O que sobrou deste grande centro espiritual lá onde ho-je é o Paquistão.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
420 Ananda Sumangala
pintura de Ajanta, Índia
420
“Ciente de uma face irada...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a repreensão de um rei. Nesta ocasião o Mestre, ao pedido do rei, contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu como filho de sua rainha principal. Quando cresceu, tornou-se rei no lugar do pai e fazia ofertas abundantes. Ele tinha um guardião do parque chamado Sumangala. Um certo paccekabuddha deixou a caverna Nandamula em peregrinação por ofertas e vindo para Benares permaneceu no parque. Dia seguinte ele foi para a vila colher ofertas. O rei o viu favoravelmente, mandou-o subir para o palácio e o sentou no trono, serviu-o com vários tipos de comidas delicadas, duras e moles, e recebeu seu agradecimento : estando feliz que o paccekabuddha ficaria no parque, conseguiu esta promessa e o enviou de volta para lá : após seu café da manhã ele foi lá em pessoa, arrumou os lugares para a moradia dele à noite e de dia, indicou-lhe o guardião do parque, Sumangala, como seu ajudante e voltou para a vila. Após isto o paccekabuddha alimentava-se constantemente no palácio e viveu lá por um longo tempo : Sumangala respeitosamente o ajudava. Um dia ele saiu fora dizendo para Sumangala, “Vou para tal e tal vila por alguns dias mas voltarei : informe o rei.” Sumangala informou o rei. Após alguns dias na tal vila o paccekabuddha voltou para o parque à noite depois do por do sol. Sumangala, sem saber de seu retorno, fora para a própria casa. O paccekabuddha colocou de lado sua tigela e hábito e depois de uma pequena caminhada sentou numa laje de pedra. Naquele dia alguns estranhos convidados chegaram na casa do guardião do parque. Para oferecer 'sopa e curry' ele se dirigiu para o parque com arco e flecha para matar um cervo domesticado do parque : ele estava lá procurando por um cervo quando viu o paccekabuddha e pensando ser um grande cervo, apontou para ele uma flecha e o acertou. O paccekabuddha descobriu sua cabeça e disse, “Sumangala.” Bastante angustiado Sumangala disse, “Senhor, não sabia do teu retorno e o atingi, pensando que fosses um cervo : me perdoe.” “Tudo bem mas o quê você fará agora ? Venha puxe a flecha.” Ele obedeceu e a puxou para fora. O paccekabuddha sentiu grande dor e passou para o nirvana lá e então. O guardião do parque pensou que o rei não o perdoaria se soubesse : pegou sua esposa e filhos e fugiu. Por poder sobrenatural toda a cidade escutou que o paccekabuddha havia entrado no nirvana e todos ficaram exaltados. Dia seguinte alguns homens entraram no parque, viram o corpo e contaram ao rei que o guardião do parque fugiu após matar o paccekabuddha. O rei seguiu com um grande cortejo e por sete dias prestou honras ao corpo : então com toda a cerimônia ele pegou as relíquias, construiu um santuário e prestando honras continuou a legislar seu reino retamente. Após um ano, Sumangala, determinado a descobrir o quê pensava o rei, veio e pediu a um ministro se podia saber o quê o rei pensava dele. O ministro louvou Sumangala diante do rei mas foi como se nada houvesse escutado. O ministro nada mais disse mas falou para Sumangala que o rei não estava satisfeito com ele. Após outro ano ele retornou e novamente em um terceiro trouxe a esposa e as crianças. O ministro sabia que o rei estava apaziguado e colocando Sumangala na porta do palácio contou ao rei de sua chegada. O rei mandou chamá-lo e após saudações disse, “Sumangala, por quê mataste aquele paccekabuddha, através do qual eu estava ganhando mérito ?” “Ó rei, não queria matá-lo mas foi desse jeito que aconteceu o fato,” e ele contou a história. O rei disse para nada temer e o recolocou como guardião do parque novamente. Então o ministro perguntou, “Ó rei, por quê nada respondeste quando escutaste duas vezes louvores a Sumangala e na terceira vez por quê mandou chamá-lo e perdoá-lo ?” O rei disse, “Caro senhor, é errado um rei agir apressadamente e em ira : portanto fiquei em silêncio primeiramente e na terceira vez quando sabia que estava calmo chamei Sumangala” : e assim falou estas estrofes para declarar o dever de um rei :-
Ciente de uma face irada,
Nunca deixe rei estender seu bastão :
Coisa que não vale que uma multidão
Então siga seu assentimento.
Ciente de humor temperado,
Deixe-o decretar juízos ásperos,
Quando o caso é entendido,
Fixar a pena apropriada :
Se avexa e não aos outros,
Claramente separando certo de errado :
Apesar de seu jugo estar nos pescoços das pessoas,
Virtude o mantém forte e elevado.
Príncipes irresponsáveis em atos
Manejam o bastão sem remorso,
Má reputação aqui é o prêmio deles,
O inferno os aguarda quando morrem.
Aqueles que amam a lei santa,
Puros nos atos, palavras e pensamentos,
Cheios de gentileza, calma e respeito,
Passam como devem através de ambos os mundos.
Sou rei, senhor do meu povo ;
Ira não deve reter minha propensão :
Quando ao vício tomo a espada,
Piedade limita a punição.
Assim o rei declarou suas próprias boas qualidades em seis estrofes : toda sua corte ficou agraciada e declarou seus méritos nas palavras, “Tal excelência em práticas e qualidades morais são dignas de sua majestade.” Sumangala, depois da corte terminar de falar, saudou o rei e após obediência falou três estrofes em louvor do rei :-
Tal a tua glória e teu poder ;
Nunca os renuncie nem por uma hora :
Livre de ira, livre de temores,
Reine em alegria por cem anos.
Príncipe, a quem todas estas virtudes abençoa,
Calmo e brando mas firme em valor,
Legisle o mundo com retidão,
Passe para o céu quando liberto da terra.
Verdadeiro em palavras, na ação bom,
Tome os meios para alcançar teu fim :
Pacifique a multidão agitada,
Como uma nuvem de chuva revigorante.
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Após a lição conectada ao conselho para o rei de Kosala, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo o paccekabuddha passou para o nirvana, Sumangala era Ananda, o rei eu mesmo.”
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
419 Buddha deidade da montanha
Sanchi, Índia, clique na imagem para vê-la ampliada.
419
“Eis aqui um colar dourado...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a empregada de Anathapindika. A história diz que em um dia de festa, quando ela estava indo com várias empregadas amigas a um jardim de descanso, ela pediu a sua patroa Pannalakkhanadevi um ornamento para vestir. Sua patroa deu a ela uma joia sua, válida cem mil dinheiros. Ela a colocou e prosseguiu com as outras empregadas para o jardim de descanso. Um certo ladrão cobiçava a joia e com o intuito de matá-la e pegar o ornamento, começou a conversar com ela e no jardim deu a ela peixe, carne e bebida forte. “Ele faz isto, suponho, porque ele me deseja,” ela pensou, e à tardinha quando todos deitaram para descansar após a prática dos esportes, ela levantou-se e foi com ele. Ele disse, “Senhora, este lugar não é reservado ; vamos mais para longe.” Ela pensou, “Qualquer coisa privada pode ser feita neste lugar : sem dúvida ele deve estar ansioso em me matar e tomar o que estou usando : ensinarei a ele uma lição “ : então ela disse, “Senhor, estou seca devido à bebida forte : me arranje um pouco d'água,” e levando-o até um poço pediu a ele que retirasse um pouco d'água, mostrando a corda e o balde. O ladrão desceu o balde. Então enquanto ele estava inclinado para retirar àgua, a garota, que era muito forte, empurrou-o duramente com ambas as mãos e o atirou para dentro do poço. “Você não morrerá com isto apenas,” ela disse, e atirou um tijolo grande na cabeça dele. Ele morreu no lugar. Quando ela voltou para a vila e devolveu à patroa o ornamento, disse, “Estive bem próxima ho-je de ser morta por causa desta joia,” e contou toda a história. A patroa contou Anathapindika e ele contou ao Tathagata. O Mestre disse, “Dono de casa, esta não é a primeira vez que uma empregada é dotada de senso em uma situação ; ela foi assim antes também : não é a primeira vez que ela mata aquele homem ; ela o fez uma vez antes,” e com o pedido de Anathapindika, ele contou o conto(a) antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, havia uma linda mulher na cidade chamada Sulasa, que tinha um cortejo de quinhentas cortesãs e cujo preço era mil dinheiros uma noite. Havia na mesma cidade um ladrão chamado Sattuka, forte como um elefante, que usava entrar nas casa dos ricos à noite e saquear à vontade. Os cidadãos reuniram-se e reclamaram com o rei. O rei ordenou que os vigias postassem guardas cá e lá, prendessem o ladrão e cortassem a cabeça dele. Eles amarraram a mãos dele atrás das costas e o levaram para o local de execução, açoitando-o em cada esquina. As novas de que ele fora pego excitaram a cidade. Sulasa estava em pé numa janela e olhando para baixo para rua viu o ladrão, amou-o à primeira vista e pensou, “S'eu puder libertar aquele forte homem de luta, desistiria desta minha má vida e viveria respeitavelmente com ele.” Do jeito descrito no Jataka 318 ela consegue a liberdade dele enviando mil dinheiros para o condestável, chefe da guarda, da cidade e com isto viveram juntos em delícia e harmonia. O ladrão depois de três ou quatro meses pensou, “Nunca serei capaz de permanecer neste lugar apenas : e não poderei sair de mãos vazias : os ornamentos de Sulasa valem cem mil dinheiros : vou matá-la e pegá-los.” Então ele disse a ela um dia, “Querida, quando estava sendo arrastado pelos homens do rei, prometi uma oferta a uma deidade-árvore de um topo de montanha, que agora me ameaça porque não a paguei : façamos uma oferta.” “Muito bem, marido, prepare-a e a envie.” “Querida, não cabe enviar : vamos ambos e apresentemo-la, vestindo todos os nossos ornamentos e com um grande séquito.” “Muito bem, marido, faremos isto.” Ele a fez preparar a oferta e quando alcançaram o sopé da montanha, ele disse, “querida, a deidade, vendo esta multidão de gente, não aceitará a oferta ; vamos nós dois lá em cima e apresentemo-la.” Ela consentiu e ele a fez carregar a oferta, vaso. Ele mesmo estava armado até os dentes e quando alcançaram o topo, ele colocou a oferta nos pés de uma árvore que crescia do lado de um precipício alto centenas de vezes mais que um ser humano e disse, “Querida, não vim para apresentar oferta, vim com a intenção de matá-la e fugir com todos teus ornamentos : retire-os e faça uma trouxa com eles com teu vestido.” “Marido, por quê me matarias ?” “Por teu dinheiro.” “Marido, lembre do bem que te fiz : quando eras arrastado em cadeias, desisti de um filho de rico por você e paguei uma grande soma salvando tua vida : apesar de poder conseguir mil dinheiros por dia, nunca olho outro homem : tal benfeitora sou tua : não me mate, te darei muito dinheiro e serei tua escrava.” Com estas conversas ela falou a primeira estrofe :-
Aqui está um colar de ouro e esmeraldas e pérolas,
Pegue tudo e seja bem vindo : dê-me lugar entre tuas empregadas.
