segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

4 Buddha Pequeno Tesoureiro



4
Com o começo mais humilde, etc”. Esta estória foi contada pelo Mestre sobre o Ancião chamado Pequeno Caminhante, enquanto no Bosque de Manga de Jivaka (n. do tr.: leigo seguidor de Buddha, era médico do rei de Magadha, Seniya Bimbisāra) perto de Rājagaha. E aqui um relato do nascimento de Pequeno Caminho deve ser dado. A Tradição diz que a filha de uma família rica de mercadores em Rājagaha condescendeu em intimidades com um escravo. Alarmada que sua conduta fosse descoberta disse ao escravo, “Não podemos viver aqui; pois se minha mãe e meu pai sabem deste nosso pecado, eles nos cortam membro por membro. Vamos embora viver longe.” Então com pertences às mãos, eles furtam-se pela dificilmente aberta porta, e fogem, sem se preocuparem para onde, para encontrar um abrigo além do alcance da sua família. Então eles foram e viveram felizes em um certo lugar, resultando que ela concebe. E quando o tempo do parto estava próximo, ela fala ao marido, “Se o trabalho de parto começar longe da família e parentes, será problemático para nós dois. Voltemos para casa.” Primeiro ele concordou em partir logo, e depois adiou até de manhã; e então ele deixou os dias passarem, até que ela pensou consigo mesma, “Este tolo está tão cônscio da sua grande ofensa que não ousa ir. Pais são os melhores amigos; assim ele vá ou fique, eu devo ir.” Quando ele saiu, ela colocou toda a casa em ordem e partiu de casa, avisando à vizinha de porta, onde ia. Retornando e não encontrando a esposa mas descobrindo com os vizinhos que partira de casa, ele corre atrás dela e a encontra na estrada; e lá e então ela fizera o parto.
“O que é isto, minha querida?” ele disse.
“Pari um filho, meu marido,” ela respondeu.
Concordemente, como a única coisa que era a razão da viagem, aconteceu, resolveram que não seria bom continuar, e voltaram. E como a criança deles nasceu no caminho, o chamaram ‘Caminhante’.
Não muito tempo depois, ela ficou com filho novamente, e aconteceu tudo como antes. E como este filho também nasceu no caminho, o chamaram ‘Caminhante’ também, distinguindo o mais velho como ‘Grande Caminhante’ e o mais jovem como ‘Pequeno Caminhante.’ Então, com ambas as crianças, novamente voltaram para sua própria casa.
Bem, enquanto lá viviam, as crianças-caminho escutavam outras crianças falando de seus tios e avós e avôs; e então perguntaram à mãe se não tinham relações como os outros garotos. “Sim, meus queridos,” disse a mãe ; “mas eles não vivem aqui. Seu avô é um rico mercador na cidade de Rājagaha, e vocês têm lá muitas relações.” “Por quê não vamos lá, mamãe?” Ela conta aos garotos a razão porque fica longe; mas, como as crianças continuavam falando dos parentes, diz ela ao marido, “As crianças estão me atormentando . Meus pais nos comerão quando nos ver? Vamos, mostremos às crianças a família de seus avós.” “Bem, não me importo de levá-los lá; mas realmente não posso encarar seus pais.” “’Tá certo; - contanto que de um modo ou de outro, as crianças vejam os avós,” disse ela.
