segunda-feira, 4 de novembro de 2013

470 ( 535 ) Buddha Sakra ( de novo )

               

                                       







470 ( 535 )

Não regateio...etc.” - Esta foi uma história contada pelo Mestre, enquanto residia em Jetavana, relativa a um Irmão com mente liberal. Ele era dito ser um homem de nascimento nobre, vivendo em Savatthi, que após escutar a Lei pregada pelo Mestre foi convertido e adotou a vida religiosa. Aperfeiçoando-se nas virtudes morais e dotado dos preceitos dhuta e com um coração cheio de amor por seus companheiros sacerdotes ele três vezes ao dia zelosamente atendia no serviço de Buddha, da Lei ( Dharma ) e da Assembleia ( Sangha ) e mostrava-se exemplar na condução e dedicado à caridade. Preenchendo as obrigações da gentil civilidade o que quer que recebesse, enquanto houvessem recipientes, ele dava até que ele mesmo estivesse sem comida. E sua disposição liberal e caridosa foi comentada por toda parte na Assembleia dos Irmãos. Então um dia o assunto foi iniciado no Salão da Verdade, como tal Irmão era tão de mente liberal e devotado à caridade que se recebesse bebida o suficiente apenas para encher o oco da mão, livre de toda a ganância, ele o dava a companheiros sacerdotes – sua vontade sendo a mesma que a do Bodhisatva. O Mestre pelo seu senso divino de escuta percebeu o que estavam falando e retirando-se de sua Câmara Perfumada aproximou-se e questionou a natureza da conversa. E quando eles responderam, “Era tal e tal”, ele disse, “Este Irmão desde antigamente, Irmãos, estava longe de ser liberal, não, era tão avarento que não dava nem uma gota de óleo na ponta de uma folha de grama. Então o converti e o fiz abnegado e louvando os frutos da caridade o estabeleci firmemente em fazer ofertas ; de modo que recebendo água o suficiente para encher o oco da mão ele dizia, 'Não beberei uma gota sem compartilhar um pouco,' e ele recebeu um benefício das minhas mãos e como resultado de sua oferta tornou-se de mente liberal e devotado à caridade,” e com estas palavras ele contou uma história do passado. Cf Jatakas 535 e 78.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares lá vivia um proprietário rico possuidor de oitocentos milhões e o rei conferiu a ele o ofício de Tesoureiro. Sendo assim honrado pelo rei e altamente estimado pelos cidadãos da cidade e do campo igualmente , ele estava um dia estendido sobre sua prosperidade mundana e pensou “Esta glória não foi ganha por mim com indolência e pecado em existências anteriores mas foi obtida realizando atos virtuosos ; cabe a mim assegurar salvação no futuro.” Então buscou a presença do rei e assim falou a ele, “Na minha casa, senhor, há um tesouro de oitocentos milhões : aceite-o.” E quando o rei disse, “Não necessito de tuas riquezas ; tenho bastante bens : portanto pegue e faça o que quiser com ela,” ele disse, “Posso, senhor, dar meu dinheiro em caridade ?” O rei disse, “Faça como te agrada” : e ele construiu seis casas de doação, uma em cada um dos portões da cidade, uma no coração da cidade e uma na porta da sua casa e expedindo diariamente seiscentas mil peças de dinheiro iniciou caridade em grande escala e enquanto viveu fez ofertas e instruiu seus filhos, dizendo, “Veja que vocês não quebrem esta tradição minha, de dar esmolas,” e no fim de sua vida ele renasceu Sakra. Seu filho, de modo semelhante fazendo ofertas, nasceu Canda, o filho de Canda qual Suriya, o filho de Suryia como Matali, o filho de Matali qual Pañcasikha. Bem, o filho de Pañcasikha, o sexto descendente, era o Tesoureiro chamado Maccharikosiya ( o Milionário Miserável ) e ele ainda tinha oitocentos milhões. Mas pensava, “Meus antepassados eram tolos. Lançavam fora a riqueza que foi penosamente reunida mas eu guardarei meu tesouro. Não darei um centavo para ninguém.” E ele demoliu e queimou as casas de caridade e tornou-se um sovina confirmado. Assim os mendigos reuniam-se no seu portão e esticando seus braços gritavam em alta voz,”Ó Senhor Alto Tesoureiro, não saia da tradição dos teus antepassados mas dê esmolas.” Escutando isto o povo o culpava dizendo, “Maccharikosiya se afastou da tradição da sua família.” Envergonhado colocou vigias para prevenir que mendigos permanecessem no portão e tendo assim deixado completamente o lugar nunca mais novamente nem olharam sua porta. Daí em diante ele continuou a revolver o dinheiro mas nem usava ele mesmo nem dividia com sua esposa e filhos. Vivia de arroz com pó vermelho, servido com mingau azedo e vestia roupas toscas sendo apenas filamentos de raízes e ramos de arbustos, fazendo sombra em sua cabeça com um parassol de folhas e dirigindo uma velha carruagem louca, atrelada em bois velhos. Então todo o dinheiro de sujeito ruim era como se fosse uma castanha encontrada por cachorro. Bem um dia quando foi para junto do rei ele pensou em levar consigo o sub tesoureiro e o momento que alcançou a casa deste, encontrou o sub tesoureiro sentado no meio de sua esposa e filhos e comendo mingau de arroz preparado com açúcar em pó para adoçá-lo e cozido com ghee fresco. Vendo Maccharikosiya, levantou-se de seu assento e disse, “Venha e sente neste sofá, Senhor Alto Tesoureiro e coma um pouco de mingau de arroz comigo.” Quando ele viu o mingau de arroz, ficou com água na boca e quis partilhar dele, mas o pensamento que lhe ocorreu foi, “S'eu comer um pouco de arroz, quando o sub tesoureiro vier à minha casa deverei retribuir a ele um pouco da hospitalidade e deste modo meu dinheiro será gasto. Não comerei.” Sendo pressionado novamente e novamente ele recusava dizendo, “Já jantei ; estou satisfeito.” Mas enquanto o tesoureiro gozava da comida, ele ficou olhando sentado dando água na boca e quando a refeição terminou ele se dirigiu com ele para o palácio. Retornando para casa ele estava dominado pela desejo de mingau de arroz mas pensava, “S'eu disser que quero comer mingau de arroz, muitas pessoas também vão