Quando Sattuka falou a segunda estrofe de acordo com sua intenção, a saber -
Bela senhora, jogue no chão as jóias e não chore tão dolorosamente :
Te matarei : de outro modo não terei certeza de conseguir toda tua riqueza.
o entendimento de Sulasa cresceu na ocasião e pensando, “Este ladrão não me dará minha vida mas tirarei a vida dele primeiro atirando-o para baixo do precipício de algum modo,” ela falou duas estrofes :-
Em meus anos de entendimento, dentro de minha memória consciente,
Nenhum homem no mundo, digo, amei mais que tu.
Venha aqui para uma última saudação, receber um último beijo :
Pois nunca mais na terra nos veremos face a face.
Sattuka não percebia o propósito dela, e então ele disse, “Muito bem, querida ; venha e me beije.” Sulasa andou ao redor dele em saudação respeitosa três vezes, o beijou e disse, “Agora, marido, farei obediência a você em todos os quatro lados,” ela colocou a cabeça nos pés dele, fez obediência nos seus lados e foi para trás dele como se para fazer obediência lá : então com a força de um elefante ela o pegou pelas partes de trás e o atirou de cabeça para baixo no precipício centenas de vezes mais alto que uma pessoa. Ele ficou esmagado em pedaços no lugar. Vendo este acontecimento, a deidade que vivia no topo da montanha falou estas estrofes :-
Sabedoria as vezes não está confinada aos homens :
Mulher mostra sabedoria de vez em quando.
Sabedoria as vezes não está confinada aos homens :
Mulheres são rápidas no conselho de vez em quando.
Aquele que em grandes ocasiões falha em crescer
Cae, como o tolo ladrão do precipício.
Alguém pronto a uma crise em seu fado ver,
Como ela, salva-se de inimigo ameaçador.
Assim Sulasa matou o ladrão. Quando ela desceu da montanha e veio para juntos dos empregados, eles perguntaram onde estava o marido dela. “Não me pergunte,” ela disse e montando em sua carruagem ela seguiu para a cidade.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo os dois de então eram os dois de agora, a deidade era eu mesmo.”
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
418 Buddha Asceta
Buddha de Taxila ( Takkasilla ), Paquistão.
418
“Um lago tão fundo...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a um som terrível indistinto escutado à meia noite pelo rei de Kosala. A ocasião é semelhante àquela já descrita no Jataka 314. Desta vez contudo, quando o rei disse, “Senhor, o que estes sons significam para mim ?” o Mestre respondeu, “Grande rei, não tenha medo : nenhum perigo te ameaça devido a estes sons : tais terríveis sons indistintos não foram escutados por você apenas : reis antigos também escutaram sons semelhantes e pretendia seguir o conselho de brahmins e oferecer em sacrifício quatro animais de cada espécie mas após escutar o quê sábios tinham a dizer, eles libertaram os animais reunidos para o sacrifício e proclamaram pelo tambor o fim de toda execução e morte” : e com o pedido do rei, ele contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu em uma família brahmin rica de oitocentos milhões. Quanndo ele cresceu aprendeu as artes em Takkasila ( Taxila ). Após a morte de seus pais ele reviu todos seus tesouros, livrou-se de toda sua riqueza ofertando-a em caridade, abandonou desejos, foi para o Himalaia e tornou-se asceta, entrando em meditação mística. Depois de um tempo ele veio ao ambiente dos humanos em busca de sal e vinagre, e chegando em Benares, permaneceu em um jardim. Naquele tempo o rei de Benares quando sentado em sua cama real à meia noite, escutou oito sons :- primeiro, uma siriema piou em um jardim próximo ao palácio ; segundo, imediatamente após a siriema, um corvo fêmea fez um barulho no portão do estábulo dos elefantes ; terceiro, um inseto no pico do palácio fez barulho ; quarto, um cuco domesticado do palácio fez barulho ; quinto, um cervo domesticado no mesmo lugar ; sexto, um macaco domesticado lá ; sétimo, um duende que vivia no palácio ; oitavo, imediatamente após o último, um paccekabuddha, passando pelo telhado da habitação do rei para o jardim, pronunciou um som de sentimento enstático. O rei ficou aterrorizado ao escutar estes oito sons e no dia seguinte consultou os brahmins. Os brahmins disseram, “Grande rei, há perigo para você : devemos oferecer sacrifício do lado de fora do palácio” ; e pegando a licença dele para fazer o que quiserem, eles foram alegres e felizes e começaram o trabalho do sacrifício. Bem, um jovem pupilo do brahmin de sacrifical mais velho, era sábio e escolado : ele disse a seu mestre, “Mestre, não faça tal matança cruel e sanguinária de tantas criaturas.” “Pupilo, que entendes disto ? Mesmo que nada aconteça, devemos conseguir peixe e carne para comer.” “Mestre, não faça, por causa do estômago, uma ação que te fará renascer nos ínferos.” Escutando isto, os outros brahmins ficaram irados com o pupilo por estar ameaçando os ganhos deles. O pupilo temeroso disse, “Muito bem, encontre um meio de conseguir peixe e carne para comer,” e deixou a cidade procurando algum pio asceta capaz de prevenir o rei de sacrificar. Ele entrou no jardim real e vendo o Bodhisatva, o saudou e disse, “Não tens compaixão das criaturas ? O rei ordenou um sacrifício que trará morte a muitas criaturas : não devias trazer livramento a uma tal multidão ?” “Jovem brahmin, não conheço o rei desta terra, nem ele a mim.” “Senhor, sabes qual será a consequência destes sons que o rei escuta ?” “Sei.” “Se sabes, por quê não dizes ao rei ?” “Jovem brahmin, como posso ir com um chifre amarrado na minha testa ( imagem do orgulho ) e dizer, 'Eu sei' ? Se o rei vier aqui me perguntar, direi a ele.” O jovem brahmin foi rapidamente até a corte real e quando foi perguntado qual era o assunto, ele disse, “Grande rei, um certo asceta sabe o problema daqueles sons que escutas : ele está sentado no assento real do seu jardim e diz que te dirá se perguntares a ele : devias fazer isto.” O rei foi rapidamente, saudou o asceta e após palavras amigáveis sentou e perguntou, “É verdade que você sabe o problema dos sons qu'eu escuto ?” “Sim, grande rei.” “Prego, então me diga.” “Grande rei, não há perigo algum conectado a estes sons : há uma certa siriema em teu velho jardim ; estava sem comida, meia morta de fome e fez o primeiro som :” e então através de seu conhecimento, dando o significado preciso da fala da siriema, pronunciou a primeira estrofe :-
Um lago tão fundo e cheio de peixe chamam este lugar antigo,
Residência do rei siriema, ele foi, meu velho ancestral :
E apesar de ho-je vivermos de sapos, nunca largamos esta praia
“Este, grande rei, era o som que a siriema fez nos estertores da fome : se queres livrá-la da fome, limpe o jardim e encha o tanque de água.” O rei disse a um ministro para que se fizesse isto. “grande rei, há um corvo fêmea que vive no portão do estábulo de elefantes : ela fez o segundo som, chorando por seu filho : nada deves temer dai,” e então ele falou a segunda estrofe :-
Oh ! Quem do fraco Bandhra ? O olho único rasgará
De meu ninho, meus filhotes e de mim mesma oh! quem será amável ?
Então ele perguntou ao rei pelo nome do cavalariço chefe no estábulo de elefantes. “Seu nome, senhor, é Bandhura.” “Ele tem um olho único apenas, Ó rei ?” “Sim, senhor.” “Grande rei, um certo corvo fêmea construiu seu ninho no portão do estábulo de elefantes ; lá ela depositou seus ovos, lá no tempo devido seus filhotes chocaram : sempre que o cavalariço entra ou sai do estábulo em seu elefante, ele bate com o chicote no corvo e nos filhotes e destrói o ninho : o corvo fêmea em seu sofrimento deseja rasgar o olho único dele e fala deste jeito. Se queres o bem dela, mande chamar Bandhura e peça-o para não destruir o ninho.” O rei mandou chamá-lo, censurou-o e mudou-ode lugar e deu o elefante para outro.
“No pico do telhado do palácio, grande rei, há um inseto da madeira ; ele já comeu toda a madeira de figueira lá e não consegue comer mais madeira dura : sem comida e incapaz de sair, ele faz o terceiro som em lamentação : nada deves temer dai :” e então através de seu conhecimento dando o significado preciso do som do inseto, falou a terceira estrofe :-
Já comi toda a figueira ao redor até onde ela vai :
Madeira dura cupim não gosta, e outra comida está escassa.
O rei enviou um empregado e de um modo ou outro livrou o cupim.