Aqueles dois então tomaram seus filhos e no curso devido chegaram a Rājagaha e acomodaram-se numa casa de descanso pública junto dos portões da cidade. Tomando as duas crianças consigo, a mulher fez saber sua chegada aos pais. Estes últimos escutando a mensagem, responderam dizendo, “Em verdade, seria estranho estarem sem filhos a menos que houvessem renunciado ao mundo em busca de Arahat(idade). Ainda deve ser tão grande a culpa destes dois em relação a nós que não conseguem permanecer na nossa frente. Aqui tem uma soma de dinheiro para eles: que tomem isto e retirem-se para viver onde quiserem. Mas as crianças, enviem para cá.” Então a filha do mercador tomou o dinheiro, à ela enviado e despachou as crianças com os mensageiros. As crianças cresceram então na casa dos avós, - Pequeno Caminhante sendo de poucos anos, e Grande Caminhante já acompanhava o avô no escutar Buddha pregar a Verdade. E por constantemente escutar a Verdade dos próprios lábios do Mestre, o coração do garoto ansiava por renunciar ao mundo por uma vida de Irmão.
“Com sua permissão,” disse ele ao avô, “gostaria de me juntar à Irmandade.” “O quê estou escutando?” gritou o velho homem. “Pois me daria maior prazer vê-lo juntar-se à Ordem do que ver todo o mundo juntar-se. Torne-se Irmão, se se sente capaz.” E o levou ao Mestre.
“Bem, mercador,” disse o Mestre, “trouxeste contigo seu garoto?” “Sim, senhor; este é meu neto, que deseja juntar-se à Irmandade.” O Mestre então mandou chamar um Mendicante, e disse-lhe para admitir o garoto na Ordem; e o Mendicante repetiu a Fórmula do Corpo Perecível (N. do Tr.: Buddhismo ensina a impermanência das coisas, e princípio dos ensinos de pensamento para entender esta doutrina é a meditação sobre o corpo e suas 32 impureza (cf. Sutta Nipāta I,11, e Jātaka n.o12 infra). Atualmente todo noviço no Ceilão, quando investido com o manto amarelo da Ordem, repete os versos enumerando as 32 impurezas.) e admitiu o garoto como noviço. Quando este último tinha apreendido de coração muitas palavras de Buddha, e estava com idade própria, foi admitido como Irmão plenamente. Ele então passa a
dedicar-se zelosamente ao pensar até ganhar Arahat(idade); e enquanto passava seus dias no gozo do Insight e dos Caminhos, ele pensou se não podia conferir felicidade semelhante a Pequeno Caminhante. E foi assim até seu avô o mercador e disse, “Grande mercador, com seu consentimento, admitirei Pequeno Caminhante à Ordem.” “Prego, faça isto, reverendo senhor,” foi a resposta.
Então o Ancião admitiu o garoto Pequeno Caminhante e o estabeleceu no Dez Mandamentos. Mas Pequeno Caminhante mostrou ser um beócio: em quatro meses de estudo não conseguiu decorar esta simples estrofe:-
Olhem! Como um lótus fragrante à aurora
Do dia, desabrochado, com o bem virgem do aroma,
Contemple a brilhante glória do Buddha,
Como na abóbada celeste irradia o sol!
Pois, é dito, na Buddhidade de Kassapa este Pequeno Caminhante, tendo alcançado o conhecimento de Irmão, riu desprezando um Irmão beócio que aprendia uma passagem de coração. O desprezo confundiu tanto sua cabeça, que este último não conseguia aprender ou recitar a passagem. E agora, como conseqüência, juntando-se à Irmandade ele mesmo mostrava-se beócio. Cada nova linha que aprendia retirava a última de sua memória; e quatro meses escapuliram enquanto ele se debatia com esta única estrofe. Disse-lhe seu irmão mais velho, “Caminhante, tu não estais apto a receber esta doutrina. Em quatro meses inteiros foste incapaz de aprender uma única estrofe. Como podes ter esperança de coroar sua vocação com o sucesso supremo? Deixe o mosteiro.” Mas, apesar de assim expulso pelo irmão, Pequeno Caminhante estava tão apegado ao credo de Buddha que não queria tornar-se leigo.
