quarta-feira, 2 de julho de 2008

145 Buddha Papagaio



 ( Pintura de teto de Ajanta vihara buddhista construída por Arhat Acharya ) 

145
Quantos mais...etc.” - Esta história foi contada pelo Mestre enquanto em Jetavana sobre ansiar pela esposa da vida mundana. Os incidentes da história introdutória serão contados no Jataka 423.

O Mestre falou assim ao Irmão, “É impossível guardar uma mulher ; nenhuma guarda pode manter uma mulher no caminho reto. Você mesmo em dias idos descobriste que toda sua guarda era inútil ; e como podes agora esperar ter sucesso ?”

E assim falando, ele contou esta história do passado.


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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu papagaio. Um certa brahmin do país Kasi era como um pai para ele e seu irmão mais moço, tratando-os como se seus filhos fossem. Potthapada era o nome do Bodhisatva e Radha o de seu irmão.

Bem, o brahmin tinha uma esposa má impudente. E quando ele deixava a casa a negócio, dizia aos dois irmãos, “Se sua mãe, minha esposa, pensar em ser levada, pare ela.” “A impediremos, pai,” disse o Bodhisatva, “se pudermos ; mas se não pudermos manteremos a paz.”

Tendo assim confiado sua esposa ao encargo dos papagaios, o brahmin partiu à negócios. Todo dia a partir daí ela errava ; não havia fim para a corrente de amantes que entravam e saíam da casa. Movidos por esta visão, Radha diz ao Bodhisatva, “Irmão, a injunção na partida [dada] por nosso pai era de parar qualquer ato errado por parte da esposa dele e agora ela só faz errar. Vamos impedí-la.” “Irmão,” disse o Bodhisatva, “tuas palavras são palavras loucas. Podes carregar no colo uma mulher e ainda assim ela não estar guardada. Não tente o impossível.” E falando ele pronunciou esta estrofe:-

Quantos mais trará a meia-noite ? Teu plano
É vão. Nada a não ser amor de esposa, curvaria
A luxúria dela ; e amor de esposa é o quê falta!

E por estas razões dadas, o Bodhisatva não permitiu que seu irmão falasse com a esposa do brahmin, que continuou a vadiar até contentar coração durante a ausência do marido. Ele voltando, o brahmin perguntou a Potthapada sobre a conduta da esposa e o Bodhisatva relatou fielmente o quê acontecera.

Por quê, pai,” ele disse, “deverias ter ainda algo a ver com tal mulher má ?” E adicionou estas palavras, -”Meu pai, agora que relatei a fraqueza de minha mãe, não podemos morar mais aqui.” Dizendo isto, inclinou-se aos pés do brahmin e voou para a floresta com Radha.

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Sua lição terminada, o Mestre ensinou as Quatro Verdades no final das quais o Irmão que ansiava pela esposa mundana (do mundo, do século) foi estabelecido na fruição do primeiro Caminho.

Este esposo e esposa,” disse o Mestre, “eram o brahmin e sua esposa daqueles dias, Ananda era Radha e eu mesmo Potthapada.”




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