“Não
regateio...etc.” - Esta foi uma história contada pelo
Mestre, enquanto residia em Jetavana, relativa a um Irmão com
mente liberal. Ele era dito ser um homem de nascimento nobre,
vivendo em Savatthi, que após escutar a Lei pregada pelo
Mestre foi convertido e adotou a vida religiosa. Aperfeiçoando-se
nas virtudes morais e dotado dos preceitos dhuta e com um coração
cheio de amor por seus companheiros sacerdotes ele três vezes
ao dia zelosamente atendia no serviço de Buddha, da Lei (
Dharma ) e da Assembleia ( Sangha ) e mostrava-se exemplar na
condução e dedicado à caridade. Preenchendo as
obrigações da gentil civilidade o que quer que
recebesse, enquanto houvessem recipientes, ele dava até que
ele mesmo estivesse sem comida. E sua disposição
liberal e caridosa foi comentada por toda parte na Assembleia dos
Irmãos. Então um dia o assunto foi iniciado no Salão
da Verdade, como tal Irmão era tão de mente liberal e
devotado à caridade que se recebesse bebida o suficiente apenas
para encher o oco da mão, livre de toda a ganância, ele
o dava a companheiros sacerdotes – sua vontade sendo a mesma que a
do Bodhisatva. O Mestre pelo seu senso divino de escuta percebeu o
que estavam falando e retirando-se de sua Câmara Perfumada
aproximou-se e questionou a natureza da conversa. E quando eles
responderam, “Era tal e tal”, ele disse, “Este Irmão
desde antigamente, Irmãos, estava longe de ser liberal, não,
era tão avarento que não dava nem uma gota de óleo
na ponta de uma folha de grama. Então o converti e o fiz
abnegado e louvando os frutos da caridade o estabeleci firmemente em
fazer ofertas ; de modo que recebendo água o suficiente para
encher o oco da mão ele dizia, 'Não beberei uma gota
sem compartilhar um pouco,' e ele recebeu um benefício das
minhas mãos e como resultado de sua oferta tornou-se de mente
liberal e devotado à caridade,” e com estas palavras ele
contou uma história do passado. Cf Jatakas 535 e 78.
_________________
Certa vez
quando Brahmadatra reinava em Benares lá vivia um proprietário
rico possuidor de oitocentos milhões e o rei conferiu a ele o
ofício de Tesoureiro. Sendo assim honrado pelo rei e
altamente estimado pelos cidadãos da cidade e do campo
igualmente , ele estava um dia estendido sobre sua prosperidade
mundana e pensou “Esta glória não foi ganha por mim
com indolência e pecado em existências anteriores mas foi
obtida realizando atos virtuosos ; cabe a mim assegurar salvação
no futuro.” Então buscou a presença do rei e assim
falou a ele, “Na minha casa, senhor, há um tesouro de
oitocentos milhões : aceite-o.” E quando o rei disse, “Não
necessito de tuas riquezas ; tenho bastante bens : portanto pegue e
faça o que quiser com ela,” ele disse, “Posso, senhor,
dar meu dinheiro em caridade ?” O rei disse, “Faça como
te agrada” : e ele construiu seis casas de doação,
uma em cada um dos portões da cidade, uma no coração
da cidade e uma na porta da sua casa e expedindo diariamente
seiscentas mil peças de dinheiro iniciou caridade em grande
escala e enquanto viveu fez ofertas e instruiu seus filhos, dizendo,
“Veja que vocês não quebrem esta tradição
minha, de dar esmolas,” e no fim de sua vida ele renasceu Sakra.
Seu filho, de modo semelhante fazendo ofertas, nasceu Canda, o filho
de Canda qual Suriya, o filho de Suryia como Matali, o filho de
Matali qual Pañcasikha. Bem, o filho de Pañcasikha, o
sexto descendente, era o Tesoureiro chamado Maccharikosiya ( o
Milionário Miserável ) e ele ainda tinha oitocentos
milhões. Mas pensava, “Meus antepassados eram tolos.
Lançavam fora a riqueza que foi penosamente reunida mas eu
guardarei meu tesouro. Não darei um centavo para ninguém.”
E ele demoliu e queimou as casas de caridade e tornou-se um sovina
confirmado. Assim os mendigos reuniam-se no seu portão e
esticando seus braços gritavam em alta voz,”Ó Senhor
Alto Tesoureiro, não saia da tradição dos teus
antepassados mas dê esmolas.” Escutando isto o povo o
culpava dizendo, “Maccharikosiya se afastou da tradição
da sua família.” Envergonhado colocou vigias para prevenir
que mendigos permanecessem no portão e tendo assim deixado
completamente o lugar nunca mais novamente nem olharam sua porta.
Daí em diante ele continuou a revolver o dinheiro mas nem
usava ele mesmo nem dividia com sua esposa e filhos. Vivia de arroz
com pó vermelho, servido com mingau azedo e vestia roupas
toscas sendo apenas filamentos de raízes e ramos de arbustos,
fazendo sombra em sua cabeça com um parassol de folhas e
dirigindo uma velha carruagem louca, atrelada em bois velhos. Então
todo o dinheiro de sujeito ruim era como se fosse uma castanha
encontrada por cachorro. Bem um dia quando foi para junto do rei ele
pensou em levar consigo o sub tesoureiro e o momento que alcançou
a casa deste, encontrou o sub tesoureiro sentado no meio de sua
esposa e filhos e comendo mingau de arroz preparado com açúcar
em pó para adoçá-lo e cozido com ghee fresco.
