terça-feira, 9 de dezembro de 2008

235 Buddha Brahmin


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235
Lares mundanos são doces...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre Roja, o Mallian.

Escutamos que este homem, que era amigo laico de Ānanda, mandou mensagem ao Ancião para que este viesse até ele. O Ancião pediu licença ao Mestre e foi. Ele serviu o Ancião com todos os tipos de comidas, sentou-se em um dos lados e engajaram-se em agradável conversação. Então ofereceu ao Ancião uma parte da sua residência, tentando-o através dos cinco canais dos desejos. “Ananda, Senhor, tenho em casa largo estoque de coisas animadas e não animadas. Eu dividirei este estoque e te darei metade ; vivamos juntos numa mesma casa!” O Ancião declara ao outro o sofrimento que está envolto no desejo; depois levante-se do assento e retorna para o mosteiro.

Quando o Mestre pergunta se havia visto Roja, ele respondeu que havia. “O quê ele disse para você ?” “Senhor, Roja, me convidou para retornar ao mundo ; então expliquei a ele, o sofrimento envolto nos desejos e na vida mundana.” O Mestre disse, “Ānanda, esta não é a primeira vez que Roja o Mallian convida anchoritas a retornarem ao mundo ; ele fez o mesmo antes;” e então, ao pedido dele, ele contou uma história do tempo antigo.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva era um de uma família de brahmins que vivia em uma certa cidade mercantil. Atingindo a idade, ele assume a vida religiosa e vive por um longo tempo nos Himalaias.

Ele vai para Benares para comprar sal e temperos e reside nos jardins reais ; dia seguinte entra em Benares.

Bem, um certo homem rico do lugar, agraciado com seu comportamento, leva ele para casa, dá a ele o quê comer e recebendo dele a promessa de que ali moraria, o fez habitar no jardim e o atendeu em suas vontades. E conceberam amizade um pelo outro.

Um dia, o homem rico, em razão de seu amor e amizade pelo Bodhisatva, pensou assim consigo mesmo : “A vida de um asceta é infeliz. Vou persuadir meu amigo Vacchanakha a largar o hábito ; vou dividir minha riqueza em duas e dar a ele metade, e ambos moraremos juntos.” Então um dia, quando a comida já estava pronta, ele falou docemente com seu amigo e disse-
Bom Vacchanakha, a vida de eremita é infeliz ; é agradável viver em um lar. Venha agora, que ambos tenhamos o prazer que desejarmos.” Assim falando, pronunciou a primeira estrofe:-

Lares mundanos são doces
Cheios de comidas e de tesouros ;
Neles você se enche de carnes -
Comendo e bebendo à vontade.

O Bodhisatva escutando-o, responde assim : “Bom senhor, por ignorância te tornaste cobiçoso de desejos e chamas a vida laica, de dono de casa, de boa vida e a vida ascética de má; escute agora, te contarei como é má a vida de proprietário, em casa;” e ele pronuncia a segunda estrofe:-

Aquele que tem casas não sabe o que é a paz,
Ele mente e engana, deve desferir golpes em muitos
Nos ombros dos outros : nada a esta falta pode sanar :
Assim, quem de boa vontade, num lar entraria ?

Com estas palavras, o grande Buddha falou dos defeitos da vida de proprietário e foi para o jardim fora da cidade novamente.

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Quando o Mestre terminou este discurso, ele identificou o Jataka:- “Roja o Mallian era o mercador de Benares e eu era Vacchanakha o mendicante.”








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