querer comer e uma quantidade de arroz descascado e semelhantes será gasta. Não direi uma palavra para ninguém.” Assim noite e dia ele passou seu tempo pensando em nada além de mingau mas temendo gastar dinheiro nada falou com ninguém e guardou seu desejo para si. Mas incapaz de controlá-lo, gradualmente tornou-se pálido e mais pálido e com medo de de gastar sua riqueza não falou de seu desejo para viva alma, e logo logo ficando fraco deitou, abraçando a cama. Sua esposa então veio vê-lo e batendo nas costas dele com a mão perguntou, “está meu senhor doente ?” “Doente você !” ele gritou, “Eu estou muito bem.” “meu senhor, estais pálido. Tens alguma coisa na cabeça ? Está o rei chateado com algo ou foste tratado com desrespeito por teus filhos ? Ou concebeste desejo de algo ?” “Sim, tenho um desejo.” “Diga-me o quê é, meu senhor.” “Pode guardar um segredo ?” “Sim, ficarei quieta sobre qualquer desejo que deva ser guardado em segredo.” Mas mesmo assim, temendo gastar dinheiro, não teve coragem de dizer a ela mas sendo repetidamente pressionado acabou dizendo, “Minha cara, um dia vi o sub tesoureiro comendo mingau de arroz preparado com ghee, mel e açúcar em pó e a partir daquele dia estou com desejo de comer o mesmo tipo de mingau.” “Pobre miserável, estais em tão má situação ? Cozinharei mingau suficiente para toda a população de Benares.” Ele então caiu justo como se um porrete houvesse atingido sua cabeça. Irado com ela ele disse, “Tenho consciência que és muito rica. Se vier de tua família, podes cozinhar e dar mingau de arroz para toda a cidade.” “Bem então cozinharei o suficiente para os moradores de uma única rua.” “O que você tem a ver com eles ? Deixe-os comer o que pertence a eles.” “Então farei o suficiente para sete donos de casa comerem aleatoriamente aqui e lá.” “O quê eles são para você ?” “Bem, então cozinharei apenas para nosso pessoal.” “O quê eles são para você ?” “Então cozinharei meu senhor para você e para mim.” “E, prego, por quê você ? Não é permitido no teu caso.” “Cozinharei o mingau apenas para o senhor.” “Prego, não o cozinhe para mim : se cozinhares na casa, muitas pessoas o verão. Mas apenas me dê uma medida de arroz descascado, um litro de leite, um pouco de açúcar, um pote de mel e uma panela para cozinhar, indo para a floresta eu cozinharei lá e comerei meu mingau.” Ela fez isto e mandando um escravo pegar tudo que ele ordenara e ir ficar e tal e tal lugar. Mandando o escravo na frente, sozinho fez para si mesmo um véu e disfarçado foi até o lado do rio ao pé de um arbusto e foi feito um fogão e lenha e água trazidas para ele e disse para o escravo, “Vá e fique naquela estrada lá e se vier alguém faça um sinal para mim e quando te chamar de volta, venha.” Despachando o escravo, fez um fogo e cozinhou o mingau. Naquele momento Sakra, rei do céu, contemplando a esplêndida cidade dos deuses, dez mil léguas em extensão, a rua dourada longa sessenta léguas e Vejayanta ( palácio de Sakra ) erguido até mil léguas de altura e Sudhamma ( salão da justiça de Sakra ) englobando quinhentas léguas e seu trono de mármore amarelo, de sessenta léguas de extensão e seu parassol branco com sua grinalda dourada, cinco léguas de circunferência e sua própria pessoa acompanhado de um cortejo glorioso de vinte e cinco milhões de ninfas celestes – contemplando, dizia, toda esta glória sua, pensou, “O quê terei feito para atingir tal honra como esta ?” E com seu olho da mente viu a doação de ofertas que estabeleceu quando foi Senhor alto Tesoureiro em Benares e pensou, “Onde meus descendentes nasceram ?” e considerando o assunto disse, “Meu filho Canda nasceu na forma angélica e seu filho foi Suriya.” E notando o nascimento de todos eles, “O quê,” ele gritou, “fez o filho de Pañcasikha ?” E refletindo viu que a tradição da raça foi largado por ele e ocorreu o pensamento, “Este sujeito fraco está sendo sovina nem goza sua riqueza nem dá nada para ninguém : a tradição da raça foi destruída por ele. Quando morrer, renascerá no ínfero. Aconselhando-o e restabelecendo minha tradição mostrarei a ele como renascer na cidade dos deuses.” Deste modo chamou Canda e os outros e disse, “Venha, visitaremos os antros humanos : a tradição de nossa família foi abolida por Maccharikosiya, a casa de caridade foi queimada e ele nem goza da riqueza nem dá nada pra ninguém mas agora desejoso de comer mingau e pensando, 'Se cozido na casa o mingau deverá ser dado para mais alguém também,' ele foi para a floresta e está cozinhando sozinho. Iremos e o converteremos ensinando-o os frutos da caridade. Se contudo for questionado por todos nós de uma vez a dar um pouco de comida, cairia morto no mesmo lugar. Irei primeiro e quando já tiver pedido mingau e sentado , então vocês chegam, um depois do outro, disfarçados de brahmins e peçam a ele.” Assim falando ele mesmo na semelhança de um brahmin aproximou-se e gritou, “Ho ! Qual é a estrada para Benares ?” Maccharikosiya disse, “Perdeu a cabeça ? Nem sabes o caminho para Benares ? Por quê vieste para cá ? Saia daqui já.” Sakra, fingindo não escutar o quê ele diz, aproxima-se mais, perguntando-o o quê dissera. Berrou então, “Disse, velho brahmin surdo, por quê vieste para este lado ? Vá embora.” Sakra então disse, “Por quê berras tão alto ? Vejo aqui fumaça e fogo e mingau de arroz está cozinhando. Deve ser uma ocasião de entretenimento de brahmins. Eu também, quando os brahmins estiverem se alimentando, comerei um pouco. Por quê me afastas ?” “Não há nenhum entretenimento de brahmins aqui. Saia daqui.” “Então por quê estais irado ? Quando você comer tua comida, comerei um pouco.” Ele disse, “Não te darei nem um único caroço de arroz cozido. Esta pouca comida é justo o suficiente para me manter vivo e e mesmo esta foi conseguida mendigando. Vá e procure sua comida em outro lugar ” - e isto ele disse em referência ao fato de ter pedido a sua esposa o arroz – ele falou esta estrofe :