Vendo Maccharikosiya, levantou-se de seu assento e disse, “Venha e
sente neste sofá, Senhor Alto Tesoureiro e coma um pouco de
mingau de arroz comigo.” Quando ele viu o mingau de arroz, ficou
com água na boca e quis partilhar dele, mas o pensamento que
lhe ocorreu foi, “S'eu comer um pouco de arroz, quando o sub
tesoureiro vier à minha casa deverei retribuir a ele um pouco
da hospitalidade e deste modo meu dinheiro será gasto. Não
comerei.” Sendo pressionado novamente e novamente ele recusava
dizendo, “Já jantei ; estou satisfeito.” Mas enquanto o
tesoureiro gozava da comida, ele ficou olhando sentado dando água
na boca e quando a refeição terminou ele se dirigiu com
ele para o palácio. Retornando para casa ele estava dominado
pela desejo de mingau de arroz mas pensava, “S'eu disser que
quero comer mingau de arroz, muitas pessoas também vão
querer comer e uma quantidade de arroz descascado e semelhantes será
gasta. Não direi uma palavra para ninguém.” Assim
noite e dia ele passou seu tempo pensando em nada além de
mingau mas temendo gastar dinheiro nada falou com ninguém e
guardou seu desejo para si. Mas incapaz de controlá-lo,
gradualmente tornou-se pálido e mais pálido e com medo
de de gastar sua riqueza não falou de seu desejo para viva
alma, e logo logo ficando fraco deitou, abraçando a cama. Sua
esposa então veio vê-lo e batendo nas costas dele com a
mão perguntou, “está meu senhor doente ?” “Doente
você !” ele gritou, “Eu estou muito bem.” “meu
senhor, estais pálido. Tens alguma coisa na cabeça ?
Está o rei chateado com algo ou foste tratado com desrespeito
por teus filhos ? Ou concebeste desejo de algo ?” “Sim, tenho um
desejo.” “Diga-me o quê é, meu senhor.” “Pode
guardar um segredo ?” “Sim, ficarei quieta sobre qualquer desejo
que deva ser guardado em segredo.” Mas mesmo assim, temendo gastar
dinheiro, não teve coragem de dizer a ela mas sendo
repetidamente pressionado acabou dizendo, “Minha cara, um dia vi o
sub tesoureiro comendo mingau de arroz preparado com ghee, mel e
açúcar em pó e a partir daquele dia estou com
desejo de comer o mesmo tipo de mingau.” “Pobre miserável,
estais em tão má situação ? Cozinharei
mingau suficiente para toda a população de Benares.”
Ele então caiu justo como se um porrete houvesse atingido
sua cabeça. Irado com ela ele disse, “Tenho consciência
que és muito rica. Se vier de tua família, podes
cozinhar e dar mingau de arroz para toda a cidade.” “Bem então
cozinharei o suficiente para os moradores de uma única rua.”
“O que você tem a ver com eles ? Deixe-os comer o que
pertence a eles.” “Então farei o suficiente para sete
donos de casa comerem aleatoriamente aqui e lá.” “O quê
eles são para você ?” “Bem, então cozinharei
apenas para nosso pessoal.” “O quê eles são para
você ?” “Então cozinharei meu senhor para você
e para mim.” “E, prego, por quê você ? Não é
permitido no teu caso.” “Cozinharei o mingau apenas para o
senhor.” “Prego, não o cozinhe para mim : se cozinhares
na casa, muitas pessoas o verão. Mas apenas me dê uma
medida de arroz descascado, um litro de leite, um pouco de açúcar,
um pote de mel e uma panela para cozinhar, indo para a floresta eu
cozinharei lá e comerei meu mingau.” Ela fez isto e
mandando um escravo pegar tudo que ele ordenara e ir ficar e tal e
tal lugar. Mandando o escravo na frente, sozinho fez para si mesmo
um véu e disfarçado foi até o lado do rio ao pé
de um arbusto e foi feito um fogão e lenha e água
trazidas para ele e disse para o escravo, “Vá e fique
naquela estrada lá e se vier alguém faça um
sinal para mim e quando te chamar de volta, venha.” Despachando o
escravo, fez um fogo e cozinhou o mingau. Naquele momento Sakra, rei
do céu, contemplando a esplêndida cidade dos deuses, dez
mil léguas em extensão, a rua dourada longa sessenta
léguas e Vejayanta ( palácio de Sakra ) erguido até
mil léguas de altura e Sudhamma ( salão da justiça
de Sakra ) englobando quinhentas léguas e seu trono de
mármore amarelo, de sessenta léguas de extensão
e seu parassol branco com sua grinalda dourada, cinco léguas
de circunferência e sua própria pessoa acompanhado de um
cortejo glorioso de vinte e cinco milhões de ninfas celestes –
contemplando, dizia, toda esta glória sua, pensou, “O quê
terei feito para atingir tal honra como esta ?” E com seu olho da
mente viu a doação de ofertas que estabeleceu quando
foi Senhor alto Tesoureiro em Benares e pensou, “Onde meus
descendentes nasceram ?” e considerando o assunto disse, “Meu
filho Canda nasceu na forma angélica e seu filho foi Suriya.”
E notando o nascimento de todos eles, “O quê,” ele gritou,
“fez o filho de Pañcasikha ?” E refletindo viu que a
tradição da raça foi largado por ele e ocorreu
o pensamento, “Este sujeito fraco está sendo sovina nem goza
sua riqueza nem dá nada para ninguém : a tradição
da raça foi destruída por ele. Quando morrer, renascerá
no ínfero. Aconselhando-o e restabelecendo minha tradição
mostrarei a ele como renascer na cidade dos deuses.” Deste modo
chamou Canda e os outros e disse, “Venha, visitaremos os antros
humanos : a tradição de nossa família foi
abolida por Maccharikosiya, a casa de caridade foi queimada e ele
nem goza da riqueza nem dá nada pra ninguém mas agora
desejoso de comer mingau e pensando, 'Se cozido na casa o mingau
deverá ser dado para mais alguém também,' ele
foi para a floresta e está cozinhando sozinho. Iremos e o
converteremos ensinando-o os frutos da caridade. Se contudo for
questionado por todos nós de uma vez a dar um pouco de comida,
cairia morto no mesmo lugar. Irei primeiro e quando já tiver
pedido mingau e sentado , então vocês chegam, um depois
do outro, disfarçados de brahmins e peçam a ele.”
