segunda-feira, 8 de março de 2010

400 Buddha espírito d'árvore


-->


400
Amigo Anutiracari...etc.” - O Mestre contou isto enquanto residia em Jetavana, relativo a Upananda, da tribo Sakya. Ele ordenou-se na fé mas afastou-se das virtudes do contentamento e do resto tornando-se muito ganancioso. No começo das chuvas ele tentou dois ou três mosteiros, deixando em um parassol ou um sapato, em outro bengala ou cuia e habitava em um terceiro. No começo das chuvas ele estava em um mosteiro do campo e falando, “Os Irmãos devem viver em contentamento,” explicava aos Irmãos, como se estivesse fazendo a lua subir no céu, o caminho para o nobre estado de contentamento, louvando satisfação com o apenas necessário. Escutando-o os Irmãos largaram suas roupas e potes agradáveis, arranjando tigelas de argila e roupas de farrapos e trapos. Ele guardou o quê era dos outros em seu próprio alojamento e quando as chuvas e o festival pavarana terminaram, encheu um carreto e foi para Jetavana. No caminho, por trás de um mosteiro na floresta, envolvendo os pés com trepadeiras e dizendo, “Certamente, algo pode ser arranjado aqui,” ele entra no mosteiro. Dois antigos Irmãos passaram as chuvas lá : eles tinham dois mantos grosseiros e um fino cobertor, e, como não conseguiam dividí-los, ficaram contentes de vê-lo, pensando, “Este Ancião os partilhará entre nós,” e disseram, “Senhor, não conseguimos dividir estas roupas para época das chuvas ; ficamos disputando-as, divida-as você entre nós.” Ele consentiu e entregando os dois mantos grosseiros a eles, apanhou o cobertor fino, dizendo, “Isto cabe a mim que conheço as regras da disciplina,” e saiu fora. Estes Anciãos, que gostavam do cobertor, foram com ele para Jetavana, e contaram o caso para os Irmãos que conheciam as regras, dizendo, “É correto aqueles que conhecem a regra, devorar pilhando assim ?” Os Irmãos vendo a pilha de vestes e tigelas trazidas pelo Ancião Upananda, disseram, “Senhor, tens grande mérito, ganhaste muita comida e vestimenta.” Ele disse, “Senhores, onde está meu mérito ? Ganhei isto de tal e tal modo,” contando tudo a eles. No Salão da Verdade levantaram uma conversa, dizendo, “Senhores, Upananda, da tribo Sakya, é muito ganancioso e cobiçoso.” O Mestre, entendendo o assunto, disse, “Irmãos, os atos de Upananda não estão adequados ao progresso ; quando um Irmão explica o progredir a outro, ele deve primeiro agir de acordo ele mesmo e então pregar aos outros.”

Estabeleça a si mesmo primeiro em propriedade,
Depois ensine ; o sábio não busca auto-satisfação.

Com esta estrofe do Dhammapada ele apresentou a lei e disse, “Irmãos, Upananda não é ganancioso pela primeira vez ; ele o foi antes e antes saqueou a propriedade de outros” : e assim contou um conto(a) antigo.

_____________________

Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva era um espírito d'árvore à margem de um rio. Um chacal, chamado Mayavi, tomou uma esposa e vivia em um lugar nesta margem de rio. Um dia sua companheira disse a ele, “Marido, uma vontade me atinge : desejo comer um peixe rohita fresco.” Ele disse, “Fique tranquila, o trarei para ti,” e seguindo o rio ele envolveu as patas em trepadeiras e caminhava pela margem. Naquele momento, duas lontras, Gambhiracari e Anutiracari, estavam em pé na margem procurando peixe. Gambhiracari viu um grande peixe rohita e entrando n'água com um pulo, pegou o peixe pelo rabo. O peixe era forte e continuou arrastando-o. Ele chamou o outro, “Este grande peixe será suficiente para nós dois, venha e me ajude,” falando a primeira estrofe :-

Amigo Anutiracari, corra em minha ajuda, prego :
Apanhei um grande peixe : mas ele me arrasta com força.

Escutando isto, o outro falou a segunda estrofe :-

Gambhiracari, sorte tua ! Tua empunhadura ser firme e resistente,
E como um condor levantaria uma serpente, jogarei para fora o indivíduo.

Então os dois juntos jogaram para fora o peixe rohita, deixando-o no chão e matando-o : mas diziam um ao outro, “Você o divide,” discutiam e não conseguiam dividí-lo : e assim, sentados, pararam. Naquele momento o chacal chegou no lugar. Vendo-o, ambos o saudaram e disseram, “Senhor da grei dos cinzas, este peixe foi apanhado por nós dois juntos : uma disputa surgiu porque não conseguimos dividí-lo : faças tu uma divisão justa partindo-o,” falando a terceira estrofe :-

Uma disputa surgiu entre nós, observe ! Ó tu de cor cinza,
Que nossa querela, honrado senhor, seja apaziguada por ti.

O chacal escutando-os, disse, declarando sua própria força :-

Já arbitrei muitos casos e fi-lo pacificamente :
Que vossa querela, honrados senhores, seja apaziguada por mim.

Tendo dito esta estrofe e feito a partilha, falou outra estrofe :-

Rabo, Anutiracari ; cabeça, Gambhiracari :
O meio ao árbitro propriamente será pago.

Então assim dividindo o peixe, disse, “Vocês comam cabeça e rabo sem brigar,” e apanhando a porção do meio com a boca, saiu correndo embora diante dos olhos deles. Eles sentaram tristes, como se tivessem perdidos mil dinheiros e falaram a sexta estrofe :-

Não fora nossa briga, ele nos teria sido suficiente sem falha :
Mas agora o chacal pegou o peixe e nos deixou cabeça e rabo.

O chacal ficou feliz e pensando “Agora darei a minha esposa peixe rohita para comer,” foi até ela. Ela o viu vindo e saudando-o falou a estrofe :-

Como um rei fica feliz em unir um reino à sua lei,
Do mesmo modo estou feliz ho-je vendo meu senhor com sua boca cheia.

Então ela questionou-o sobre os meios da consecução, falando uma estrofe :-

Como, ser terrestre, conseguiste d'água apanhar um peixe ?
Como realizaste o feito, meu senhor ? prego responda o que desejo.

O chacal, explicando os meios a ela, falou a próxima estrofe :-

Pela disputa veio a fraqueza deles, pela disputa seus meios decaíram :
Pela disputa as lontras perderam seu prêmio : Mayavi, come a presa.

Há ainda outra estrofe pronunciada pela Perfeita Sabedoria de Buddha :-

Do mesmo modo quando disputa surge entre as pessoas,
Buscam um árbitro : o tornam líder :
Seus bens decaem e os cofres do rei ganham.

____________________

Após a lição, o Mestre declarou as Verdades e identificou o Jataka :- “Naquele tempo o chacal era Upananda, as lontras os dois homens idosos, o espírito d'árvore que testemunhou a causa era eu mesmo.”

Nenhum comentário: