sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

388 Buddha Porco pregando alto











                 Imagem de Vishnu Vahara, Javali, em Khajuharo, Índia. O Javali então teria levantado os três vedas de enterrados que estavam, levantado com as presas os três vedas que afundavam. 

388
Algo estranho ho-je...etc.” - O Mestre contou esta história enquanto residia em Jetavana relativa a um Irmão que temia a morte. Ele nasceu em Sāvatthi em boa família e foi ordenado na Fé: mas temia a morte e quando escutava um mover de folha, ou um cair de galho ou um piar de pássaro ou de uma besta qualquer, aterrorizava-se com medo da morte, e fugia como uma lebre ferida na barriga. Os Irmãos no Salão da Verdade começaram a discutir o caso dizendo, “Senhores, dizem que um certo Irmão, temendo a morte, corre agitado quando escuta mesmo um pequeno som : bem , para seres neste mundo morte é certa, vida incerta, e deve isto ser sabiamente comportado na mente?” O Mestre os encontra neste tema e que o Irmão admitido temia a morte : então ele disse, “Irmãos, ele não está com medo da morte pela primeira vez,” e assim contou um conto antigo.
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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares ( Varanasi ), o Bodhisatva foi concebido por uma porca selvagem : no tempo devido ela concebeu dois bacurinhos machos. Um dia ela os levou a um fosso e lá deitou. Uma velha da vila no portão de Benares estava voltando para casa com uma cesta cheia de algodão colhido no campo de algodão e batia o chão com sua bengala. A porca escutando o som com medo da morte deixou os bacurinhos e correu. A velha vendo-os, e gostando deles como filhos dela, colocou-os na cesta e levou-os para casa : então ela chamou o mais velho de Mahātundila ( grande focinho ) e o mais jovem Cullatundila ( pequeno focinho ) , e deles cuidou como filhos. Com o tempo cresceram e ficaram gordos. Quando à velha perguntada de vendê-los por dinheiro, respondeu, “Eles são meus filhos,” e não vendia-os. Em certa festa bêbados lúbricos quando ficaram sem carne congitavam onde conseguir carne : e descobrindo que haviam porcos na casa da velha, pegaram dinheiro e indo lá, disseram, “Mãe, pegue este dinheiro e dê-nos os porcos.” Ela disse, “Chega, jovens : há alguém que venda seus filhos para compradores comerem suas carnes ?” e assim recusava-os. Os bêbados disseram, “Mãe, porcos não podem ser filhos de gente, dê-nos” : mas não conseguiram por mais que pedissem de novo e de novo. Então eles fizeram a velha ficar bêbada e quando ela estava bêbada disseram, “Mãe, o que a senhora fará com os porcos ? pegue o dinheiro e gaste-o,” eles colocando moedas de dinheiro na mão dela. Ela pegou as moedas dizendo, “Não posso dar Mahātundila, leve Cullatundila.” “Onde ele está?” “Lá está ele, naquele arbusto.” “Chame-o.” “Não vejo comida para ele.” Os bêbados foram comprar arroz. A velha pegou-o e enchendo a manjedoura dos porcos que ficava à porta esperou por ele. Trinta bêbados estavam do lado com laços às mãos. A velha chamou-o, “Venha, pequeno Cullatundila, venha.” Mahātundila escutando pensou, “Todo este tempo a mãe nunca chamou Cullatundila primeiro, sempre me chama primeiro; certamente algum perigo nos surge ho-je.” Ele disse ao irmão mais novo, “Irmão, a mãe te chama, vá e veja.” Ele foi, e vendo-os parados junto à manjedoura pensou, “Morte chega sobre mim ho-je,” e então com medo da morte voltou tremendo para o irmão; e quando ele voltou ele não podia se conter e tremia de medo. Mahātundila vendo-o disse, “Irmão, estais tremendo ho-je e olhando a saída: o que houve ?” Ele explicando o quê tinha visto falou a primeira estrofe:-

Algo estranho ho-je temo:
A manjedoura está cheia e a patroa de lado;
Homens, laços às mãos, estão perto:
Comer parece um risco.

