quinta-feira, 13 de outubro de 2011

435 Buddha Asceta


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               pintura de Ajanta, Índia. 

435
Na floresta solitária...etc.” - Esta história o Mestre contou em Jetavana sobre um jovem que foi tentado por uma certa garota tosca. A história introdutória será encontrada no Jataka 348 e é a mesma do 477.
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Na velha lenda esta garota sabia que se o jovem asceta quebrasse a lei moral, ele estaria em poder dela e pensando em engambelá-lo e trazê-lo de volta ao valhacouto das pessoas, ela disse, “Virtude que está protegida na floresta, onde as qualidades dos sentidos tais como beleza e semelhantes não têm existência, não se mostra muito frutífera mas carrega fruto abundante na companhia das pessoas, na presença imediata da beleza e afins. Então venha comigo e guarde tua virtude lá. O quê você tem a ver com uma floresta ?” E ela pronunciou a primeira estrofe :

Na floresta solitária se pode ser puro,
É fácil lá resistir à tentação ;
Mas na cidade com seduções em cascata,
Um homem pode se elevar a uma vida mais nobre.

Escutando isto o jovem asceta disse, “Meu pai está indo para a floresta. Quando ele voltar, peço licença a ele e te acompanho.” Ela pensou, “Ele tem um pai, parece ; se ele me encontrar aqui, irá me bater com a ponta do cajado e me matará : devo partir antes.” Então ela disse para o jovem, “Vou pegar a estrada antes de você e deixarei uma trilha atrás de mim : você me segue depois.” Quando ela o deixou, ele nem catou lenha, nem trouxe água para beber mas apenas se sentou meditando e quando o pai chegou, não foi para fora para recebê-lo. Então o pai soube que seu filho havia caído sob o poder de uma mulher e disse, “Por quê meu filho nem cataste lenha nem trouxestes água para beber nem comida para comer mas não fizestes nada e estais sentado e meditando ?” O jovem asceta disse, “Pai, as pessoas dizem que virtude guardada na floresta não frutifica mas que produz muito fruto no valhacouto das pessoas. Irei e guardarei minha virtude lá. Minha companheira foi na frente, pedindo que a seguisse : então irei com minha amiga. Mas quando estiver morando lá, a que tipo de pessoa devo dar predileção ?” E fazendo esta pergunta ele falou a segunda estrofe (estes versos aparecem no Jataka 348 ) :

Esta dúvida, meu pai, resolva para mim, prego ;
S'eu extraviar desta floresta em alguma cidade,
Pessoas de que escola moral ou de qual seita
Devo mais sabiamente dar preferência como amigos ?

Então o pai falou e repetiu o resto dos versos :

Alguém que possa ganhar tua confiança e amor,
Que acredite em tua palavra e contigo prove paciência,
Que em pensamento, palavra e ato nunca ofenderá –
Tome em teu coração e a esta apegue-se como amiga.
Às pessoas caprichosas como macacos
Instáveis, não estejas inclinado,
Ou àlguma solidão deserta teu lote será confinado.
Evite tolos caminhos assim como te afastarias
De serpente raivosa ou um auriga
Esquiva-se de estrada esburacada. Dor abunda
Onde quer que se encontre uma pessoa no cortejo da Tolice :
Não te juntes a idiotas – obedeça minha palavra -
O companheiro de néscios é vítima de aflição.

Sendo assim aconselhado por seu pai, o jovem disse, “S'eu for para o valhacouto das pessoas, não encontrarei sábios como você. Temo ir para lá. Viverei aqui em tua presença.” Então seu pai o aconselhou ainda mais e o ensinou os ritos preparatórios para induzir a meditação mística. E logo sem demora o filho desenvolveu as Faculdades e Consecuções e com seu pai tornou-se destinado a nascer no Mundo de Brahma.

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O Mestre, sua lição terminada, proclamou as Verdades e identificou o Jataka :- Na conclusão das Verdades o Irmão que desejava o mundo atingiu a fruição do Primeiro Caminho :- “Naqueles dias o jovem asceta era o Irmão com pensamentos mundanos, a garota então era a mesma de agora mas o pai era eu mesmo.”




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