Não regateio para comprar ou vender
Nada guardo de meu para dar ou emprestar :
Este donativo de arroz foi duro de conseguir,
Dificilmente suficiente para nós dois.

Escutando isto Sakra disse, “Também com voz melíflua repetirei uma estrofe para você ; escute-me, “ e apesar de tentar pará-lo, dizendo, “Não quero escutar tua estrofe,” Sakra repetiu um par de estrofes :

De pouco, deve-se dar pouco, de moderado meios semelhantemente,
De muito dê muito : de nada dar nenhuma questão surge.

Isto então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é teu :
Não coma só, não há benção naquele que sozinho janta,
Pela caridade podes ascender o caminho nobre divino.

Escutando estas palavras, ele disse, “Este é um gracioso dito teu, brahmin ; quando o mingau estiver cozido, receberás um pouco. Prego, sente.” Sakra sentou em um dos lados. Quando ele estava sentado, Canda do mesmo modo aproximou-se e começou uma conversação semelhante, apesar de Maccharikosiya tentar contê-lo, ele falou um par de estrofes :

Vão é teu sacrifício e vão o desejo de teu coração,
Se devesses comer e relutar em dar um pouco a convivas.
Isto então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é teu :
Não coma só, não há benção naquele que sozinho janta,
Pela caridade podes ascender o caminho nobre divino.

Escutando estas palavras, o miserável muito relutantemente disse, “Bem, sente, e terás um pouco de mingau.” Então entrou e sentou próximo a Sakra. Depois Suriya de modo parecido aproximou-se e começando conversação, apesar do avaro querer pará-lo, falou um par de estrofes :

Real teu sacrifício, não vão o desejo de teu coração,
Que não comas sozinho mas dê a convidado uma parte.

Isto então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é teu :
Não coma só, não há benção naquele que sozinho janta,
Pela caridade podes ascender o caminho nobre divino.

Escutando estas palavras o sovina com grande relutância disse, “Bem, sente, e terás um pouco.” Assim Suriya foi e sentou do lado de Canda. Então Matali de modo igual aproximou-se e começou a conversar, apesar do avarento tentar pará-lo, falou estas estrofes :

Quem oferece presentes ao lago ou rio que a torrente de Gaya lava
Ou santuário de Timbaru ou Dona com ondas de rápida corrente,
Aqui recebe fruto do sacrifício e desejo do coração,
Se com um comensal partilhar sua comida sem sentar nem comer separado.

Isto então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é teu :
Não coma só, não há benção naquele que sozinho janta,
Pela caridade podes ascender o caminho nobre divino.

Escutando estas palavras também, carregado como se fosse com um pico de montanha, ele relutantemente disse, “Bem, sente e terás um pouco.” Matali entrou e sentou do lado de Suriya. Então Pañcasikha de modo semelhante aproximou-se e começou conversa, apesar do miserável tentar pará-lo, falou um par de estrofes :

Como peixe que engole avidamente anzol amarrado à linha
É aquele que com conviva à mão janta completamente sozinho.

Isto então te digo, Kosiya, dê oferta do quê é teu :
Não coma só, não há benção naquele que sozinho janta,
Pela caridade podes ascender o caminho nobre divino.