“Em tua residência, grande rei, há um certo cuco domesticado ?” “Há , senhor.” “Grande rei, este cuco pinha pela floresta quando lembra sua vida anterior, 'Como posso deixar esta gaiola e ir para minha querida floresta?' e dai fez o quarto som : nada deves temer dele :” e então ele falou a quarta estrofe :-
Oh deixar esta residência real ! Oh ganhar minha liberdade,
De coração feliz percorrendo a floresta e alto n'árvore construir meu ninho.
Assim falando ele adicionou, “O cuco pinha, grande rei, liberte-a.” O rei fez isto.
“Grande rei, há um cervo domesticado em tua residência ?” “Há, senhor.” “Ele era chefe da horda : lembrando sua cerva e pinhando de amor por ela ele faz o quinto som : nada deves temer dele :” e falou a quinta estrofe :-
Oh deixar esta residência real ! Oh ganhar minha liberdade,
Beber água pura da fonte, guiar a horda que me segue !
O Grande Ser fez com que se libertasse o cervo e continuou, “Grande rei, há um macaco domesticado em tua residência ?” “Há, senhor.” “Ele era chefe de uma horda do Himalaia e este saudoso da companhia das macacas : um caçador chamado Bharata o trouxe para cá : pinhando e ansiando por seus velhos covis ele faz o sexto som : nada deves temer dele,” e ele falou a sexta estrofe :-
Cheio e sujo de paixões eu estava, enfeitiçado de desejo,
Bharata o caçador me pegou ; qu'eu te traga fado feliz !
O Grande Ser fez também o macaco ser liberto e prosseguiu, “Grande rei, há um duende vivendo em tua residência ?” “Há,senhor.” “Ele está pensando no que fazia com sua sílfide e sofrendo de desejo faz o sétimo som. Um dia ele subiu no pico de uma alta montanha com ela : eles colheram e se adornaram com muitas flores de cores e perfumes diversos e não perceberam que o sol se punha ; escuridão caiu enquanto desciam da montanha. A sílfide disse, 'Marido, está escuro, desça com cuidado para não tropeçar,' e pegando-o pela mão, desceram juntos. É lembrando das palavras delas que ele faz o som : nada deves temer dele.” Através do seu conhecimento ele estabeleceu e se fez saber precisamente as circunstâncias, falando a sétima estrofe :-
Quando a escuridão ficou grossa sozinhos no alto da montanha,
Ela me avisou gentilmente, 'Não tropece o pé numa pedra'.
Assim o Grande Ser explicou porque o duende fez o som e fez com que o libertassem também e prosseguiu, “Grande rei, houve um oitavo som, um de êxtase / ênstase. Um certo paccekabuddha na Gruta Nandamula sabendo que as condições de vida estava agora no fim para ele, veio para perto dos seres humanos, pensando, 'Entrarei no Nirvana no parque do rei de Benares : seus empregados irão me enterrar e festejar festivais sagrados e venerar minhas relíquias e assim atingir o céu :' ele estava vindo com seu poder sobrenatural e justo quando alcançou o telhado do palácio, atirou fora a carga da vida e cantou em ênstase a canção que ilumina a entrada na cidade do Nirvana :” e então ele falou a estrofe pronunciada pelo paccekabuddha :
Certamente vejo o fim dos nascimentos,
Nunca mais novamente verei útero :
Minha última existência na terra
Está terminada e toda sua miséria.
“Com estas palavras de ênstase ele alcançou teu parque e passou para o Nirvana aos pés de um salgueiro florido : venha, grande rei, e realize ritual de exéquias.” Assim o Grande Ser levou o rei para o lugar onde o paccekabuddha entrou no Nirvana e mostrou a ele o corpo. Vendo o corpo, o rei com um grande exército prestou honras com perfumes , flores e semelhantes. Como conselho do Bodhisatva ele parou o sacrifício, deu a todas as criaturas suas vidas, fez proclamação pela cidade através do tambor que a matança não ocorreria, e fez com que festivais sagrados fossem realizados por sete dias, cremou o corpo do paccekabuddha com grande honra em uma pira com perfumes e fez um stupa onde quatro estradas se encontram. O Bodhisatva pregou retidão ao rei e exortou-o com diligência : depois ele foi para o Himalaia e lá realizou trabalhos em Estados Perfeitos e sem quebrar suas meditações tornou-se destinado ao Céu de Brahma.
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Após a lição, o Mestre disse, “Grande rei, não há perigo algum para ti devido aos sons, pare o sacrifício e dê a todas as criaturas suas vidas” : e tendo feito a proclamação pelo tambor de que suas vidas seriam poupadas, ele identificou o Jataka : “Naquele tempo o rei era Ananda, o pupilo era Sariputra e o asceta eu mesmo.”
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
417 Buddha Sakra
( Imagem de Indra / Sakra / Vasava )
417
“Em brancas vestes...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a um homem que amparava a mãe. A história é que o homem era de boa família e conduta em Savatthi : com a morte de seu pai ele dedicou-se a sua mãe e cuidava dela fazendo os serviços de lavar os dentes, os pés, serviços assim e também dar mingau, arroz e outras comidas. Ela disse a ele, “Querido filho, há outras tarefas na vida de dono de casa : deves casar com uma mulher de família adequada, que de mim cuidará e daí poderás fazer teu próprio trabalho”. “Mãe, é para meu próprio bem e prazer que cuido de ti : quem faria isto melhor ?” “Filho, deves fazer o trabalho para avançar a economia da nossa casa.” “Não tenho nenhum interesse na vida de dono de casa ; cuidarei de ti e depois que estiveres morta e cremada me tornarei um asceta.” Ela o pressionava constantemente : e por fim, sem convencê-lo e sem ganhar dele consentimento, ela trouxe-lhe uma mulher de família adequada. Ele casou e vivia com ela, porque não se oporia a sua mãe. Ela observou a grande atenção com a qual seu marido cuidava da mãe e desejosa de imitá-lo, ela também cuidava. Notando a devoção da esposa, ele passou a dar a ela toda a comida gostosa que conseguia. Com o passar do tempo, ela tolamente pensou, em seu orgulho, “Ele me dá toda comida gostosa que consegue : ele deve estar ansioso para se livrar da mãe e encontrarei algum jeito de fazer isto.” Então um dia ela disse, “Marido, tua mãe ralha comigo quando você sai de casa.” Ele não disse nada. Ela pensou, “Irritarei a velha senhora e a farei desagradável para com o filho” : e dahi em diante passou a dar o mingau de arroz ou muito quente ou muito frio, ou sem sal ou salgado. Quando a velha senhora reclamou que estava muito quente ou muito salgado, ela atirou água fria suficiente para encher o prato : e quando reclamava de estar muito frio ou sem sal , ela fez um escândalo gritando, “Agora mesmo disseste que estava muito quente e salgado : quem pode te satisfazer ?” Depois no banho ela atiraria água muito quente nas costas da velha senhora : quando ela disse, “Filha, minhas costas estão queimando,” a outra teria jogado água muito muito fria nela, e com as reclamações, teria inventado uma história aos vizinhos, “Esta mulher acabou de dizer que estava muito quente, agora grita 'está muito frio' : quem pode suportar tanto descaramento ?” Se a velha senhora reclamava que a cama estava com muita pulga, insetos, ela tirava a cama e lançava por cima dela sua própria cama e depois devolvia declarando, “Dei uma chacoalhada” : a boa velha senhora, ficando com o dobro de pulgas e insetos a picá-la, passaria a noite sentada reclamando de estar sendo mordida por toda a noite ; a outra retrucaria, “Tua cama foi chacoalhada ontem e anteontem também : quem pode satisfazer todas as necessidades de tal mulher ?” Para colocar o filho da velha senhora contra ela, ela espalhou catarro e cuspe e cabelo grisalho pelos cantos e quando ela perguntou quem estava espalhando sujeira pela casa toda, ela disse, “Tua mãe é que está fazendo isto “ ; mas se dissesse apenas a ela para não fazer isto, ela gritava : “Não posso permanecer na mesma casa com tal bruxa velha : deves decidir se ela fica ou eu.” Ele escutou-a e disse, “Esposa, ainda és jovem e podes fazer a vida em qualquer lugar que fores : mas minha mãe está fraca e eu sou o esteio dela : parta e vá para teus parentes.” Quando ela escutou isto, ficou com medo e pensou, “Ele não pode se separar de sua mãe que é muito cara a ele : mas se eu for para minha velha casa, terei uma vida miserável de separada : me reconciliarei com minha sogra e cuidarei dela como antes” : e dahi em diante ela fez isto. Um dia este irmão leigo foi a Jetavana para escutar a lei : saudando o Mestre ele permaneceu em um dos lados. O Mestre perguntou a ele se não descuidava de suas antigas obrigações, se cuidava devidamente de sua mãe. Ele respondeu, “Sim, Senhor : minha mãe me trouxe uma mulher como esposa contra minha vontade, ela fez tais e tais coisas improváveis,” contando a ele tudo, “mas a mulher não conseguiu que rompesse com minha mãe e agora cuida dela com todo respeito.” O Mestre escutou a história e disse, “Desta vez não fizeste o quê ela pediu : mas antes tu colocaste tua mãe para fora com o pedido dela e devido a mim tu a retomou de volta para tua casa e cuidaste dela” : e com o pedido do leigo ele contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), um jovem de uma certa família com a morte do pai dedicou-se a sua mãe e cuidava dela como na história introdutória : os detalhes são como os dados acima. Mas neste caso, quando a esposa disse que ela não podia mais viver com a bruxa velha e que ele devia decidir qual delas devia ir, ele acreditou na palavra dela que sua mãe estava em falta e disse, “Mãe, estais sempre causando brigas na casa : portanto partas e vivas em algum outro lugar, onde quiseres.” Ela obedeceu, chorando e indo para a casa de uma amiga, ela trabalhava por salários e com dificuldade fez uma vida. Após ela partir, a nora concebeu uma criança e saiu dizendo para o marido e os vizinhos que tal coisa nunca teria acontecido se a velha bruxa estivesse na casa. Depois que a criança nasceu, ela disse ao marido, “Eu nunca teria um filho se tua mãe estivesse na casa mas agora tenho um : então vejas que bruxa ela era.” A velha senhora escutou que o nascimento do neto era pensado como sendo devido ao fato dela ter deixado a casa, e pensou, “Certamente Direito deve estar morto no mundo : se não fosse assim, este pessoal não teria tido um filho e uma vida confortável após baterem e jogar para fora a mãe deles : farei uma oferta pelo morte do Direito.” Então um dia ela pegou sésamo ( gergelim ) e arroz da terra e um pequeno pote e uma colher : ela foi para o cemitério dos cadáveres e acendeu um fogo dentro de um fogão feito com três crânios humanos : depois ela desceu para dentro d'água, banhou-se da cabeça aos pés, lavou sua roupa e voltando para o lugar do seu fogo, soltou o cabelo e começou a lavar o arroz.
