segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

473 Buddha conselheiro




473
Como pode o sábio...etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana sobre um cortesão justo e íntegro do rei de Kosala.
Este homem, dizem, era muito útil ao rei e por isto o rei o concedeu grande honra. Os outros cortesãos sendo incapazes de engulí-lo, o acusaram diante do rei de ter feito coisas para ferí-lo. O rei o inquiriu e não descobrindo nele nenhuma falta, pensou, “Não vejo nenhuma falta neste homem ; como posso saber se ele é amigo ou inimigo ?” E pensou, “Ninguém a não ser o Tathagata será capaz de decidir esta questão ; irei a ele e perguntarei.” Então após o desjejum visitou o Mestre e disse, “Como pode alguém dizer, Senhor, se uma pessoa é amiga ou inimiga ?” O Mestre então respondeu, “Sábios antigos, Ó rei, ponderaram este problema e questionaram o sábio sobre isto e seguindo o conselho deles, descobriram a verdade e afastando-se dos inimigos prestaram atenção a seus amigos.” Isto dito, com o pedido do outro, contou uma história do passado.

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Certa vez, quando Brahmadatra era rei de Benares, o Bodhisatva era um cortesão que o aconselhava em coisas temporais e espirituais. Naquele tempo, o resto insultava um certo cortesão que era correto. O rei não vendo nenhuma falta nele, perguntou ao Grande Ser, “Em quê pode alguém chamar outro de amigo ou inimigo ?” repetindo a primeira estrofe :

Como deve o sábio e prudente se esforçar, como discernir,
Quais gestos declaram ao olho ou ao ouvido a pessoa que é inimiga ?

Então o Grande Ser repetiu estas cinco estrofes para explicar as marcas de um inimigo :

Ele não sorri quando te vê, não indicará boas vindas,
Nem olhará para tal caminho e te responde com Não.

Teus inimigos ele honrá, não cuida dos teus amigos,
Aqueles que louvam teu valor ele pára, recomenda a teus detratores.

Não te conta nenhum segredo e teu segredo ele trai,
Nunca fala bem do que você faz, não louvará tua sabedoria.

Não se alegra com teu bem estar mas celebra teu mal :
Se recebe alguma iguaria, não pensa no teu nome,
Não se compadece de ti, nem grita alto – Ó, tenha meu amigo o mesmo !

Estas são as dezesseis marcas pelas quais se vê um inimigo
Estas se um sábio vê ou escuta ele conhece seu inimigo.

Como deve o sábio e prudente se empenhar, o que proporcionará discernimento,
Que gestos declaram ao olho ou ao ouvido a pessoa que é amiga ?

O outro assim questionado com estas linhas recitou as estrofes restantes :

Ausente ele lembra ; retornando ele se alegra :
Então na altura de sua alegria ele te saúda com sua voz.

Nunca honra teus inimigos e ama servir teus amigos,
Aqueles que te caluniam, ele pára ; quem te louva, ele recomenda.

Ele conta seus segredos para você e teus segredos nunca trai,
Fala sempre bem de tudo que você faz, tua sabedoria ama louvar.

Alegra-se de escutar sobre teu bem estar, e não celebra teu mal :
Se recebe alguma iguaria, direto pensa no teu nome,
Se compadece de ti e grita alto – Ó tenha meu amigo o mesmo !

Esta são as dezesseis marcas entre amigos bem estabelecidas,
As quais se um sábio vê ou escuta pode chamar um amigo de verdadeiro.

O rei, deleitado com a fala do Grande Ser, deu a ele grande honra.

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O Mestre, tendo terminado este discurso, disse, “ Assim, grande rei, esta questão surgiu em dias antigos, igual agora, e sábios falaram suas palavras ; por estes 32 sinais pode-se conhecer amigo ou inimigo.” Com estas palavras, ele identificou o Jataka : “Naquele tempo Ananda era o rei e eu mesmo era o sábio cortesão.”

  

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