Naqueles dias Grande Caminhante trabalhava de ecônomo. E Jivaka Komārabhacca, indo para seu bosque de manga com um largo presente de perfumes e flores para o Mestre, apresentou suas ofertas e escutou um discurso; e, levantando-se do assento e inclinando-se para o Buddha, subiu para o Grande Caminhante e perguntou, “Quantos Irmãos existem aqui, reverendo senhor, com o Mestre?” “Apenas 500, senhor.” “Você traria os 500 Irmãos, com o Buddha à frente, para tomarem refeição em minha casa a-manhã?” “Discípulo leigo, um deles de nome Pequeno Caminhante é beócio e não progride na Fé,” disse o Ancião; “aceito o convite para todos menos para este.”
Escutando isto, Pequeno Caminhante pensou consigo mesmo, “Aceitando o convite para todos os Irmãos, o Ancião cuidadosamente me excluiu. Isto prova que está morta a afeição de meu irmão por mim. O que tenho a ver com esta Fé ? Me tornarei um leigo e viverei no exercício da caridade e outras boas obras de caráter laico.” E de manhã cedo saiu, decidido a tornar-se novamente leigo.
Ao começo da aurora, enquanto inspecionava o mundo, o Mestre tornou-se consciente disto; e saindo mais cedo que Pequeno Caminhante, andava para lá e para cá no arco da estrada de Pequeno Caminhante. Quando este último saiu de casa, viu o Mestre, e com uma saudação subiu até ele. “Saindo a esta hora, Pequeno Caminhante?” disse o Mestre.
“Meu irmão me expulsou da Ordem, senhor; e vou vagar.”
“Pequeno Caminhante, já que foi sob mim que tomaste votos, por quê, quando expulso por seu irmão, não vieste a mim? Venha, o que você tem a ver com a vida leiga? Você pararia comigo.” Assim dizendo, ele pegou Pequeno Caminhante e fê-lo sentar à porta da sua própria câmara perfumada. E então dando-
-lhe um roupa perfeitamente limpa que tinha criado sobrenaturalmente, o Mestre disse, “Olhe para o Leste e enquanto usa esta roupa, repita estas palavras – ‘Remoção de Impureza; Remoção de Impureza.’” E então no horário indicado o Mestre, tomando conta da Irmandade, foi para a casa de Jivaka e sentou no lugar para ele estabelecido.
Pequeno Caminhante então. Com o olhar fixo no sol, sentou usando a roupa e repetindo as palavras, “Remoção de Impureza; Remoção de Impureza.” E enquanto usava a peça de roupa, ela ficou suja. E pensou, “Agora mesmo esta peça de roupa estava toda limpa; mas minha personalidade destruiu seu estado original e a fez ficar suja. Impermanente realmente são todas as coisas compostas!” E enquanto entendia Morte e Decaimento, ganhou a Iluminação de Arahat. Entendendo que a mente de Pequeno Caminhante ganhou Iluminação, o Mestre mandou uma aparição e neste semblante de si mesmo apareceu diante dele, como se sentado defronte e disse, “Não considere, Pequeno Caminhante, que esta mera peça de roupa ficou suja e manchada com impureza; dentro de ti estão as impurezas da luxúria e outras coisas más. Remova-as.” E a aparição pronunciou estas estrofes:-