O Bodhisatva era naquele tempo Sakra ( Indra ), rei dos céus ; e os Bodhisatvas são vigilantes. No mesmo instante ele viu, episcopando o mundo, que a pobre velha senhora estava fazendo uma oferta de morte ao Direito como se o Direito estivesse morto. Desejoso de mostrar seu poder em ajudá-la, ele veio disfarçado como um brahmin viajando na autoestrada : à vista dela ele deixou a estrada e permanecendo de pé próximo a ela, começou uma conversa dizendo, “Mãe, as pessoas não cozinham comida em cemitérios : que farás com este gergelim ( sésamo ) e este arroz depois de cozidos ?” E assim ele falou a primeira estrofe :-
Em brancas vestes, com cabelo pingando
Por quê, Kaccani, ferves água ?
Arroz e sésamo escolhidos,
Vai comê-los quando estiverem quente ?
Ela falou a segunda estrofe para informá-lo :-
Brahmin, não é para comer que
Uso o sésamo e o arroz :
Direito está morto ; sua memória
Coroo-a com sacrifício.
Então Sakra falou a terceira :-
Senhora, pense antes de decidir :
Quem te disse tal mentira ?
Forte em poder e de mil olhos
Direito Perfeito não pode morrer nunca.
Escutando-o, a mulher falou duas estrofes :-
Brahmin, tenho testemunho forte,
'Direito está morto' devo crer :
Todos os homens agora que seguem o erro
Recebem grande prosperidade.
Estéril antes, a esposa do meu bom filho
Me derrotou e carrega um filho :
Ela é a senhora da nossa casa,
Eu uma desclassificada desgraçada.
Sakra então falou a sexta estrofe :-
Não. Vivo eternamente ;
Foi para teu bem que vim :
Ela te derrotou ; mas teu filho e ela
Serão cinzas da minha chama.
Escutando-o, ela gritou, “Ai, que dizes tu ? Tentarei salvar meu neto da morte.” E falou a sétima estrofe :-
Rei dos deuses, seja feita tua vontade :
Se por mim deixaste o céu,
Possam minhas crianças e o filho deles
Viverem comigo amigavelmente.
Então Sakra falou a oitava estrofe :-
A vontade de Katiyani será feita :
Derrotada, ainda confias no Direito :
Com tuas crianças e o filho deles
Partilhes casa unida em amizade.
Após assim falar, Sakra, agora em todo seu divino traje, pousou no ar através de seu poder sobrenatural e disse, “Kaccani, nada tema ; através de meu poder teu filho e nora virão e depois de conseguir de ti o perdão no caminho te levarão para casa com eles : habite em paz com eles.” Então ele voltou para seu próprio lugar. Através do poder de Sakra eles se lembraram da bondade dela e questionando pela vila, descobriram ter ido em direção ao cemitério. Foram ao longo da estrada chamando por ela : quando a viram caíram a seus pés e pediram e obtiveram seu perdão pela ofensa. Ela acolheu com alegria o neto. Então todos foram para casa felizes e dahi em diante habitaram juntos.
Alegre com a esposa do bom filho
Katiyani então habitou :
Indra pacificou a briga deles,
Filho e neto cuidaram bem dela.
Esta estrofe é inspirada na Perfeita Sabedoria.
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Após a lição o Mestre declarou as Verdades e identificou o Jataka : após as Verdades o irmão leigo foi estabelecido na fruição do Primeiro Caminho :- “Naquele tempo o homem que amparava a mãe era o homem que amparava a mãe ho-je, a esposa daquele tempo era a esposa de ho-je e Sakra era eu mesmo.”
domingo, 19 de setembro de 2010
416 Buddha e Devadatra
Veluvana, Bosque de Bambus, Índia.
416
“Terror e medo,...etc.” - O Mestre contou isto enquanto residia no bosque de Bambu, relativo as tentativas de Devadatra em matá-lo. Estavam discutindo isto no Salão da Verdade, “Senhores, Devadatra tenta matar o Tathagata, contrata flecheiros, atira pedras, soltou Nalagiri e utiliza meios especiais para a destruição do Tathagata.” O Mestre veio e perguntou o tema que conversavam lá sentados juntos: quando disseram a ele, respondeu, “Irmãos, esta não é a primeira vez que ele tenta me matar : mas ele não consegue nem mesmo me amedrontrar e ganha apenas sofrimento para si mesmo :” e assim ele contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu como filho de sua rainha principal. Quando cresceu aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ) e adquiriu um encanto para o entendimento de todas as vozes dos animais. Após escutar atentamente seu professor, ele retornou para Benares. Seu pai o indicou para vice-rei : mas apesar de fazer isto, estava ansioso em matá-lo e nem mesmo queria vê-lo.
Uma chacal fêmea com dois filhotes entrou na cidade a noite pelo esgoto, quando os homens retiraram-se para descansar. No palácio do Bodhisatva, próximo a sua cama, havia um quarto, onde um único viajante, que havia descalçado os sapatos e os colocara no chão ao lado da cama, deitava, ainda acordado, numa tábua. Os filhotes de chacal estavam famintos e latiam. A mãe deles disse em fala, latido, de chacal, “Não façam barulhos queridos : há um homem naquele quarto que descalçou os sapatos e os deixou no chão : ele está deitado numa prancha mas ainda não dormiu : quando ele adormecer, pegarei os sapatos dele e os darei para vocês comerem.” Pelo poder do encanto o Bodhisatva entendeu a fala dela e deixando seu quarto, abriu uma janela e disse, “Quem está ahi ?” “Eu, sua majestade, um viajante.” “Onde estão seus sapatos ?” “No chão.” “Levante-os e pendure-os.” Escutando isto a chacal ficou irada com o Bodhisatva.
Um dia ela entrou na cidade novamente pelo mesmo caminho. Naquele dia um bêbado desceu para beber em um tanque de lótus : caindo dentro do lago, afundou e afogou-se. Ele possuía as duas vestes que usava, mil dinheiros numa roupa de baixo, um anel num dedo. Os filhotes de chacais latiram alto de fome e a mãe disse, “Fiquem quietos queridos : há um homem morto neste tanque de lótus, ele tem tais e tais propriedades : ele está morto na escada do tanque, lago, darei a vocês a carne dele para comer.” O Bodhisatva, a escutando, abriu a janela e disse, “Quem está no quarto ?” Alguém levantou-se e disse, “Eu.” “Vá e pegue as roupas, os mil dinheiros e o anel do homem que jaz morto lá no tanque de lótus e faça o corpo afundar de modo que não saia d'água.” O homem assim fez. A chacal ficou irada de novo : “Outro dia você evitou que meus filhotes comessem sapatos ; ho-je você evita que comam homem morto. Muito bem : no terceiro dia a partir de ho-je, um rei hostil virá e cercará a cidade, teu pai te enviará para a batalha, cortarão tua cabeça : beberei o sangue da tua garganta e satisfarei minha inimizade : te fizeste meu inimigo e veremos quanto a isto “ : assim ela latiu insultando o Bodhisatva. Ela então pegou seus filhotes e saiu fora.
No terceiro dia o rei hostil veio e cercou a cidade. O rei disse ao Bodhisatva, “Vá, querido filho, e lute com ele.” “Ó rei, tive uma visão : não posso ir, por temor de perder minha vida.” “O quê é sua vida ou morte para mim ? Vá.” O Grande Ser obedeceu : pegando seus homens ele evitou o portão onde o rei hostil estava postado e saiu por outro que abriu. Enquanto ele saía toda a cidade ficou como que deserta pois todos os homens saíram com ele. Ele acampou em um certo espaço aberto e esperou. O rei pensou, “Meu vice-rei esvaziou a cidade e fugiu com todas as minhas forças : o inimigo está esperando ao redor de toda a cidade : sou apenas um homem morto.” Para salvar sua vida ele tomou sua rainha principal, seu capelão e um único ajudante chamado Parantapa : com eles fugiu disfarçado à noite e entrou numa floresta. Sabendo de sua fuga, o Bodhisatva entrou na cidade, derrotou o rei hostil em batalha e tomou o reino.