Maccharikosiya escutando isto, com um esforço doloroso e grunhindo alto, disse, “ Bem, sente, e terás um pouco.” Assim Pañcasikha entrou e sentou do lado de Matali. E quando estes cinco brahmins haviam tomado seus lugares, o mingau ficou pronto. Então Kosiya o pegando no fogão disse aos brahmins para pegarem suas folhas. Permanecendo sentados como estavam esticaram as mãos e apanharam folhas de uma trepadeira dos Himalaias. Kosiya vendo-as disse, “Não posso dar qualquer mingau nestas folhas grandes suas : consigam folhas de acácia ou árvores similares.” Eles pegaram tais folhas e cada uma era tão grande quanto um escudo de guerreiro. Então serviu um pouco de mingau com uma colher para todos eles. No momento que servira o último de todos, ainda havia bastante deixada no pote. Naquele momento Pañcasikha levantou-se e deixando sua forma natural a trocou pela de um cachorro e permanecendo na frente deles, urinou. Cada um dos brahmins cobre seu mingau com uma folha. Uma gota da urina do cachorro cai nas costas da mão de Kosiya. Os brahmins buscaram água em suas jarras e misturando-a com mingau fingiam comer. Kosiya disse, “Dê-me também um pouco d'água e após lavar minhas mãos pegarei um pouco de comida.” “Pegue água para você mesmo,” eles disseram, “e lave suas mãos.” “Dei a vocês mingau ; dê-me um pouco d'água.” “Não fazemos negócio de troca com ofertas.” ( qualquer arranjo envolvendo a troca de ofertas é proibido ). “Bem, então guardem esta panela de cozinhar e após lavar as minhas mãos volto,” e ele desceu para a margem do rio. Naquele momento o cachorro encheu a panela de urina. Kosiya vendo-o urinar pega um porrete e aproxima-se, ameaçando-o. O cachorro se transforma em um cavalo de espírito sanguíneo e o perseguiu assumindo várias cores. Uma hora preto, depois branco, ou dourado, malhado. Uma hora alto, em outra de baixa estatura. Assim em muitas aparências diferentes perseguiu Maccharikosiya, que assustado com medo de morte aproximou-se dos brahmins, enquanto eles voaram e permaneceram parados nos ares. Vendo o poder sobrenatural deles disse :

Vocês nobres brahmins, pousados nos ares,
Por quê este cão de vocês tão estranhamente veste
Mil formas variadas, apesar de ser apenas um,
E diga-me verdadeiramente, brahmins, quem são vocês ?

Escutando isto, Sakra, o rei dos céus disse :

Canda e Suriya olhe ! Ambos estão aqui,
E Matali o auriga celeste,
Eu sou Sakra, deus chefe dos Trinta e Três,
E Pañcasikha lá está te caçando.

E celebrando a fama de Pañcasikha Sakra falou esta estrofe :

Com tambor, pandeiro e tamborim eles o acordam do sono,
E enquanto acorda, alegre música faz seu coração pular de alegria.

Escutando suas palavras Kosiya perguntou, “Quais atos levam o ser humano a atingir tal glória celeste como esta ?” “Aqueles que não praticam caridade, praticantes do mal e miseráveis não alcançam o mundo angélico, mas renascem no ínfero.” E para mostrar isto Sakra disse :

Quem quer que, miserável, avaro de nascença,
Despreze sacerdotes e bramins sagrados,
Sua estrutura terrena de agora deixada de lado,
No ínfero, dissolvida pela morte, mora.

E falando a estrofe seguinte, para mostrar como estes que são constantes na retidão atingem o mundo angélico ele disse :

Constantes no certo, que ganham o céu
Fazem ofertas e guardam-se do pecado,
E com seu corpo deixado de lado
Com o decaimento da morte, no céu habita.

Após estas palavras Sakra disse, “Kosiya, não viemos até você por causa do mingau mas com sentimento de piedade e compaixão por você que viemos,” e para tornar isto claro ele disse :

Tu, apesar de descendente nosso em nascimentos anteriores,
É um miserável, um homem de ódio e pecado ;
Foi por tua causa que viemos à terra,
Para te desviar do destino do pecado – renascer no ínfero.

Escutando isto Kosiya pensou, “Eles dizem que são meus benfeitores ; arrancando-me para fora do ínfero que eles anseiam por me estabelecer no céu.” E estando altamente agradecido ele disse :

Que assim vocês me admoestem, sem dúvida buscam meu bem,
Seguirei o conselho de vocês , tanto quanto entendo.

De agora em diante cesso de ser sovina, de atos de pecado me abstenho
Fazer ofertas a todos, nem mesmo um copo, não partilhado, d'água.

Assim sempre dando, Sakra, logo minha riqueza diminuirá,
Então tomarei as ordens e luxúrias de todo tipo fugirão.

Sakra após converter Maccharikosiya ensinou-o os frutos de fazer ofertas e o tornou abnegado e quando pregando a lei o estabeleceu nas cinco virtudes morais, junto com seus deuses ajudantes retornou para a cidade angélica. Maccharikosiya também entrou na cidade de Benares e tendo pedido a permissão do rei mandou que pegassem e enchessem todos os vasos que pudessem colocar as mãos com seus tesouros e deu tudo para os pedintes. E principiou pelo Himavat pela encosta da direita e um local entre o Ganges e um lago natural construiu uma cabana de folhas e tornando-se um asceta vivia de raízes e frutos selvagens. Lá morou um longo tempo até atingir idade avançada. Naquele tempo Sakra tinha quatro filhas, Esperança, Fé, Glória e Honra, que tomando para elas muitas guirlandas celestes perfumadas vieram ao lago Anotatta, para nadar e após divertirem-se sentaram no monte Manosila. Justo naquele momento Narada, um asceta brahmin, foi para o palácio dos Trinta e Três para descansar durante o calor do dia e construía uma residência para nos caramanchões de Cittakuta no bosque Nanda. E segurando em sua mão uma flor de árvore coral, para servir de parassol, retornou para a Caverna Dourada o lugar onde mora no topo de Manosila. As ninfas vendo esta flor na mão dele a pediram.