Assim falando ele mesmo na semelhança de um brahmin
aproximou-se e gritou, “Ho ! Qual é a estrada para Benares
?” Maccharikosiya disse, “Perdeu a cabeça ? Nem sabes o
caminho para Benares ? Por quê vieste para cá ? Saia
daqui já.” Sakra, fingindo não escutar o quê
ele diz, aproxima-se mais, perguntando-o o quê dissera. Berrou
então, “Disse, velho brahmin surdo, por quê vieste
para este lado ? Vá embora.” Sakra então disse, “Por
quê berras tão alto ? Vejo aqui fumaça e fogo e
mingau de arroz está cozinhando. Deve ser uma ocasião
de entretenimento de brahmins. Eu também, quando os brahmins
estiverem se alimentando, comerei um pouco. Por quê me afastas
?” “Não há nenhum entretenimento de brahmins
aqui. Saia daqui.” “Então por quê estais irado ?
Quando você comer tua comida, comerei um pouco.” Ele disse,
“Não te darei nem um único caroço de arroz
cozido. Esta pouca comida é justo o suficiente para me manter
vivo e e mesmo esta foi conseguida mendigando. Vá e procure
sua comida em outro lugar ” - e isto ele disse em referência
ao fato de ter pedido a sua esposa o arroz – ele falou esta estrofe
:
Não
regateio para comprar ou vender
Nada
guardo de meu para dar ou emprestar :
Este
donativo de arroz foi duro de conseguir,
Dificilmente
suficiente para nós dois.
Escutando isto
Sakra disse, “Também com voz melíflua repetirei uma
estrofe para você ; escute-me, “ e apesar de tentar pará-lo,
dizendo, “Não quero escutar tua estrofe,” Sakra repetiu um
par de estrofes :
De
pouco, deve-se dar pouco, de moderado meios semelhantemente,
De muito
dê muito : de nada dar nenhuma questão surge.
Isto
então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é
teu :
Não
coma só, não há benção naquele que
sozinho janta,
Pela
caridade podes ascender o caminho nobre divino.
Escutando estas
palavras, ele disse, “Este é um gracioso dito teu, brahmin ;
quando o mingau estiver cozido, receberás um pouco. Prego,
sente.” Sakra sentou em um dos lados. Quando ele estava sentado,
Canda do mesmo modo aproximou-se e começou uma conversação
semelhante, apesar de Maccharikosiya tentar contê-lo, ele falou
um par de estrofes :
Vão
é teu sacrifício e vão o desejo de teu
coração,
Se
devesses comer e relutar em dar um pouco a convivas.
Isto
então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é
teu :
Não
coma só, não há benção naquele que
sozinho janta,
Pela
caridade podes ascender o caminho nobre divino.
Escutando estas
palavras, o miserável muito relutantemente disse, “Bem,
sente, e terás um pouco de mingau.” Então entrou e
sentou próximo a Sakra. Depois Suriya de modo parecido
aproximou-se e começando conversação, apesar do
avaro querer pará-lo, falou um par de estrofes :
Real
teu sacrifício, não vão o desejo de teu coração,
Que
não comas sozinho mas dê a convidado uma parte.
Isto
então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é
teu :
Não
coma só, não há benção naquele que
sozinho janta,
Pela
caridade podes ascender o caminho nobre divino.
Escutando estas
palavras o sovina com grande relutância disse, “Bem, sente, e
terás um pouco.” Assim Suriya foi e sentou do lado de
Canda. Então Matali de modo igual aproximou-se e começou
a conversar, apesar do avarento tentar pará-lo, falou estas
estrofes :
Quem
oferece presentes ao lago ou rio que a torrente de Gaya lava
Ou
santuário de Timbaru ou Dona com ondas de rápida
corrente,
Aqui
recebe fruto do sacrifício e desejo do coração,
Se com um
comensal partilhar sua comida sem sentar nem comer separado.
Isto
então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é
teu :
Não
coma só, não há benção naquele que
sozinho janta,
Pela
caridade podes ascender o caminho nobre divino.
Escutando estas
palavras também, carregado como se fosse com um pico de
montanha, ele relutantemente disse, “Bem, sente e terás um
pouco.” Matali entrou e sentou do lado de Suriya. Então
Pañcasikha de modo semelhante aproximou-se e começou
conversa, apesar do miserável tentar pará-lo, falou um
par de estrofes :
Como
peixe que engole avidamente anzol amarrado à linha
É
aquele que com conviva à mão janta completamente
sozinho.
Isto
então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é
teu :
Não
coma só, não há benção naquele que
sozinho janta,
Pela
caridade podes ascender o caminho nobre divino.
Maccharikosiya
escutando isto, com um esforço doloroso e grunhindo alto,
disse, “ Bem, sente, e terás um pouco.” Assim Pañcasikha
entrou e sentou do lado de Matali. E quando estes cinco brahmins
haviam tomado seus lugares, o mingau ficou pronto. Então
Kosiya o pegando no fogão disse aos brahmins para pegarem
suas folhas. Permanecendo sentados como estavam esticaram as mãos
e apanharam folhas de uma trepadeira dos Himalaias. Kosiya vendo-as
disse, “Não posso dar qualquer mingau nestas folhas grandes
suas : consigam folhas de acácia ou árvores similares.”