Seu pai fez uma cabana de folhas na margem do rio e viveu lá comendo frutos selvagens. Ele e o capelão costumavam sair procurando frutos selvagens : o empregado Parantapa ficava com a rainha na cabana. Ela estava grávida do rei : mas devido a estar constantemente com Parantapa, ela pecava com ele. Um dia disse a ele, “Se o rei souber, nem você nem eu, viveremos : mate-o.” “De que jeito ?” “Ele te faz carregar a espada dele e a roupa de banho quando ele vai se banhar : pegue-o desguarnecido no banho, corte a cabeça dele e pique o corpo em pedaços com a espada e então enterre-o no solo.” Ele concordou. Um dia o capelão foi procurar frutos : ele subiu numa árvore próxima ao local de banho do rei e catava frutos. O rei queria se banhar e veio para a margem com Parantapa levando sua espada e roupa de banho. Quando ia se banhar, Parantapa, querendo matá-lo, saiu de sua guarda, segurou-o pelo pescoço e levantou a espada. O rei gritou com medo da morte. O capelão escutou o grito e viu de cima que Parantapa o estava matando : mas estava aterrorizado e escorregando de seu galho de árvore, escondeu-se numa moita. Parantapa escutou o barulho que ele fez ao escorregar d'árvore e após matar e enterrar o rei, pensou, “Houve um barulho de alguém descendo do galho por ali ; quem está lá ?” Mas não vendo ninguém ele se banhou e saiu fora. Então o capelão saiu de seu esconderijo ; sabendo que o rei foi cortado em pedaços e enterrado em um poço, ele se banhou e temendo por sua vida fingiu-se de cego quando voltou para a cabana. Parantapa o viu e perguntou o que acontecera com ele. Ele fingiu não conhecê-lo e disse, “Ó rei, volto com meus olhos perdidos : estava num cupinzeiro em uma mata cheia de serpentes e o bafo de alguma serpente venenosa deve ter caído em mim.” Parantapa pensou que o capelão dirigia-se a ele como rei por ignorância e para tranquilizá-lo disse, “Brahmin, não se preocupe, cuidarei de ti,” e assim o confortou e deu a ele bastante fruta selvagem. A partir dali foi Parantapa que passou a catar fruta. A rainha deu à luz um filho. Enquanto ele crescia, ela disse a Parantapa um dia cedo de manhã sentados confortavelmente, “Alguém viu quando você matou o rei ?” “Ninguém me viu : mas escutei o barulho de algo descendo de um galho : se pessoa ou besta não sei : mas quando temor se aproximar de mim, deve ser da causa dos galhos balançarem,” e assim em conversação com ela ele falou a primeira estrofe :-
Terror e medo mesmo agora me atingem,
Pois então uma pessoa ou besta balançou um galho.
Eles pensavam que o capelão dormia mas ele estava acordado e escutou a conversa deles. Um dia, quando Parantapa saíra em busca de frutos, o sacerdote lembrou-se de sua esposa brahmin e falou a segunda estrofe lamentando-se :-
Meu lar de esposa verdadeiro está próximo : meu amor me fará
Pálido como Parantapa e magro, com o chacoalhar de uma árvore.
A rainha perguntou o quê ele estava falando. Ele disse, “Eu estava apenas pensando.” Mas um dia novamente ele falou a terceira estrofe :-
Minha esposa querida em Benares : sua ausência me faz ficar
Pálido como Parantapa com o balançar de um galho.
Novamente um dia ele falou uma quarta estrofe :-
Seus olhos negros brilham, sua fala e sorrisos em pensamentos me fazem
Pálido como Parantapa com o balançar de um galho.
Com o tempo o jovem príncipe cresceu e alcançou a idade de dezesseis. Então o brahmin o fez segurar um cajado e indo com ele até o local de banho abriu os olhos e olhou. “Não és cego, brahmin ?” disse o príncipe. “Não sou, mas desse jeito salvei minha vida : sabes quem é teu pai ?” “Sim.” “Aquele homem não é teu pai : teu pai era rei de Benares : aquele homem é um empregado da tua casa, ele pecava com tua mãe e neste lugar matou e enterrou teu pai” ; e assim falando ele desenterrou os ossos e os mostrou a ele. O príncipe ficou muito irado e perguntou, “Que devo fazer ?” “Faça a este homem o quê ele fez a teu pai aqui,” e mostrando a ele todo o acontecimento em poucos dias o ensinou como manejar uma espada. Então um dia o príncipe pegou a espada e a roupa de banho e disse, “Pai, vamos tomar banho.” Parantapa consentiu e foi com ele. Quando desceu para água, o príncipe o pegou pelo coque do cabelo com a mão esquerda e com a espada na direita disse, “Neste lugar seguraste meu pai pelo cabelo e o mataste enquanto ele gritava : do mesmo modo farei contigo.” Parantapa gritou com medo da morte e falou duas estrofes :-
Certamente aquele barulho veio até você e te contou o que ocorreu :
Certamente a pessoa que dobrou o galho veio te dizer o que aconteceu.
O tolo pensamento que tive alcançou teu conhecimento agora
Naquele dia uma testemunha, pessoa ou besta, lá estava e balançou o galho.
Então o príncipe falou a última estrofe :-
Foi assim que mataste meu pai com palavras traidoras e mentirosas ;
Escondeste o corpo dele nos galhos : agora o medo te toma.
Assim falando, ele o matou no mesmo lugar, enterrou-o e cobriu com galhos : depois lavando a espada e se banhando, voltou para a cabana de folhas. Ele contou ao sacerdote como matou Parantapa : censurou sua mãe disse, “Que faremos agora ?” os três voltaram a Benares O Bodhisatva fez do jovem príncipe vice-rei e com caridade e obras boas passou inteiramente pelo caminho para o céu.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo Devadatra era o velho rei, eu mesmo era o mais jovem.”
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
415 Buddha e rainha Mallika
Pintura de teto em Ajanta, Índia
415
“Serviço feito ...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a rainha Mallikā. Ela era a filha do chefe dos fazedores de grinaldas, guirlandas, de Savatthi, extremamente bela e muito boa. Quando estava com dezesseis anos de idade, ela ia para um jardim de flores com outras garotas levando três porções de mingau sem sal na cesta de flores. Quando deixava a vila, viu o Abençoado entrando, difundindo radiância e cercado pela assembléia de Irmãos : e ela levou para ele as três porções de mingau sem sal. O Mestre aceitou, estendendo sua tigela real. Ela tocou os pés do Tathagata com sua testa e tomando sua alegria como objeto de meditação, permaneceu de pé em um lado. Observando-a o Mestre sorriu. O Venerável Ananda ficou imaginando porque o Tathagata sorrira e perguntou a ele. O Mestre contou a razão, “Ananda, esta garota será ho-je a rainha principal do rei de Kosala através do fruto destas porções de mingau.” O garota foi para o jardim de flores. Naquele mesmo dia o rei de Kosala que lutava com Ajatasatru, fugiu derrotado. Quando ele vinha em seu cavalo, escutou o som dela cantando e sendo atraído por ele dirigiu-se para o jardim. O mérito da garota estava maduro : então quando ela viu o rei, se aproximou sem fugir e tomou as rédeas pelo freio do cavalo. O rei do alto do cavalo perguntou a ela se era casada ou não. Escutando que não era, ele desmontou e estando cansado devido ao sol e ao vento descansou um pouco no colo dela : então a fez montar e com um grande exército entrou na cidade e a levou para a casa dela. À tardinha ele enviou uma carruagem e com grande honra e pompa a levou da casa dela, colocando-a em uma pilha de jóias, ungindo-a e a fazendo rainha principal. A partir dali ela era a mais querida, amada e devotada esposa do rei, possuidora de empregados fiéis e dos cinco encantos femininos : e ela era a favorita dos Buddhas. Espalhou-se por toda a cidade que atingiu tal prosperidade porque havia dado três porções de mingau para o Mestre.
Um dia começaram uma discussão no Salão da Verdade : “Senhores, rainha Mallikā ofertou três porções de mingau para os Buddhas e como fruto disso, no mesmo dia ela foi ungida rainha : grande realmente é a virtude dos Buddhas.” O Mestre chegou, perguntou e soube o tema da conversa dos Irmãos : ele disse, “Não é estranho, Irmãos, que Mallika tenha se tornado rainha principal do rei de Kosala apenas oferecendo três porções de mingau ao Buddha onisciente : por quê ? É devido a grande virtude dos Buddhas : sábios antigos ofereceram mingau sem sal nem óleo a paccekabuddhas e devido a isto atingiram na vida futura, seguinte, a glória de ser rei em Kasi, trezentas léguas extensa” : e assim ele contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu em uma família pobre : quando cresceu ganhava a vida trabalhando por salários para um certo homem rico. Um dia ele conseguiu quatro porções de mingau sem sal em uma loja, pensando, “Isto dará para o almoço” e assim seguiu para seu trabalho no campo. Vendo quatro paccekabuddhas dirigindo-se para Benares em coleta de ofertas, ele pensou, “Tenho estas quatro porções de mingau ; e s'eu ofertasse-as a estes homens que vão para Benares em coleta de ofertas ?” Então ele se aproximou e saudou-os dizendo, “Senhores, tenho estas quatro porções de mingau na mão : ofereço-as a vocês : prego, aceitem-nas, bons senhores e assim ganharei mérito que permanecerá para meu bem e felicidade.” Vendo que eles aceitavam, ele espalhou areia, arranjou quatro assentos e esticou folhas e ramos para eles : e depois sentou os paccekabuddhas em ordem ; trazendo água numa cuia de folha, derramou-a como donativo e então colocou as quatro porções de mingau nas quatro tigelas com saudações e palavras, “Senhores, em consequência disto, que eu possa não nascer em uma família pobre ; que esta possa ser a causa para que eu atinja onisciência.” Os paccekabuddhas comeram e depois agradeceram e partiram para a gruta Nandamula. O Bodhisatva, enquanto saudava, sentiu a alegria da associação com paccekabuddhas e depois que eles partiram saindo da vista dele e ele foi para o trabalho, ele lembrou-se deles sempre até sua morte : como fruto disto ele nasceu no útero da rainha principal de Benares. Seu nome era príncipe Brahmadatra. A partir do tempo apenas que aprendera a andar, ele viu claramente pelo poder do recolhimento de tudo que fizera em vidas passadas, como o reflexo de sua própria face em um espelho claro, que nascera ali naquele estado porque ofertara quatro porções de mingau para os paccekabuddhas quando era empregado e estava indo para o trabalho naquele mesma cidade. Quando cresceu, aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ) : retornando, seu pai ficou agraciado com as realizações que mostrava e indicou-o para vice-rei : depois, com a morte do pai, tornou-se rei. Então casou com a filha do rei de Kosala extremamente bela e fez dela sua rainha principal. No dia do seu festival – para-Sol, eles decoraram toda a cidade como se fora a cidade dos deuses. Ele foi ao redor da cidade em procissão ; depois subiu ao palácio que estava decorado e em um estrado estava o trono com o para-Sol branco ereto sobre ele ; lá sentando olhou vendo embaixo todas aquelas pessoas que permaneciam ajudando, de um lado os ministros de outro os brâmanes e donos de casa resplendentes em beleza em roupas variadas, de outro o povo com diferentes presentes nas mãos, de outro tropas de garotas dançarinas chegando ao número de dezesseis mil reunidas como ninfas nos céus em vestimenta completa. Olhando para todo este esplendor encantador ele se lembrou de seu estado anterior e pensou, “Este para-Sol branco com guirlanda dourada e plinto, pedestal, de ouro maciço, estes muitos milhares de elefantes e carruagens, meu grande território pleno de jóias e pérolas, abundante em riquezas e grãos de todos os tipos, estas mulheres como ninfas celestes em todos seu esplendor, que é todo meu, é devido apenas a uma oferta de quatro porções e mingau dadas aos paccekabuddhas : ganhei tudo isto por causa deles” : e assim lembrando a excelência dos paccekabuddhas ele claramente declarou sua ação anterior, de mérito. Enquanto pensava nela todo seu corpo foi cheio de felicidade. Felicidade fundiu seu coração e no meio da multidão ele pronunciou duas estrofes em alegre canção :-
Serviço feito a altos Buddhas
Nunca, dizem, é contado barato :
Oferta de mingau, sem sal, seco,
Me fez colher este prêmio.
