sábado, 28 de agosto de 2010

[ Campanha política ]


Como vcs podem ver à direita embaixo a ilustra pertence ao ilustre sr. Angeli e foi publicada no jornal que tem a sra. Cristina Frias como musa inspiradora. Clique na imagem para vê-la ampliada. O petróleo do pré-sal não pertence à Petrobrás mais sim ao Povo (elite, o Povo é a elite) . O petróleo não pode ser apenas de alguns acionistas. Podia ter a imagem de Dilma Maravilha com seu laço da verdade fazendo as pessoas falarem o que querem esconder.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais Yakshi que fala





O venerável Anuruddha estava certa vez próximo a Savatthi em Jeta Vana no Parque de Anathapindika.
Naquela ocasião o venerável Anuruddha, levantando-se quando a noite elevou-se, recitou sentenças de doutrina ( versos do Dharmapada ; ele formou um comitê de 21 membros para considerar interpretações do texto provavelmente após o Parinirvana de Buddha). E a yakshi, conhecida como a mãe de Piyankara, silenciou seu pequeno garoto ( Saindo da parte oeste do Bosque, ela com o menino no colo veio inesperadamente para o estabelecimento, àrea coberta, e escutou a doce voz no vihara, mosteiro. Com o coração cortado e atingida até a medula, ela ficou de pé como um poste enquanto a criança choramingava por comida ) , dizendo :-

Shsh ( Hush ) ! não faz barulho, Piyankara,
O frei está falando palavras sacras.
Se pudermos escutar e aprender estas palavras santas
E praticá-las, elas podem ser úteis para nós.
Se pudermos manter nossas mãos afastadas dos seres vivos,
Se pudermos conscientemente não pronunciar mentiras,
E treinarmos a nós mesmos para fazer as coisas que devemos,
Podemos obter livramento da esfera – duende.

( Samyutta - Nikaya X, 6 )

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Diálogos de Buddha com Yakshis




Buddha certa vez estava próximo de Rajagaha, no Monte do Pico do Abutre. Então uma fada ( yakshi ) chamada Sakka aproximou-se Dele e falou em versos :-

Não é bom, nem adequado que tu, que és
Um frei, que aos laços de todos os tipos
Renunciou, e vive assim emancipado,
Devas passar a vida exortando outras pessoas.

Buddha respondeu :-

Qualquer que seja a causa aparente, Sakka, porque
As pessoas venham a morar juntas, nenhuma adequa-se
Ao caso do sábio. Compaixão move a mente dele.
E se, com a mente assim satisfeita, ele passa
Sua vida instruindo outras pessoas, ele ainda assim
Com isto não enlaça-se de nenhum jeito como em um jugo.
Compaixão move a mente dele e simpatia.
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Buddha estava certa vez entre os de Magadha no Templo Manimala, no refúgio da yakshi Manibhadda. Então aquela yakshi aproximou-se de Buddha e diante Dele pronunciou o verso :-
Para alguém com a mente alerta sucesso sempre vem ;
Ele prospera com felicidade ampliada.
Para ele a-manhã é um dia melhor.
E inteiramente de todo ódio ele está liberto.

Buddha respondeu :-

... ( repete-se as três primeiras linhas ) ...
Não inteiramente de todo ódio ele está liberto.
Para ele cuja mente sempre noite e dia
Na inocência, na não violência (a-hinsa) se delicia,
Levando sua parte de amor para tudo que vive,
Nele nenhum ódio é encontrado para com alguém.
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Samyutta Nikaya X,2 e 4 . Cf Jataka 451para as últimas duas linhas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mais Yakshis














O cinto largo em jóias que as Yakshis vestem chama mekhala e seria um encanto de vida longa. Reparem que elas apoiam os pés n'árvore e isto significa um ritual em que a mulher precisa tocar àrvore para que ela (árvore) floresça. “A palavra dohada (nome do motivo, o pé n'árvore) significa um desejo latente e àrvore está representada sentindo, como uma mulher, tal desejo, e não podem suas flores se abrirem até que ele seja satisfeito, ( e àrvore seja tocada ). Assim toda a concepção, mesmo nesta última forma como um mero pedaço de retórica, preserva a velha conecção entre árvores, espíritos das árvores e vida humana.” ( pg. 36 )( Coomaraswamy, Ananda, Yakshas ) . Do mesmo modo a mão, braço levantado, lembra a Natividade com MahaMaya segurando no galho de árvore sal. Àrvore abaixa o galho para que MahaMaya o segure ; a Yakshi d'árvore, o espírito da árvore sal como que estende seu braço, galho, para a Mãe de Buddha. Aqui também a concepção unifica os mundos. Clique na imagem para vê-la ampliada.

