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pintura de Ajanta, Índia
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“Como estais passando...etc.” - O Mestre contou este conto enquanto residia em Jetavana, relativo a certa cabra. Certa vez o Ancião Moggaallaana vivia em uma residência com uma porteira de pasto em um lugar montanhoso cercado de morros. Seu caminho coberto era direto para a porta. Alguns pastores de cabras pensaram que o lugar seria boa pastagem para os caprinos que então para lá as dirigiram e lá pastaram prazerosamente. Um dia vieram à tardinha, pegaram todos os bodes e foram embora : mas uma cabra se dirigira para longe e não vendo os bodes que partiram foi deixada para trás. Mais tarde, quando ela saía, uma certa pantera a viu, e pensando em comê-la permaneceu na porteira do lugar. Ela olhou ao redor e viu a pantera. “Ele está lá porque quer me matar e me comer” ela pensou ; “s'eu virar e correr, minha vida está perdida ; devo me impor,” e assim ela sacudiu os chifres e se atirou direto contra ele com toda sua força. Ela escapou das garras, apesar dele se agitar com o pensamento de pegá-la : correndo então com toda velocidade ela subiu então até os bodes. O Ancião observou como todos os animais se comportaram : dia seguinte ele foi e contou ao Tathagata, “Assim, Senhor, esta cabra realizou um feito com sua prontidão no projeto e escapou da pantera.” O Mestre respondeu, “Moggaallaana, a pantera falhou em pegá-la desta vez mas certa vez antes ele a matou apesar dela gritar e a comeu.” Então com o pedido de Moggaallaana, ele contou um conto antigo.
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Certa vez o Bodhisatva nasceu em uma certa vila do reino de Magadha em uma família rica. Quando ele cresceu, renunciou aos desejos e adotou vida religiosa, alcançando a perfeição da meditação. Após morar por muito tempo na Himalaia, veio para Rajagaha em busca de sal e vinagre e morava em uma cabana de folha que fez num cercado na montanha. Justo como na história introdutória, os pastores dirigiram seus bodes para lá : e do mesmo modo, quando uma única cabra saía atrasada do resto, uma pantera esperava junto a porteira, pensando em comê-la. Quando ela o viu pensou, “Minha vida está confiscada : devo falar com ele gentil e prazerosamente e assim amaciar seu coração e salvar minha vida.” Começando um papo amigável com ele à distância, ela falou o primeira estrofe :-
Como estais passando, tio ? Tudo bem contigo ?
Mamãe manda lembranças : sou seu amigo fiel.
Escutando isto, a pantera pensou, “Esta mala vai me enganar me chamando de 'tio' : não sabe quão duro sou;” e assim ele falou a segunda estrofe :-
Pisaste minha cauda, senhora cabra e me injuriaste :
E pensas que dizendo 'tio' podes sair livre de imposto.
Quando ela escutou-o, disse, “O tio, não fale assim,” e falou a terceira estrofe :-
Te vi quando vinha, bom Senhor, e tu me viste ai sentado :
Tua cauda está toda atrás : como poderia pisá-la ?
Ele respondeu, “O quê dizes cabra ? Há algum lugar que minha cauda possa não estar ?” e então falou a quarta estrofe :-
Tanto quanto os quatro grandes continentes com oceanos e montanhas espalhadas,
Minha cauda se estende : como podes ter falhado em tal cauda ter pisado ?
A cabra, quando escutou isto, pensou, “Este sujeito ruim não foi atraído por minhas palavras moles : responderei como inimigo,” e então ela falou a quinta estrofe :-
Tua cauda de vilão é longa, eu sei, pois fui bem avisada :
Pais e irmãos me contaram : mas voo pelos ares.
Ele então disse, “Sei que vieste pelos ares : mas enquanto vinhas, estragastes minha comida no caminho por onde vieste,” e assim ele falou a sexta estrofe :-
À tua vista, senhora cabra, no alto, atravessando os ares,
Espantou uma horda de cervos : e assim minha refeição foi por ti estragada.
Escutando isto a cabra temendo a morte e sem desculpas, gritou, “Tio, não cometa tal crueldade ; poupe minha vida.” Mas apesar dela gritar, o outro a pegou pelos ombros matou-a e comeu-a.
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Foi então que a cabra pediu por graça : mas sangue devia satisfazer
A besta que segurava-a pelo pescoço ; o mal não mostrará cortesia.
Conduta, não reta, nem cortesia, o mal mostrará ;
Ele odeia o bom : enfrentá-lo então é melhor em briga aberta.
Estas são duas estrofes inspiradas pela Perfeita sabedoria.
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Um asceta santo viu toda a cena dos dois animais.
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Após a lição, o Mestre identificou o Jataka : “Naquele tempo a cabra e a pantera eram a cabra e a pantera de ho-je, o asceta santo era eu mesmo.”
[ N. do tr. : Esopo Buddhista aqui disserta largamente em série de fábulas realçando a idéia do cercado, do pasto entre montes, que protege a cabra, cordeiro : na 220 temos a cabra mesma com o lobo e na 221 o cordeiro na mais famosa das fábulas, onde a extravagância da cauda da pantera, dá lugar ao pai lobo injuriado em ano anterior compondo a cena na beira do rio. Mas são várias as fábulas que dissertam sobre a imagem, tema, somando a série que introduz o pastor na 311 e seguintes , caro aos Evangelhos de IHS com os mercenários que cuidam do rebanho. A rês perdida mesma tem sua parábola. No caso, IHS XTO chega a dizer 'eu sou a porta das ovelhas'.]
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