestas é inteligente
Em fazer cestas; ele nunca
Destruiria o que é feito com tanta diligência
A não ser que pense em fazer outras.

Escutando isto o Macaco repetiu a segunda estrofe :-

Nem meu pai nem minha mãe
Nem eu mesmo poderíamos fazer outras.
O que outros fazem, despedaçamos :
Este é o jeito próprio dos macacos !

E o Bodhisatva respondeu com a terceira :-

Se isto é a natureza própria dos macacos
Qual seria a imprópria, desta criatura !
Cai fora - não importa qual
Se própria ou imprópria - as duas juntas !

e com estas palavras de censura ele partiu.
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Quando o Mestre terminou este discurso, identificou o Jataka : “naquele tempo o macaco era o garoto que destruía as cestas ; e o sábio era eu mesmo.”

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