Impureza consiste em Luxúria, não sujeira;
E Luxúria chamamos a real Impureza.
Na verdade, Irmãos, quem quer que retire-a do peito,
Este vive a boa nova de Purificado.
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Impureza consiste de Ira, não sujeira;
E Ira chamamos a real Impureza.
Na verdade, Irmãos, quem quer que a retire do peito,
Este vive a boa nova de Purificado.
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Impureza consiste de Ilusão, não sujeira;
E Ilusão chamamos a real Impureza.
Na verdade, Irmãos, quem quer que a retire do peito,
Este vive a boa nova de Purificado.

No final destas estrofes Pequeno Caminhante atingiu a Arahat(idade) nos quatro ramos do conhecimento, de onde direto veio a saber todos os textos sacros. Tradição diz que, em idades passadas, quando era rei e fazia um solene procissão por sua cidade, tirou o suor da testa com um pano incólume que trazia; e o pano ficou sujo. Ele pensou, “Este meu corpo que destruiu a pureza original e a brancura do pano, maculando-o. Impermanente realmente são todas as compostas coisas.” Assim ele apreendeu a ideia de impermanência; e por isto aconteceu da remoção da impureza operar sua salvação.
Enquanto isto, Jivaka Komārabhacca ofereceu a Água da Doação; mas o Mestre colocou sua mão em cima da tigela, dizendo, “Não há nenhum Irmão, Jivaka, no mosteiro?” Disse Grande Caminhante, “Não há ninguém lá, reverendo senhor.” “Ah sim, há, Jivaka,” disse o Mestre. “Ei, aqui!” disse Jivaka a um empregado; “vá você apenas ver se há ou não no mosteiro algum Irmão.”
Naquele momento Pequeno Caminhante, cônscio de que seu irmão declarava não haver nenhum Irmão no mosteiro, determinado a mostrar que havia, preencheu todo o bosque de manga com Irmãos. Alguns faziam roupas, outras tingiam-as, enquanto outros repetiam textos sacros:- fez cada um dos mil Irmãos diferente dos outros. Encontrando esta hoste de Irmãos no mosteiro, o homem voltou e disse que todo o bosque de manga estava cheio de Irmãos.
Em relação ao Ancião acima no mosteiro-
Caminhante, milhares de vezes multiplicado,
Sentado, até dando boas-vindas, no bosque aprazível.
“Agora volte,” disse o Mestre ao mensageiro, “e diga ‘O Mestre me envia para aquele cujo nome é Pequeno Caminhante.’”
Mas quando o mensageiro lá chegou e deu a mensagem, milhares de bocas responderam, “Sou Pequeno Caminhante! Sou Pequeno Caminhante!” Volta o mensageiro com o relatório, “Todos eles dizem que são ‘Pequeno Caminhante,’ reverendo senhor.” “Bem, agora volte,” disse o Mestre, “e tome pela mão o primeiro que disser que é Pequeno Caminhante, e os outros iram todos desaparecer.” O mensageiro fez como indicado e direto os milhares de Irmãos sumiram da vista. O Ancião voltou com o mensageiro.
À tarde, os Irmãos de roupa laranja reunidos em assembléia por todos os lados no Salão da Verdade e cantaram louvando o Mestre assim como espalhava uma cortina de pano laranja ao redor dele. “Irmãos,” foi dito, “Grande Caminhante falhou em reconhecer a tendência de Pequeno Caminhante, e o expulsou do mosteiro como um beócio que não podia aprender uma única estrofe em quatro meses. Mas o Buddha Onisciente com sua supremacia na Verdade concedeu Arahat(idade) com todos seus conhecimentos sobrenaturais, mesmo durante uma refeição. E por este conhecimento ele apreendeu todos os textos sacros. Oh! Como é grande o poder do Buddha!”
Bem então Bento, sabendo do que se tratava a conversa que acontecia no Salão da Verdade, achou conveniente lá ir. E levantando-se de seu leito de Buddha, pôs duas roupas de baixo laranjas, cingiu-se como que com um raio, colocou em si mesmo o manto laranja, a grande veste de Buddha e veio para o Salão da Verdade com a graça infinita de um Buddha, movendo-se com a alegria real de um elefante na plenitude de seu vigor. Ascendendo o glorioso trono de Buddha situado no meio do Salão resplendente, sentou no meio do trono emitindo aqueles seis raios coloridos marca de um Buddha – como o sol na aurora, quando dos picos das Montanhas Yugandhara ele ilumina as profundezas do oceano. Imediatamente quando o Onisciente veio para o Salão, a Irmandade parou de falar e ficou em silêncio. Encarando com amor-gentil a companhia, o Mestre pensou consigo mesmo, “Esta companhia é perfeita! Ninguém é culpado de mover mão ou pé impropriamente; nenhum som, nenhuma tosse nem espirro é escutado! Em sua reverência e espanto com a majestade e glória de Buddha, ninguém ousa falar antes que eu o faça, mesmo que me sente aqui em silêncio por todo a minha vida. Mas é minha parte dar início; e abrirei o debate.” Então em seus divinos doces tons dirigiu-se aos Irmãos, e disse, “Prego, qual o tema deste conclave? E qual a conversa que foi interrompida?” “Senhor,” eles disseram, “não era nenhum tema útil, mas louvávamos a nós mesmos neste conclave.”
E depois que disseram palavra por palavra do que falavam, o Mestre disse, “Irmãos, através de mim Pequeno Caminhante elevou-se a grandes obras na Fé; em tempos passados elevou-se em grandes obras no caminho da riqueza, - mas também através de mim.” Os Irmãos pediram ao Mestre para explicar; e o Abençoado tornou claro nestas palavras a coisa que as existências sucessivas escondiam deles:-

