(
“Seis figuras voando segurando instrumentos musicais e cercadas de
nuvens representam um grupo de gênios conhecidos como
Gandharvas.
De acordo com a tradição buddhista o rei destes gênios
é chamado Dhrtarastra – é possível que seja o
Gandharva vestindo coroa. Címbalos, flautas, veneram o Buddha.
Mas acima à direita com tronco humano e metade de baixo
pássaros, os Kinnaras
( quase humanos ) músicos também com címbalos
nas mãos. A mulher tem a boca aberta indicando que canta e com
o pé levantado também dança. “ pg. 28, Guide
to Ajanta paintings, vol.2, Monika Zin, MMPublishers, 2003, New Delhi. A gravura de baixo não aparece os kinnaras no canto direito
).
481
“Falei...etc.”
- Esta história o Mestre contou enquanto residia em Jetavana
sobre Kokalika.
Durante uma
estação de chuvas os dois Discípulos Chefes (
Sariputra e Moggaallana ) desejando deixar a multidão e
residirem separados, pediram licença ao Mestre e foram para o
reino onde Kokalika estava. Encaminharam-se para a casa de Kokalika
e disseram assim para ele : “Irmão Kokalika, já que
para nós é um prazer morar com você e para você
conosco também, habitaremos aqui por três meses.”
“Como,” cotejou o outro,”será um prazer para vocês
morar comigo ?” Eles responderam, “Se você não
disser a ninguém que os dois Discípulos Chefes estão
morando aqui, ficaremos felizes e este será um prazer residir
contigo.” “E como será um prazer para mim morar com vocês
?” “Declaramos a Lei / Dharma para você por três
meses na tua casa e discursamos para você e este será
teu prazer em residir conosco.” “Morem aqui, Irmãos,”
cotejou ele, “por tanto tempo quanto vocês queiram :” e
ele dividiu a agradável residência com eles. Lá
moraram na fruição das Consecuções e
nenhuma pessoa sabia da estadia deles naquele lugar.
Quando
eles já tinham assim passado as chuvas disseram a ele, “Irmão,
agora que já moramos contigo iremos visitar o Mestre,” e
despedindo-se dele partiram. Ele concordou e foi com eles na coleta
de ofertas na cidade à frente do lugar onde estavam. Após
a refeição os Anciãos partiram da cidade.
Kokalika os deixou, voltou e disse ao Povo, “Irmãos Laicos,
vocês são como animais brutos. Aqui os dois Discípulos
Chefe ficaram morando por três meses no mosteiro em frente e
vocês não souberam nada sobre isto : agora eles já
foram.” “Por quê você não nos disse, Senhor
?” perguntou o Povo. Eles então pegaram ghee e óleo,
requisitos, vestes e roupas e aproximaram-se dos Anciãos,
saudando-os e dizendo, “Perdoe-nos Senhores ; não sabíamos
que vocês eram os Discípulos Chefes, o soubemos apenas
ho-je através das palavras do reverendo Irmão Kokalika.
Por favor, tenha compaixão de nós e receba estas
roupas e requisitos.” Kokalika foi atrás dos Anciãos
com eles pois pensava, “Frugais os Anciãos são, e
contentam-se com pouco ; eles não aceitarão estas
coisas e então as darão para mim.” Mas os Anciãos,
devido ao presente ser oferecido por instigação de um
Irmão, nem aceitaram as coisas para eles mesmos nem as deram
a Kokalika. O Povo laico então disse, “Senhores, se vocês
não aceitam estas coisas, venham aqui novamente para nos
abençoar.” Os Anciãos prometeram e dirigiram-se à
presença do Mestre.
Agora
Kokalika ficou irado porque os Anciãos nem aceitaram as coisas
eles mesmos, nem as deram para ele. Os Anciãos, contudo, tendo
permanecido um pouco com o Mestre, escolheram cada um quinhentos
Irmãos como seus seguidores e com estes mil Irmãos
seguiram em peregrinação coletando ofertas até a
região de Kokalika. O Povo leigo saiu para encontrá-los
e os levaram até o mesmo mosteiro e fizeram a eles grande
honra dia após dia.