O Mestre para esclarecer o assunto disse :

Na altura grandiosa de Gandhamadana,
Estas ninfas, protegidas de Sakra, divertiam-se :
A elas um santo de fama mundial
Veio, com um bom ramo na mão.

Este ramo de flores tão pura e doce,
É destinada aos deuses e apropriada aos anjos :
Nenhum demônio, ninguém de nascimento mortal
Pode clamar esta flor de valor inapreciável.

Então, Fé, Esperança, Glória, Honra, aquelas
Quatro donzelas com peles douradas, levantaram-se
E sem iguais entre todas as ninfas
Ao brahmin Narada se dirigiram,

'Dê-nos, Ó sábio, esta flor coral,
Se dar ainda está em teu poder,
Já que como a pessoa de Sakra te honraremos,
E você em todas as coisas será abençoado.'

Quando Narada o pedido delas escutou
Direto começou uma grande querela :
'Não estou necessitado ; a quem permitam
Ser a rainha entre vocês ganhará o ramo.'

As quatro ninfas ao escutarem o quê ele disse falaram esta estrofe :

Ó Narada, tu és supremo,
A quem entregarás o presente :
A quem investirás com tal dom,
E entre nós será considerada a melhor.
Narada, escutando estas palavras, dirigiu-se a elas dizendo :

Belas, tal conselho não é correto ;
Que brahmin ousaria começar querela ?
Leve ao senhor dos espíritos a tua busca,
para saber quem é a melhor e a pior.
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Então o Mestre falou esta estrofe :

Com orgulho da beleza, enlouquecido e colérico
Excitadas pelo sábio esperto,
Para Sakra, senhor dos espíritos foram,
Saber qual era a melhor delas.
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Enquanto permaneciam fazendo a pergunta,

Estas ninfas ansiosas em sua busca
Sakra com o devido respeito falou,
Vocês todas são iguais em beleza,
Quem estragaria a paz de vocês com discórdia ?
Sendo assim questionadas por ele elas disseram :

Narada, que percorre o mundo, sábio poderoso,
De verdade penetrante, constante sempre no que é certo,
Assim falou conosco no cume de Gandhamadana ;
'Para Sakra, senhor dos espíritos, vão direto,
Se desejam saber quem é primeira e última'.

Escutando isto Sakra pensou, “Se tiver que dizer qual destas quatro filhas minhas está em virtude além das outras, estas outras ficaram iradas. Este é um caso impossível para mim decidir ; vou mandá-las para Kosiya, o asceta nos Himalaias: ele decidirá a questão para elas.” Então disse, “Não posso decidir o caso de vocês. Nos Himalaias há um asceta chamado Kosiya : a ele mandarei um copo da minha ambrosia. Ele nada come sem partilhar com outra pessoa e em doar ele mostra discriminação doando para virtuosos. Qual de vocês receber comida da mão dele, esta será a melhor entre vocês.” E assim falando ele repetiu esta estrofe :

O sábio que mora naquela vasta floresta
Não tocará qualquer comida sem partilhá-la ;
Kosiya com juízo confere dons,
A quem ele oferecer, o primeiro lugar é desta.

Em seguida chamou Matali e o enviou ao asceta e o enviando repetiu a seguinte estrofe :

Nas encostas do Himavat onde o Ganges desliza
Na direção sul um santo reside :
Ambrosia, Matali, leve ao santo,
Com comida e bebida ele fortalece a fraqueza.

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Então o Mestre disse :

Com a ordem do deus, seguiu Matali
Um carro com mil corcéis ele dirigia ;
Sem ser visto logo estava ao lado do eremitério
E oferecia ao sábio a comida ambrosial.

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Kosiya a pegou e ainda em pé falou um par de estrofes :

Enquanto erijo uma chama de sacrifício,
Louvando o sol que afasta toda tristeza,
Sakra supremo acima no mundo espiritual que se levanta -
Quem mais ? - ambrosia coloca em minhas mãos.

Branca como uma pérola é ela, sem igual,
Fragrante e pura, maravilhosamente bela,
Nunca antes vista por estes meus olhos ;
Que deus colocou em minhas mãos esta comida divina ?

Então Matali disse :

Venho, Ó poderoso sábio, enviado por Sakra,
Correndo para te trazer nutrimento celeste :
Esta melhor das comidas, prego, coma sem medo,
Vês aqui Matali, auriga celeste.

Comendo isto as doze coisas ruins são mortas,
Sede, fome, descontentamento, fatiga e dor,
Frio, calor, raiva, inimizade, querela, calúnia, torpor -
Esta essência celeste coma tu, nada negue.

Escutando isto Kosiya, para esclarecer que tinha tomado um voto sobre si, falou esta estrofe :

É errado comer só pensei certa vez, então fiz um voto um dia
Não tocar comida, a menos que partilhe um pouco dela.
Comer só nunca é aceito entre pessoas de mente nobre,
Quem quer que com outros nada partilhe, não encontra felicidade.

E quando Matali o questionou dizendo, “Santo senhor, o quê descobriste que estava errado em comer sem dar um pedaço para outros que tomaste este voto sobre ti ?” ele respondeu :

Todos que cometem adultério ou matam mulheres
Que amaldiçoam ou maltratam homens santos ou traem amizade,
E sovinas, pior de todos – que possa nunca aparecer entre estes,
Nem mesmo uma gota d'água tocarei sem dividir.