Elefante, cavalo e gado,
Ouro, milho e toda a terra,
Tropas de garotas em forma divina :
Ofertas as trouxeram para as minhas mãos.
Assim o Bodhisatva em sua alegria e delicia no dia de sua cerimônia do para-Sol, cantou uma canção de alegria em duas estrofes. A partir daquele momento foi chamada a canção favorita do rei e todos a cantavam – as garotas dançarinas do Bodhisatva, seus outros dançarinos e músicos, seu povo no palácio, o povo da vila e aqueles do círculo de ministros.
Após passar um longo tempo, a rainha principal ficou ansiosa em saber o significado da canção mas não ousava perguntar ao Grande Ser. Um dia orei ficou agraciado com alguma qualidade dela e disse, “Senhora, te dou um dom ; aceite um presente.” “Está bem, ó rei, aceito.” “Que devo te dar, elefantes, cavalos ou semelhantes ?” “Ó rei, devido a tua generosidade não preciso de nada, não tenho necessidade de nada disso : mas se desejas me dar um dom, dê-me contando o significado de tua canção.” “Senhora, que necessidade tens de tal dom ? Aceite outra coisa.” “Ó rei, não tenho necessidade de nada mais : é isto que eu aceitaria.” “Bem, senhora, te direi mas não como um segredo a ti somente : enviarei um tambor ao redor de todas as doze léguas de Benares, farei um pavilhão em jóias à porta do meu palácio e levantarei um trono também em jóias : nele sentarei no meio de ministros, brahmins e outro povo da cidade, e as dezesseis mil mulheres e lá contarei a história.” Ela concordou. O rei fez tudo isso e então sentou no trono no meio de uma grande multidão, como Sakra ( Indra ) no meio da companhia dos deuses. A rainha também com todos seus ornamentos colocou um cadeira dourada de cerimônia e sentou em um lugar apropriado ao lado dele e olhando meio de lado ela disse, “Ó rei, me conte e explique, como se fazendo a lua elevar-se aos céus, o significado da canção de alegria que cantastes em felicidade deliciosa” ; e assim ela falou a terceira estrofe :-
Glorioso e reto rei,
Há muito tempo cantaste uma canção
Em excessiva alegria de coração :
Prego, compartilhe comigo a causa.
O Grande Ser declarando o significado da canção falou quatro estrofes :-
Esta a cidade mas a ocupação era diferente, em minha vida passada :
Empregado era de outro, assalariado, mas honesto.
Indo da cidade para o trabalho, vi quatro ascetas,
De porte calmo e sem paixões, perfeitos na lei moral.
Todos meus pensamentos foram para aqueles Buddhas : enquanto eles sentavam debaixo d'árvore,
Com minhas mãos trouxe para eles mingau, oferta piedosa.
Tal o ato virtuoso de mérito : veja ! O fruto que colho ho-je -
Todo o estado real e riquezas, toda a terra sob meu domínio.
Quando ela escutou o Grande Ser assim explicar inteiramente o fruto de seu ato, a rainha disse alegremente, “Grande Ser, se discernes tão visivelmente os frutos de oferta caridosa, de ho-je em diante tome uma porção de arroz e não coma até que tenha dado a sacerdotes e brahmins retos” ; e ela falou uma estrofe em louvor do Bodhisatva :-
Coma, ofertas devidas lembrando,
Colocando para girar a roda do direito :
Fuja da injustiça, poderoso rei,
Com retidão controle teu reino.
O Grande Ser, aceitando o que ela disse, falou a estrofe :-
Ainda faço daquela estrada minha própria
Andando no caminho reto,
Onde os bons, bela rainha, vão :
Santos são agradáveis a minha vista.
Após dizer isto, ele olhou para a beleza da rainha e disse, “Bela senhora, falei inteiramente meus bons atos em tempos anteriores mas entre todos estas senhoras não há nenhuma como tu em beleza e graça charmosa : através de que ato atingiste esta beleza ?” E ele falou uma estrofe :-
Senhora, como uma ninfa celeste,
À multidão das garotas ultrapassas :
Devido a que ato de graça foi dado
Prêmio de beleza tão divina ?
Então ela contou o ato virtuoso feito em vida passada e falou as duas últimas estrofes :-
Fui antes uma empregada escrava
Na corte real de Ambattha,
À modéstia entreguei meu coração,
À virtude e as boas falas.
Numa tigela de Irmão mendicante
Coloquei certa vez oferta de arroz ;
Caridade preencheu minha alma :
Tal o ato e olhe ! o fruto.
Ela também, é dito, falou com conhecimento acurado e lembrança das vidas passadas. Então ambos plenamente declararam seus atos passados e a partir daquele dia eles construíram seis salas de caridade, nos quatro portões e no centro da cidade e na porta do palácio e agitando toda a Índia fizeram grandes ofertas, mantiveram as obrigações morais e os dias santos e no final de suas vidas tornaram-se destinados ao céu.
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No final da lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo a rainha era a mãe de Rahul(a) e o rei era eu mesmo.”
domingo, 5 de setembro de 2010
Yakshis de Sanchi
sábado, 4 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Outra Yakshi que fala
Buddha certa vez estava próximo de Savatthi em Jeta Vana, no Parque de Anatha pindika. E nesta ocasião instruía, iluminando, incitando e inspirando os irmãos com um sermão sobre Nirvana. E os irmãos com todas suas mentes aplicadas, atentas e intentas, escutavam com raptos ouvidos à Norma. ( A hora de acordo com a Glosa era no crepúsculo ; o Mestre depois de jantar prega à assembléia geral, e depois foi ao banheiro e depois sentou no assento de Buddha na cela do Oitanada Fragrante, episcopando a vista leste. Então certos irmãos ascetas, em vestes esfarrapadas, mendicantes, que haviam viajados em solidão, em pares, ou em outros números, vieram de seus quartos e saudando, dispuseram-se ao redor do Professor como o vermelho envolve um jóia redonda. Ele discernindo o desejo deles, discursou.)
Então uma yakshi, conhecida como mãe de Punabbasu, silenciou suas crianças ( uma no colo outra segura na mão ) assim :-
Silêncio, pequena Uttara. Quieto,
Punabbasu, para que escutemos a Norma
Ensinada pelo Mestre, o homem mais sábio.
'Nirvana,' diz o Buddha,
' Livramento é de todo laço' ;
E por esta verdade meu amor engrandece-se.
Caros são nossos filhos e caros
Os maridos ; mais caro ainda para mim
É desta Doutrina explorar o Caminho.
Pois nem criança nem marido, apesar
De queridos, podem nos salvar de todo mal,
Como pode o escutar a Norma abençoada
Da dor e do sofrer, livrar uma criatura.
E dos sofrimentos que seguem nesta vida,
Ligado como estão a idade, decaimento e morte.
Nesta Norma em que Ele encontra iluminação
Em como pode haver livramento da idade e da morte :-
Esta é a doutrina que anseio em escutar,
Portanto, Punabbasu, meu filho, fica quieto.
[ Punabbasu respondeu :-]
Mãe, não direi palavra, e veja,
Quieta também está Uttara. Portanto escute,
Pois doce é escutar a Norma.
Porque não aprendemos a Norma abençoada,
Mãe, vamos sofrendo aqui e agora.
Para deuses e pessoas todos em perplexa confusão
Este é o que ilumina :- que Ele,
O Buddha em seu último corpo nascido,
O Homem que Vê deve ensinar a Norma as pessoas.
[ A Mãe :- ]
Benditas palavras ! E sábio o filho que tenho
E nutrido em meu seio, pois agora este filho
Ama a pura Norma ensinada pelo Homem mais Sábio.
Ó, que possas ser feliz, Punabbasu !
Pois agora estou elevada da roda
Da vida renovada. Vemos as Verdades Humanas.
Tu também, minha Uttara ! Me escute.
( Samyutta Nikaya X, 7 )
sábado, 28 de agosto de 2010
[ Campanha política ]
Como vcs podem ver à direita embaixo a ilustra pertence ao ilustre sr. Angeli e foi publicada no jornal que tem a sra. Cristina Frias como musa inspiradora. Clique na imagem para vê-la ampliada. O petróleo do pré-sal não pertence à Petrobrás mais sim ao Povo (elite, o Povo é a elite) . O petróleo não pode ser apenas de alguns acionistas. Podia ter a imagem de Dilma Maravilha com seu laço da verdade fazendo as pessoas falarem o que querem esconder.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Mais Yakshi que fala
O venerável Anuruddha estava certa vez próximo a Savatthi em Jeta Vana no Parque de Anathapindika.
Naquela ocasião o venerável Anuruddha, levantando-se quando a noite elevou-se, recitou sentenças de doutrina ( versos do Dharmapada ; ele formou um comitê de 21 membros para considerar interpretações do texto provavelmente após o Parinirvana de Buddha). E a yakshi, conhecida como a mãe de Piyankara, silenciou seu pequeno garoto ( Saindo da parte oeste do Bosque, ela com o menino no colo veio inesperadamente para o estabelecimento, àrea coberta, e escutou a doce voz no vihara, mosteiro. Com o coração cortado e atingida até a medula, ela ficou de pé como um poste enquanto a criança choramingava por comida ) , dizendo :-
Shsh ( Hush ) ! não faz barulho, Piyankara,
O frei está falando palavras sacras.