Grande
foi o suprimento dado a eles em roupas e requisitos. Aqueles Irmãos
que saíram com os Anciãos dividiram as roupas dadas a
eles por todos os Irmãos que foram mas para Kokalika não
deram nada, nem os anciãos deram algo a ele. Kokalika sem
ganhar nenhuma roupa passou a abusar e insultar os anciãos :
“Sariputra e Moggaallana estão cheios de desejos pecaminosos
; eles não aceitaram antes o quê foi oferecido a eles
mas agora estas coisas eles aceitam. Nada os satisfaz, eles não
têm consideração pelos outros.” Mas os
Anciãos, percebendo que o sujeito estava guardando rancor por
causa deles, preparam-se com seus seguidores para partir ; nem
retornariam, nem se o Povo suplicasse que permanecessem ainda uns
dias mais. Então um jovem Irmão disse : “Onde os
Anciãos ficarão, leigos ? Seu próprio Ancião
particular não deseja que eles fiquem aqui.” Então
o Povo foi até Kokalika e disse, “Senhor, nos foi dito que
você não deseja que os Anciãos fiquem aqui. Saia
! Ou apazigue-os e traga-os de volta ou saia você e viva em
outro lugar ! “ Temendo o povo este sujeito foi e pediu aos
Anciãos. “Volte, Irmão,” responderam os Anciãos,
“não retornaremos.” Assim sendo incapaz de convencê-los,
retornou ao mosteiro. Os irmãos leigos então
perguntaram se os Anciãos tinham voltado. “Não
conseguiu persuadí-los a voltar,” disse ele. “Por que não,
Irmão ?” questionaram. Eles então começaram
a pensar que devia ser porque nenhum dos Irmãos bons
habitaria lá devido ao sujeito viver em pecado ; eles deviam
se livrar dele. “Senhor,” eles disseram, “não permaneça
aqui ; não temos nada aqui para você.”
Deste modo
desonrado por eles, pegou hábito e tigela e foi para Jetavana.
Após saudar o Mestre, disse, “Senhor, Sariputra e
Moggaallana estão cheios de desejos pecaminosos, estão
sob o poder do desejo de pecar !” O Mestre respondeu, “Não
diga isto Kokalika ; deixe teu coração, Kokalika, estar
em caridade com Sariputra e Moggaallana ; entenda que eles são
bons Irmãos.” Kokalika disse, “Você acredita nos
seus dois Discípulos Chefes, Senhor ; eu vi com meus próprios
olhos ; eles têm desejos pecaminosos, guardam secertos entre
eles, são homens fracos.” Assim ele falou três vezes
( apesar do Mestre poder pará-lo ), e então levantou-se
de seu lugar e partiu. Enquanto ele ainda estava no seu caminho
surgiu por todo seu corpo bolhas do tamanho de grãos de
mostarda, que cresceram, cresceram, até atingir o tamanho de
uma semente madura de árvore vilva ( Aegle marmelos
), estouraram, e fez correr sangue por todo seu corpo. Gemendo ele
caiu ao lado do portão de Jetavana, enlouquecido de dor. Um
grande grito se levantou e alcançou mesmo o mundo de Brahma -
“Kokalika insultou os dois Discípulos chefes !” Então
seu professor espiritual, o anjo Brahma, de nome Tudu, conhecendo o
acontecido, veio com a intenção de apaziguar os Anciãos
e disse enquanto pousado nos ares, “Kokalika, uma coisa cruel esta
que você fez ; faça as pazes com os Discípulos
Chefes.” “Quem és tu, irmão ?” o sujeito
perguntou. “Brahma Tudu é meu nome,” disse ele. “Você
não foi declarado pelo Abençoado,” disse o sujeito,
“um daqueles que não retorna ( Anagami, aqueles do
Terceiro caminho, que não retornam para renascer na terra ) ?
Aquela palavra significa que tais não voltam para esta terra.
Você se tornará um duende em cima de um cupinzeiro !”
Assim ele repreendeu o grande anjo de Brahma. E já que não
podia persuadir o sujeito a seguir seu conselho, respondeu a ele,
“Que você seja atormentado de acordo com suas próprias
palavras.” E voltou para sua região de benção.
E Kokalika morrendo nasceu novamente no Ínfero Lótus.
Que ele nasceu lá o grande e poderoso Senhor Brahma contou ao
Tathagata e o Mestre contou aos Irmãos. No salão da
verdade os Irmãos sobre a fraqueza do sujeito : “Irmão,
dizem que Kokalika insultou Sariputra e Moggaallana e pelas palavras
de sua própria boca foi para o Ínfero Lótus.”
