( Na primeira representação de Buddha entre os deuses os tambores no alto indicam o céu e as pernas dobradas do primeiro à direita que estão voando ; as apsaras celestes carregam incenso : cena em Borobudur, Indonésia. Na segunda representação em Sañchi, há dois níveis dos deuses, estando o degrau da escada entre o céu e a terra no meio deles, representada pela trave.)
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“Força,
homem... etc.” - Esta história o Mestre contou enquanto
residia em Jetavana, para explicar inteiramente uma questão
que ele fez ao Comandante da Fé.
Naquele
tempo o Mestre fez uma pergunta concisa ao Ancião. Esta é
a história
toda,
resumida, sobre a descida do mundo dos deuses. Quando o reverendo
Pindola-Bharadvaja ganhou por seus poderes sobrenaturais a tigela de
madeira de sândalo na presença do grande mercador de
Rajagaha, o Mestre proibiu os Irmãos de usarem seus poderes
milagrosos. ( A história é contada no Culla vagga,
v. 8 ( Vinaya Texts, III, p.78, em Sacred Books of the
East. O setthi colocou uma tigela de madeira de sândalo
no alto de um mastro e desafiou a todos os clérigos a descê-la
de lá. Pindola elevou-se nos ares por poder 'máyaco' e
pegou-a. Foi censurado pelo Mestre por ter usado um grande dom para
um fim sem valor).
Então
os cismáticos pensaram, “O asceta Gautama proibiu o uso de
poderes milagrosos : agora ele mesmo não fará
milagres.” Seus discípulos ficaram perturbados e disseram
aos cismáticos, “Por quê vocês não
retiraram a tigela com seu poder sobrenatural ?” Eles responderam
: “Isto não é difícil para nós, amigo.
Mas pensamos, Quem mostrará diante dos laicos seus poderes
refinados e sutis por causa de uma reles tigela de madeira ? E por
isto não pegamos. Os ascetas do clã Sakya o pegaram e
mostraram seu poder sobrenatural por pura cobiça tola. Não
pense que para nós é problema operar milagres. Suponha
que deixemos de considerar os discípulos de Gautama o asceta :
se quisermos nós também mostraremos nossos poderes
sobrenaturais como também o asceta Gautama : se ele faz um
milagre faremos o milagre em dobro.”
Os Irmãos
que escutaram isto contaram ao Abençoado sobre : “Senhor, os
cismáticos disseram que operarão um milagre.” Disse
o Mestre : “Deixem-nos fazer, Irmãos ; farei igual.”
Bimbisara, escutando isto, foi e perguntou ao Bento : “Operarás
um milagre Senhor ?” “Sim, Ó rei.” “Não havia
uma ordem dada sobre este assunto, Senhor ?” “A ordem, Ó
rei, foi dada aos meus discípulos ; não há ordem
que possa mandar nos Buddhas. Quando as flores e as frutas no parque
estão proibidas para outros, a mesma lei não se aplica
a tu.” “Então onde você operará os
milagres, Senhor ?” “Em Savatthi, sob uma mangueira ramalhada.”
“O quê tenho que fazer então ?” “Nada, Senhor.”
Dia
seguinte, quebrando o jejum, o Mestre saiu em busca de ofertas. “Onde
vae o Mestre ?” perguntava o Povo. Os Irmãos responderam a
eles,”No portão da cidade de Savatthi, debaixo da mangueira
ramalhada, ele operará um milagre duplo para confundir os
cismáticos.” A multidão disse, “Este milagre será
o que chamam de obra prima ; vamos ver :” deixando as portas de
suas casas, seguiram o Mestre. Alguns dos cismáticos também
seguiram o Mestre com seus discípulos : “Nós também,”
eles disseram, “operaremos um milagre, no lugar onde o asceta
Gautama operar o seu.”
Logo o
Mestre chegou em Savatthi. O rei perguntou a ele, “É vero,
Senhor, que estás prestes a executar um milagre, como dizem ?”