Eles pegaram tais folhas e cada uma era tão grande quanto um
escudo de guerreiro. Então serviu um pouco de mingau com
uma colher para todos eles. No momento que servira o último de
todos, ainda havia bastante deixada no pote. Naquele momento
Pañcasikha levantou-se e deixando sua forma natural a trocou
pela de um cachorro e permanecendo na frente deles, urinou. Cada um
dos brahmins cobre seu mingau com uma folha. Uma gota da urina do
cachorro cai nas costas da mão de Kosiya. Os brahmins buscaram
água em suas jarras e misturando-a com mingau fingiam comer.
Kosiya disse, “Dê-me também um pouco d'água e
após lavar minhas mãos pegarei um pouco de comida.”
“Pegue água para você mesmo,” eles disseram, “e
lave suas mãos.” “Dei a vocês mingau ; dê-me
um pouco d'água.” “Não fazemos negócio de
troca com ofertas.” ( qualquer arranjo envolvendo a troca de
ofertas é proibido ). “Bem, então guardem esta
panela de cozinhar e após lavar as minhas mãos volto,”
e ele desceu para a margem do rio. Naquele momento o cachorro
encheu a panela de urina. Kosiya vendo-o urinar pega um porrete e
aproxima-se, ameaçando-o. O cachorro se transforma em um
cavalo de espírito sanguíneo e o perseguiu assumindo
várias cores. Uma hora preto, depois branco, ou dourado,
malhado. Uma hora alto, em outra de baixa estatura. Assim em muitas
aparências diferentes perseguiu Maccharikosiya, que assustado
com medo de morte aproximou-se dos brahmins, enquanto eles voaram e
permaneceram parados nos ares. Vendo o poder sobrenatural deles disse
:
Vocês
nobres brahmins, pousados nos ares,
Por
quê este cão de vocês tão estranhamente
veste
Mil
formas variadas, apesar de ser apenas um,
E
diga-me verdadeiramente, brahmins, quem são vocês ?
Escutando
isto, Sakra, o rei dos céus disse :
Canda
e Suriya olhe ! Ambos estão aqui,
E
Matali o auriga celeste,
Eu
sou Sakra, deus chefe dos Trinta e Três,
E
Pañcasikha lá está te caçando.
E celebrando
a fama de Pañcasikha Sakra falou esta estrofe :
Com
tambor, pandeiro e tamborim eles o acordam do sono,
E
enquanto acorda, alegre música faz seu coração
pular de alegria.
Escutando
suas palavras Kosiya perguntou, “Quais atos levam o ser humano a
atingir tal glória celeste como esta ?” “Aqueles que não
praticam caridade, praticantes do mal e miseráveis não
alcançam o mundo angélico, mas renascem no ínfero.”
E para mostrar isto Sakra disse :
Quem
quer que, miserável, avaro de nascença,
Despreze
sacerdotes e bramins sagrados,
Sua
estrutura terrena de agora deixada de lado,
No
ínfero, dissolvida pela morte, mora.
E falando a
estrofe seguinte, para mostrar como estes que são constantes
na retidão atingem o mundo angélico ele disse :
Constantes
no certo, que ganham o céu
Fazem
ofertas e guardam-se do pecado,
E
com seu corpo deixado de lado
Com
o decaimento da morte, no céu habita.
Após
estas palavras Sakra disse, “Kosiya, não viemos até
você por causa do mingau mas com sentimento de piedade e
compaixão por você que viemos,” e para tornar isto
claro ele disse :
Tu,
apesar de descendente nosso em nascimentos anteriores,
É
um miserável, um homem de ódio e pecado ;
Foi
por tua causa que viemos à terra,
Para
te desviar do destino do pecado – renascer no ínfero.
Escutando isto
Kosiya pensou, “Eles dizem que são meus benfeitores ;
arrancando-me para fora do ínfero que eles anseiam por me
estabelecer no céu.” E estando altamente agradecido ele
disse :
Que assim
vocês me admoestem, sem dúvida buscam meu bem,
Seguirei o
conselho de vocês , tanto quanto entendo.
De agora
em diante cesso de ser sovina, de atos de pecado me abstenho
Fazer
ofertas a todos, nem mesmo um copo, não partilhado, d'água.
Assim
sempre dando, Sakra, logo minha riqueza diminuirá,
Então
tomarei as ordens e luxúrias de todo tipo fugirão.
Sakra após
converter Maccharikosiya ensinou-o os frutos de fazer ofertas e o
tornou abnegado e quando pregando a lei o estabeleceu nas cinco
virtudes morais, junto com seus deuses ajudantes retornou para a
cidade angélica. Maccharikosiya também entrou na
cidade de Benares e tendo pedido a permissão do rei mandou que
pegassem e enchessem todos os vasos que pudessem colocar as mãos
com seus tesouros e deu tudo para os pedintes. E principiou pelo
Himavat pela encosta da direita e um local entre o Ganges e um lago
natural construiu uma cabana de folhas e tornando-se um asceta vivia
de raízes e frutos selvagens. Lá morou um longo tempo
até atingir idade avançada. Naquele tempo Sakra tinha
quatro filhas, Esperança, Fé, Glória e Honra,
que tomando para elas muitas guirlandas celestes perfumadas vieram ao
lago Anotatta, para nadar e após divertirem-se sentaram no
monte Manosila. Justo naquele momento Narada, um asceta brahmin, foi
para o palácio dos Trinta e Três para descansar durante
o calor do dia e construía uma residência para nos
caramanchões de Cittakuta no bosque Nanda. E segurando em sua
mão uma flor de árvore coral, para servir de parassol,
retornou para a Caverna Dourada o lugar onde mora no topo de
Manosila. As ninfas vendo esta flor na mão dele a pediram.