Para homens e mulheres ambos minhas ofertas sempre fluirão,
Sábios louvarão tais que seus bens em ofertas oferecem ;
Todos os que são generosos neste mundo e evitam avaros modos,
Aprovado por todos, serão estimados sempre boas e verdadeiras pessoas.

Escutando isto Matali permaneceu diante dele na forma visível. Naquele momento estas quatro ninfas celestes ficaram nos quatro pontos cardiais. Glória no leste, Esperança no sul, Fé no oeste, Honra no norte.
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O Mestre para esclarecer o assunto disse :

Quatro ninfas douradas muito brilhantes,
Esperança, Glória, Fé e Honra elevada,
Enviadas por ordem de Sakra em direção a terra,
Para a cela de Kosiya seus passos inclinaram.

As donzelas em formas que fulguravam qual flamas
Para cada um dos quatro quartos vieram ;
Em frente a Matali ( agora deus confesso )
O sábio entusiasmado falou a uma assim,

'Quem és tu, ninfa, qual estrela da manhã,
Iluminando o céu Leste distante ?
Tua forma vestida em traje dourado,
Diga-me teu nome, Ó donzela celestial.'

'Sou Glória, amiga honrada do ser humano,
Pronta a defender a alma imaculada :
Clamando por esta comida, olhe ! Aqui estou ;
Com este pedido, grande sábio, consente.

Abençoou a quem quero
E todo o desejo de seu coração realizo ;
Alto sacerdote, meu nome é Glória, saiba,
Para mim tua comida celeste entregue.'

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Escutando isto Kosiya disse :

As pessoas podem ser habilidosas, virtuosas, sábias,
Ser excelente em todos seus projetos inteligentes,
Ainda assim sem ti nunca têm sucesso ;
Nisto culpo teu ato mal.

Um outro, preguiçoso, ganancioso, veja,
Mal nascido e feio como pode ser :
Abençoado por teu cuidado e rico também
Faz de um nascido nobre seu escravo.

Tu portanto Glória reconheço como falsa e obtusa,
Imprudente em cortejar tolos e abaixar sábios ;
Nenhum direito você tem na verdade nem assento nem moringa
Muito menos comida ambrosial. Sae fora, não gosto de ti.

Assim ela imediatamente desapareceu da vista. Então sustentando conversa com Esperança ele disse :

Quem és tu, bela donzela, com dentes tão puros e brancos,
Com anéis de ouro escuro e enfeitada de braceletes reluzentes,
Em roupa de brilho transparente e vestindo na cabeça
Um ramo qual chama vermelha alimentada de tufos de grama kusa ?

Qual corça selvagem apenas pastando apesar da flecha do caçador,
Tens olhar vago como se fosses criatura deslumbrada,
Ó donzela de olhar macio, que amigo tens aqui,
Para em clareira sozinha na floresta extravie-se sem medo ?

Então ela falou esta estrofe :

Não tenho amigo aqui ; da casa celeste de Sakra
Chamada Masakkasara, nascida anjo vim :
Pedir comida ambrosial, Esperança agora aparece para ti ;
Escute, nobre sábio, e conceda este pedido para mim.

Escutando isto Kosiya disse, “Me disseram que quem quer que te agrade, a este você realizando a fruição da esperança você concede esperança e quem quer que não te agrade, a este você não concede. Sucesso neste caso não chega através de você até este, mas você traz então destruição,” e a guisa de ilustração disse :

Mercadores através da esperança buscam tesouros longe e muito,
E pegando barco nas ondas do oceano navegam :
Lá em algum momento eles afundam para não mais levantar,
Ou escapando deploram a perda da riqueza.

Em esperança seus campos os fazendeiros aram e cultivam,
Semeiam sementes e labutam com o máximo de habilidade ;
Mas alguma praga ou seca aflige o solo
Nenhuma colheita colherá com todo o seu esforço.

Homens de amor fácil levados pela esperança tomam coragem
E pelo bem de seus senhores fazem a parte varonil
Oprimidos por inimigos por todos os lados caem
E lutando por seus senhores perdem tudo e a vida.

Estoques de grãos e riquezas renunciando para seus parentes,
Pela esperança aspirando benção celeste ganhar,
Por longo tempo duras penitências se submetendo
E por maus caminhos atinge estado de dor.

Enganadora da humanidade, tua corte é vã,
Teu fútil desejo por este dom, restrinja,
Nem direito tens de sentar e de pegar moringa :
Muito menos de comida celeste
Sae fora, não gosto de ti.

Ela também ao ser rejeitada imediatamente sumiu de vista. Conversando então com Fé ele falou a estrofe :

Ninfa famosa vestida em flama de glória,
Em pé na direção do Oeste de mau agouro,
Tua forma vestida em roupa de ouro
Diga-me teu nome, ilustre donzela.

Então ela repetiu a estrofe :

Meu nome é Fé, amiga honrada do ser humano,
A alma imaculada pronta a defender :
Clamar por esta comida, olhe ! Estou aqui ;
A este meu pedido, grande sábio, conceda.

Então Kosiya disse, “Estes mortais que acreditando nas palavras primeiro de um depois de outro faz isto ou aquilo, fazem aquilo que não devem fazer mais frequentemente do que deviam fazer e verdadeiramente isto é tudo feito através de você,” e ele repetiu estas estrofes :

Através da fé as vezes as pessoas livremente fazem caridade,
Praticam auto controle, restrição e abstinência :
As vezes novamente através de você caem da graça,
Calúnia e mentira, trapaça e roubo também.