“Sim, é verdade,” ele disse. “Quando ?” perguntou
o rei. “No sétimo dia a partir de agora, na lua cheia do mês
de Junho.” “Devo erguer um pavilhão, Senhor ?” “Paz,
grande rei : no lugar em que operarei meu milagre Sakra erguerá
um pavilhão de jóias doze léguas de
circunferência.” “devo proclamar isto pela cidade, Senhor
?” “Proclame-o, Ó rei. “ O rei enviando um Proclamador
da Verdade em um elefante ricamente ajaezado, proclamou assim : “Boas
novas ! O Mestre realizará um milagre, para confundir os
cismáticos, no Portão de Savatthi,
debaixo da mangueira ramalhada, daqui a sete dias !” todo dia foi
feita a proclamação. Quando os cismáticos
escutaram as boas novas, que o milagre seria feito debaixo da
mangueira ramalhada, eles cortaram abaixo todas as mangueiras
próximas a Savatthi, pagando aos proprietários por
elas.
Na noite da lua
cheia o Proclamador da Verdade fez a proclamação ;
todos que de coração queriam ir, encontraram-se em
Savatthi : a multidão estendia-se por doze léguas.
Cedo pela
manhã o Mestre saiu em suas rondas buscando ofertas. O
jardineiro do rei, Ganda ou Nó de nome, estava justamente
levando para o rei uma manga madura ; inteiramente madura, grande
como um balde, quando espreitou o Mestre no portão da cidade.
“Esta fruta vale para o Mestre,” disse ele e a deu a ele. O
Mestre pegou-a e sentando então do lado comeu a fruta. Quando
estava comida, ele disse, “Ananda, dê ao jardineiro este
caroço para plantá-lo aqui neste lugar ; esta deve ser
uma mangueira ramalhada.” O Ancião fez isto. O jardineiro
cavou um buraco na terra e o plantou. No mesmo instante o caroço
brotou, raízes saíram, para o alto explodiu um galho
vermelho alto qual um arado ; com a multidão olhando fixo
transformou-se em uma mangueira de cem côvados, com um tronco
de cinquenta côvados e ramos de cinquenta côvados ; ao
mesmo tempo flores se abriram, frutos amadureceram ; quando o vento
soprou nela, doces frutas caíram ; então os Irmãos
vieram e comeram a fruta e se retiraram. À noite o rei dos
deuses, refletindo, percebeu que era uma tarefa para ele fazer um
pavilhão com as sete coisas preciosas. Então chamou
Vishvakarma e este fez um pavilhão com as sete coisas
preciosas doze léguas de circunferência, coberto todo de
lótus azul. Assim os deuses das dez mil esferas foram
reunidos juntos. O Mestre, tendo para a confusão dos
cismáticos realizado um milagre duplo passando o milagre entre
seus discípulos, fez a fé brotar em multidões,
se levantou e sentando em um assento de Buddha , declarou a Lei.
Duzentos milhões de seres beberam das águas da vida.
Então, meditando para ver onde foi que Buddhas anteriores
foram quando praticaram milagres e percebendo que foi para o Céu
dos Trinta e três, elevou-se do assento de Buddha, o pé
direito colocando no topo do Monte Yugandhara ( Monte Meru ou Sineru,
o Olimpo Indiano, cercado de sete círculos concêntricos
de montanhas, a mais interior sendo Yugandhara ) e com o pé
esquerdo andou para o pico do Sineru, começou a estação
das chuvas debaixo da grande Árvore Coral ( àrvore
chamada é a Erythmia Indica ; uma grande cresce no céu
de Indra / Sakra ), sentou no trono de pedra amarela ( de Sakra );
pelo tempo de três meses ele discursou sobre doutrina
transcendental ( Abhidharma ) para os deuses.
O Povo não
sabia o lugar para onde o Mestre foi ; eles olharam e disseram,
“vamos para casa,” mas residiram naquele lugar durante a estação
chuvosa. Quando a estação sombria estava próxima
do fim e a festa adiante, o grande Ancião Moggallaana foi e
anunciou-o para o Abençoado. Com isto o Mestre questionou-o,
“Onde está Sariputra agora ?” “Ele, Senhor, após
o milagre que o agradou, permaneceu com quinhentos Irmãos na
cidade de Samkassa e lá está ainda.” “Moggaallana,
no sétimo dia a partir de agora descerei pelo Portão de
Samkassa.” O Ancião assentiu foi e contou ao Povo : toda a
companhia ele transportou de Savatthi para Samkassa, uma distância
de trinta léguas em um piscar de olhos. Quaresma acabada e
festa celebrada, o Mestre conta ao rei Sakra que estava prestes a
retornar para o mundo das pessoas. Então Sakra chamou
Vishvakarma e disse a ele, “Faça uma escada para Dasabala
descer no mundo das pessoas.” Ele colocou a cabeceira da escada
no pico do Sineru e o pé da escada no portão de
Samkassa e entre os dois fez três descidas lado a lado : uma de
gemas, uma de prata e uma de ouro : a balaustrada e a cornija eram
das sete coisas preciosas. O Mestre, tendo realizado um milagre para
a emancipação do mundo, desceu pela escada mais do meio
feita de gemas. Sakra carregou o hábito e a tigela, Suyama, um
leque de pelo de iaque, Brahma Senhor de todos os seres carrega um
parassol e as deidades das dez mil esferas veneram com guirlandas e
perfumes divinos. Quando o Mestre estava no pé da escada,
primeiro Ancião Sariputra o saudou e depois o resto da
companhia.