O Mestre para
esclarecer o assunto disse :
Na
altura grandiosa de Gandhamadana,
Estas
ninfas, protegidas de Sakra, divertiam-se :
A
elas um santo de fama mundial
Veio,
com um bom ramo na mão.
Este
ramo de flores tão pura e doce,
É
destinada aos deuses e apropriada aos anjos :
Nenhum
demônio, ninguém de nascimento mortal
Pode
clamar esta flor de valor inapreciável.
Então,
Fé, Esperança, Glória, Honra, aquelas
Quatro
donzelas com peles douradas, levantaram-se
E
sem iguais entre todas as ninfas
Ao
brahmin Narada se dirigiram,
'Dê-nos,
Ó sábio, esta flor coral,
Se
dar ainda está em teu poder,
Já
que como a pessoa de Sakra te honraremos,
E
você em todas as coisas será abençoado.'
Quando
Narada o pedido delas escutou
Direto
começou uma grande querela :
'Não
estou necessitado ; a quem permitam
Ser a
rainha entre vocês ganhará o ramo.'
As quatro ninfas ao
escutarem o quê ele disse falaram esta estrofe :
Ó
Narada, tu és supremo,
A
quem entregarás o presente :
A
quem investirás com tal dom,
E
entre nós será considerada a melhor.
Narada, escutando
estas palavras, dirigiu-se a elas dizendo :
Belas,
tal conselho não é correto ;
Que
brahmin ousaria começar querela ?
Leve ao
senhor dos espíritos a tua busca,
para saber
quem é a melhor e a pior.
________________
Então
o Mestre falou esta estrofe :
Com
orgulho da beleza, enlouquecido e colérico
Excitadas
pelo sábio esperto,
Para
Sakra, senhor dos espíritos foram,
Saber
qual era a melhor delas.
___________________
Enquanto
permaneciam fazendo a pergunta,
Estas
ninfas ansiosas em sua busca
Sakra
com o devido respeito falou,
Vocês
todas são iguais em beleza,
Quem
estragaria a paz de vocês com discórdia ?
Sendo assim
questionadas por ele elas disseram :
Narada,
que percorre o mundo, sábio poderoso,
De
verdade penetrante, constante sempre no que é certo,
Assim
falou conosco no cume de Gandhamadana ;
'Para
Sakra, senhor dos espíritos, vão direto,
Se
desejam saber quem é primeira e última'.
Escutando isto
Sakra pensou, “Se tiver que dizer qual destas quatro filhas minhas
está em virtude além das outras, estas outras ficaram
iradas. Este é um caso impossível para mim decidir ;
vou mandá-las para Kosiya, o asceta nos Himalaias: ele
decidirá a questão para elas.” Então disse,
“Não posso decidir o caso de vocês. Nos Himalaias há
um asceta chamado Kosiya : a ele mandarei um copo da minha ambrosia.
Ele nada come sem partilhar com outra pessoa e em doar ele mostra
discriminação doando para virtuosos. Qual de vocês
receber comida da mão dele, esta será a melhor entre
vocês.” E assim falando ele repetiu esta estrofe :
O
sábio que mora naquela vasta floresta
Não
tocará qualquer comida sem partilhá-la ;
Kosiya
com juízo confere dons,
A
quem ele oferecer, o primeiro lugar é desta.
Em seguida chamou
Matali e o enviou ao asceta e o enviando repetiu a seguinte estrofe
:
Nas
encostas do Himavat onde o Ganges desliza
Na
direção sul um santo reside :
Ambrosia,
Matali, leve ao santo,
Com
comida e bebida ele fortalece a fraqueza.
___________________
Então o
Mestre disse :
Com
a ordem do deus, seguiu Matali
Um
carro com mil corcéis ele dirigia ;
Sem
ser visto logo estava ao lado do eremitério
E
oferecia ao sábio a comida ambrosial.
___________________
Kosiya a
pegou e ainda em pé falou um par de estrofes :
Enquanto
erijo uma chama de sacrifício,
Louvando
o sol que afasta toda tristeza,
Sakra
supremo acima no mundo espiritual que se levanta -
Quem
mais ? - ambrosia coloca em minhas mãos.
Branca
como uma pérola é ela, sem igual,
Fragrante
e pura, maravilhosamente bela,
Nunca
antes vista por estes meus olhos ;
Que
deus colocou em minhas mãos esta comida divina ?
Então
Matali disse :
Venho,
Ó poderoso sábio, enviado por Sakra,
Correndo
para te trazer nutrimento celeste :
Esta
melhor das comidas, prego, coma sem medo,
Vês
aqui Matali, auriga celeste.
Comendo
isto as doze coisas ruins são mortas,
Sede,
fome, descontentamento, fatiga e dor,
Frio,
calor, raiva, inimizade, querela, calúnia, torpor -
Esta
essência celeste coma tu, nada negue.
Escutando isto
Kosiya, para esclarecer que tinha tomado um voto sobre si, falou esta
estrofe :
É
errado comer só pensei certa vez, então fiz um voto um
dia
Não
tocar comida, a menos que partilhe um pouco dela.
Comer
só nunca é aceito entre pessoas de mente nobre,
Quem
quer que com outros nada partilhe, não encontra felicidade.
E quando
Matali o questionou dizendo, “Santo senhor, o quê descobriste
que estava errado em comer sem dar um pedaço para outros que
tomaste este voto sobre ti ?” ele respondeu :
Todos
que cometem adultério ou matam mulheres
Que
amaldiçoam ou maltratam homens santos ou traem amizade,
E
sovinas, pior de todos – que possa nunca aparecer entre estes,
Nem
mesmo uma gota d'água tocarei sem dividir.