Com esposas, casta, fiel e de alto nível,
Um homem pode ser circunspecto e prudente,
Pode curvar suas paixões bem em tal caso,
Ainda assim com alguma prostituta pode colocar toda sua confiança.

Através de ti, Ó Fé, adultério é frequente,
Abandonando o bem levas uma vida de pecado.
Nenhum direito tens nem de sentar nem de pegar moringa :
Muito menos comida ambrosial. Sae fora, não gosto de ti.
Ela também imediatamente desapareceu da vista. Mas Kosiya conversou com Honra enquanto ela estava de pé no lado norte, repetindo duas estrofes :

Como Aurora que doura as franjas da Noite odiosa,
Do mesmo modo tua beleza explode à minha vista ;
Ó ninfa celeste bela de forma tão fugaz,
Diga-me teu nome e declare quem és tu.

Como tenra planta cujas raízes são alimentadas
Em solo no qual chamas devoradoras se espalharam,
Sua riqueza de folhas vermelhas a brisa do verão faz cair,
Por quê me olhas com ar envergonhado
Satisfeita que vae falar, apesar de em silêncio ainda ?

Então ela falou esta estrofe :

Honra eu sou, amiga querida do ser humano,
Que ajuda empresta aos justos mortais ;
Olhe aqui estou esta comida a clamar,
Apesar de dificilmente ousar expressar meu desejo ;
Para mulher, pedir, conta como vergonha.

Escutando isto o asceta repetiu duas estrofes :

Nenhuma necessidade de você pedir ou rogar,
Receba o que é teu direito e devido :
Te concedo o dom que tu não ousas desejar.
Aceite o alimento que contente comerias.

Condescende, ninfa, toda dourada na roupa, prego,
Festeje dentro da minha cela o dia de ho-je :
Primeiro te honrando com guloseima rara,
Eu também esta comida celeste partilharei.

Então seguem algumas estrofes inspiradas pela sabedoria divina :

Assim Honra, ninfa gloriosa, com o convite dele
Na casa de Kosiya foi bem recebida qual conviva :
Frutos e correntes perenes aí são abundantes,
E santos aglomerados encontram-se em seus átrios.

Aqui arbustos de flores em massa densa vemos,
Manga, piyal, fruta pão, árvore da Judéia ;
Salgueiro e jambo brilhante decoram a clareira,
Lá figo e banian jogam suas sombras sagradas.

Aqui muitas flores com fragrâncias perfumam o vento,
( n.t. : aqui muitos nomes de árvores e plantas são omitidos )
Ali ervilhas e feijões, painço e arroz encontramos :
Bananas para todo lado mostram grandes cachos,
E bambus crescem em grossas moitas.

No lado norte, rodeado por suave e lisa praia,
Alimentada por correntes puras, contemple um lago sagrado.

Lá peixes felizes em paz divertem-se à vontade,
( n. t. : muitos nomes de peixes são omitidos )
E no meio de abundante comida deleitam-se até a satisfação.

Lá pássaros felizes em paz gozam de alimento abundante,
Cisnes, emas, águias também, pavões de rara plumagem,
Cucos, faisões e gansos vermelhos lá estão.
Ali leões, tigres, javalis, recorrem para aplacar a sede.
Estes ursos, hienas e lobos costumam fazer seus lugares de beber.

O búfalo, rinoceronte também estão aqui.
Com antílope, alce, hordas de porcos, cervos vermelhos e outros.
E gatos com orelhas tipo a da lebre em vasto número aparecem.

As encostas da montanha enfeitadas alegremente com flores de formas variadas
Um eco da canção de pássaros que assombravam cada clareia de floresta.
Assim o abençoado cantou os louvores do eremitério de Kosiya . E E depois para apresentar a deusa Honra e a maneira de sua entrada lá ele disse :

A bela inclinada em um galho, toda vestida em roupa de folhagem verde,
Qual relâmpago de nuvem de tempestade direto iluminou a cena.
Para ela foi colocado um sofá delicado, com ricas cortinas na cabeceira,
Tudo trabalhado com fragrante grama kusa, coberto com pele de cervo.
E então para Honra, ninfa celeste, o eremita santo falou :
'Para tua delícia este sofá está colocado ; por favor, sente-se.'

O asceta então água pura da fonte
Em folhas frescas com haste colhidas trouxe,
E sabendo o quê sua alma mais interior desejava
A comida ambrosial a ela alegremente deu.

Enquanto em suas mãos o bem vindo presente apertava,
A ninfa entusiasmada disse ao santo :
' Veneração e vitória tu me deste,
Olhe ! Agora de novo retorno ao meu céu nativo.'

A donzela intoxicada com orgulho da fama,
Com a benção de Kosiya, voltou para Indra,
'E veja,' ela gritou, 'deus dos mil olhos,
A ambrosia aqui – me outorgaram o prêmio.'

Então Sakra e sua hoste de anjos prestaram
Honra devida a donzela celeste sem igual,
E enquanto ela sentava em seu novo trono,
Sua presença deuses e seres humanos reconheceram.