Entre esta
assembleia o Mestre pensou, “Moggallana mostrou que possue poder
sobrenatural, Upali como alguém versado na lei sagrada mas a
qualidade da alta sabedoria que possue Sariputra não se
apresentou. A não ser eu, nenhuma outra pessoa possue
sabedoria tão completa e plena quanto ele ; farei conhecida a
qualidade de sua sabedoria.” Primeiro de tudo fez uma pergunta
que é colocada para pessoa simples e elas não
responderam. Então questionou dentro do grupo do Primeiro
Caminho e esta eles do Primeiro Caminho responderam mas o Povo comum
não sabia nada disto. Do mesmo modo questionou por sua vez os
grupos do Segundo e do Terceiro Caminho os Santos, o Discípulo
Chefe ; e em cada caso aqueles que estavam abaixo em cada grau foram
incapazes de responder mas os que estavam acima podiam responder.
Então ele questionou dentro dos poderes de Sariputra e este
Ancião pode responder mas os outros não. O Povo
perguntou, “Quem é este Ancião que respondeu ao
Mestre ?” Lhes foi dito, era o Capitão da Fé e
Sariputra era seu nome. “Ah, grande é sua sabedoria !”
eles disseram. Daí em diante a qualidade da grande sabedoria
do Ancião foi conhecida pelas pessoas e pelos deuses. Então
o Mestre disse a ele,
Alguns
têm provas para passar e outros alcançaram a meta :
Suas
posturas diferentes mostram, quanto a ti, sabes tudo.
Tendo assim
questionado dentro do âmbito de Buddha, ele adicionou, “Aí
está um ponto colocado com brevidade, Sariputra : qual o
significado da matéria em tudo que ela
carrega
?” O Ancião considerou o problema. Pensou ele, “O Mestre
questiona a postura própria com a qual os Irmãos
atingem progresso, ambos, aqueles que estão nos Caminhos mais
baixos e aqueles que são Santos ?” Quanto a questão
geral, ele não tinha dúvidas. Mas então
considerou, “O modo característico de postura pode ser
descrito de várias maneiras de falar de acordo com os
elementos essenciais do ser ( os cinco khandas ) e daí
por diante a partir do começo ; bem, de que modo alcanço
o que o Mestre quer dizer ? Ele estava em dúvida sobre o
significado. O Mestre pensou, “Sariputra não tem dúvida
sobre a questão geral mas dúvidas sobre que ponto de
vista particular me situo. Se não der uma ideia, nunca será
capaz de responder, então darei uma ideia a ele.” Esta
ideia ele deu dizendo, “Veja aqui Sariputra : considera isto
verdadeiro ? ” ( mencionando algum ponto ). Sariputra considerou o
ponto.
Dada assim a
indicação, ele soube que Sariputra pegou o significado
e responderia integralmente, começando dos elementos mesmo do
ser. Então a questão ficou clara diante do Ancião,
como com cem indicações, não, mil ; e ele, com a
indicação dada pelo Mestre, respondeu a questão
que era do nível de Buddha.
O Mestre
declarou a Lei a sua companhia que cobria doze léguas de chão
: trezentos milhões de seres beberam àguas da vida.
A companhia
foi dispersada e o Mestre, indo em peregrinação por
ofertas aproximou-se progressivamente de Savatthi. Dia seguinte,
após coletar ofertas em Savatthi, ele voltou de suas rondas e
falou aos Irmãos seus deveres e entrou em sua Câmara
Perfumada. À noite os Irmãos falavam sobre o alto valor
do Ancião enquanto estavam sentados no Salão da
Verdade. “Grande em sabedoria, Senhores, é Sariputra ; ele é
de sabedoria larga, rápida, afiada, penetrante. O Mestre
colocou uma questão resumida e ele respondeu-a inteiramente.”