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Certa vez quando Brahmadatra reinava em Benares em Kāsi, o Bodhisatva nasceu na família do Tesoureiro, e crescendo foi feito Tesoureiro ele mesmo, sendo chamado Pequeno Tesoureiro. Era um homem sábio e inteligente, com um olho agudo para sinais e augúrios. Um dia no seu caminho para diante do rei, viu um camundongo morto na estrada; e, anotando a posição das estrelas naquele momento, disse, “Qualquer jovem decente com a cabeça no lugar, só precisa pegar este camundongo e pode começar um negócio e manter uma esposa.”
Suas palavras foram escutadas por um jovem de boa família mas de condições reduzidas, que disse a si mesmo, “Lá está um homem que sempre fala com razão.” E concordemente pegou o camundongo, que vendeu por ¼ de centavo numa taverna para o gato deles.
Com o dinheiro comprou melado e tomando água de beber num pote. Vindo floristas retornando da floresta, deu-lhes um pequena quantidade de melado e água para beber. Cada uma lhe deu mão cheia de flores, com a renda do que, no dia seguinte, voltou novamente para as floristas fornecendo melado e água. Naquele dia as floristas deram metade das flores; e assim logo tinha oito centavos.
Mais tarde, um dia chuvoso e de ventania, o vento soprou uma quantidade de ramos e galhos e folhas no jardim do rei, e o jardineiro não sabia como limpar. Logo veio o jovem com uma oferta para limpar o lote, se as madeiras e as folhas pudessem ficar com ele. O jardineiro concordou na hora. Então este apto pupilo do Pequeno Tesoureiro encaminhou-se para o playground das crianças e logo conquistou-as com melado para catarem toda madeira e folha num monte na entrada do jardim. Justo então o oleiro do rei procurava lenha para cozinhar tigelas para o palácio, e chegando àquele monte, comprou a lenha das mãos dele. A venda da madeira rendeu dezesseis centavos ao pupilo do Pequeno Tesoureiro, assim como cinco tigelas e outros potes. Tendo agora vinte e quatro centavos no total, um plano lhe ocorreu. Foi para a vizinhança do portão da cidade com um jarro cheio d’água e supriu 500 ceifeiros com água para beber. Eles disseram, “Você nos fez bem amigo. O quê podemos fazer por você? “ “Ah, eu direi a vocês quando precisar de ajuda,” ele respondeu; e enquanto ocupava-se fez amizade com um comerciante na terra e um comerciante no mar. O primeiro o informou, “A-manhã chegará À cidade um comerciante de cavalos com 500 cavalos para vender.” Escutando esta novidade, disse aos ceifeiros, “Quero que cada um de vocês ho-je me dê um feixe de grama e não venda sua grama até a minha estar vendida.” “Certamente,” disseram eles, e enviaram 500 feixes para sua casa. Incapaz de achar grama para os cavalos, o negociante comprou a grama de nosso amigo por mil moedas.
Uns dias depois seu amigo comerciante do mar trouxe novidades da chegada de um largo navio no porto; e outro plano lhe assomou. Contratou por oito centavos uma carruagem alugada à hora bem bonita, e chegou em grande estilo no porto. Comprando o barco à crédito e depositando o anel-sinete como penhor, erigiu um pavilhão e disse a seu povo que assentasse dentro, “Quando os mercadores estiverem se apresentando, que eles passem por três sucessivos ucheiros (meirinhos, lanterninhas) até à minha presença.” Escutando que o barco chegou no porto, cerca de cem mercadores desceram para comprar a carga; só para escutarem que não podem fazê-lo pois um grande mercador já a comprou por conta. Então todos foram ao jovem; e os infantes levavam aos três sucessivos ucheiros cada um dos cem mercadores rigidamente, que davam mil moedas por parte da carga e mais mil pelo resto todo. Então este pupilo do Pequeno Tesoureiro retornou com 200.000 moedas para Benares.
Tomado pelo desejo de mostrar sua gratidão, foi com cem mil moedas chamar o Pequeno Tesoureiro. “Como conseguiu toda esta riqueza?” perguntou o Tesoureiro. “Em quatro curtos meses, simplesmente seguindo seu conselho,” respondeu o jovem; e contou toda a história, começando do camundongo morto. Pensou o Alto Senhor Pequeno Tesoureiro, escutando tudo, “Devo verificar para que este jovem companheiro não caia nas mãos de outra pessoa.” Então o casou com sua própria filha crescida e colocaram os bens todos de raiz com o jovem. E à morte do Tesoureiro, tornou-se Tesoureiro naquela cidade. E o Bodhisatva passou sendo tratado de acordo com seus méritos.

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A lição terminada, o Supremo Buddha, Onisciente, repetiu a estrofe:-

Com o mais humilde começo e capital insignificante
Um homem astuto e hábil crescerá em bens,
Como seu respirar mesmo pode nutrir tênue chama.

Também disse o Abençoado, “Foi através de mim, Irmãos, que Pequeno Caminhante também agora elevou-se em grandes obras na Fé, como em tempos passados grandes coisas em riquezas.” Sua lição terminada, o Mestre fez conexão entre as duas histórias que contara e identificou o Jātaka nestas palavras concluintes, “Pequeno Caminhante era naqueles dias o pupilo do Pequeno Tesoureiro, e eu mesmo era o Alto Senhor Pequeno Tesoureiro.”



Um comentário:

LIBERATI disse...

Grande Zé, o blogue está bonito, limpo, valoriza o texto, que é o seu objetivo principal eu compreendo. Muito bom mesmo.
Indiquei seu blogue lá no meu e botei entre meus favoritos.
Parabéns.