Então o Bodhisatva escutando disse, “Irmão Culatundila, o propósito pelo qual minha mãe alimentou porcos todo este tempo ho-je preencheu-se : não chore,” e então com voz doce e simples de um Buda expôs a lei e falou duas estrofes:-

Você teme, e busca ajuda, e treme,
Mas, desamparado, para onde fugirás?
Fomos engordados por causa de nossa carne :
Coma Tundila, e com alegria.

Mergulhe corajoso poço cristalino,
Tire toda sujeira suor:
Verás que nossa unção é maravilhosa,
Cuja fragrância nunca decai.

Enquanto ele dissertava sobre as Dez Perfeições, estabelecendo a Perfeição do Amor como seu guia, e falando a primeira linha, sua voz alcançou e extendeu-se até Benares por até vinte quilômetros. No instante em que a escutaram o povo de Benares de rei a vicerei pra baixo vieram, e aqueles que não vieram ficaram escutando em casa. Os homens do rei quebraram o arbusto e nivelaram o chão com areia. A bebedeira deixou os bêbados, e largando os laços ficaram escutando a lei : e a bebedeira deixou a velha também. O Bodhisatva começou a pregar a lei a Cullatundila diante da multidão.
Cullatundila escutando-o, pensou, “Meu irmão diz para mim: mas nunca foi nosso comportamento mergulhar no poço, e banhando tirar suor sujo e depois ungir-se : por quê meu irmão me diz isto?” E então falou a quarta estrofe:-

Mas que é este poço cristalino,
E que sujeira de suor, prego?
E que unção maravilhosa,
Cuja fragrância não decai?

O Bodhisatva escutando disse, “Então escute com ouvido atento,” e expondo a lei com a simplicidade de Buddha falou estas estrofes:-

A lei é o belo poço cristalino,
Pecado o suor sujo, dizem:
Virtude a unção maravilhosa,
Cuja fragrância não decai.

Pessoas que perdem a vida são felizes,
Pessoas que a mantém sentem-se incomodados:
Pessoas devem morrer e não entristecerem-se,
Como numa alegria de festa de meio de mês.

Assim o Grande Ser expôs a lei em voz doce com encanto de Buddha. A multidão de milhares estalava os dedos e balançava as roupas, e o ar estava cheio de gritos, “Bom, bom.” O rei de Benares honrou o Bodhisatva com lugar real, e glorificou a velha, fez os dois porcos serem banhados em água perfumada e vestidos de roupas, e ornados com jóias no pescoço, e os colocou na posição de filhos na cidade : e os guardou com um grande cortejo. O Bodhisatva deu os cinco preceitos ao rei, e todos os habitantes de Benares e Kāsi mantiveram os preceitos. O Bodhisatva pregou a lei a eles nos dias santos (luas cheia e nova), e sentado para julgar decidiu causas : enquanto viveu lá não houve queixas de decisões injustas. Depois o rei morreu. O Bodhisatva fez as últimas honras ao corpo : então fez um livro de julgamentos ser escrito e disse, “Observando este livro vocês estabelecerão processos” : então expondo a Lei às pessoas e pregando com zelo, foi para a floresta com Cullatundila enquanto todos choravam e se lamentavam. Assim a pregação do Bodhisatva durou por sessenta mil anos.
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Após a lição, o Mestre declarou as Verdades e identificou o jātaka:- ao fim das Verdades o Irmão que temia a morte foi estabelecido na fruição do primeiro Caminho:- “Naqueles dias o rei era Ananda, Cullatundila era o Irmão que temia a morte, a multidão era a Congregação, Mahātundila eu mesmo.””

  As dez perfeições cf https://vidasdebuddha.blogspot.com.br/2017/12/buddha-sumedha-as-dez-perfeicoes.html







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