O Mestre entrando perguntou o quê ele conversavam sentados lá.
Eles disseram. “Esta não é a primeira vez, Irmãos,”
disse ele, “que ele responde largamente uma questão colocada
resumidamente mas ele fez o mesmo antes;” e ele contou-lhes uma
história do passado.
_____________________
Certa vez
quando Brahmadatra reinava em Benares, o Bodhisatva vivia na floresta,
tendo nascido como cervo. Bem, o rei tinha prazer em caçar e
era um homem forte : ele não considerava nenhum outro homem
válido do nome de homem. Um dia quando saiu para caçar
disse a seus cortesãos, “Quem quer que deixe um cervo
passar, tal e tal será sua punição.” Eles
pensaram, Alguém pode permanecer em casa e não achar a
despensa ( sem dúvida um provérbio : pode-se perder a
mais óbvia das coisas). Quando um cervo se levanta, de um
jeito ou de ouro devemos direcioná-lo para o lugar que o rei
está.” Eles fizeram um acordo entre si com este efeito e
colocaram o rei no fim do caminho. Então cercaram uma grande
mata e começaram a bater no chão com porretes e
semelhantes. O primeiro que se levantou foi nosso cervo. Por três
vezes rodeou a mata, procurando uma chance para escapar : em todos os
lados viu homens em pé sem nenhuma quebra, braço
acotovelado com braço, arco com arco ; apenas onde estava o
rei ele podia ver uma chance. Com olhos brilhantes, ele correu até
o rei, que ofuscava-o como se jogassem areia nos seus olhos.
Rapidamente o rei o viu, atirou uma flecha e errou. Deve-se saber
que estes cervos são inteligentes para escaparem de flechas.
Quando as flechas voam direto para ele, os cervos ficam parados e as
deixam passar ; se elas vêm por trás, o cervo escapa
mais rápido ainda ; se vem de cima, eles curvam as costas ;
de lado, eles se desviam um pouco ; se as flechas estão
apontadas para a barriga, eles rolam e quando já passaram foge
o cervo rápido como uma nuvem que o vento espalha. Assim o
rei quando viu este cervo rolar, pensou que o havia atingido e deu o
grito. Levanta-se o cervo, rápido qual o vento e fugiu,
quebrando a circunferência dos homens. Os cortesãos de
ambos os lados que viram o cervo escapar reuniram-se e questionaram,
“No posto de quem o cervo escapou ?” “No do rei !” “Mas o
ei está gritando que o atingiu ! O quê que ele atingiu
? Nosso rei errou o alvo, te digo ! Atingiu o chão !”
Assim divertiam-se com o rei sem nenhum limite, restrição.
“Estes companheiros estão rindo de mim ,” pensou o rei,
“eles não conhecem meu tamanho.” Cingindo os rins, à
pé, espada na mão, partiu velozmente gritando, “Pegarei
o cervo!” Ele o manteve à vista e o caçou por três
léguas. O cervo mergulhou na floresta,o rei mergulhou também.
No caminho do cervo havia um poço, um grande buraco onde uma
árvore havia se desenraizado, sessenta côvados de
profundidade e cheio d'água numa profundidade de trinta
côvados, ainda que coberto com mato. O cervo sentiu o cheiro
d'água e percebendo que havia um poço, desviou-se um
pouco para o lado do caminho. Mas o rei foi direto e caiu. O cervo,
não mais escutando o som dos seus passos, virou para ele ; e
não vendo nenhum homem,entendeu que havia caído no
poço. Ele foi então e o viu em dificuldade medonha, lutando em águas profundas ; pelo mal que
havia feito o cervo não guardava rancor mas pensava
piedosamente, “Que o rei não morra diante dos meus olhos :
libertarei-o deste stress.” Em pé na boca do poço
gritou, “Nada tema, Ó rei, te libertarei deste problema.”
Então com um esforço, intenso como se salvasse seu
próprio filho amado, segurou-se numa rocha ; e aquele rei que
veio para matá-lo, ele retirou fora do poço, sessenta
côvados profundo, confortou-o colocando-o em suas costas mesmas
e levando-o da floresta, deixou-o não distante do seu
exército. Então aconselhou o rei e o estabeleceu nas
Cinco Virtudes. Mas o rei não conseguia deixar o Grande Ser e
lhe disse : “Meu senhor, rei dos cervos, venha comigo à
Benares pois te entrego o senhorio de Benares uma cidade que se
estende por doze léguas, legisle ela.” Mas ele disse,
“Grande rei, sou um dos animais, não quero nenhum reino. Se
me prezas mantenha os preceitos que te ensinei e ensine teus
empregados a mantê-los também.” Com este conselho
voltou para a floresta. E rei retornou para seu exército e
lembrou as nobres qualidades dos cervos com olhos cheios de lágrimas.