sábado, 14 de agosto de 2010

Yakshis

Yakshis. Clique na imagem para vê-la ampliada. A melhor maneira de ler as imagens, creio eu, é pensar nos três primeiros dias da criação conforme o Gênesis de Moisés : a planta, vegetação, no terceiro dia, as águas separadas (de cima e de baixo, nuvens e rios, correntes aéreas e marítimas) no segundo e a luz / calor no primeiro. Assim na imagem a planta, vegetação, está lá em cima e as águas estão simbolizadas pelo makara, crocodilo, jacaré, aos pés das Yakshis : Elas mesmas seriam a luz e calor separada no primeiro dia. São três mundos ; segundo velha, antiga, doutrina. Três mundos ao mesmo tempo, simultâneos numa sucessão simbólica.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

414 Buddha e a Yakshi






414
“Quem é que acorda...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a certo irmão-leigo. Era um discípulo que entrou no Primeiro Caminho. Ele partiu por uma estrada na floresta de Savatthi em uma caravana de carros. Em um certo lugar agradável com fonte d'água o líder da caravana desatrelou, desarreiou, os quinhentos carros, carroças e preparando comida, mole e dura, lá fez pousada. Os homens deitaram aqui e lá para dormir. O irmão leigo praticou perambulação ao redor da raiz d'árvore próxima ao líder da caravana. Quinhentos ladrões planejavam assaltar a caravana : com armas variadas nas mãos a cercaram e esperaram. Vendo o irmão leigo em seu perambular, esperavam de pé para começar o saque quando ele fosse deitar. Ele permanecer perambulando e andando por toda a noite. Àurora os ladrões jogaram fora paus e pedras e outras armas que pegaram : saíram dizendo, “Mestre líder da caravana, tens o que te pertence porque foste vivificado devido a este homem que ficou acordado diligentemente : deves honrá-lo.” Os homens da caravana logo levantando-se viram as pedras e paus e outras coisas atiradas fora pelos ladrões e louvaram o irmão leigo, reconhecendo que deviam a vida a ele. O irmão leigo foi para seu destino e fez o seu negócio : depois voltou para Savatthi e dirigiu-se a Jetavana : lá saudou e fez homenagem ao Tathāgata e sentado aos pés dele e com o convite dele para que falasse, ele contou o que ocorrera. O Mestre disse, “Irmão leigo, não apenas você ganhou mérito especial por vigiar e guardar, sábios antigos fizeram o mesmo.” E assim com o pedido do irmão leigo, ele contou uma velha história.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva nasceu em uma família brahmin. Quando ele cresceu, aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ) e retornando vivia como dono de casa. Depois de um tempo ele deixou sua casa e tornou-se um asceta : logo alcançou a Faculdade da Meditação [ n. do tr.: Samadhi é Meditação – Yama, Nyama, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi. Estas são as Faculdades.Yama e Nyama são os 5 + 5 Mandamentos ; Asana e Pranayama todo mundo sabe o que é porque aprendeu na Hatha Yoga ; Pratyahara a retirada da mente do corpo de sentidos ; Dharana é a fixação da atenção ; Dhyana é Contemplação.] e vivendo na terra do Himalaia nas posturas em pé e andando apenas, perambulava toda a noite sem dormir. Uma espírita ( espírito fêmea ) que vivia numa árvore ( Yakshi, feminino de Yaksha ), no final do seu lugar de caminhada, ficou agraciada com ele e falou a primeira estrofe, fazendo uma pergunta a ele a partir de um buraco no tronco : -

Quem é que acorda quando outros dormem e dorme quando outros acordam ?
Quem é que pode entender minha charada, quem a isto pode responder ?

O Bodhisatva, escutando a voz da yaksha, falou esta estrofe :-

Sou aquele que vigia enquanto outros dormem e dorme quando outros vigiam.
Sou quem pode responder tua charada e a ti responder.

A espírita fez novamente outra pergunta em outra estrofe :-

Como é que tu vigias enquanto outros dormem e dormes enquanto outros vigiam ?
Como é que lês minha charada, como a isto respondes ?

Ele explicou a questão :-

Algumas pessoas esquecem que virtude é sobriedade severa,
Quando tais dormem, eu estou acordado, Ó espírito d'árvore.

Paixão e vício e ignorância em alguns cessaram de ser ;
Quando tais vigiam então eu durmo, Ó espírito d'árvore.

Então, vigio enquanto outros dormem e durmo enquanto outros vigiam ;
Assim leio tua charada e a ti respondo.

Quando o Grande Ser deu esta resposta, a yakshi, ficou agraciada e falou a última estrofe em louvor dele :-

Bom você vigiar enquanto outros dormem e dormir enquanto outros vigiam ;
Bom você ler minha charada, boa a resposta que deste.

E assim louvando o Bodhisatva, a yakshi entrou em seu domicílio n'árvore.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo, o espírito d'árvore era Uppalavanna, o asceta era eu mesmo.”





sexta-feira, 6 de agosto de 2010

413 Rei Pasenadi, pastor Dhumakari




                       Acima Savatthi e abaixo Indraprastha, Índia

413
“O rei reto...etc.” - O Mestre contou este conto(a) enquanto residia em Jetavana, relativo a um favor do rei de Kosala a um estranho. Certa vez, segue a história, não mostrou nenhum agradecimento a seus velhos guerreiros que vieram até ele da maneira usual, mas concedeu honra e hospitalidade a estrangeiros que vieram pela primeira vez. Ele foi brigar numa fronteira perturbada de província : mas seus velhos guerreiros não lutaram, pensando que os que acabavam de chegar sendo favorecidos, fariam isto ; e os novatos não o fizeram, pensando que os velhos guerreiros lutariam. Os rebeldes ganharam. O rei, sabendo que sua derrota era devido ao erro que fez em favorecer os novatos, retornou para Savatthi. Ele resolveu perguntar ao Senhor da Sabedoria se ele foi o único rei derrotado por esta razão : então após a refeição da manhã ele dirigiu-se a Jetavana e colocou a questão ao Mestre. O Mestre respondeu, “Grande Rei, seu caso não é o único : reis anteriores também foram derrotados por causa de favorecimento a novatos,” e assim, com o pedido do rei, ele contou um conto antigo.
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Certa vez na cidade de Indrapatrana, no reino dos Kurus, um rei chamado Dhanañjaya reinava, da raça de Yudhitthila. O Bodhisatva nascera na casa do capelão da família dele. Quando cresceu, aprendeu todas as artes em Takkasila ( Taxila ). Ele retornou para Indrapatrana e com a morte de seu pai, tornou-se saerdote da família do rei e seu conselheiro nas coisas temporais e espirituais. Seu nome era Vidhurapandita.
Rei Dhanañjaya desconsiderou seus soldados antigos e favoreceu aos novatos. Ele foi lutar numa província com fronteira perturbada : mas nem os guerreiros antigos nem os novatos guerrearam, cada um pensando que o outro partido resolveria o problema. O rei foi derrotado. No seu retorno para Indrapatrana ele considerou que sua derrota foi devida ao favorecimento que ele mostrou aos novatos. Um dia pensou, “Sou o único rei que já foi derrotado por favorecer novatos ou outros anteriormente já tiveram o mesmo destino ? Perguntarei a Vidhurapandita ( n. do tr.: pandita é sábio, sábio Vidhura ).” Então ele colocou a questão à Vidhurapandita quando este veio à recepção na corte do rei.
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O Mestre, declarando a razão de sua questão, falou meia estrofe :

O correto rei Yudhitthila certa vez questionou o sábio Vidhura,
“Brahmin, sabes em que coração solitário descansa tanto amargo sofrer ?”
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Escutando isto, o Bodhisatva disse, “Grande rei, teu sofrer é apenas um sofrer pequeno. No passado, um brahmin pastor de cabras, chamado Dhumakari, tomou um grande rebanho de cabras e fazendo um curral na floresta mantinha-os lá : tinha um fogo / casa e vivia de leite e similares, cuidando de suas cabras. Vendo alguns cervos de pelo dourado que aproximaram-se, gostou deles e desconsiderando suas cabras, prestou a honra devida a elas aos cervos. No outono os cervos foram para o Himalaia : suas cabras estavam mortas e os cervos longe de seus olhos : então de sofrer ele ficou com icterícia e morreu. Ele prestou honrarias aos novatos e pereceu, tendo sofrimento e miséria, cem vezes, mil vezes mais do que tu.” Esclarecendo o exemplo ele disse,

Um brahmin com um rebanho de cabras, da alta raça Vasittha,
Mantinha fogo noite e dia em residência na floresta.

Cheirando a fumaça, uma horda de cervos, atacada por mosquitos, veio
Procurar morada nas chuvas próximo a residência de Dhumakari.

Os cervos ficaram com toda atenção então ; as cabras não receberam cuidado,
Elas vinham e iam sem tomarem conta e assim lá pereceram.

Mas agora os mosquitos deixaram a floresta, o outono clareou de chuvas :
Os cervos devem buscar as alturas das montanhas e nascentes de rios novamente.

O brahmin vê que os cervos foram embora e todas suas cabras estão mortas :
Icterícia o ataca, desgastado pela dor e some toda sua cor.

Assim, aquele que desconsidera o quê é seu e chama 'caro' um estranho,
Como Dhumakari, chora sozinho com muitas lágrimas amargas.

Tal foi a história contada pelo Grande Ser para consolar o rei. O rei foi confortado e agraciado e deu a ele muita riqueza. A partir dali ele favoreceu seu próprio Povo e fazendo obras de caridade e virtude, tornou-se destinado ao céu.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo o rei Kuru era Ananda, Dhumakari era Pasenadi, rei de Kosala e Vidhurapandita era eu mesmo.”

 [ Dhananjaya e Yudhisthira são pandavas filhos de Pandu, Vidura o sábio irmão de Pandu em Indraprastha no épico Mahabharata  com o qual o Jataka portanto parece dialogar ]