O Mestre entrou e disse, “Sobre os que conversam aí
sentados ?” Disseram a ele. Então ele falou, “Esta não
é a primeira vez, Irmãos, que Kokalika é
destruído por suas próprias palavras e devido a sua
boca mesma é condenado á miséria ; aconteceu o
mesmo antes.” E ele contou a eles uma história do passado.
______________________
Certa
vez, quando Brahmadatra reinava em Benares, seu capelão era
marrom castanho e havia perdido todos os dentes. Sua esposa cometia
pecado com outro brahmin. Este sujeito era justo como o outro. O
capelão tentou várias vezes conter sua esposa mas não
conseguia. Então ele pensou, “Este meu inimigo não
posso matar como minhas próprias mãos mas devo imaginar
algum plano para matá-lo.”
Então
veio para diante do rei e disse : “Ó rei, tua cidade é
a cidade principal de toda a Índia e você o principal
rei : contudo apesar de rei principal, teu portão do sul é
mal fadado e está com azar.” “Bem, agora, meu
professor, o quê deve ser feito ?” “Você deve
trazer boa sorte para ele e estabelecê-lo corretamente.” “O
quê deve ser feito ?” “Devemos retirar a velha porta,
conseguir troncos novos e auspiciosos, fazer sacrifício aos
seres que guardam a cidade, e levantar o novo em uma conjunção
boa de estrelas.” “Faça isto então,” disse
o rei.
Naquele
tempo o Bodhisatva era um jovem chamado Takkariya, que estudava com
este homem.
Então
o capelão fez com que o velho portão fosse derrubado e
um novo fosse aprontado ; o quê feito, ele foi e disse ao rei,
“O portão está pronto, meu senhor : a-manhã
acontece uma conjunção auspiciosa ; antes que a manhã
acabe, devemos sacrificar e levantar o novo portão.” “Bem,
meu professor, e o quê é necessário para o rito
?” “Meu senhor, um grande portão possue e é
guardado por grandes espíritos. Um brahmin, marrom castanho e
sem dentes, de sangue puro em ambos os lados, deve ser morto ; sua
carne e sangue oferecida em veneração e seu corpo
deixado embaixo e o portão elevado sobre ele. Isto trará
sorte para ti e tua cidade.” “Muito bem, meu professor, mate tal
brahmin e levante o portão sobre ele.”
O
capelão ficou feliz. “A-manhã,” disse ele, “verei
as costas do meu inimigo !” Cheio de energia ele retornou para sua
casa mas não pode manter a língua quieta e disse
rapidamente a sua esposa, “Ah, megera tola, com quem terás
prazer agora ? Amanhã matarei teu amante e farei sacrifício
dele !” “Por quê matarias um homem inocente ?” “O rei
me ordenou de matar e sacrificar um brahmin marrom castanho e
levantar o portão da cidade sobre ele. Teu amante é
marrom castanho e pretendo matá-lo para o sacrifício.”
ela enviou então uma mensagem para seu amante dizendo, “Eles
dizem que o rei deseja matar um brahmin marrom castanho em sacrifício
; se desejas salvar tua vida, fujas enquanto tem tempo e contigo
todos que são como você.” Assim o homem fez : as
novidades se espalharam pela cidade e todos aqueles que eram marrom
castanho fugiram.
O
capelão, sem saber da fuga do seu inimigo, dirigiu-se cedo na
manhã seguinte até o rei e disse, “Meu senhor, em tal
lugar encontra-se um brahmin marrom castanho ; pegue-o.” O rei
enviou alguns homens mas eles não viram ninguém e
retornando informaram ao rei que ele fugira. “Busquem em outro
lugar,” disse o rei. Por toda a cidade procuraram mas não
encontraram nenhum. “Procurem rapidamente !” disse o rei. “Meu
senhor,” eles responderam, “exceto teu capelão não
há nenhum outro.” “Um capelão,” cotejou ele,
“não pode ser morto.” “O quê dizes, meu senhor ?
De acordo com o capelão, se o portão não for
levantado ho-je, a cidade estará em perigo. Quando o capelão
explicou o assunto, ele disse que se deixássemos este dia
passar, o momento auspicioso não ocorreria novamente até
o final de um ano. A cidade sem um portão por um ano, que
ocasião para nossos inimigos ! Matemos alguém e
sacrificamos com a ajuda de algum outro sábio brahmin e
levantamos o portão.” “Mas existe outro brahmin sábio
como meu professor ? “ “Existe, meu senhor, seu pupilo, um jovem
chamado Takkariya ; faça-o teu capelão e realize a
cerimônia de sorte.” O rei mandou chamá-lo e o
honrou e o fez seu capelão e o ordenou que fizesse como foi
dito. O jovem foi para o portão seguido por uma grande
multidão. Em nome do rei amarraram e trouxeram o capelão.