Cercado por uma divisão do seu exército, foi pela
cidade enquanto o tambor da Lei era batido e fez sua proclamação
: “De agora em diante, que todos os moradores desta cidade observem
as cinco virtudes.”
Mas não
contou pra ninguém a gentileza feita a ele pelo Grande Ser .
Após comer carnes escolhidas, à noite, reclinou-se em
seu belo leito e aurora lembrando as nobres qualidades do Grande Ser,
levantou-se e sentou no leito em pernas cruzadas e com o coração
cheo de alegria cantou suas aspirações em seis estrofes
:
Tenha
esperança, Ó gente, se és sábia, não
deixe tua coragem cansar :
Vejo por
mim mesmo, que alcancei a meta do meu desejo.
Tenha esperança,
Ó gente, se és sábio, não canse apesar do
tormento das feridas :
Vejo por mim
mesmo, que das ondas lutei pelo meu caminho para a margem.
Tenha
esperança, Ó gente, se és sábio, não
deixe a coragem cansar :
Vejo por
mim mesmo, que agora consegui a meta do meu desejo.
Tenha esperança,
Ó gente, se és sábia, não canse apesar do
tormento das feridas :
Vejo
por mim mesmo, que das ondas briguei pelo meu caminho para a margem.
Aquele que
é sábio, apesar de tomado pela dor,
Nunca
cessará de ter esperança de benção
novamente.
Muitos são
os sentimentos das pessoas, ambos de prazer e dor :
Não
pensam nisto, apesar de ir para a morte.
Que
aconteça o quê não é pensado ;
E o quê
é pensado, falhe :
Para a
felicidade do homem e da mulher
Não
pensar apenas vale.
Enquanto o
rei estava neste ato de cantar estas linhas, o Sol levantou-se. Seu
capelão viera cedo para inquirir sobre o bem estar do rei e
permaneceu na porta escutando o som, do canto e pensou consigo mesmo
: “Ontem o rei saiu para caçar. Sem dúvida perdeu o
cervo e sendo escarnecido pelos cortesãos declarou que pegaria
e mataria o cervo ele mesmo. Então sem dúvida caçou-o,
sendo atingido em seu orgulho de guerreiro e caiu em um poço
de sessenta côvados ; e o misericordioso cervo deve tê-lo
retirado de lá sem pensar na ofensa do rei contra ele. Por
isto o rei está cantando este hino, creio.” Assim o brahmin
escutou cada palavra do canto do rei ; e o quê abatera-se entre
o rei e o cervo tornou-se claro como uma face refletida em um espelho
bem polido. Ele bateu na porta com as pontas dos dedos. “Quem está
aí ?” o rei perguntou. “Sou eu, meu senhor, teu
capelão.” “Entre, teacher,” cotejou o rei e abriu a
porta. Ele entrou e desejou vitória ao rei e permaneceu em um
dos lados. Então disse, “Ó grande rei ! Sei o que
te aconteceu na floresta. Enquanto caçavas um cervo caíste
dentro de um poço e o cervo segurando-se nos lados de pedra do
poço, te retirou para fora dele. Então você
lembrando a magnanimidade dele cantou um hino.” E assim recitou
duas estrofes :
O cervo que
no escarpado de montanha tua caça era,
Ele,
bravamente, te deu vida, pois estava livre de ganância e ódio.
Fora do poço
horrível, fora das mandíbulas da morte,
Inclinando-se
em uma rocha ( um amigo na necessidade )
O grande
cervo te salvou : tal disseste com razão,
Sua
mente está longe de ódio e ganância.
“O quê
!” pensou o rei, escutando isto - “O homem não foi caçar
comigo e ainda assim sabe de toda a matéria ! Como pode saber
? Vou questioná-lo “ ; e repetiu a nona estrofe :
Ó
brahmin ! Estavas lá naquele dia ?
Ou de
alguma testemunha escutaste ?
O véu
das paixões você arrastou :
Vês
tudo : tua sabedoria me amedronta.