Para
homens e mulheres ambos minhas ofertas sempre fluirão,
Sábios
louvarão tais que seus bens em ofertas oferecem ;
Todos
os que são generosos neste mundo e evitam avaros modos,
Aprovado
por todos, serão estimados sempre boas e verdadeiras pessoas.
Escutando
isto Matali permaneceu diante dele na forma visível. Naquele
momento estas quatro ninfas celestes ficaram nos quatro pontos
cardiais. Glória no leste, Esperança no sul, Fé
no oeste, Honra no norte.
_______________________
O
Mestre para esclarecer o assunto disse :
Quatro
ninfas douradas muito brilhantes,
Esperança,
Glória, Fé e Honra elevada,
Enviadas
por ordem de Sakra em direção a terra,
Para
a cela de Kosiya seus passos inclinaram.
As
donzelas em formas que fulguravam qual flamas
Para
cada um dos quatro quartos vieram ;
Em
frente a Matali ( agora deus confesso )
O
sábio entusiasmado falou a uma assim,
'Quem
és tu, ninfa, qual estrela da manhã,
Iluminando
o céu Leste distante ?
Tua
forma vestida em traje dourado,
Diga-me
teu nome, Ó donzela celestial.'
'Sou
Glória, amiga honrada do ser humano,
Pronta
a defender a alma imaculada :
Clamando
por esta comida, olhe ! Aqui estou ;
Com
este pedido, grande sábio, consente.
Abençoou
a quem quero
E
todo o desejo de seu coração realizo ;
Alto
sacerdote, meu nome é Glória, saiba,
Para
mim tua comida celeste entregue.'
________________
Escutando
isto Kosiya disse :
As
pessoas podem ser habilidosas, virtuosas, sábias,
Ser
excelente em todos seus projetos inteligentes,
Ainda
assim sem ti nunca têm sucesso ;
Nisto
culpo teu ato mal.
Um
outro, preguiçoso, ganancioso, veja,
Mal
nascido e feio como pode ser :
Abençoado
por teu cuidado e rico também
Faz
de um nascido nobre seu escravo.
Tu
portanto Glória reconheço como falsa e obtusa,
Imprudente
em cortejar tolos e abaixar sábios ;
Nenhum
direito você tem na verdade nem assento nem moringa
Muito
menos comida ambrosial. Sae fora, não gosto de ti.
Assim ela
imediatamente desapareceu da vista. Então sustentando
conversa com Esperança ele disse :
Quem
és tu, bela donzela, com dentes tão puros e brancos,
Com
anéis de ouro escuro e enfeitada de braceletes reluzentes,
Em
roupa de brilho transparente e vestindo na cabeça
Um ramo
qual chama vermelha alimentada de tufos de grama kusa ?
Qual
corça selvagem apenas pastando apesar da flecha do caçador,
Tens
olhar vago como se fosses criatura deslumbrada,
Ó
donzela de olhar macio, que amigo tens aqui,
Para
em clareira sozinha na floresta extravie-se sem medo ?
Então ela
falou esta estrofe :
Não
tenho amigo aqui ; da casa celeste de Sakra
Chamada
Masakkasara, nascida anjo vim :
Pedir
comida ambrosial, Esperança agora aparece para ti ;
Escute,
nobre sábio, e conceda este pedido para mim.
Escutando isto
Kosiya disse, “Me disseram que quem quer que te agrade, a este você
realizando a fruição da esperança você
concede esperança e quem quer que não te agrade, a este
você não concede. Sucesso neste caso não chega
através de você até este, mas você traz
então destruição,” e a guisa de ilustração
disse :
Mercadores
através da esperança buscam tesouros longe e muito,
E
pegando barco nas ondas do oceano navegam :
Lá
em algum momento eles afundam para não mais levantar,
Ou
escapando deploram a perda da riqueza.
Em
esperança seus campos os fazendeiros aram e cultivam,
Semeiam
sementes e labutam com o máximo de habilidade ;
Mas
alguma praga ou seca aflige o solo
Nenhuma
colheita colherá com todo o seu esforço.
Homens
de amor fácil levados pela esperança tomam coragem
E
pelo bem de seus senhores fazem a parte varonil
Oprimidos
por inimigos por todos os lados caem
E
lutando por seus senhores perdem tudo e a vida.
Estoques
de grãos e riquezas renunciando para seus parentes,
Pela
esperança aspirando benção celeste ganhar,
Por
longo tempo duras penitências se submetendo
E
por maus caminhos atinge estado de dor.
Enganadora
da humanidade, tua corte é vã,
Teu
fútil desejo por este dom, restrinja,
Nem
direito tens de sentar e de pegar moringa :
Muito
menos de comida celeste
Sae
fora, não gosto de ti.
Ela também
ao ser rejeitada imediatamente sumiu de vista. Conversando então
com Fé ele falou a estrofe :
Ninfa
famosa vestida em flama de glória,
Em
pé na direção do Oeste de mau agouro,
Tua
forma vestida em roupa de ouro
Diga-me
teu nome, ilustre donzela.
Então
ela repetiu a estrofe :
Meu
nome é Fé, amiga honrada do ser humano,
A
alma imaculada pronta a defender :
Clamar
por esta comida, olhe ! Estou aqui ;
A
este meu pedido, grande sábio, conceda.
Então
Kosiya disse, “Estes mortais que acreditando nas palavras primeiro
de um depois de outro faz isto ou aquilo, fazem aquilo que não
devem fazer mais frequentemente do que deviam fazer e verdadeiramente
isto é tudo feito através de você,” e ele
repetiu estas estrofes :
Através
da fé as vezes as pessoas livremente fazem caridade,
Praticam
auto controle, restrição e abstinência :
As vezes
novamente através de você caem da graça,
Calúnia
e mentira, trapaça e roubo também.