O Grande Ser fez com que se cavasse um buraco no lugar em que o
portão seria levantado e uma tenda colocada sobre ele e com
seu professor entrou na tenda. O professor contemplando o buraco e
não vendo como escapar disse ao Grande Ser, “Meu objetivo
foi alcançado. Tolo como sou, não pude manter a língua
calada mas asperamente falei àquela mulher fraca. Mato-me com
minha própria arma.” então recitou a primeira
estrofe :
Falei
loucamente, qual um sapo que chama
Uma
serpente na floresta : assim caio
Dentro
deste buraco, Takkariya. Como é verdade,
Que
palavras ditas fora de hora podem arruinar alguém !
O outro
dirigindo-se a ele, recitou esta estrofe :
A
pessoa que fora de hora fala, irá
Como
este para a ruína, lamentação, dor :
Aqui
deves culpar a ti mesmo, agora deves ter
Esta
cova profunda, meu professor, por teu túmulo.
A estas palavras ele
adicionou ainda estas : “Ó professor, não apenas
você mas muitos outros do mesmo modo, caíram em desgraça
porque não vigiaram suas palavras.” Assim falando, contou a
ele uma história do passado para ilustrar.
Certa vez,
dizem, vivia uma cortesã em Benares chamada Kāli
e ela tinha um irmão chamado Tundila. Em um dia Kāli
ganhava mil peças de dinheiro. Bem, Tundila era um debochado,
bêbado, jogador ; ela deu a ele dinheiro e o que quer que ele
ganhasse ele gastava. O que quer quer ela fizesse para contê-lo,
ela não conseguia restringí-lo. Um dia ele brigava ao
acaso e perdeu até as roupas que vestia. Envolto em um
farrapo na cintura, dirigiu-se a casa de sua irmã. Mas fora
dada ordem dela a suas empregadas que se Tundila viesse, não
dariam nada a ele mas o pegariam pela garganta e o jogariam para
fora. E assim elas fizeram : ele ficou na entrada e lamentava-se.
Bem, um certo filho de mercador rico, que costumava constantemente a
dar a Kāli mil peças de dinheiro, naquele dia aconteceu de
vê-lo e lhe disse, “Por que estais chorando Tundila ?”
“Mestre,” ele disse, “fui derrotado nos dados e vim até
minha irmã ; e as empregadas me pegaram pela pescoço e
me atiraram para fora.” “Bom, fique aqui,” respondeu o outro,
“e vou falar com tua irmã.” Ele entrou na casa e disse,
“Teu irmão está esperando vestindo um trapo na
cintura. Por quê não dás a ele algo para vestir
?” “Na realidade,” ela respondeu, “não darei nada. Se
gostas dele, dê você mesmo.” Bem, naquela casa de má
fama o costume era este : de todas as mil peças de dinheiro
recebidas, quinhentas eram da mulher e quinhentas eram o preço
das roupas, perfumes e guirlandas ; os homens que visitavam aquela
casa recebiam roupas para vestir e passavam a noite lá, e
então no dia seguinte despiam as roupas que receberam e
vestiam as que haviam trazido e seguiam seus caminhos. Nesta ocasião
o filho do mercador vestiu as roupas fornecidas para ele e deu suas
próprias roupas para Tundila. Ele as colocou e com grandes
gritos correu para a taverna. Mas Kāli ordenou a suas mulheres que
quando o jovem partisse no dia seguinte , elas deviam despir suas
roupas. Concordemente, quando ele veio, elas correram de um lado
para outro, como vários ladrões, e itraram as roupas
dele e o deixaram nu, dizendo, “Agora, jovem senhor, saia !”
Assim eles livraram-se dele. E seguiu pelado : o Povo brincava com ele
e ficou com vergonha e lamentava-se dizendo, “É obra
minha mesmo, porque não pude manter vigilância sobre
meus lábios !” Para tornar isto claro, o Grande Ser recitou
a terceira estrofe :
Por
quê perguntar a Tundila como ele deve ser tratado
Nas
mãos de Kalika sua irmã ? Agora veja !