Se pudermos escutar e aprender estas palavras santas
E praticá-las, elas podem ser úteis para nós.
Se pudermos manter nossas mãos afastadas dos seres vivos,
Se pudermos conscientemente não pronunciar mentiras,
E treinarmos a nós mesmos para fazer as coisas que devemos,
Podemos obter livramento da esfera – duende.
( Samyutta - Nikaya X, 6 )
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Diálogos de Buddha com Yakshis
Buddha certa vez estava próximo de Rajagaha, no Monte do Pico do Abutre. Então uma fada ( yakshi ) chamada Sakka aproximou-se Dele e falou em versos :-
Não é bom, nem adequado que tu, que és
Um frei, que aos laços de todos os tipos
Renunciou, e vive assim emancipado,
Devas passar a vida exortando outras pessoas.
Buddha respondeu :-
Qualquer que seja a causa aparente, Sakka, porque
As pessoas venham a morar juntas, nenhuma adequa-se
Ao caso do sábio. Compaixão move a mente dele.
E se, com a mente assim satisfeita, ele passa
Sua vida instruindo outras pessoas, ele ainda assim
Com isto não enlaça-se de nenhum jeito como em um jugo.
Compaixão move a mente dele e simpatia.
______________
Buddha estava certa vez entre os de Magadha no Templo Manimala, no refúgio da yakshi Manibhadda. Então aquela yakshi aproximou-se de Buddha e diante Dele pronunciou o verso :-
Para alguém com a mente alerta sucesso sempre vem ;
Ele prospera com felicidade ampliada.
Para ele a-manhã é um dia melhor.
E inteiramente de todo ódio ele está liberto.
Buddha respondeu :-
... ( repete-se as três primeiras linhas ) ...
Não inteiramente de todo ódio ele está liberto.
Para ele cuja mente sempre noite e dia
Na inocência, na não violência (a-hinsa) se delicia,
Levando sua parte de amor para tudo que vive,
Nele nenhum ódio é encontrado para com alguém.
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Samyutta Nikaya X,2 e 4 . Cf Jataka 451para as últimas duas linhas.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Mais Yakshis
O cinto largo em jóias que as Yakshis vestem chama mekhala e seria um encanto de vida longa. Reparem que elas apoiam os pés n'árvore e isto significa um ritual em que a mulher precisa tocar àrvore para que ela (árvore) floresça. “A palavra dohada (nome do motivo, o pé n'árvore) significa um desejo latente e àrvore está representada sentindo, como uma mulher, tal desejo, e não podem suas flores se abrirem até que ele seja satisfeito, ( e àrvore seja tocada ). Assim toda a concepção, mesmo nesta última forma como um mero pedaço de retórica, preserva a velha conecção entre árvores, espíritos das árvores e vida humana.” ( pg. 36 )( Coomaraswamy, Ananda, Yakshas ) . Do mesmo modo a mão, braço levantado, lembra a Natividade com MahaMaya segurando no galho de árvore sal. Àrvore abaixa o galho para que MahaMaya o segure ; a Yakshi d'árvore, o espírito da árvore sal como que estende seu braço, galho, para a Mãe de Buddha. Aqui também a concepção unifica os mundos. Clique na imagem para vê-la ampliada.
sábado, 14 de agosto de 2010
Yakshis
Yakshis. Clique na imagem para vê-la ampliada. A melhor maneira de ler as imagens, creio eu, é pensar nos três primeiros dias da criação conforme o Gênesis de Moisés : a planta, vegetação, no terceiro dia, as águas separadas (de cima e de baixo, nuvens e rios, correntes aéreas e marítimas) no segundo e a luz / calor no primeiro. Assim na imagem a planta, vegetação, está lá em cima e as águas estão simbolizadas pelo makara, crocodilo, jacaré, aos pés das Yakshis : Elas mesmas seriam a luz e calor separada no primeiro dia. São três mundos ; segundo velha, antiga, doutrina. Três mundos ao mesmo tempo, simultâneos numa sucessão simbólica.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
414 Buddha e a Yakshi
414
“Quem é que acorda...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a certo irmão-leigo. Era um discípulo que entrou no Primeiro Caminho. Ele partiu por uma estrada na floresta de Savatthi em uma caravana de carros. Em um certo lugar agradável com fonte d'água o líder da caravana desatrelou, desarreiou, os quinhentos carros, carroças e preparando comida, mole e dura, lá fez pousada. Os homens deitaram aqui e lá para dormir. O irmão leigo praticou perambulação ao redor da raiz d'árvore próxima ao líder da caravana. Quinhentos ladrões planejavam assaltar a caravana : com armas variadas nas mãos a cercaram e esperaram. Vendo o irmão leigo em seu perambular, esperavam de pé para começar o saque quando ele fosse deitar. Ele permanecer perambulando e andando por toda a noite. Àurora os ladrões jogaram fora paus e pedras e outras armas que pegaram : saíram dizendo, “Mestre líder da caravana, tens o que te pertence porque foste vivificado devido a este homem que ficou acordado diligentemente : deves honrá-lo.” Os homens da caravana logo levantando-se viram as pedras e paus e outras coisas atiradas fora pelos ladrões e louvaram o irmão leigo, reconhecendo que deviam a vida a ele. O irmão leigo foi para seu destino e fez o seu negócio : depois voltou para Savatthi e dirigiu-se a Jetavana : lá saudou e fez homenagem ao Tathāgata e sentado aos pés dele e com o convite dele para que falasse, ele contou o que ocorrera. O Mestre disse, “Irmão leigo, não apenas você ganhou mérito especial por vigiar e guardar, sábios antigos fizeram o mesmo.” E assim com o pedido do irmão leigo, ele contou uma velha história.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu em uma família brahmin. Quando ele cresceu, aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ) e retornando vivia como dono de casa. Depois de um tempo ele deixou sua casa e tornou-se um asceta : logo alcançou a Faculdade da Meditação [ n. do tr.: Samadhi é Meditação – Yama, Nyama, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi. Estas são as Faculdades.Yama e Nyama são os 5 + 5 Mandamentos ; Asana e Pranayama todo mundo sabe o que é porque aprendeu na Hatha Yoga ; Pratyahara a retirada da mente do corpo de sentidos ; Dharana é a fixação da atenção ; Dhyana é Contemplação.] e vivendo na terra do Himalaia nas posturas em pé e andando apenas, perambulava toda a noite sem dormir. Uma espírita ( espírito fêmea ) que vivia numa árvore ( Yakshi, feminino de Yaksha ), no final do seu lugar de caminhada, ficou agraciada com ele e falou a primeira estrofe, fazendo uma pergunta a ele a partir de um buraco no tronco : -
Quem é que acorda quando outros dormem e dorme quando outros acordam ?
Quem é que pode entender minha charada, quem a isto pode responder ?
O Bodhisatva, escutando a voz da yaksha, falou esta estrofe :-
Sou aquele que vigia enquanto outros dormem e dorme quando outros vigiam.
Sou quem pode responder tua charada e a ti responder.
A espírita fez novamente outra pergunta em outra estrofe :-
Como é que tu vigias enquanto outros dormem e dormes enquanto outros vigiam ?
Como é que lês minha charada, como a isto respondes ?
Ele explicou a questão :-
Algumas pessoas esquecem que virtude é sobriedade severa,
Quando tais dormem, eu estou acordado, Ó espírito d'árvore.
Paixão e vício e ignorância em alguns cessaram de ser ;
Quando tais vigiam então eu durmo, Ó espírito d'árvore.
Então, vigio enquanto outros dormem e durmo enquanto outros vigiam ;
Assim leio tua charada e a ti respondo.
Quando o Grande Ser deu esta resposta, a yakshi, ficou agraciada e falou a última estrofe em louvor dele :-
Bom você vigiar enquanto outros dormem e dormir enquanto outros vigiam ;
Bom você ler minha charada, boa a resposta que deste.
E assim louvando o Bodhisatva, a yakshi entrou em seu domicílio n'árvore.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo, o espírito d'árvore era Uppalavanna, o asceta era eu mesmo.”
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
413 Rei Pasenadi, pastor Dhumakari
Acima Savatthi e abaixo Indraprastha, Índia
413
“O rei reto...etc.” - O Mestre contou este conto(a) enquanto residia em Jetavana, relativo a um favor do rei de Kosala a um estranho. Certa vez, segue a história, não mostrou nenhum agradecimento a seus velhos guerreiros que vieram até ele da maneira usual, mas concedeu honra e hospitalidade a estrangeiros que vieram pela primeira vez. Ele foi brigar numa fronteira perturbada de província : mas seus velhos guerreiros não lutaram, pensando que os que acabavam de chegar sendo favorecidos, fariam isto ; e os novatos não o fizeram, pensando que os velhos guerreiros lutariam. Os rebeldes ganharam. O rei, sabendo que sua derrota era devido ao erro que fez em favorecer os novatos, retornou para Savatthi. Ele resolveu perguntar ao Senhor da Sabedoria se ele foi o único rei derrotado por esta razão : então após a refeição da manhã ele dirigiu-se a Jetavana e colocou a questão ao Mestre. O Mestre respondeu, “Grande Rei, seu caso não é o único : reis anteriores também foram derrotados por causa de favorecimento a novatos,” e assim, com o pedido do rei, ele contou um conto antigo.
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Certa vez na cidade de Indrapatrana, no reino dos Kurus, um rei chamado Dhanañjaya reinava, da raça de Yudhitthila. O Bodhisatva nascera na casa do capelão da família dele. Quando cresceu, aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ). Ele retornou para Indrapatrana e com a morte de seu pai, tornou-se saerdote da família do rei e seu conselheiro nas coisas temporais e espirituais. Seu nome era Vidhurapandita.
