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Mais uma
história das várias contadas pelos pássaros no
Jataka 536 seguindo as do 327, 341, 360.
Certa vez
Brahmadatra matou o rei de Kosala e tomou seu reino. Levando sua
rainha principal, que estava grávida com criança no
útero, voltou para Benares e apesar de saber de sua condição,
fez sua sua rainha também. Quando chegou o tempo, ela deu à
luz um filho semelhante a uma imagem dourada. E a rainha pensou,
“Quando ele crescer o rei de Benares dirá, 'Ele é
filho do meu inimigo : o que ele é para mim ?' e o mandará
matar. Não, que meu filho não morra pelas mãos
de um inimigo.” Então disse à babá dele,
“Cubra esta criança, minha cara, com farrapos e o deixe na
capela mortuária.” A babá fez isto e após se
banhar voltou para casa. O rei de Kosala também após
sua morte nasceu na forma de um anjo guardião do garoto e por
seu poder divino uma cabra pertencente a um pastor de cabras que
deixava seu rebanho pastar neste lugar, vendo o garoto concebeu
afeição por ele e após dar a ele leite para
mamar, pastou um pouco e voltou duas, três ou quatro vezes e
dava a ele de mamar. O pastor de cabras, vendo o quê a cabra
fazia, veio até o lugar e quando viu o garoto também
dele se afeiçoou e o levou para sua esposa. Bem, ela não
tinha filhos e portanto não tinha leite para dar. Então
a cabra continuou a dar de mamar. A partir daquele dia dois ou três
bodes passaram a morrer todo dia. O pastor de cabras pensou, “Se
este garoto continuar a ser cuidado por nós, todos os bodes
morrerão. O que é ele para nós?” Então
o depositou numa urna de argila, cobrindo-o com outra e ungiu sua
face toda, sem deixar nenhum pedaço, com farinha de feijões
e o largou no rio. A criança foi levada pela corrente e foi
encontrada na margem mais baixa próxima do palácio do
rei por um casta baixa consertador de lixo velho, que lá
estava com sua esposa, lavando o rosto. Ele correu apressado e
retirou o vaso d'água e o deixou na margem. “O quê
temos aqui ?” ele pensou e des-cobrindo a urna encontrou a criança.
Sua esposa também era sem filhos e também se afeiçoou
dele. Então ela o levou para casa e cuidou dele. Quando ele
estava com sete ou oito anos de idade, seu pai e mãe o levavam
com eles quando iam ao palácio. Quando estava com dezesseis
anos, o rapaz frequentemente ia ao palácio para pegar coisas
velhas para consertar. E o rei e a rainha tinham uma filha chamada
Kurangavi, uma garota de beleza extraordinária. No momento
que colocou os olhos nele ela caiu apaixonada pelo jovem e sem ligar
para mais ninguém ela constantemente ia para o lugar onde ele
trabalhava. A partir de repetidamente verem um ao outro, ficaram
mutuamente enamorados e secretamente dentro dos recintos reais
relações culpáveis foram estabelecidas. Com o
passar do tempo os empregados contaram ao rei. Em sua cólera
ele chamou seus conselheiros e disse, “Tais e tais atos foram
cometidos por este sujeito de casta baixa : considerem o quê
deve ser feito com ele.” Seus conselheiros responderam : “Grande
é esta ofensa ; depois de puní-lo com todo tipo de
punição devemos matá-lo.” Neste momento o pai
do garoto ( o rei de Kosala ), que tornara-se seu anjo da guarda,
apossou-se do corpo da mãe do rapaz e sob a influência
do ser divino ela se aproximou do rei e disse, “Senhor, este jovem
não é nenhum casta baixa. Ele é meu filho com o
rei de Kosala. Quando disse que o menino morreu, menti para você.
Sabendo ser a criança filho do seu inimigo eu o dei a uma
babá e ela o expôs no cemitério. Então um
pastor de cabras cuidou dele mas quando os bodes começaram a
morrer, ele o colocou no rio e sendo transportado para cá pela
corrente foi encontrado pelo casta baixa que conserta lixo velho no
palácio e o abrigou e se não acredita em mim, chame
todas estas pessoas e pergunte a eles.” O rei chamou todos eles,
começando pela babá e percebendo pelo inquérito
que os fatos eram os apresentados, ficou deliciado de saber que o
jovem era de nasciemnto nobre e dando ordens para que ele tomasse
banho e colocasse roupa esplêndida, deu-o em casamento à
sua filha. Bem, por ter causado a morte dos bodes eles o chamaram
Elakamara ( perdição dos bodes ). O rei depois
designou a ele um transporte e um exército e o enviou,
dizendo, “Vá e tome posse do reino que era de teu pai.”