Minhas
roupas se foram, estou nu e desguarnecido ;
É
desumano como o quê aconteceu contigo.
Outra pessoa
relatou esta história. Por descuido de um pastor de cabras,
dois carneiros brigavam num pasto em Benares. Como estavam
inflexíveis nisto, um certo rabo de forquilha ( pássaro
) pensou consigo mesmo, “Estes dois quebrarão suas cabeças
e morrerão ; devo contê-los.” Então tentou
contê-los gritando - “Tio, não brigue !” Nem uma
palavra conseguiu deles : no meio da batalha, montando primeiro nas
costas, então na cabeça, ele buscou pará-los mas
nada conseguiu.Por fim ele gritou, “Briguem então, mas
matem-me primeiro !” e colocou-se entre as duas cabeças.
Eles seguiram se batendo mutuamente. O pássaro foi esmagado
qual poeira e veio a destruir-se devido a seu próprio ato.
Para explicar este outro conto o Grande Ser repetiu a quarta estrofe
:
Entre
dois carneiros um rabo de forquilha voou,
Apesar
de na rixa não ter nem parte nem quinhão.
As
cabeças dos dois carneiros esmagaram-no lá e então.
Ele
em seu fado foi espantoso como você.
Outro. Havia um
árvore alta que os
vaqueiros guardavam grandes provisões. O Povo de Benares vendo
isto enviou um certo homem para cima d'árvore para pegar
frutos. Quando ele jogava os frutos para baixo, uma serpente preta
saindo de um cupinzeiro começou a subir árvore ;
aqueles que estavam debaixo tentaram retirá-lo batendo nele
com varas e outras coisas mas não conseguiram. Então
eles gritaram, “Uma serpente está subindo àrvore !”
e ele aterrorizado deu um grande grito. Os que estavam debaixo
pegaram uma roupa forte pelos quatro cantos e disseram para ele cair
dentro da roupa. Ele deixou-se cair e atingiu o meio da roupa entre
os quatro deles ; rápido como ovento desceu e os homens não
puderam segurá-lo mas chocaram suas quatro cabeças
juntas e quebraram-nas e assim morreram. Para explicar esta história
o Grande Ser recitou a quinta estrofe :
Quatro
homens, para salvar um companheiro de seu fado,
Seguraram
os quatro cantos de uma roupa embaixo.
Eles
todos caíram mortos, com a cachola quebrada.
Estes
homens foram um absurdo como você, creio.
Outros ainda contam
isso. Alguns ladrões de cabra que viviam em Benares roubaram
uma cabra uma noite, determinados a fazer uma refeição
na floresta : para prevenir que ela balisse abafaram seu focinho
amarrando nela um nó de bambu. Dia seguinte, no caminho para
matá-la, esqueceram a machadinha. “Agora mataremos a cabra
e cozinharemo-la,” “tragam a machadinha aqui !” Mas ninguém
tinha uma. “Sem uma machadinha,” eles disseram, “não
podemos comer o animal, mesmo se a matarmos : deixem ela ir ! Isto é
devido a algum mérito dela.” Então a soltaram. Bem,
aconteceu que um trabalhador do bambuzal, que tinha estado lá
por uma moita deles, deixou uma faca de fazer cestas escondida entre
as folhas, com a intenção de usá-la quando fosse
lá novamente. Mas a cabra, crendo-se livre, começou a
brincar ao redor da moita de bambu e chutando com patas traseiras fez
a faca cair. Os ladrões escutaram o som da faca caindo e
procurando a encontraram, para delírio deles ; então
mataram a cabra e comeram a carne dela. Assim, para explicar como
esta cabra foi morta devido a um ato seu mesmo, o Grande Ser recitou
a sexta estrofe :
Uma
cabra, em uma moita de bambu ligada,
Cabriolando
ao redor, ela mesma descobriu uma faca.
Com
esta mesma faca eles cortaram a garganta da criatura.
Me
ocorre que você é um espanto como esta cabra.
Após
contar isto, ele explicou, “Mas aqueles que são moderados no
falar, vigiando suas palavras são geralmente libertos do fado
da morte,” e então contou uma história de fadas (
kinnaras ).
Um caçador, nos
é dito, que vivia em Benares, estando certa vez na região
do Himalaia, de um jeito ou de outro capturou uma parelha de seres
sobrenaturais, uma ninfa e o marido dela ; e ele então os pegou
e mostrou ao rei. O rei nunca havia visto tais seres antes.