Rei Dhanañjaya desconsiderou seus soldados antigos e favoreceu aos novatos. Ele foi lutar numa província com fronteira perturbada : mas nem os guerreiros antigos nem os novatos guerrearam, cada um pensando que o outro partido resolveria o problema. O rei foi derrotado. No seu retorno para Indrapatrana ele considerou que sua derrota foi devida ao favorecimento que ele mostrou aos novatos. Um dia pensou, “Sou o único rei que já foi derrotado por favorecer novatos ou outros anteriormente já tiveram o mesmo destino ? Perguntarei a Vidhurapandita ( n. do tr.: pandita é sábio, sábio Vidhura ).” Então ele colocou a questão à Vidhurapandita quando este veio à recepção na corte do rei.
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O Mestre, declarando a razão de sua questão, falou meia estrofe :
O correto rei Yudhitthila certa vez questionou o sábio Vidhura,
“Brahmin, sabes em que coração solitário descansa tanto amargo sofrer ?”
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Escutando isto, o Bodhisatva disse, “Grande rei, teu sofrer é apenas um sofrer pequeno. No passado, um brahmin pastor de cabras, chamado Dhumakari, tomou um grande rebanho de cabras e fazendo um curral na floresta mantinha-os lá : tinha um fogo / casa e vivia de leite e similares, cuidando de suas cabras. Vendo alguns cervos de pelo dourado que aproximaram-se, gostou deles e desconsiderando suas cabras, prestou a honra devida a elas aos cervos. No outono os cervos foram para o Himalaia : suas cabras estavam mortas e os cervos longe de seus olhos : então de sofrer ele ficou com icterícia e morreu. Ele prestou honrarias aos novatos e pereceu, tendo sofrimento e miséria, cem vezes, mil vezes mais do que tu.” Esclarecendo o exemplo ele disse,
Um brahmin com um rebanho de cabras, da alta raça Vasittha,
Mantinha fogo noite e dia em residência na floresta.
Cheirando a fumaça, uma horda de cervos, atacada por mosquitos, veio
Procurar morada nas chuvas próximo a residência de Dhumakari.
Os cervos ficaram com toda atenção então ; as cabras não receberam cuidado,
Elas vinham e iam sem tomarem conta e assim lá pereceram.
Mas agora os mosquitos deixaram a floresta, o outono clareou de chuvas :
Os cervos devem buscar as alturas das montanhas e nascentes de rios novamente.
O brahmin vê que os cervos foram embora e todas suas cabras estão mortas :
Icterícia o ataca, desgastado pela dor e some toda sua cor.
Assim, aquele que desconsidera o quê é seu e chama 'caro' um estranho,
Como Dhumakari, chora sozinho com muitas lágrimas amargas.
Tal foi a história contada pelo Grande Ser para consolar o rei. O rei foi confortado e agraciado e deu a ele muita riqueza. A partir dali ele favoreceu seu próprio Povo e fazendo obras de caridade e virtude, tornou-se destinado ao céu.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo o rei Kuru era Ananda, Dhumakari era Pasenadi, rei de Kosala e Vidhurapandita era eu mesmo.”
[ Dhananjaya e Yudhisthira são pandavas filhos de Pandu, Vidura o sábio irmão de Pandu em Indraprastha no épico Mahabharata com o qual o Jataka portanto parece dialogar ]
sábado, 24 de julho de 2010
Ajanta, a Grande África, Buddhas Anteriores
As árvores enumeradas abaixo em imagem de Sanchi, Índia, na primeira trave, no alto .
Siddharta Gautama é o último Buddha : houveram outros Buddhas Anteriores que criaram culturas Buddhistas tão grandes quanto. São os Buddhas anteriores :
SaptaBuddha Stotra
adoro Jainendra, o fogo consumidor do sofrimento, o tesouro do conhecimento santo, a quem todos reverenciam, que gerou o mesmo Vipasyi, nascido em poderosa raça de monarcas, na cidade de Bandumasti, que foi por oito mil anos o preceptor de deuses e homens e por quem o grau de Jainendra foi obtido aos pés d'árvore Patala ( Bignonia shaveolus )
adoro Sikhi(n), a mina de sabdoria celeste, o sábio supremo que cruzou os limites do mundo, que nasceu na raça real da grande cidade de Aruna, cuja vida adornada com toda excelência, estendeu-se até setenta mil anos, quem por afeição à humanidade, sabedoria santa foi obtida aos pés da Pundarika (espécie de figo).
adoro Vishwabhu, o amigo do universo, o rei da virtude, que nasceu em Anupama, da raça de ilustres monarcas, cuja vida curou sessenta mil anos e que, tendo triunfado sobre as aflições terrenas, obteve imortalidade aos pés d'árvore Sal ( shorea robusta ).
adoro Krakuchchhanda, o senhor dos Munis, o inigualável Sugata, a fonte da perfeição, que nasceu em Kshemavati, da família de Bramans, reverenciado por reis ; a vida deste tesouro de excelências foi de quarenta mil anos e ele obteve nos pés d'árvore Sirisha ( Acacia sirisa ), o estado de Jitendra, com as armas do conhecimento que aniquila os três mundos.
adoro Kanaka Muni, o sábio e legislador, isento da cegueira das ilusões enganosas, que nasceu na esplêndida pessoa que viveu trinta mil anos. O grau de Buddha foi obtido por ele, magnífico como uma ontanha de gemas preciosas, nos pés d'árvore Udumbara ( Ficus glomerata ).
adoro Kasyapa, o Senhor do mundo, o mais excelente e eminente dos sábios, que nasceu em Benares na família dos brahmans venerado por príncipes ; a vida da sua ilustre fama durou vinte mil anos, e águas dos três mundos secaram com a lâmpada da divina sabedoria, que ele adquiriu nos pés d'árvore Nyagrodha ( Ficus indica ).
adoro Sakya Sinha, o Buddha, descendente do Sol, venerado por deuses e homens que nasceu na esplêndida cidade de Kapilapur, na família do chefe dos Reis Sakya, cuja vida amiga de todo mundo durou cem anos. Tendo rapidamente dominado desejo, sabedoria sem laços adquiriu aos pés d'árvore Aswattha ( Ficus religiosa, Pipal ).
Estes são os Buddhas antes do Buddha Siddharta Gautama que deles segue o conhecimento sendo Siddharta o último Buddha. Estende-se em um passado longínquo o Buddhismo.
Os casais embaixo são figuras auspiciosas comum no design antigo. Cada casal numa situação diferente.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
412 Sariputra Rei Roc
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412
“Carrego comigo..etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a censura ao pecado. O incidente que leva a história, como o do jataka 370, é desconhecido (parece contudo ser aquele em que os quinhentos cavaleiros são reunidos à noite). Nesta ocasião o Mestre, percebendo os quinhentos Irmãos tomados pelos pensamentos de desejos na Casa de Calçada Dourada, reunindo àssembleia disse, “Irmãos, é certo desconfiar onde a desconfiança é apropriada ; pecados cercam as pessoas como banians e plantas tais crescem cercando uma árvore : deste velho modo, um espírito habitando o topo de um algodoeiro viu um pássaro evacuando sementes de banian que comera, entre os galhos do algodoeiro e ficou aterrorizado que sua residência com isto pudesse ser destruída :” e assim contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva era um espírito d'árvore habitando o topo de um algodoeiro. Um rei dos rocs ( pássaro mítico ) assumiu uma forma de cento e cinquenta léguas em extensão e dividindo àgua no grande oceano com o bater de suas asas, pegou pelo rabo um rei das serpentes com mil braças de extensão, e fazendo a serpente expelir o quê havia apanhado com a boca, voou por sobre os topos das árvores em direção ao algodoeiro. O rei serpente pensou, “Farei com que ele me largue e me deixe ir,” e assim prendeu sua crista em uma árvore banian e enrolou-se firmemente nela. Devido à força do rei-roc e ao grande tamanho do rei serpente, a banian foi desenraizada. O rei serpente contudo não largaria a árvore banian. O rei roc levando o rei serpente, árvore banian e tudo, para o algodoeiro, deixou-os no tronco, abriu sua boca e barriga e comeu a gordura. Depois ele atirou o resto da carcaça no mar. Bem, naquela banian havia um certo pássaro, que voou quando a banian foi jogada fora e pousou em um dos galhos altos do algodoeiro. O espírito d'árvore vendo o pássaro teve um choque e tremeu de medo pensando, “Este pássaro vai evacuar no meu tronco : um broto de banian ou de figo surgirá e se espalhará por toda a minha árvore : e assim minha casa será destruída.” Àrvore teve um choque até as raízes com o tremor do espírito. O rei roc percebeu o tremor e falou duas estrofes questionando a razão :-
Carrego comigo o rei serpente extenso mil braças :
Seu tamanho mais minha pesada massa tu suportaste sem estremecer.
Mas agora esta ave mínima tu amparas, bem pequena comparada comigo :
E tremes de medo apreensivo ; por quê, algodoeiro ?
A deidade falou quatro estrofes explicando a razão :-
Carne é tua comida, Ó rei : a da ave é fruta :
Sementes de banian e de figo ela lançará
E de árvore bo também e todo meu tronco poluirá ;
Crescerão árvores na proteção do meu caule,
E deixarei de ser árvore, assim escondida por elas.
Outras árvores, antes fortes de raiz e ricas em galhos, claramente mostram
Como as sementes que pássaros carregam destroem-nas até embaixo.
Plantas parasitas cobrirão mesmo a árvore poderosa da floresta :
Por isto, Ó rei, estremeci quando vi temeroso o que viria.
Escutando as palavras do espírito d'árvore, o rei roc falou a estrofe final :-
Temer é certo se a coisa é temível : contra o perigo que advém, guarda :
Sábios olham em ambos os mundos calmamente se apresentam temores, descarta.
Assim falando, o rei roc com seu poder enviou o pássaro para fora d'árvore.
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Após a lição, o Mestre declarou as Verdades, começando com as palavras : “é certo desconfiar quando desconfiança é apropriada,” e identificou o Jataka :- após as Verdades os quinhentos Irmãos foram estabelecidos na Santidade :- “Naquele tempo Sariputra era o rei roc e eu mesmo o espírito d'árvore.”
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