Assim ele partiu com Kurangavi e foi estabelecido no trono. Então
o rei de Benares pensou, “Ele é bastante mal educado,” e
para instruí-lo nas artes enviou Chalangakumara para ser seu
professor. Aceitando-o como professor deua ele o posto de comandante
em chefe. Logo Kurangavi peca com ele. E o comandante em chefe tendo
um atendente chamado Dhanantevasi e ele enviou pelas mãos
deste roupas e outros adornos para Kurangavi e ela também peca
com este. Tão viciadas e imorais são as mulheres fracas
e portanto não as louvo. Isto o Grande Ser ensinou contando
uma história do passado pois naquele tempo ele era
Chalangakumara e portanto o incidente relatado foi assistido com seus
próprios olhos.
Outra
história. Certa vez o rei de Kosala tomou o reino de Benares
e fez a rainha principal, que estava grávida, sua rainha e
então voltou para sua própria cidade. Logo ela deu à
luz um filho. O rei, porque não tinha nenhum filho seu,
orgulhosamente cuidou do menino e o fez ser instruído em toda
aprendizagem e quando estava na idade o enviou mandando que tomasse
posse do reino que fora de seu pai. Ele foi e reinou lá.
Então sua mãe dizendo que tinha saudades de ver seu
filho pediu licença ao rei de Kosala e partindo para Benares
com um séquito grande e fez estadia em uma cidade que estava
entre os dois reinos. Neste lugar morava um belo jovem brahmin
chamado Pañcalacanda. Ele trouxe para ela um presente.
Vendo-o, ela caiu de paixão e prevaricou com ele. Após
passar alguns dias lá, ela foi para Benares e viu seu filho.
Retornando ela fez estadia na mesma cidade e após passar
vários dias em intercurso culpável com seu amante,
partiu para a cidade de Kosala. Logo depois, dando esta ou aquela
razão para visitar seu filho, pediu licença ao rei e
indo e voltando permaneceu quinze dias na mesma vila, prevaricando
com seu amante. Tão fracas e falsas, Sampunnamukha, são
as mulheres. E contando esta história do passado ele começou
com estas palavras, “Do mesmo jeito é este conto.”
Com isto, em
uma variedade de modos exibindo o encanto com o qual prega a Lei, ele
disse, “Amigo Punnamukha, existem quatro coisas que, se certas
circunstâncias surgem, se mostram injuriosas – estas, digo,
não devem ser depositadas na casa do vizinho doméstico
– um boi, uma vaca, uma carruagem, uma esposa. Destas quatro
coisas um sábio deve manter sua casa limpa :
Boi,
vaca, nem carro para vizinhos emprestar,
Nem
confiar uma esposa à casa de amigo :
O
boi mata-se de trabalhar.
A
vaca é ordenhada em excesso,
A
esposa na casa de amigos erra.
Estas são
seis coisas, amigo Punnamukha, que sob certas circunstâncias se
mostram injuriosas - um arco sem sua corda, uma esposa vivendo na
casa de amigo, um barco, um carro com eixo quebrado, um amigo
ausente, um camarada mau, sob certas circunstâncias se mostram
injuriosos. Verdadeiramente em oito modos, amigo Punnamukha, uma
mulher despreza seu esposo : por pobreza, por doença, por
velhice, por bebedeira, por estupidez, por falta de cuidado, por
fazer todo tipo de negócio, por negligenciar todo dever para
com ela – verdadeiramente, nestes oito casos uma esposa despreza
seu senhor. Daí acontece este verso :
Se
pobre ou doente, bêbado, de pensar imprudente,
Se
estúpido ou se cuida demais do trabalho,
Ou
descuidando do dever – tal senhor a esposa estima como nada.
Verdadeiramente
de nove modos uma mulher incorre em culpa : se gosta de frequentar
parques, jardins e margens de rios, de visitar casas de conhecidos ou
de estranhos, se é dada a vestir adornso de roupas usadas por
homens, se bebe bebida forte, de se destacar, ou de ficar em pé
na porta - nestes nove modos, digo, uma mulher incorre em culpa. Daí
o seguinte verso :
Uma
mulher vestida em roupas vistosas, bebendo gole, apta a vagar
Em parques
agradáveis, em margens de rios, em casas de amigos ou
estranhos
Parada em pé
na própria porta, contemplando com olhar vadio,
Em tais noves
modos corrompe-se logo, extravia-se do caminho da virtude.
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