“caçador,” cotejou ele, “que tipo de criaturas são
estas ?” Disse o homem, “Meu senhor, estes podem cantar com voz
melíflua, e dançam deliciosamente : nenhuma pessoa pode
dançar e cantar como eles podem.” O rei concedeu um grande
prêmio para o caçador e ordenou às fadas que
cantassem e dançassem. Mas eles pensaram “Se não
formos capazes de carregar o sentido pleno de nossa música, a
música será um fracasso e eles abusarão e nos
machucarão ; e assim novamente aqueles que falam muito, falam
falsamente :” deste modo, o medo de uma falsidade ou outra, eles
nem cantaram nem dançaram, apesar do rei suplicar-lhes várias
vezes. Por fim o rei ficou irado e disse, “Matem estas criaturas,
cozinhem-nas e sirvam-nas para mim.” Esta ordem que ele deu nas
palavras da sétima estrofe :
Não
são deuses nem músicos celestes ( gandharva putras
)
Bestas
trazidas por alguém ansioso em encher o bolso.
Então
para minha ceia cozinhe um deles,
E o outro
no café no Sol da manhã.
A fada dama então
pensou consigo mesma, “Agora o rei está irado ; sem dúvida
nos matará. Agora é hora de falar.” E imediatamente
recitou uma estrofe :
Cem mil
cantigas todas cantadas erradas
Não
valem um décimo de uma bem cantada.
Cantar mal
é crime ; daí porque
(
Levianamente ) uma fada não tentará.
O rei, feliz com a
fada, logo recitou uma estrofe :
Esta que
falou, deixem ela ir, que ela
A
montanha do Himalaia novamente possa ver,
Mas
peguem o outro e matem
E no
café d' a-manhã o comerei
Mas o outro 'fado'
pensou, “Se segurar minha língua, certamente o rei me matará
; agora é hora de falar;” e então ele recitou outra
estrofe :
O rebanho
depende das nuvens e as pessoas do rebanho,
E eu, Ó
rei ! dependo de ti, de mim esta esposa minha.
Deixe um,
antes de buscar as montanhas, ter o fado divino do outro.
Quando ele disse isto,
repetiu um par de estrofes para tornar claro,que estiveram em
silêncio não por má vontade de obedecer a vontade
do rei mas porque entenderam que falar seria um erro.
Ó
monarca ! Outros povos, outros modos :
É
muito difícil te manter sem culpa.
A mesma coisa
que para um merece louvor,
Outro
reprova pela mesma razão.
Para toda
pessoa alguém há que a considera tola ;
Cada um
difere-se sempre pela imaginação ;
Todos
diferentes, muitas pessoas e muitas mentes,
Nenhuma
vontade humana é lei universal.
Cotejou o rei, “Ele
fala a verdade ; é um 'fado' sábio ; e muito agraciado
recitou a última estrofe :
Silenciosos
estavam, a fada e seu companheiro :
E
ele que agora balbucia fala por temor,
Intocado,
livre, feliz, deixem ele ir alegre.
Esta
fala traz o bem, como muitas vezes ouvimos.
Então o rei,
colocou o casal de fadas em uma gaiola dourada e mandando chamar o
caçador, mandou-o soltá-los no mesmo lugar onde os
pegara.
O Grande Ser
adicionou, 'Veja, meu professor ! Deste modo as fadas vigiaram suas
palavras e falando no momento certo foram libertadas pelo seu bem
falar ; mas você pelo seu mal falar atingiste grande miséria.”
Então após mostrar a ele estes paralelos, o confortou
dizendo, “ Nada tema, meu professor ; salvarei tua vida.” “Há
um jeito,” perguntou o outro, “como podes me salvar ?” Ele
respondeu, “Não é ainda a conjunção
própria dos planetas.” Ele deixou o dia passar e nomeio da
vigília da noite trouxe para lá um bode morto. “Vá
quando quiseres brahmin e viva,” disse ele e então o deixou
ir. E ele fez sacrifício com a carne do bode e levantou o
portão sobre ela.
_________________________
Quando o
Mestre terminou este discurso, disse : “Esta não é a
primeira vez, Irmãos, que Kokalika foi destruído por
suas próprias palavras mas aconteceu o mesmo antes;” após
o que ele identificou o Jataka : “Naquele tempo Kokalika era o
sujeito marrom castanho e eu mesmo era o sábio Takkariya.”
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