Com esposas,
casta, fiel e de alto nível,
Um homem
pode ser circunspecto e prudente,
Pode curvar
suas paixões bem em tal caso,
Ainda assim com
alguma prostituta pode colocar toda sua confiança.
Através
de ti, Ó Fé, adultério é frequente,
Abandonando
o bem levas uma vida de pecado.
Nenhum
direito tens nem de sentar nem de pegar moringa :
Muito
menos comida ambrosial. Sae fora, não gosto de ti.
Ela também
imediatamente desapareceu da vista. Mas Kosiya conversou com Honra
enquanto ela estava de pé no lado norte, repetindo duas
estrofes :
Como
Aurora que doura as franjas da Noite odiosa,
Do
mesmo modo tua beleza explode à minha vista ;
Ó
ninfa celeste bela de forma tão fugaz,
Diga-me
teu nome e declare quem és tu.
Como
tenra planta cujas raízes são alimentadas
Em solo
no qual chamas devoradoras se espalharam,
Sua
riqueza de folhas vermelhas a brisa do verão faz cair,
Por
quê me olhas com ar envergonhado
Satisfeita
que vae falar, apesar de em silêncio ainda ?
Então ela
falou esta estrofe :
Honra
eu sou, amiga querida do ser humano,
Que
ajuda empresta aos justos mortais ;
Olhe
aqui estou esta comida a clamar,
Apesar
de dificilmente ousar expressar meu desejo ;
Para
mulher, pedir, conta como vergonha.
Escutando
isto o asceta repetiu duas estrofes :
Nenhuma
necessidade de você pedir ou rogar,
Receba
o que é teu direito e devido :
Te
concedo o dom que tu não ousas desejar.
Aceite
o alimento que contente comerias.
Condescende,
ninfa, toda dourada na roupa, prego,
Festeje
dentro da minha cela o dia de ho-je :
Primeiro
te honrando com guloseima rara,
Eu
também esta comida celeste partilharei.
Então
seguem algumas estrofes inspiradas pela sabedoria divina :
Assim
Honra, ninfa gloriosa, com o convite dele
Na
casa de Kosiya foi bem recebida qual conviva :
Frutos
e correntes perenes aí são abundantes,
E
santos aglomerados encontram-se em seus átrios.
Aqui
arbustos de flores em massa densa vemos,
Manga,
piyal, fruta pão, árvore da Judéia ;
Salgueiro
e jambo brilhante decoram a clareira,
Lá
figo e banian jogam suas sombras sagradas.
Aqui
muitas flores com fragrâncias perfumam o vento,
(
n.t. : aqui muitos nomes de árvores e plantas são
omitidos )
Ali
ervilhas e feijões, painço e arroz encontramos :
Bananas
para todo lado mostram grandes cachos,
E
bambus crescem em grossas moitas.
No
lado norte, rodeado por suave e lisa praia,
Alimentada
por correntes puras, contemple um lago sagrado.
Lá
peixes felizes em paz divertem-se à vontade,
(
n. t. : muitos nomes de peixes são omitidos )
E no
meio de abundante comida deleitam-se até a satisfação.
Lá
pássaros felizes em paz gozam de alimento abundante,
Cisnes,
emas, águias também, pavões de rara plumagem,
Cucos,
faisões e gansos vermelhos lá estão.
Ali
leões, tigres, javalis, recorrem para aplacar a sede.
Estes
ursos, hienas e lobos costumam fazer seus lugares de beber.
O
búfalo, rinoceronte também estão aqui.
Com
antílope, alce, hordas de porcos, cervos vermelhos e outros.
E
gatos com orelhas tipo a da lebre em vasto número aparecem.
As encostas da
montanha enfeitadas alegremente com flores de formas variadas
Um eco da
canção de pássaros que assombravam cada clareia
de floresta.
Assim o
abençoado cantou os louvores do eremitério de Kosiya .
E E depois para apresentar a deusa Honra e a maneira de sua entrada
lá ele disse :
A bela
inclinada em um galho, toda vestida em roupa de folhagem verde,
Qual
relâmpago de nuvem de tempestade direto iluminou a cena.
Para ela foi
colocado um sofá delicado, com ricas cortinas na cabeceira,
Tudo
trabalhado com fragrante grama kusa, coberto com pele de cervo.
E então
para Honra, ninfa celeste, o eremita santo falou :
'Para tua
delícia este sofá está colocado ; por favor,
sente-se.'
O
asceta então água pura da fonte
Em
folhas frescas com haste colhidas trouxe,
E
sabendo o quê sua alma mais interior desejava
A
comida ambrosial a ela alegremente deu.
Enquanto em
suas mãos o bem vindo presente apertava,
A
ninfa entusiasmada disse ao santo :
'
Veneração e vitória tu me deste,
Olhe !
Agora de novo retorno ao meu céu nativo.'
A
donzela intoxicada com orgulho da fama,
Com a
benção de Kosiya, voltou para Indra,
'E
veja,' ela gritou, 'deus dos mil olhos,
A
ambrosia aqui – me outorgaram o prêmio.'
Então
Sakra e sua hoste de anjos prestaram
Honra
devida a donzela celeste sem igual,
E
enquanto ela sentava em seu novo trono,
Sua
presença deuses e seres humanos reconheceram.
Enquanto assim a
honrava este pensamento ocorreu a Sakra, “Qual seria a razão
de Kosiya recusar a ambrosia às outras e dar apenas a esta ?”
Para saber a razão disto ele novamente enviou Matali.
