sábado, 30 de janeiro de 2010

392 Uppalavanna Deusa


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392
Você nunca,” etc. – O Mestre contou esta história enquanto residia em Jetavana, relativa a um Irmão. A estória é que o Irmão deixou Jetavana e passou a morar no reino de Kosala perto de uma floresta : um dia ele desceu ao lago de lótus, e vendo a lótus em flor permaneceu na direção do vento e sentiu seu perfume. Então a deusa que habitava naquela parte da floresta aterrorizou-o dizendo, “Senhor, és um ladrão de odores, isto é um tipo de furto.” E ele voltou assustado para Jetavana, e saudou o Mestre e sentou. “Onde você esteve, Irmão ?” “Em tal e tal floresta, e uma deusa me aterrorizou de tal e tal modo.” O Mestre disse, “Você não é o primeiro que foi aterrorizado por uma deusa quando cheirando uma flor; sábios antigos foram aterrorizados do mesmo jeito,” e ao pedido do Irmão contou uma velha história.

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva nasceu numa família brahmin da vila de Kāsi : quando cresceu aprendeu as artes em Takkasilā ( Taxila ), e depois tornou-se asceta e vivia perto de um lago de lótus. Um dia descendo ao lago ficou sentindo o cheiro da lótus em plena flor. Uma deusa que estava no oco de um tronco de árvore o assustou falando a primeira estrofe:-

Você nunca se dedicou a esta flor que cheiras, apesar de somente um simples viço;
É uma espécie de furto, reverendo senhor, roubas seu perfume.

Então o Bodhisatva falou a segunda estrofe:-

Nem tirei nem quebrei a flor : de longe sinto ‘odor.
Não posso saber a pretexto de quê dizes, roubo perfume.

Naquele mesmo momento um homem cavava o lago colhendo bulbos de lótus, fibras e quebrando a planta. O Bodhisatva vendo-o disse, “Chamas um homem ladrão se fareja a flor de longe: por quê não falas àquele outro homem ali?” Assim com ela conversando disse a terceira estrofe:-

Um homem que cava as raízes da lótus e quebra seus caules, vejo:
Por quê não chamas a conduta daquele homem, desordem?

A deusa, explicando porque não falava com ele, disse a quarta e quinta estrofe:-

Desgosto como roupas de babá são as desordens dos homens:
Não falo com homens como ele mas condescendo em falar contigo.
Quando uma pessoa é livre de manchas más e busca pureza,
Um pecado como uma ponta de cabelo aparece nele como uma nuvem escura no céu.

Assustado por ela o Bodhisatva emocionado falou a sexta estrofe:-

Fada, certamente me conheces bem, por piedade condescendes:
Se me ver fazendo ofensa semelhante, prego, fale comigo novamente.

Então a deusa falou para ele a sétima estrofe:-

Não estou aqui para serví-lo, não somos contratáveis:
Encontre, Irmão, para si o caminho, de ser feliz.

Assim exortando-o ela entrou em seu próprio domicílio. O Bodhisatva entrou em alta meditação e nasceu no mundo Brahmaloka.

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A lição terminada, o Mestre declarou as Verdades, e identificou o Jātaka:- no final das Verdades, o Irmão foi estabelecido no fruto do Primeiro Caminho:- “Naqueles dias a deusa era Uppalavannā, o asceta eu mesmo.”





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