Mas o brahmin
disse, Não sou um Buddha oniciente ; apenas escutei o hino
que cantaste, sem perder o significado e deste modo o o fato
esclareceu-se diante de mim.” para explicar o quê repetiu a
décima estrofe :
Ó
senhor dos homens ! Nem escutei nada,
Nem
estava lá naquele dia para ver :
Mas a partir
dos versos que cantaste docemente
Sábios
podem deduzir como se estrutura a matéria.
O rei ficou
deliciado e deu a ele um rico presente.
Daí em
diante o rei dedicou-se a fazer ofertas e boas ações e
seu Povo sendo devoto também de atos de bondade, quando
morreram foram preencher as hostes celestes.
Bem, um dia
aconteceu que o rei foi para seu parque com o capelão para
treinar tiro ao alvo. Neste momento Sakra ponderava de onde vinha
todos os novos filhos e filhas dos deuses, a quem contemplava tão
numerosos a seu redor. Ponderando, percebeu a história toda :
como o rei foi resgatado do poço pelo cervo, e como se tornou
estabelecido na virtude e como pelo poder do rei, multidões
praticavam boas ações e o céu estava se enchendo
; e agora o rei foi para o parque para treinar tiro ao alvo. Então
ele também foi para lá, para que com a voz de um leão
ele pudesse proclamar a nobreza do cervo e fazer saber que ele mesmo
era Sakra e pousado nos ares pudesse discursar sobre a Lei e declarar
a bondade da misericórdia e das Cinco Virtudes e então
voltar. Bem, o rei pretendendo acertar o alvo, esticou o arco e
encaixou uma flecha na corda. Naquele momento Sakra pelo seu poder
fez um cervo aparecer entre o rei e o alvo ; o rei vendo-o não
soltou a flecha. Então Sakra, entrando no corpo do capelão,
repetiu através dele para o rei a seguinte estrofe :
Tua flecha
é morte para muitos seres poderosos :
Por quê
a deixas quieta na corda ?
Deixe
tua flecha voar e matar o cervo em seguida :
É
carne para monarcas, Ó rei sapientíssimo !
Com isto o rei
respondeu em uma estrofe :
Sei disso,
brahmin, com não menos certeza que tu :
O cervo é
carne para guerreiros, creio,
Mas
sou grato por um serviço feito,
E por
isto contenho minhas mãos de matar agora.
Então Sakra
repetiu um par de estrofes :
Não é
cervo nenhum, Ó poderoso monarca ! Mas um Titã é
esta coisa,
Tu és
rei dos homens ; mas mate-o – serás rei dos deuses.
Mas se
hesitares, Ó rei valente !
Em
matar o cervo porque é teu amigo :
Ao rio frio
da morte e ao rei terrível dos mortos
Tu e
tua esposa e filhos descerão.
Com isto o rei
repetiu duas estrofes :
Assim seja
: ao rio da morte e ao rei dos mortos
Envie-me,
minhas esposas e filhos, todo meu séquito
De amigos
e camaradas ; não farei isto,
E
por minha mão este cervo não morrerá.
Certa
vez em uma floresta medonha terrível
Este
mesmo cervo salvou-me de sofrimento desesperado.
Como
posso desejar a morte de meu benfeitor
Após
tal serviço a mim prestado tempos atrás ?
Então Sakra
saiu do corpo do capelão e colocando sua própria forma
e pousado nos ares recitou um par de estrofes que mostrou o nobre
valor do rei :
Viva
longamente na terra, Ó amigo verdadeiro e fiel !
Conforta
com verdade e bondade este domínio ;
Então
hostes de donzelas te atenderão ao redor
Enquanto
tu qual Indra no meio dos deuses reinarás.
Livre da
paixão, com coração sempre pacificado,
Quando
estranhos cobiçam, supra sua necessidade enfadonha ;
Enquanto
poder te é dado, dê, e jogue tua parte,
Sem
culpa, até que o céu seja teu prêmio final.
Assim falando,
Sakra rei dos deuses continuou como segue : “Vim aqui te tetar, Ó
rei e não me deste atenção. Esteja vigilante.”
E com este conselho ele retornou para seu próprio lugar.
______________________
Quando o
Mestre terminou este discurso, ele disse : “Esta não é
a primeira vez Irmãos que Sariputra conhece em detalhes o quê
apenas foi dito em termos gerais ; mas a mesma coisa aconteceu
antes.” Então ele identificou o Jataka : “Naquele tempo
Ananda era o rei, Sariputra era o capelão e eu mesmo o cervo.”
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