__________________
O
Mestre, para esclarecer o assunto, repetiu esta estrofe :
Então
Sakra, senhor dos Trinta -Três,
Novamente
se dirigindo a Matali,
Disse,
'Vá e mande o santo explicar
Por
quê Honra ganhou a ambrosia.'
_________________________
Em
obediência a esta palavra Matali, subindo no carro chamado
Vejayanta, partiu de lá.
_______________________
O Mestre,
para explicar o assunto, disse :
Assim
Matali então carregou um carro para viajar pelos ares,
Com
acessórios todos encaixados, esplendor de beleza assombrosa,
Seu eixo de
ouro, ouro bem refinado e toda sua estrutura construída
Com
ornamentos elaborados e carregado de dourados.
Pavões
em ouro, representados não em pouco número,
Cavalos e
vacas, elefantes, tigres e panteras também,
Aqui
antílopes e cervos são vistos como se preparados para
brigar,
Aqui
trabalhado em pedra preciosa estão gaios e outros pássaros
em voo.
A
ele, eles atrelaram mil corcéis reais de cor dourada,
Cada um forte como
um elefante jovem, um espetáculo esplêndido para a vista
;
Seus peitos
vestidos de arte dourada, com grinaldas em espirais,
Em trilha que se
desfaz, a uma mera palavra, rápidos como o vento eles viajam.
Quando
Matali este carro grandioso sobe inclinando-o
O
firmamento em todos os dez pontos faz eco ao som :
E
enquanto viaja pelos ares, faz o mundo tremer,
E céu,
mar, terra, com todas as suas rochas e árvores balançam.
Logo
chega no eremitério e desejando declarar
Reverência
devida para o homem santo ele deixa um ombro desnudo,
E
falando ao sábio brahmin, pessoa estudada e inteligente,
Bem
treinado em ensino santo, foi assim que Matali começou :
Escute
agora, Ó Kosiya, as palavras de Indra, rei celeste,
Sobre o quê
ele está ansioso em aprender, esta mensagem, olhe ! Eu
trago,
'
Enquanto os pedidos de Esperança, Fé e Glória
não reconheceste,
Prego,
por quê apenas Honra pode receber de tuas mãos o prêmio
?'
____________________
Escutando
estas palavras o asceta falou esta estrofe :
Glória
para mim, Ó Matali, parece um jade parcial,
Enquanto
Fé, você auriga dos deuses, prova uma donzela
inconstante,
Esperança
sempre uma enganadora ama trair suas promessas,
Honra
apenas está firme, estabelecida no caminho da santa virtude.
E agora em
louvor a suas virtudes ele disse :
Donzelas que
ainda dentro de suas casas vivem, sempre bem guardadas,
Mulheres que
passaram do viço, e tais que ainda moram com os maridos,
Em uma e todas a
luxúria da carne dentro de seus corações surge,
À voz de
Honra elas sustam o pensamento e a paixão pecaminosa morre.
Onde flechas e
lanças no front de batalha são jogados rápida e
livremente,
E na confusão
quando camaradas caem ou viram e fogem,
À voz de
Honra eles sustam suas fugas mesmo ao custo da vida,
E tomados de
pânico como estavam mais uma vez começam a batalha.
Justo como a
praia impede o avanço das ondas no continente,
Honra também
restringirá muitas vezes o caminho das pessoas fracas.
Então,
Matali, a Indra volte rapidamente e torne claro,
Os santos por todo
o grande e largo mundo, todos, veneram o nome de Honra.
Escutando
isto Matali repetiu esta estrofe :
Quem,
Kosiya, te sugeriu esta visão,
Foi o
grande Indra, Brahma ou Prajapati talvez ?
Esta Honra,
sábio poderoso, esteja certo, deve a Indra seu nascimento,
E no mundo
angélico está no rank das mais valorosas de todas.
Enquanto
ele ainda estava falando, naquele mesmo instante Kosiya tornou-se
sujeito a re-nascer. Então Matali disse a ele, “Kosiya, teu
agregado de vida está passando de ti : tua prática de
caridade ( danadhamma ) está terminada. O quê
você tem para fazer no mundo dos seres humanos ? Agora iremos
para o mundo angélico,” e tendo em mente conduzí-lo
para lá falou esta estrofe :
Venha agora, Ó
santo, e direto suba no carro que me é caro,
E deixe-me
levá-lo ao céu onde reina os Trinta e três.
Indra está
saudoso sensivelmente de ti, da pessoa consanguínea a Indra,
Ho-je teu
caminho à amizade com Indra ganharás.
Enquanto
Matali estava ainda falando, Kosiya falecendo entrou na existência
nos ranks dos deuses sem a intervenção de pais (
opapatika ) e subindo tomou seu lugar no carro celestial. Então
Matali o conduziu para a presença de Sakra. Sakra vendo-o
ficou feliz de coração e deu a ele sua filha mesma
Honra como esposa principal e conferiu a ele uma soberania sem
limites.
______________________
Percebendo o
estado das coisas o Mestre disse, “É o mérito de
alguns ilustres seres que é assim purificado,” e repetiu a
estrofe final :
São
portanto os atos dos homens santos levados a um final feliz,
E
para sempre permanece o fruto dos atos meritórios.
Quem
quer que contemple a comida ambrosial dada a Honra,
Direto
passa para a amizade com Indra, senhor do céu.
O Mestre aqui
terminado seu discurso com estas palavras, “Não apenas
agora, Irmãos, mas anteriormente também converti este
sovina que era um miserável completo,” e assim falando ele
identificou o Jataka assim: “Naquele tempo Uppalavanna era a ninfa
Honra, um Irmão de generosidade grande era Kosiya, anurudha
era Pañcasikha, Ananda Matali, Kassapa Suriya, Moggaallana
Canda, Sariputra Narada e eu mesmo Sakra.
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