Enquanto assim a honrava este pensamento ocorreu a Sakra, “Qual seria a razão de Kosiya recusar a ambrosia às outras e dar apenas a esta ?” Para saber a razão disto ele novamente enviou Matali.
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O Mestre, para esclarecer o assunto, repetiu esta estrofe :

Então Sakra, senhor dos Trinta -Três,
Novamente se dirigindo a Matali,
Disse, 'Vá e mande o santo explicar
Por quê Honra ganhou a ambrosia.'
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Em obediência a esta palavra Matali, subindo no carro chamado Vejayanta, partiu de lá.
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O Mestre, para explicar o assunto, disse :

Assim Matali então carregou um carro para viajar pelos ares,
Com acessórios todos encaixados, esplendor de beleza assombrosa,
Seu eixo de ouro, ouro bem refinado e toda sua estrutura construída
Com ornamentos elaborados e carregado de dourados.

Pavões em ouro, representados não em pouco número,
Cavalos e vacas, elefantes, tigres e panteras também,
Aqui antílopes e cervos são vistos como se preparados para brigar,
Aqui trabalhado em pedra preciosa estão gaios e outros pássaros em voo.

A ele, eles atrelaram mil corcéis reais de cor dourada,
Cada um forte como um elefante jovem, um espetáculo esplêndido para a vista ;
Seus peitos vestidos de arte dourada, com grinaldas em espirais,
Em trilha que se desfaz, a uma mera palavra, rápidos como o vento eles viajam.

Quando Matali este carro grandioso sobe inclinando-o
O firmamento em todos os dez pontos faz eco ao som :
E enquanto viaja pelos ares, faz o mundo tremer,
E céu, mar, terra, com todas as suas rochas e árvores balançam.

Logo chega no eremitério e desejando declarar
Reverência devida para o homem santo ele deixa um ombro desnudo,
E falando ao sábio brahmin, pessoa estudada e inteligente,
Bem treinado em ensino santo, foi assim que Matali começou :

Escute agora, Ó Kosiya, as palavras de Indra, rei celeste,
Sobre o quê ele está ansioso em aprender, esta mensagem, olhe ! Eu trago,
' Enquanto os pedidos de Esperança, Fé e Glória não reconheceste,
Prego, por quê apenas Honra pode receber de tuas mãos o prêmio ?'

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Escutando estas palavras o asceta falou esta estrofe :

Glória para mim, Ó Matali, parece um jade parcial,
Enquanto Fé, você auriga dos deuses, prova uma donzela inconstante,
Esperança sempre uma enganadora ama trair suas promessas,
Honra apenas está firme, estabelecida no caminho da santa virtude.
E agora em louvor a suas virtudes ele disse :

Donzelas que ainda dentro de suas casas vivem, sempre bem guardadas,
Mulheres que passaram do viço, e tais que ainda moram com os maridos,
Em uma e todas a luxúria da carne dentro de seus corações surge,
À voz de Honra elas sustam o pensamento e a paixão pecaminosa morre.

Onde flechas e lanças no front de batalha são jogados rápida e livremente,
E na confusão quando camaradas caem ou viram e fogem,
À voz de Honra eles sustam suas fugas mesmo ao custo da vida,
E tomados de pânico como estavam mais uma vez começam a batalha.

Justo como a praia impede o avanço das ondas no continente,
Honra também restringirá muitas vezes o caminho das pessoas fracas.
Então, Matali, a Indra volte rapidamente e torne claro,
Os santos por todo o grande e largo mundo, todos, veneram o nome de Honra.

Escutando isto Matali repetiu esta estrofe :

Quem, Kosiya, te sugeriu esta visão,
Foi o grande Indra, Brahma ou Prajapati talvez ?
Esta Honra, sábio poderoso, esteja certo, deve a Indra seu nascimento,
E no mundo angélico está no rank das mais valorosas de todas.

Enquanto ele ainda estava falando, naquele mesmo instante Kosiya tornou-se sujeito a re-nascer. Então Matali disse a ele, “Kosiya, teu agregado de vida está passando de ti : tua prática de caridade ( danadhamma ) está terminada. O quê você tem para fazer no mundo dos seres humanos ? Agora iremos para o mundo angélico,” e tendo em mente conduzí-lo para lá falou esta estrofe :

Venha agora, Ó santo, e direto suba no carro que me é caro,
E deixe-me levá-lo ao céu onde reina os Trinta e três.
Indra está saudoso sensivelmente de ti, da pessoa consanguínea a Indra,
Ho-je teu caminho à amizade com Indra ganharás.

Enquanto Matali estava ainda falando, Kosiya falecendo entrou na existência nos ranks dos deuses sem a intervenção de pais ( opapatika ) e subindo tomou seu lugar no carro celestial. Então Matali o conduziu para a presença de Sakra. Sakra vendo-o ficou feliz de coração e deu a ele sua filha mesma Honra como esposa principal e conferiu a ele uma soberania sem limites.

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Percebendo o estado das coisas o Mestre disse, “É o mérito de alguns ilustres seres que é assim purificado,” e repetiu a estrofe final :

São portanto os atos dos homens santos levados a um final feliz,
E para sempre permanece o fruto dos atos meritórios.
Quem quer que contemple a comida ambrosial dada a Honra,
Direto passa para a amizade com Indra, senhor do céu.


O Mestre aqui terminado seu discurso com estas palavras, “Não apenas agora, Irmãos, mas anteriormente também converti este sovina que era um miserável completo,” e assim falando ele identificou o Jataka assim: “Naquele tempo Uppalavanna era a ninfa Honra, um Irmão de generosidade grande era Kosiya, anurudha era Pañcasikha, Ananda Matali, Kassapa Suriya, Moggaallana Canda, Sariputra Narada e eu mesmo Sakra.  

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